Companheiros(As) e Ricardo.

Primeiro que, a existencia de .gov aqui na lista não
significa NADA pois na questão das urnas o .gov nao
tem a minima influencia sobre quem é dono das mesmas.

Este debate só começa a acontecer às vésperas das
eleições quando TUDO já foi decidido e encaminhando pelo
LEGISLATIVO e TSE. Portanto, totalmente INOCUO para as
próximas eleições (a nao ser pelo fato de que, a cada dia,
mais pessoas caem na REAL!)

Vou destacar e comentar poucos pontos...

>...
> Posso afirmar que elas são animais totalmente diferentes. As brasileiras
> podem ter outros problemas, interiramente diversos.
>

Na verdade, as máquinas de votar brasileiras nem podem ser
consideradas URNAS.

>>     O jornal baiano "A TARDE" publicou, em 4 de junho de 2006, uma
>>     matéria sobre o acontecido nas eleições de 2002 na cidade de
>>     Salvador: o desaparecimento de 8.000 (oito mil) cartões de
>>     programação de urnas eletrônicas, que colocaram em risco a
>> segurança
>>     do pleito na Bahia!! Este montante corresponde a 24% do eleitorado
>>     daquele estado e o fato foi totalmente omitido na ocasião.
>
> Devem estar em cameras digitais e tocadores de MP3.
>

Ou sendo preparados para as próximas eleições.
O caso da Bahia foi arquivado em 2005 pela perda do objeto
e todo mundo se deu por satisfeito e o TSE não teve que
admitir que existiu fraude.

>
>...
> Não seria um problema se a urna fosse inviolável e, se a urna for
> violável, tudo está perdido. De repente guardar parâmetros de
> inicialização em uma memória write-once soldada na motherboard - SHA1s
> de todas as mídias e configuração de jumpers - seria uma boa idéia.
> Não
> vai impedir nada, mas vai deixar um rastro auditável - quem bootar uma
> urna com o software errado vai deixar marcas. Essa memória poderia ainda
> guardar uma chave criptográfica (recriada a cada boot) para autenticar
> os dados como tendo sido gerador por aquela urna naquela operação.
>

Um bom caminho a ser seguido/sugerido/implementado/
colocar RASTROS. Aliás eles já existem. Mas são ignorados
pelo TSE a cada dois anos.... e TOTALMENTE apagados a cada
eleição.

...
> Isso demandaria o uso de código não-autorizado na urna.

O que é POSSÍVEL.

> Fazer isso é ridiculamente simples.

Concordo. Ridiculamente simples de fazer.

> A mágica acontece se alguém conseguir fazer isso
>   sem ser notado antes, durante e depois da eleição.

Não precisa do durante e nem do depois.
Basta ANTES o candidato a fraudador ter algumas horas
de acesso às urnas e trocar os flash-cards

> Se conseguir, tem
> meu mais sincero respeito.
> Não que não seja um crime, mas o cara é bom.
>

Não precisa ser muito bom não, basta conhecer que dê o
acesso por algumas horas (proporcionalmente ao número de
urnas em determinada Comarca Eleitoral).

>>...
> Concordo que a impressão e visualização dos votos é importante. Em
> 2002
> fizemos uma impressora exatamente para isso. Como eram em menor número
> que as urnas (elas não são baratas), elas seriam sorteadas entre as
> urnas. Não sei se isso aconteceu.
>

Em 2002, o DF e SErgipe, usaram impressoras, com a PIOR orientação
possível. O resultado (forjado pelos TREs) foi trágico e voltado
para dar o veredicto de que impressoras não deviam existir para
mostrar voto ao eleitor. Assim foi feito e em 2003 retirada a
obrigatoriedade das impressoras.
No minimo tres municipios, nas demais unidades da federação, usaram
impressoras para conferencia de voto pelo eleitor em 2002.
Acompanhei em tres municipio mineiros o processo.
Uma lástima. os juízes foram pessimamente orientados. Dá para escrever
um livro.

>>...
> Eu acho que ele mais ou menos resolve os mais importantes. O eleitor vê
> se o voto é o dele mesmo e ele vai pra uma urna.

O ELeitor, como maior interessado e maior fiscal de seu
proprio voto é quem tem a autoridade para reclamar.

> Havendo suspeita, os
> votos de papel são verificados. O que não pode é qualquer um pedir
> recontagem de votos de papel para todas as urnas ou poderiamos
> simplesmente voltar à época dos votos de papel.

