Re: [PSL-Brasil] O Brasil caiu na rede(Carta Capital)
João, Em Qua, 2008-08-13 às 20:29 -0300, Joao S. O. Bueno escreveu: Ok. So'que... otimismo onde?? Talvez se estivermos pensando em alfabetização - por que, é o maior beneficio que eu consigo ver para uma turma que vai ficar 3 horas por dia em lan house, usando MSN e Orkut - ou talvez jogando videogames. A inserção das pessoas neste cenário, dos relacionamentos sociais em rede potencializados pela Internet, tem sido um desafio para todos os países do mundo. Pesados investimentos em programas para estimular o aprendizado e a nova cultura da rede tem sido utilizado por países mais desenvolvidos e +ricos. Na Catalunya, por exemplo, na faixa dos 17 à 34 anos praticamente 100% da população tem banda larga em casa. No entanto grande quantidade destas pessoas não sabe se relacionar bem pela Internet ou tem dificuldades em transitar neste novo ambiente. A campanha lá é: use internet...é fácil, é util, etc... Aqui o carinha que nem tem casa (vive na rua), ou vive numa favela fudida de infra-estrutura e sem internet em casa passa horas esperando sua vez para usar a Internet. Usa bastante e aprende sem ajuda de ninguém muitas vezes. Sabemos que as sociedades que chegarem antes e aproveitarem as vantagens dos novos relacionamentos proporcionados pela rede mundial poderão extrair vantagens para o seu desenvolvimento em relação as regiões que chegarem depois. Uma sociedade que tem o seu povo familiarizado e como sujeito nestas novas formas de relacionamento PODE transitar mais facilmente para a uma economia em rede, por exemplo, do que as sociedades em que o povo não lida bem com os novos atributos de relacionamentos que surgiram a partir da Internet. Portanto, para mim, um país que tem sua população fica 3 horas por dia em lan house, usando MSN e Orkut - ou talvez jogando videogames tem muito mais possibilidades de sucesso para o desenvolvimento neste novo cenário da Internet do que países em que a população não faz isso ou faz mal. Faz uns 30 anos que jogar 3 horas por dia de pinball/videogame é uma opção para jovens - e, enquanto que se isso é uma melhora pontual na qualidade de vida da pessoa que brinca ou não é um assunto off-topic, certamentente fazer isso por computador não é tão diferente. é muito diferente... O tempo vai passando, e talvez de tenhamos mais gente sabendoq ue pode pegar um computaodr e usar como ferramenta de criação, contribuir vcom proejtos de software, criar imagens, vídeos, sons, com todas as ferramentas liveres que existem a disposição; Que é on-topic e interessante na minha opinião. de acordo...mas se o cara nem sabe se relacionar na rede e não apreende as novas possibilidades de relacionamentos diferenciados criadas pela Internet nunca vai chegar a fazer qq coisa que tu citas acima. Agora eu tenho a séria impressão uqe a taxa de cresceimtno desse uso criativo de computadores está muito aquém dessa taxa citada de forma tão otimista pelo artigo - claro. Em todas as sociedades, mesmo na era industrial pré-internet, os criadores, inovadores etc são um contingente menor do que o público em geral. Não podemos esperar que todos os internautas que se relacionam cotidianamente pelas redes sociais e pelas redes de serviços sejam criadores ou inovadores no nível que tu colocas. Mas, certamente, são potenciais criadores e inovadores. Caso não soubessem se relacionar bem pela rede estariam fora destas possibilidades. em que computador com internet só não é mais uma televisão com novela da globo por que enquanto o cara fica assistindo o conteúdo, também roda malware e pode ficar enviando spam e capturando senhas de banco. Não concordo. um computador conectado em rede, mesmo que seja utilizado só para relacionamentos sociais e lazer, é MUITO mais do que uma TV. Estimula outros potenciais humanos que a TV normalmente desestimula. Desculpa o mal-humor da mensagem. Mas acho que se voce abstrai-lo vai ver que os fatos são mais ou menos esses. js -- que nada,...está sendo uma boa conversa... []s Marcelo 08/08/2008 15:16:39 Ana Paula Sousa, Daniel Pinheiro e Phydia de Athayde* Paulo Joaquim de Melo Júnior, 