Roberto,
a Procomp eu não conheço, mas a Unisys sim. Eles são bastantes competentes, mas seguem exatamente o que foi contratado. Todas as especificações são feitas pelo corpo técnico do TSE e por outros funcionários "emprestados".

De qualquer modo a origem dos problemas da urna é filosófico, partiu-se da idéia (errada) que se é possível fazer um sistema 100% seguro, e nem de longe isto foi atingido (nem eles acreditam, senão não teriam recusado os testes de penetração que já foram propostos).
O correto seria projetar um sistema, mais seguro do que o atual (mas também não seria 100% seguro), mais transparente e fiscalizável (uma auditoria externa durante todo o processo), mas, principalmente, ter a mente aberta para aceitar que muitas tentativas de fraude irão ocorrer e todas as pessoas (inclusive eleitores) deveriam ser alertadas para ajudar na fiscalização. Quanto surgisse qualquer indicio, o TSE deveria ser o primeiro a querer ter o fato apurado por pessoas externas, e não usar a imprensa para desqualificar o indicio.

Quando fui, em julho último ao TSE, perguntei a um técnico (não escreverei o nome) que confio e sempre pareceu bastante ético e honesto comigo, "quantas tentativas de fraudes o TSE já tinha detectado", ele me respondeu que nenhuma.


Roberto Almeida wrote:
Márcio
peço desculpas se no calor dos acontecimentos não me expressei corretamente. Já em mensagem anterior havia enumerado os indícios de irregularidades nas eleições eletrônicas de 1998, que vc esclareceu terem como gestores a Procomp e seus subcontratados. Quanto às empresas seguirem as exigências dos editais de concorrência, tem sido um assunto recorrente aqui, o nível destas exigências, e constatamos na prática as falhas ocorridas. O que eu tentei expressar foi que qualquer Datamec ou Serpro da vida, faz trabalhos de maior complexidade sem falhas e com maior confiabilidade, pois não se prenderiam a interesses subalternos de maximização do lucro e/ou de beneficiar candidatos pro-capitalismo ou alinhados aos interesses externos. O que se aplica à maior parte das privatizações ou doações feitas do patrimônio público do pais. Por exemplo, nas minhas contas de telefone, eu ´já paguei três ou quatro linhas, considerados preços das tarifas e assinaturas antes da privatização. E os lucros de bilhões de dolares que a Telebrás tinha, estão nos bolsos de particulares. Todo pobre que conheço tem celular, mas nunca consigo falar com eles, e evito ligar para não se punido pela tarifa extorsiva. Que a Unisys ganhe seu dinheiro, tudo bem, mas que preste um serviço eficiente e confiável, caso contrário: fora daqui.//Roberto Almeida .  
----- Original Message -----
Sent: Tuesday, October 08, 2002 12:43 PM
Subject: [VotoEletronico] Re: Comentário eleitoral

Todas as eleições informatizadas foram operacionalizadas por empresas privadas.

No que se refere à urna eletrônica foram:

1996 Unisys e seus sub-contratados
1998 Procomp e seus sub-contratados
2000 Procomp e seus sub-contratados
2002 Unisys e seus sub-contratados

Estas empresas seguiram às exigências do edital da concorrência que elas ganharam...



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