Nao tenho tanta certeza de que a VERIFICACAO/FISCALIZACAO
por parte do eleitor provocaria o retorno do voto em papel.
FUD!

>...
> É uma impressora diferente, ligada a uma urna descartável e com uma
> janela (e componentes mecânicos bem chatos de manter funcionando) para
> que o eleitor visualize seu voto. E sim, eu acho que o BU deveria ser
> fornecido a qualquer cidadão interessado, inclusive, dentro dos limites
> do razoável.
>

Em tempos de altíssimos MTBF para equipamentos impressores
o TSe ainda está na Idade Média.


>>...
> Essa é uma das coisas que fazem sentido. Eu sempre tenho vontade de
> surrar quem propõe que se imprima o voto para levar pra casa.
>

Concordo SE vc fala em levar o voto da forma como ele
foi verificado.
mas o Schaum, se nao me engano, tem uma solução bastante
interessante para o assunto. Aliás, uma solução que
responderia a maioria das questões colocadas. Poderia
ser o comprovante de votação, com o voto (não decifrável)
e com a possibilidade de recontagem rápida e mecânica.


>>...
> Com o BU impresso (e eu sugeriria que ele fosse impresso ao mesmo tempo
> em forma legível para humanos e também para máquinas - "códigos de
> barra" que hoje em dia não são mais barras, mas pontos). A impressão do
> BU na hora da lacração da urna dificultaria o ataque à urna depois de
> lacrada. Se bem me lembro, para dificultar ataques à urna em trânsito,
> ela tem um prazo de algumas horas para chegar ao tribunal eleitoral e,
> se perder esse prazo, é impugnada.
>

Não é bem assim.... e acontece de tudo com os disquetes que
transitam com a imagem do BU. A impressao do BU
no local da votação assim que encerra-se a mesma é ESSENCIAL.


>>     Além disso, é desejável que os BUs aceitos pelo sistema
>> eletrônico
>>     de totalização sejam publicados na Internet na medida em que
>>     possibilitaria a comparação e auditoria entre eles e os BUs
>> emitidos
>>     pelas urnas eletrônicas.
>
> Concordo totalmente com isso. Mais uma coisa que faz sentido. A análise
> de desvios na contagem pode ajudar a indicar onde e se houve fraudes
> (duas urnas da mesma seção não devem divergir significativamente, por
> exemplo). Se isso puder ser feito em tempo real e pelo maior número de
> pessoas possível, só temos a ganhar.
>

Todos estes mecanismos são rejeitados pelo TSE.
Só quem recebe um CD com parciais (estes CDs são entregues
aos partidos) e o analisa sabe que diferenças gritantes são
"normais".

Um parentesis....
Numa eleição proporcional, fica CHEIO de fiscal de partido que
só quer saber da evolução e votação de seu candidato a estadual
e federal... Na eleição de 2005, alguns partidos mais ciosos
foram atropelados pelos outros fiscais que pediram ao TSE para
acelerar a entrega de parciais em detrimento da análise dos
resultados por local e comarca de votação.


>>...
> Não vejo porque não aceitar opiniões (e rebatê-las energicamente,
> quando
> o caso) de qualquer um qualificado para isso.
>

Segurança por obscurantismo é o nome.

>>     TSE vem sistematicamente se opondo a realizar os Testes de
>>     Penetração, impedindo o acesso aos programas de segurança
>>     (permitidos até a Lei 9.504/97), abolindo todo e qualquer tipo de
>>     auditoria quando veta a impressão do voto e dos Boletins de Urna
>> (BU).
>
> De fato, torná-la inauditável só faz com que não tenhamos más
> notícias.
> Nem sempre é preciso receber boas notícias, mas, se deixarmos de receber
> as más, teremos problemas.
>

Tem vencido, desde 1995, a proposta de não deixar se
ver e mostrar nada de ruim. O próprio slogan da propaganda
do TSE (100% segura) dá bem o tom de como eles pensam
segurança.

Continuarei repetindo:
Quem diz que alguma coisa de TI é 100% segura ou está agindo
de má-fé ou NÃO SABE ABSOLUTAMENTE NADA sobre segurança.

[]s,

Evandro Oliveira
Brasília - DF

P.S. - Ah! esqueci do tópico da mensagem.
       SIM!!!
       Código Aberto, Sw Livre ou o termo que quiserem usar,
       NÃO SOMENTE nas urnas (o que é um equívoco generalizado!)
       mas em TODO O SISTEMA ELEITORAL ELETRONICO BRASILEIRO.

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