23 anos, é um típico garoto da periferia paulistana. Filho de um pernambucano de Garanhuns e de uma baiana de Feira de Santana, nasceu e cresceu no Jardim São Luís, zona sul da cidade, tão carente de infra-estrutura quanto de perspectivas. Aos 14 anos, tomou contato com um computador em um cursinho “bem básico” na ONG Casa dos Meninos. Interessou-se por aquilo tudo e, no ano seguinte, ajudava outros garotos a entender a máquina cheia de botões. Sem perceber, fascinou-se pela idéia de compartilhar conhecimento. Decidido a ter um computador só seu, juntou dinheiro com dois amigos e comprou um, usado, a prazo. “Meu pai achava mirabolante”, diz, meio tímido. “Mas ele via que eu podia crescer aí.” Erivaldo Magno da Conceição, de 15 anos, é outro típico garoto da periferia
Re: [PSL-Brasil] O Brasil caiu na rede(Carta Capital)
2008/8/13 Joao S. O. Bueno [EMAIL PROTECTED] Faz uns 30 anos que jogar 3 horas por dia de pinball/videogame é uma opção para jovens - e, enquanto que se isso é uma melhora pontual na qualidade de vida da pessoa que brinca ou não é um assunto off-topic, certamentente fazer isso por computador não é tão diferente. O tempo vai passando, e talvez de tenhamos mais gente sabendoq ue pode pegar um computaodr e usar como ferramenta de criação, contribuir vcom proejtos de software, criar imagens, vídeos, sons, com todas as ferramentas liveres que existem a disposição; Que é on-topic e interessante na minha opinião. Tem razão. Mas sabe como é, talvez o jogo tenha sido ênfase do autor da matéria, já que usar computador para fazer trabalho de escola é coisa de pobre. Talvez tenha mensionado o jogo por ser de última geração, para realçar a potencia do equipamento. Cliente magro feito de sucata doada dá para saber que não é. Acho que foi isso. Mas concordo com você que o uso de um computador potente poderia ter sido melhor. Se eu fosse um menino pobre, eu só ia querer saber de jogar. É claro que com isso eu ia aprender que computador também é coisa para mim, e iria me interessar. Tenho computador desde os 7 anos de idade (faço 25 em setembro). Todo mundo chamava meu pai de louco por deixar uma criança quebrar o computador. Mas nessa idade eu aprendi que o computador também era para mim. Eu não fazia nada de produtivo naquele tempo (além de explorar as possibilidades). Ninguém já começa Einstein, nem o próprio Einstein... -- Glauber Machado Rodrigues PSL-MA jabber: [EMAIL PROTECTED] música livre é bem melhor: http://www.jamendo.com ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] O Brasil caiu na rede(Carta Capital)
Em Qui, 2008-08-14 às 15:48 -0300, Glauber Machado Rodrigues (Ananda) escreveu: Tenho computador desde os 7 anos de idade (faço 25 em setembro). Todo mundo chamava meu pai de louco por deixar uma criança quebrar o computador. Mas nessa idade eu aprendi que o computador também era para mim. Eu não fazia nada de produtivo naquele tempo (além de explorar as possibilidades). Ninguém já começa Einstein, nem o próprio Einstein... tá aí o Glauber! mais um exemplo que um computador, mesmo para jogos, lazer e como meio de integração nas redes sociais, é muito mais do que uma TV. Perguntem ao Tosatti, Cristiano Anderson, Pablo Spectra, Fernanda Weiden, nossos amigos hackers, que também tiveram a oportunidade brincar com um computador, ainda quando guri(a)s. Primeiro para jogar e se divertir...e depois para criar e trabalhar. E tem toda esta história do desenvolvimento cognitivo matemático que os jogos ajudam a desenvolver X melhor fase piajetiana para este aprendizado marcelo ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] O Brasil caiu na rede(Carta Capital)
2008/8/14 Marcelo D'Elia Branco [EMAIL PROTECTED] (...) é muito mais do que uma TV. Com certeza. Ou como diria o cara da Sessão da Tarde: Essa galerinha DA PESADA vai aprontar ALTAS CONFUSÔES com um computador DO BARULHO... -- Glauber Machado Rodrigues PSL-MA jabber: [EMAIL PROTECTED] música livre é bem melhor: http://www.jamendo.com ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] O Brasil caiu na rede(Carta Capital)
