Ciência mais próxima de descobrir 100 milhões de Terras pela Galáxia
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Publicado em 28 jul 2010 em
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Há quase cinco séculos, *Nicolau Copérnico* iniciou uma revolução ao
defender um modelo do Universo que não possuía a Terra como centro. A
Revolução Copernicana se estende até hoje, ao descobrirmos que longe de
estarmos no centro de tudo, o cosmos se estende e se expande em um
espaço-tempo por bilhões e bilhões de anos-luz, como diria *Carl Sagan*.
Mesmo nossa galáxia já possui em torno de 100 bilhões de estrelas, e é
apenas uma entre centenas de bilhões de galáxias.

Havia, e há entretanto, uma pedra no sapato da Revolução Copernicana:
estamos, ou parecemos estar, sós. Não apenas isso, enquanto a astronomia
estendia as escalas do Universo a dimensões quase incomensuráveis,
descobrindo estrelas, nebulosas e mesmo galáxias sem fim, todos os planetas
que conhecíamos eram planetas de nosso próprio sistema solar. Por décadas
cientistas especularam seriamente se sistemas planetários não seriam
raridades, formadas por uma conjunção absurdamente improvável de colisões ou
condições, e uma estrela como o nosso Sol, rodeada por pequenos planetas
rochosos e alguns gigantes gasosos, seria única, singular.

Há menos de vinte anos, a situação finalmente começou a mudar. Foram
desenvolvidos novos telescópios, ferramentas e técnicas astronômicas que
permitiram por fim observar evidência de planetas distantes, orbitando
outras estrelas. E praticamente tão logo tais instrumentos foram colocados
em ação, planetas extra-solares foram descobertos. E como foram. Em menos de
vinte anos descobriram-se em torno de 500 planetas extra-solares. Se há
trinta ou quarenta anos um astrônomo poderia teorizar se sistemas
planetários seriam um raridade no Universo, hoje está claro que exatamente o
oposto é a realidade: quase todas as estrelas que observamos no céu possuem
planetas à sua volta. A Terra não é o centro do Universo, nem o sistema
solar de que fazemos parte é único.

A Revolução Copernicana ainda não está completa. Conhecemos hoje muito mais
planetas orbitando outras estrelas do que nosso próprio Sol, mas quase todos
esses exoplanetas são gigantes muito diferentes da Terra. E, novamente
conservadores, alguns astrônomos especulam se os sistemas planetários comuns
pela galáxia não seriam diferentes do nosso, com uma grande escassez de
pequenos planetas rochosos em zonas habitáveis como a Terra. Novamente,
contudo, limitações em nossas observações podem responder pela pequena
quantidade de planetas de dimensões comparáveis à da Terra descobertos até
agora.

*Assista ao 
vídeo*<http://www.ceticismoaberto.com/ciencia/3665/cincia-mais-prxima-de-descobrir-100-milhes-de-terras-pela-galxia>

Em uma inspiradora palestra *TED* proferida no último dia 16 de julho
(acima, em inglês), o astrônomo de Harvard *Dimitar Sasselov* lembra como
este ano de 2010 vê a convergência de três grandes eventos aparentemente
distintos, que podem se revelar entrelaçados na direção das maiores
descobertas de nossa espécie. O primeiro destes eventos é o sepultamento do
mesmo Nicolau Copérnico. Falecido em 1543, Copérnico foi inicialmente
enterrado, como era costume na época, em uma tumba coletiva. O homem que
revolucionou o mundo jazia assim praticamente anônimo em meio a muitos, até
que há poucos anos o que seria seu corpo foi identificado – com base em
traços forenses como uma cicatriz sobre seu olho. Mas como estar seguro de
que este não poderia ser um companheiro falecido na mesma época, que também
tivesse por coincidência a cicatriz e outros traços?

Entra o famoso teste genético, parte da revolução nas ciências da vida que
vivemos neste exato momento. No ano passado, amostras de fios de cabelo de
presentes em um de seus livros preservado até hoje combinaram geneticamente
com o corpo, e a identificação acima de dúvida razoável, quase tão segura
quanto um teste de paternidade contemporâneo, finalmente permitiu que no dia
22 de maio de 2010, mais de 450 anos depois de sua morte, Nicolau Copérnico
fosse sepultado em um segundo funeral com as devidas
honras<http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/739310-nicolau-copernico-e-enterrado-de-novo-na-polonia-467-anos-depois.shtml>
.

