O deputado federal Afonso Gil Castelo Branco (PDT-PI) entregou hoje, ao ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, o cargo cuja indicação era do PDT piauiense, no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Ele disse que não tem mais nenhuma responsabilidade sobre a indicação de José Carvalho Rufino. "Se eles quiserem mudar, mudem", lavou as mãos. Afonso Gil estava no gabinete do senador Mão Santa se solidarizando pelo tratamento a ele dispensado pelo Governo petista.
   
Para o deputado, está havendo perseguição e os parlamentares não têm
liberdade de expressar o pensamento. "O Piauí e o Brasil não estão tendo
Governo, mas sim uma ditadura", criticou Afonso Gil. O parlamentar encaminhou ofício ao presidente nacional do PT, José Genoino, e a José Dirceu. "Considero que é da ética da política e obrigação moral entregar esses cargos", emendou.
   
O PDT quer ter uma posição de independência com relação ao Governo. "Noventa e nove porcento dos projetos que estão sendo votados são de iniciativa do Executivo. Não existe projeto de parlamentares sendo votados. Vamos acolher e aprovar o que justo e criterioso. Não vamos aprovar qualquer coisa", frisou Afonso Gil.
    
O parlamentar disse que rompeu com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), quando ele demitiu 22 mil pessoas. "Eu advogava e defendia o contrato temporário de trabalho para que posteriormente este pessoal pudesse fazer concurso. Ele não atendeu. Mais de 20 mil pessoas foram demitidas e não quis mais conversa", finalizou.

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