Estado de S. Paulo
Sexta-feira, 13 de abril de 2001

Suíça adotará a "e-democracia" pela Internet
A primeira eleição via rede será realizada no primeiro semestre de 2002

JAMIL CHADE Especial para o Estado

GENEBRA - O governo suíço anunciou que irá promover, no primeiro semestre 
de 2002, a primeira eleição pela Internet no mundo. O objetivo da 
"e-democracia", como está sendo chamado o projeto, é aumentar a 
participação da população nas eleições gerais, que nos últimos anos tem 
sofrido uma queda significativa. "As novas tecnologias devem ser usadas 
para reforçar as possibilidades de participação direta dos cidadãos", 
afirma Robert Hensier, conselheiro do Cantão de Genebra. No ano passado, os 
eleitores que votaram em plebiscitos, referendos e eleições representaram, 
em média, apenas 43% da população do país. As autoridades suíças informaram 
que o uso da rede mundial de computadores incluirá todos os procedimentos 
eleitorais do país. Controle popular - Em poucos países do mundo a 
população tem controle sobre o governo como na Suíça. Plebiscitos são 
realizados toda vez que a Constituição é emendada ou quando o país debate a 
entrada em uma organização internacional. Há cerca de dois meses, os suíços 
foram às urnas e rejeitaram o início das negociações para a adesão da Suíça 
à União Européia. Além disso, a população pode rever qualquer decisão do 
Poder Legislativo por referendo. Mas a introdução da "e-democracia" só está 
sendo possível graças ao amplo uso da Internet no país. Segundo dados da 
Secretaria de Economia suíça, 57% dos habitantes dispõem de computadores em 
casa e pelo menos 44% navegam pela Internet quase todos os dias. Sistema 
seguro - Ainda neste ano, o Cantão de Genebra promete testar o sistema de 
votação pela Internet. O governo garante que está desenvolvendo um sistema 
de segurança que irá proteger o voto secreto e evitar a possibilidade de 
fraudes eletrônicas. Outra garantia é a de que não haverá possibilidade de 
modificar o resultado uma vez que o voto seja enviado pela Internet. A 
"e-democracia" faz parte de um projeto para substituir a administração 
tradicional por serviços na Internet, como emissão de documentos, 
pagamentos de tributos e informações. "Além de garantir mais transparência, 
os custos para os cofres públicos são menores e o serviço está disponível 
24 horas por dia durante todo o ano", explica um funcionário do Cantão de 
Genebra. Tradição mantida - Mas a introdução da Internet nas eleições, 
porém, não significará o fim dos procedimentos tradicionais de votação no 
país. De fato, em um dos cantões, Appenzell, a população ainda hoje se 
reúne na praça central todos os últimos domingos de abril para apontar os 
novos membros do governo e do tribunal de Justiça, além de aprovar 
resoluções sobre questões locais. O cerimônia ocorre desde 1378 e cada 
cidadão manifesta seu voto levantando a mão direita. Caso haja problema em 
identificar uma maioria, as mãos levantadas são contadas uma a uma. Apesar 
de Appenzell possuir pouco mais de 30 mil habitantes, até o início da 
década de 90, as mulheres não podiam votar.

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Quinta-feira, 12 de abril de 2001 - 15h04               
                
Internet        

Suíça promove primeiras eleições pela Internet

Genebra - O governo suíço anunciou que irá promover, no primeiro semestre 
de 2002, a primeira eleição pela Internet no mundo. O objetivo da 
e-democracia, como está sendo chamada, é aumentar a participação da 
população nas eleições, que nos últimos anos tem sofrido uma queda 
significativa. "As novas tecnologias devem ser usadas para reforçar as 
possibilidades de participação direta dos cidadãos", afirma Robert Hensier, 
conselheiro do cantão de Genebra. No ano passado os eleitores que votaram 
nos plebiscitos, referendos e eleições representaram, em média, apenas 43% 
da população do país.
O governo afirmou que o uso da rede mundial de computadores incluirá todos 
os procedimentos eleitorais do país. Em poucos países no mundo a população 
tem um controle sobre o governo como na Suíça. Plebiscitos são realizados 
toda vez que a constituição é emendada ou quando o país debate a entrada em 
uma organização internacional. Há cerca de dois meses, o país foi às urnas 
para rejeitar o início das negociações para a incorporação da Suíça na 
União Européia. Além disso, a população pode rever qualquer decisão do 
poder legislativo por referendo.
Mas a introdução da e-democracia só está sendo possível graças ao amplo uso 
da Internet no país. Segundo dados da Secretaria de Economia do país, 57% 
dos suíços possuem computadores em casa e 44% navegam na Internet quase 
todos os dias.
Ainda neste ano, o cantão de Genebra promete testar o sistema de votação 
pela Internet. O governo garante que está desenvolvendo um sistema de 
segurança que irá proteger o voto secreto e evitar a possibilidade de 
fraudes eletrônicas. Outra garantia do governo é de que não haverá 
possibilidade de modificar o resultado uma vez que voto seja enviado pela 
Internet.
Jamil Chade, especial para a AE


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