Mais uma vez a paródia brasiliana e brasileira surrealista parece piada de português. Me desculpem os lusitanos, mas conta-se que certa vez um português chamado Manuel, em viagem à Inglaterra, comprou um rádio que falava inglês, para dar de presente para a sua esposa. Todo faceiro, ao chegar em casa, deu o presente à sua esposa. Ao ligarem o aparelho, qual foi sua indignação, vendo que o rádio começou a falar em português. Sentiu-se enganado. Afinal, queria que o aparelho falasse em inglês, como no teste da loja "Unicamp inglesa".
Da mesma forma meu aparelho de CD só toca músicas da MPB, posso manda-lo para a UNICAMP, com o CD do Caetano Veloso que o parecer será positivo. O aparelho toca MPB. Afinal quem poderá contestar? Assim como posso mandar à UNICAMP para fazer uma análise da minha calculadora, que comprei em um camelô. Certamente terei um laudo positivo. Afinal a calculadora não tem opção de programação, ela já vem programada para fazer aquelas operações, nem mais nem menos.
O meu computador é 100% seguro, ele fica protegido da chuva, do sol, do calor, da umidade e posso garantir que ele escreve em português e ainda têm um dispositivo "secreto de segurança" que chamo de capa. É 100% honesto, não fala mal de ninguém, a não ser que o programem. Posso garantir, a Unicamp também, se eu pagar R$ 400.000,00 é claro. Ah, e toda a imprensa vai garantir, pode até dizer o que eu quiser. "O meu rádio lava mais branco que o OMO". Pode dizer que fui eu quem inventou o avião. Afinal, se pagar bem, perigo não tem. Ainda mais se pagar bem para quem está com o "pé na cova". Me desculpe a família Marinho, a expressão "pé na cova" me refiro financeiramente, sem nenhuma alusão ao sentido denotativo, nem de quem passou.
Na verdade, parece que a minha inteligência e a de todos os brasileiros está sendo aviltada. Como pode se afirmar que há segurança em 406.000 aparelhos? A unicamp testou todos? E mesmo que tenha testado, como pode afirmar que haverá segurança neles amanhã ou daqui a um mês ou um ano? E mesmo que houvesse, como pode-se afirmar que os "programas serão os mesmos, sem serem substituídos, acrescidos ou modificados, na data da votação?
Como se pode discutir em cima da evidência pública e notória desta farsa?
Por R$400.000,00 oficialmente, segundo colegas desse Fórum, certamente muitas pessoas afirmariam qualquer coisa. Imagine se recebessem um "extra oficialmente"? Mas não creio que a Unicamp se prestaria a isso. Só se eu ver no "Laudo secreto" a afirmação apresentada pelo TSE.
Certamente a minha calculadora de bolso é mais segura, pela sua limitação de recursos e pela sua incapacidade de ser modificada, do que o meu computador. Sua previsibilidade é segura.
Mesmo que no Mundo houvesse algum programa totalmente seguro na informática, quem deve ter a certeza da segurança não são os técnicos, mas o eleitor. O meio mais fácil é imprimir todos os votos, vistos e conferidos pelo eleitor, que o confirma e é depositado em urna, disponibilizado, num prazo de até cinco anos para dirimir quaisquer dúvidas e atender a qualquer demanda judicial, como prevê a Lei e a Constituição. Porquê não?
Quero pedir desculpas por ter chamado a parte da imprensa que se vende, para mentir e omitir, de "imprensa prostituta". Algumas vezes cometemos injustiças por palavras mal colocadas e me vejo na obrigação de me retratar perante a estas pessoas injustiçadas. Portanto, peço que as prostitutas me desculpem , elas vendem o que lhes pertence.
Jefferson Abreu
 
 

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