Hackers estão aprendendo com softwares de código aberto, diz McAfeePor
Robert McMillan, para o IDG Now!*


Atualizada em 17 de julho de 2006 às 10h48

São Francisco - Companhia de segurança afirma que desenvolvimento de
malwares foi facilitado pela sofisticação de ferramentas de software
livre.
Hackers estão incorporando o manual do software livre ao usar as
mesmas técnicas que fizeram do Linux e do Apache sucessos para
melhorar softwares maliciosos, de acordo com a McAfee.

Em nenhum lugar esta ação é mais aparente do que dentro das famílias
de bots, que permitem que hackers controlem remotamente computadores
infectados.

Ao contrário de vírus no passado, bots tendem a ser escritos por um
grupo de autores, que colaboram geralmente usando as mesmas
ferramentas e técnicas de desenvolvedores de código aberto, disse Dave
Marcus, pesquisador de segurança e diretor de comunicações da Avert
Labs, da McAfee.
"No último um ano e meio, percebemos como o desenvolvimento de bots em
particular foi atrelado a ferramentas de código aberto e ao modelo de
desenvolvimento de software livre", disse ele.

A atual geração de softwares para bot cresceu ao ponto em que
ferramentas de desenvolvimento são naturalmente aplicadas. Com
centenas de arquivos sendo gerenciados, desenvolvedores da família de
malware Agobot, por exemplo, estão usando o aplicativo de código
aberto Concurrente Versiosn System (CVS) para gerenciar seus projetos.

Pesquisadores da McAfee descreveram a questão das técnicas de código
aberto em uma nova revista semestral desenvolvida pela companhia,
chamada de "Sage".

Marcus revelou que a McAfee está dando atenção à tendência que envolve
softwares livres para educar usuários, e não tentar desacreditar
aplicativos de segurança de código aberto para que usuários usem suas
opções de código fechado. "Achamos que eles (aplicativos de segurança
com código aberto) são bons. Eles nunca fizeram tanto como softwares
proprietários, mas sempre fomos grandes incentivadores de antivírus
livres".

O executivo, no entanto, mostrou discordar de pesquisadores de
segurança que distribuem amostras de softwares maliciosos, uma prática
conhecida como "revelação total" (do inglês, "full disclosure").

"Não estamos fazendo do movimento de software livre um alvo. Estamos
falando sobre o modelo de revelação de vírus e como isto pode ajudar
no desenvolvimento de novos malwares", disse.

A opinião de Marcus não foi bem recebida por um profissional de segurança.

O processo de revelação legitima e ajuda usuários as tornar
fabricantes de segurança mais responsáveis, disse Stefano Zanero,
chief technology office da Secure Network. "Eu dirijo um Mercedes
Classe A", disse. "E me sinto muito mais seguro desde que uma revista
automotiva revelou que o design original do meu carro tinha falhas",
declarou.

"Pesquisadores trabalham com revelações, não com segredos", adicionou Zanero.
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