Poucos dias depois, em junho, a equipe científica comandando uma sonda
espacial nomeada em honra a um astrônomo que levou à frente a Revolução
Copernicana, a sonda *Kepler*, divulgou seus primeiros resultados. Sasselov
é um dos líderes da equipe de astrônomos, e as notícias são boas, como notou
na palestra. Nada menos que 706 candidatos a planetas – isto é, possíveis
planetas extra-solares – foram identificados baseados em apenas 43 dias de
observação. “*Uma parcela significativa desses não devem ser mesmo planetas,
e não sabemos ainda qual é esta fração*”, notou Sasselov, mas a sonda deve
buscar planetas por mais de três anos! Porém essa não é a boa notícia, ou
pelo menos, não é a melhor das notícias.

“*Os candidatos planetários da Kepler, como os 306 divulgados no último dia
15 de junho, têm órbitas e tamanhos estimados. Organizados por tamanho
aparente, a maioria dos candidatos possui um tamanho igual ou menor ao de
Netuno. Esta é a boa notícia*”. A melhor das notícias. Que ainda deve se
confirmar, mas Sasselov pinta os primeiros sinais como indicadores de que a
distribuição de planetas pelo Universo deve bem ser similar à de nosso
sistema solar.

De onde vem o tantalizante número de 100 milhões de planetas como a Terra.
Permanece sendo, por ora, apenas uma possibilidade, mas uma cada vez mais
concreta, e uma que pode vir a ser confirmada com boa evidência nos próximos
anos. Pouco a pouco vamos preenchendo com base em observações astronômicas a
famosa equação de *Frank Drake*
<http://www.observatorio.ufmg.br/pas05.htm>estimando o número de
civilizações extraterrestres, e incrivelmente, algumas
das estimativas mais otimistas podem se confirmar.

[image: dnafingerprint]

Sasselov mencionou três grandes eventos cruzando-se para revolucionar o
mundo, e mencionamos até aqui apenas dois, o sepultamento de Copérnico com a
confirmação de sua identidade por um exame genético, bem como a indicação de
centenas de planetas extra-solares em uma distribuição similar à do nosso
sistema planetário. O terceiro grande evento fez ainda mais barulho que os
anteriores, e com razão: a biologia sintética.

Os mesmos avanços que permitem criar uma célula capaz de se reproduzir com
base em um material genético sintetizado – uma das mais destacadas
conquistas da área alcançada por *Craig Venter* e anunciada poucos dias
antes do novo sepultamento de
Copérnico<http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/05/100520_bacteria_genoma_sintetico_mv.shtml>–
pode ser um dos braços de uma ponte em construção que permitirá
buscar, e
quiçá encontrar vida em outros planetas. Vida que pode ou não ser similar à
nossa – a biologia sintética fornecerá as ferramentas e as para testar e
descobrir um sem número de possibilidades.

A Terra não é o centro do Universo, e em meio da centenas de bilhões de
estrelas, há centenas de bilhões de planetas, possivelmente com centenas de
milhões de “Terras”. Quantos deles não serão mesmo outras Terras, abrigando
vida, quem sabe mesmo civilizações com seus próprios Copérnicos, completando
definitivamente a Revolução Copernicana, e estendendo o que de mais precioso
conhecemos a dimensões interestelares?

No ano em que Copérnico foi sepultado, podemos ainda não ter feito contato,
mas pelos caminhos inesperados da ciência – em um laboratório, sob o
microscópio – ou naqueles bem esperados – através de um satélite dedicado a
identificar exoplanetas – poderemos encontrar o conhecimento essencial para
descobrir se afinal estamos ou não sós.

Porque só saberemos ao certo, quando comprovarmos que não estamos sós.

- – -

[via Cosmic 
Log<http://cosmiclog.msnbc.msn.com/_news/2010/07/26/4756559-millions-of-earths-talk-causes-a-stir>,
confira também o esclarecimento de Sasselov, em inglês, a alguns
mal-entendidos sobre Planets large and small: the Kepler planetary
candidates in my TED
Talk<http://blogs.nasa.gov/cm/blog/kepler/posts/post_1280268721769.html>.
Imagem acima, *flaivoloka <http://www.sxc.hu/photo/1037191>*, *sxc.hu*]


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



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