Caros,

Devo acrescentar uma palavra (em maiúscula) na terceira linha da minha
resposta anterior ao item 4. Não só para maior clareza, mas também para
ilustrar como o uso da criptografia podem fazê-la, pelos detalhes, tanto
instrumento para o anonimato quanto instrumento para o vigilantismo

sds


Pedro A.D.Rezende escreveu:

> -------- Mensagem original --------
> Assunto:      pirate bay, tracker, DHT
> Data:         Wed, 18 Nov 2009 23:48:39 -0500
> De:   Pedro Paranaguá <pedro.parana...@gmail.com>
> 
> c...@s,
> 
> Tenho uma dúvida técnica -- não sei se alguém de vocês sabe a resposta
> ou se envio para a lista PSL.
> 
...
> 
> 4. Se sim, a única solução é criptografia, como Tor e tantas outras?
> 
> Há que ter certos cuidados ao se pensar em criptografia como "solução".
> 
> Em rede aberta (por exemplo, na Internet), a única coisa que a
> criptografia pode fazer é traduzir o problema da identificação *MÚTUA* de
> interlocutores que desejam, através dela, comunicar-se em privado ou com
> garantias de integridade (de origem ou de conteúdo), para o problema da
> distribuição de certificados-raiz, para o da custódia de chaves
> privadas, e para o da integridade das plataformas onde chaves
> criptográficas operam.
> 
> E os problemas traduzidos, conforme explico em "Modelos de Confiança"
> (http://www.cic.unb.br/~pedro/trabs/modelos_de_confianca.pdf), só terão
> solução eficaz em situações onde haja um canal de confiança entre os
> interlocutores que seja adequado ao objetivo e ao método de proteção
> escolhidos, e que lhes esteja disponível tempestivamente.
> 
> Uma ICP, ou qualquer agregado de procedimentos e mecanismos de segurança
> digital (por exemplo, para distribuição de chaves PGP), não pode
> proteger quem quer que seja além de suas fronteiras virtuais. Não pode
> impedir que, em computadores e redes, sejamos atacados através dessas
> fronteiras de confiança.
> 
> Na realidade, tais ataques são tão plausíveis quanto indicarem as
> relações custo/benefício em se penetrar essas fronteiras de confiança,
> sob o recrudescente cerco do risco moral à disseminada tecno-imersão de
> práticas sociais. Por isso, a "solução" critográfica terá eficacia
> sempre relativa às condições de confiança disponíveis ao contexto de
> uso. Forçar a barra, ou obscurecer esses limites, constitui aquilo que
> Bruce Schneier chama de "teatro da segurança".
> 
> -------------
> 
> Por favor dêem reply-all para todos tomarem ciência -- e eventualmente
> complementarem.
> 
> []s
> 
> pedro paranaguá
> 


-- 
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prof. Pedro Antonio Dourado de Rezende /\
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