TICs é caro mesmo. O Software Livre por sí só não barateia custo, e
como um backbone e datacenter para contas de correio é 99%
ifraestrutura e 1% software, seria justificavel a busca de parcerias.

Agora devemos passar ao passo 2: a M$ se ofereceu para abrigar as
contas. Em troca de quê??? Como falei, seria justificavel a busca de
parcerias, mas sem vender a alma ...

2009/2/9 Everton Rodrigues <ever...@softwarelivre.org>:
> Relato sobre decisões na área das Tics no Estado do Pará – situação complexa
>
> No dia 01 de fevereiro de 2009, aconteceu reunião para discutir
> conectividade pública, legislação de controle da internet, datacenter
> público e software livre na Amazônia e o acordo da micro$oft com o
> governo do Pará.
>
> A reunião contou com as seguintes presenças:
>
> Maurílio Monteiro - Secretário de Ciência e Tecnologia do Governo do Pará
> João Veweil - Secretário Adjunto de Ciência e Tecnologia do Governo do Pará
> Renato Francês - Presidente da Prodepa
> Alex Rocha – Prodepa
> Edgard Piccino - Secretário Executivo Projeto Casa Brasil
> Demétrius de Paula e Everton Rodrigues - Projeto Software Livre Brasil.
>
> A conversa foi produtiva e tornou algumas questões nítidas, elucidando
> as muitas notícias que circulam na rede de forma evasiva e dispersiva.
> Muito tem se falado sobre o acordo do governo do Pará com a micro$oft.
> Mas nem tudo que circula pela internet é verdade, segundo o Secretário
> de Ciência e Tecnologia.
>
> Maurílio Monteiro e Renato Francês alertam para as inverdades sobre a
> privatização das contas de correio eletrônico de funcionários
> públicos. Eles dizem que o acordo envolve apenas contas de e-mails
> para usuários do projeto Navega Pará.
>
> O fato é que os funcionários públicos usam e irão continuar a usar a
> ferramenta expresso, e ainda é bom lembrar que após o criador do
> EXPRESSO (governo do Paraná) o Governo do Pará foi o primeiro estado a
> adotar essa ferramenta para gerenciamento de e-mails, agendas,
> contatos, tarefas, etc.. e isso não mudará.
>
> Na reunião, ficou evidenciado que o problema do acordo com a micro$oft
> não é político e sim econômico. Quem acompanha a política nacional,
> sabe das dificuldades do estado do Pará. Além de ser um estado que tem
> os maiores índices de violência no campo, na luta pela terra, também é
> o estado onde, historicamente, os governantes fazem menos pela
> população em geral.
>
> O Governo do Estado do Pará é pioneiro no debate do backbone público,
> e isso precisa ser reconhecido. Não reconhecer isso é ser
> irresponsável. O Pará é um estado com sérios problemas de índices de
> pobreza que é resultado de exploração da Amazônia por potências
> empresariais e coronéis, para quem a vida vale bem pouco. O governo
> paraense entende que para melhor esse quadro é preciso levar
> informação e conhecimento para todas as cidades do estado. Certamente
> num estado amazônico, levar conectividade não é assim fácil como em
> outros tantos locais.
>
> O Secretário Maurílio relata que o governo do estado procurou o MCT
> com objetivo de discutir orçamento para construir o projeto de
> backbone publico (já em andamento) e depois de 3 anos sairá 3 milhões
> de reais. Ele também enfatiza que essa demora não facilita a
> construção do projeto.
>
> Além de construir esse projeto de conectividade, também seria
> importante constituir um datacenter para abrir todas as contas de
> correios eletrônicos dos usuários do projeto Navega Pará. Essas contas
> de e-mails institucionais que cada pessoa receberá seria um canal de
> comunicação entre o estado e os usuários. Mas como houve pouco apoio
> ou quase nada, então, uma opção teve que ser escolhida. E a escolha
> foi de investir prioritariamente no projeto do backbone e conexão com
> a rede pública.
>
> Para resolver o problema dos e-mails para os usuários, foram obrigados
> a recorrer a empresas privadas, como: o Gmail, o Yahoo, o Bol e o
> Hotmail. E o ofício enviado para essas empresas que explicava e
> descrevia o projeto do governo do Pará, foi respondido apenas pelo
> Hotmail.
>
> O governo do estado precisaria de mais 4 milhões para montar um
> datacenter, que poderia atender não somente o estado do Pará, mas
> todos os estados da Amazônia.
>
> Vale relembrar que esse acordo com a micro$oft é para as contas de
> e-mails das/os usuárias/os do projeto Navegará Pará, e não envolve as
> contas das(os) funcionárias(os) públicos.
>
> Outra questão importante, que o secretário salienta é, por exemplo: a
> obrigatoriedade de uso de tecnologias proprietárias nas relações com a
> Coordenação de Suporte à Análise Financeira dos Estados e Municípios,
> e que isso custa muito. Renato ainda complementa: Porque o movimento
> não se mobiliza para nos ajudar a migrar essas ferramentas, que
> poderia economia muitos recursos nos orçamentos das prefeituras e
> estados, e reclama que todas as prefeituras e estados são refém da
> CAFEM, porque, por exemplo, a Caixa Econômica Federal só libera
> recursos se os estados tiverem CAFEM. Então esse é um exemplo de como
> plataformas de gestão corporativas e proprietárias utilizadas pelo
> Governo Federal obrigam os estados a adotarem-na também, aumentando os
> gastos. Vale salientar que o Serpro que é quem mantém essas
> plataformas e já recebeu proposta CAFEM com Java.
>
> Nesse projeto de backbone público, a Eletronorte é peça chave. A
> Eletronorte tem como contribuir com a proposta, fazendo acordos de
> cooperação com todos os estados amazônicos para construir essa rede
> pública de internet nos mesmos termos que foi feito com o Pará. Vale
> lembrar que a empresa privada OI utiliza os dutos da Eletronorte, e
> mesmo assim cobra muito caro para levar conexão para o Norte.
>
> O resultado da reunião foi de realizarmos uma agenda propositiva para
> debater o financiamento e desenvolvimento de ferramentas livres com
> backbone público e datacenter público, onde o MCT, Planejamento,
> Presidência da República, Serpro e governo do estado do Pará podem
> coletivamente resolver essas questões.
>
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