On Tuesday 12 August 2008, Marcelo D'Elia Branco wrote: Compartilho com o otimismo da matéria. Necessitamos de matérias bem feitas como esta para recuperarmos a auto-estima. Mas, não deixem de ler a matéria impressa pois está muito boa e não é a mesma da online. Marcelo Revista Carta Capital O Brasil cai na rede http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2a2=6i=1743 Ok. So'que... otimismo onde?? Talvez se estivermos pensando em alfabetização - por que, é o maior beneficio que eu consigo ver para uma turma que vai ficar 3 horas por dia em lan house, usando MSN e Orkut - ou talvez jogando videogames. Faz uns 30 anos que jogar 3 horas por dia de pinball/videogame é uma opção para jovens - e, enquanto que se isso é uma melhora pontual na qualidade de vida da pessoa que brinca ou não é um assunto off-topic, certamentente fazer isso por computador não é tão diferente. O tempo vai passando, e talvez de tenhamos mais gente sabendoq ue pode pegar um computaodr e usar como ferramenta de criação, contribuir vcom proejtos de software, criar imagens, vídeos, sons, com todas as ferramentas liveres que existem a disposição; Que é on-topic e interessante na minha opinião. Agora eu tenho a séria impressão uqe a taxa de cresceimtno desse uso criativo de computadores está muito aquém dessa taxa citada de forma tão otimista pelo artigo - em que computador com internet só não é mais uma televisão com novela da globo por que enquanto o cara fica assistindo o conteúdo, também roda malware e pode ficar enviando spam e capturando senhas de banco. Desculpa o mal-humor da mensagem. Mas acho que se voce abstrai-lo vai ver que os fatos são mais ou menos esses. js -- 08/08/2008 15:16:39 Ana Paula Sousa, Daniel Pinheiro e Phydia de Athayde* Paulo Joaquim de Melo Júnior, 23 anos, é um típico garoto da periferia paulistana. Filho de um pernambucano de Garanhuns e de uma baiana de Feira de Santana, nasceu e cresceu no Jardim São Luís, zona sul da cidade, tão carente de infra-estrutura quanto de perspectivas. Aos 14 anos, tomou contato com um computador em um cursinho “bem básico” na ONG Casa dos Meninos. Interessou-se por aquilo tudo e, no ano seguinte, ajudava outros garotos a entender a máquina cheia de botões. Sem perceber, fascinou-se pela idéia de compartilhar conhecimento. Decidido a ter um computador só seu, juntou dinheiro com dois amigos e comprou um, usado, a prazo. “Meu pai achava mirabolante”, diz, meio tímido. “Mas ele via que eu podia crescer aí.” Erivaldo Magno da Conceição, de 15 anos, é outro típico garoto da periferia paulistana. Estuda em colégio público à noite e, todos os dias, passa ao menos três horas em uma lan house no Jardim São Luís. Lá, gasta 20 reais mensais, usando as horas de conexão que compra e também a de amigos. Sonha com um computador em casa. “Mas, mesmo se eu ganhar, vou continuar vindo aqui”, diz, sem tirar os olhos da tela, onde comanda um carro de corrida no game Need for Speed. Ao redor, adolescentes e crianças ocupam quase todas as máquinas do estabelecimento: dezessete garotos estão em jogos e quatro meninas, no Orkut. Júnior e Conceição representam duas faces de um fenômeno que se agiganta no Brasil. Especialistas estimam que, na virada do ano, metade da população brasileira, ou mais de 90 milhões de indivíduos, terá, de alguma maneira, acesso à internet, seja em casa, no trabalho, no celular, seja em locais públicos. Quando se pensa apenas em usuários domésticos, os números são mais modestos. Pesquisa do Ibope Monitor, que leva em conta apenas as residências, mediu 22,9 milhões de usuários. O Brasil, segundo a ONG norte-americana Internet World Stats, mantém um dos ritmos mais fortes em todo o mundo de crescimento do acesso. Entre 2000 e junho de 2008, o número de novos conectados cresceu 900%. Uma pesquisa recente do Datafolha contabilizou que 47% dos brasileiros já têm acesso à internet. Há outros dados surpreendentes: - Somos o país no qual os usuários passam mais tempo conectados por mês. São mais de 22 horas mensais, ante 20 horas da França e 17,5 na Alemanha. - Brasileiros alavancam febres na internet, como a do Orkut e a do Second Life. Estima-se que 27 milhões de nativos naveguem pelo Orkut, o mais popular site de relacionamentos da rede. - O Brasil chegou aos 50 milhões de computadores no ambiente doméstico e corporativo, segundo a Fundação Getulio Vargas. - Na terça-feira 5, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgou a previsão de venda de computadores em 2008: 13 milhões de unidades. Com os atuais 50 milhões de máquinas, o País tem uma média de 26 computadores para 100 habitantes, valor superior à média global, de 21 equipamentos para cada centena. *Colaborou Cynara Menezes *Confira a íntegra da reportagem na edição impressa ___ PSL-Brasil mailing list
