2009/6/1 Gustavo Noronha <k...@debian.org>

> Eu acho a discussão de qual software deveria ser usado completamente
> ortogonal e irrelevante, mas já que veio à tona o Expresso, ele hoje em
> dia já usa uma licença de Software Livre, ou ainda é non-free?
>
> > Sinceramente gostaria de ter a resposta de quem trabalha na Prodabel,
> > que defende esta posição, para a gente ter um debate sobre o tema com
> > os argumentos que levaram esta empresa brasileira, e estatal adotar o
> > Google. porque isso vai ajudar, inclusive a comunidade do Expresso com
> > novos desafios.
>
> Eu vou achar um absurdo se eles tiverem feito isso sem licitação,
> inclusive. Eu mandei um email para o fale conosco da prefeitura, mas se
> alguém da prodabel estiver escutando e puder nos adiantar alguns fatos,
> era uma boa.
>
> Abraço,
>

Antes de mais nada gostaria de deixar bem claro que eu não tenho nada contra
o Google, pelo contrário, acho que eles tem uma grande estrutura e um
serviço muito bom.

Como funcionário da Prodabel e como técnico penso que foi um equívoco ter
migrado as contas corporativas para o serviço de e-mail do gmail. O fato de
outorgar a guarda de documentos públicos à uma empresa particular, e
sobretudo uma empresa multinacional, é até temerário, uma vez que muitos
desses dados são confidenciais. Vão haver muitas pessoas que defenderão o
lado oposto, mas à partir de uma visão estratégica, baseio esse acordo como
um equívoco.

Todos nós sabemos que os data centers do google ficam em locais secretos.
Sabemos que eles tem uma bela segurança. Sabemos também que os mesmos tem
recursos aos montes. Mas, secretos ou não, os data centers são deles.
Seguros ou não, ninguém é infalível, haja visto as recentes falhas de
segurança em seus serviços. Tendo recursos ou não, o correio que aqui
funcionava anteriormente, por mais precário que fosse, ainda funcionava
muito bem, sobretudo o tempo de resposta do mesmo era muito bom na maior
parte do tempo, além de todos os dados estarem sob nossa tutela.

Tecnicamente não vejo, porém, motivos para qualquer terceirização desse
serviço, uma vez que um aporte de capital baixo resolveria e muito os
problemas puntuais do serviço de mensagens. Aliás, já existia um projeto de
atualização tecnológica do serviço de correio, que não foi incentivado.

Quanto à modalidade de contratação, me absterei de comentar sobre o assunto,
haja visto que qualquer licitação é publicada no Diário Oficial do Município
de Belo Horizonte (http://www.pbh.gov.br/dom), disponível à qualquer pessoa
via web, inclusive as edições anteriores.

Para se divertirem um pouco:
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/noticia.do?evento=portlet&pAc=not&idConteudo=29448&pIdPlc=&app=salanoticias


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1998© - Robert M. Maia

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