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Compartilho com o otimismo da matéria. Necessitamos de matérias bem feitas como esta para recuperarmos a auto-estima. Mas, não deixem de ler a matéria impressa pois está muito boa e não é a mesma da online. Marcelo Revista Carta Capital O Brasil cai na rede http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2a2=6i=1743 08/08/2008 15:16:39 Ana Paula Sousa, Daniel Pinheiro e Phydia de Athayde* Paulo Joaquim de Melo Júnior, 23 anos, é um típico garoto da periferia paulistana. Filho de um pernambucano de Garanhuns e de uma baiana de Feira de Santana, nasceu e cresceu no Jardim São Luís, zona sul da cidade, tão carente de infra-estrutura quanto de perspectivas. Aos 14 anos, tomou contato com um computador em um cursinho “bem básico” na ONG Casa dos Meninos. Interessou-se por aquilo tudo e, no ano seguinte, ajudava outros garotos a entender a máquina cheia de botões. Sem perceber, fascinou-se pela idéia de compartilhar conhecimento. Decidido a ter um computador só seu, juntou dinheiro com dois amigos e comprou um, usado, a prazo. “Meu pai achava mirabolante”, diz, meio tímido. “Mas ele via que eu podia crescer aí.” Erivaldo Magno da Conceição, de 15 anos, é outro típico garoto da periferia paulistana. Estuda em colégio público à noite e, todos os dias, passa ao menos três horas em uma lan house no Jardim São Luís. Lá, gasta 20 reais mensais, usando as horas de conexão que compra e também a de amigos. Sonha com um computador em casa. “Mas, mesmo se eu ganhar, vou continuar vindo aqui”, diz, sem tirar os olhos da tela, onde comanda um carro de corrida no game Need for Speed. Ao redor, adolescentes e crianças ocupam quase todas as máquinas do estabelecimento: dezessete garotos estão em jogos e quatro meninas, no Orkut. Júnior e Conceição representam duas faces de um fenômeno que se agiganta no Brasil. Especialistas estimam que, na virada do ano, metade da população brasileira, ou mais de 90 milhões de indivíduos, terá, de alguma maneira, acesso à internet, seja em casa, no trabalho, no celular, seja em locais públicos. Quando se pensa apenas em usuários domésticos, os números são mais modestos. Pesquisa do Ibope Monitor, que leva em conta apenas as residências, mediu 22,9 milhões de usuários. O Brasil, segundo a ONG norte-americana Internet World Stats, mantém um dos ritmos mais fortes em todo o mundo de crescimento do acesso. Entre 2000 e junho de 2008, o número de novos conectados cresceu 900%. Uma pesquisa recente do Datafolha contabilizou que 47% dos brasileiros já têm acesso à internet. Há outros dados surpreendentes: - Somos o país no qual os usuários passam mais tempo conectados por mês. São mais de 22 horas mensais, ante 20 horas da França e 17,5 na Alemanha. - Brasileiros alavancam febres na internet, como a do Orkut e a do Second Life. Estima-se que 27 milhões de nativos naveguem pelo Orkut, o mais popular site de relacionamentos da rede. - O Brasil chegou aos 50 milhões de computadores no ambiente doméstico e corporativo, segundo a Fundação Getulio Vargas. - Na terça-feira 5, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgou a previsão de venda de computadores em 2008: 13 milhões de unidades. Com os atuais 50 milhões de máquinas, o País tem uma média de 26 computadores para 100 habitantes, valor superior à média global, de 21 equipamentos para cada centena. *Colaborou Cynara Menezes *Confira a íntegra da reportagem na edição impressa ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil