[VotoEletronico] ôba ôba
Olha o Mario dos Santos Paulo aí de novo, gente, o mesmo que escreveu aquele artigo no Globo pouco antes da eleição falando maravilhas do voto eletrônico e que foi comentado aqui por vários listeiros e mereceu carta do Benjamin Azevedo no mesmo Globo, dias depois. Deu na coluna de Ricardo Boechat, hoje, dia 13/11/2000, no jornal O Globo: *** Mau exemplo Do corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Rio, juiz Mário dos Santos Paulo, sobre o imbróglio americano: - O mais triste é que a fraude, que nós conseguimos abolir, lá ainda é possível. *** __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] En: US - Elections
-Mensagem Original- De: [EMAIL PROTECTED] Para: [EMAIL PROTECTED] Enviada em: domingo, 12 de novembro de 2000 23:32 Assunto: US - Elections Stratfor.com's WorldView - 13 November 2000 _ OUR NEW SERVICE FOR SUBSCRIBERS This e-mail newsletter remains free. But subscribe to Stratfor.com today for just $49.95 and get more global intelligence, every day. http://www.stratfor.com/subscribe.html ___ U.S. Election Results in Foreign Policy Concerns By George Friedman A statistical improbability has placed the United States on the edge of a constitutional crisis at worst and a leadership crisis at best. The real danger the American election poses is that it calls into question the legitimacy of the presidency. Since the president is the chief agent of U.S. foreign policy, this could destabilize the international system. The consequences are not trivial. Let us review how we got into this mess. As they have every four years for two centuries, the American people went to the polls on the first Tuesday in November to elect a president. Turnout was unexceptional. The campaign was neither the most rancorous nor the most enlightening. It took place in a time of relative peace and prosperity. Truth is, the candidates of the two major parties agreed on more things than they disagreed, leaving genuine divergence to the candidates of minor parties. As elections go, it just wasn't that important. Despite this, or perhaps because of it, or maybe by pure accident, the election turned out extraordinarily close to the point of statistical improbability. The popular vote almost evenly divided. Vice-President Al Gore appeared to lead by 200,000 votes out of about 100 million. We say appeared to because no one knows what the total would be in a national recount. Making a mistake of two- tenths of one percent is easy when you count 100 million ballots in a few hours. Nevertheless, it seems Gore won the popular vote. However, the popular vote does not elect the U.S. president. America's founders created a peculiar institution called the Electoral College. Voters do not vote directly for president but for electors real people nominated by parties. Whoever wins the popular vote within a state, with a few state exceptions, has his electors selected. They go through a process in December, cast their votes, which are then reported to the Senate in January, electing the president. The founders created the Electoral College primarily for two reasons. First, they distrusted the ordinary citizen to elect a president directly. Which is why they created this temporary council of elders who select the next president. Second, the founders understood the United States is a diverse land with varied interests and not a homogeneous entity. Certain groups are not very large but remain utterly essential to the nation. Consider farmers. They are vital out of proportion to their small numbers. If the political system responded only to size, it might completely ignore their interests. The Electoral College design forces national candidates to pay attention to farmers' interests because the farmers control at least some electoral votes. __ Would you like to subscribe to our new services for just $49.95 each year? http://www.stratfor.com/subscribe.html _ The system of state-based Electoral College forgetting the human electors for the moment also forces national candidates to break down their message to the state level and create a national political base from the parts. This has two effects. It forces national attention on matters of local importance in all parts of the country and selects presidents skilled at coalition building. So, the system has its uses. One of which was visible this week. If the popular vote counted, the country would now be going through a national recount, in which both sides would search for evidence of wrong doing everywhere. The events in West Palm Beach would repeat in every city, town and subdivision in the country. If you think the current situation is weird, imagine the United States undergoing a national orgy of recrimination. The electoral system has built in damage control, which the country badly needs right now. The statistical improbabilities in this election are amazing. Not only did the popular vote virtually tie, the electoral vote count through pure, unintended accident also equally divided. The entire election rested on the outcome of the vote in a single state, Florida, where the vote was amazingly close. But amazingly close is not the same thing as tied. On election night, Texas Governor George W. Bush won by less than 2,000 votes, percentage-wise on
[VotoEletronico] Mensagens perdidas
Verifiquem, por favor, se as mensagens reenviadas chegaram. Agradeço a atenção. Fiquem em Paz. Carlos Tebecherani Haddad __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] En: emprestimo de urnas eletronicas- faz-me rir, ou chorar?
Enviando novamente! Tem boi na linha! Fiquem em Paz. Carlos Tebecherani Haddad - Original Message - From: Sigmatec [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED] Sent: Friday, November 10, 2000 6:09 PM Subject: Re: [VotoEletronico] emprestimo de urnas eletronicas- faz-me rir, ou chorar? Caros amigos, Será que toda essa regulamentação foi obedecida quando do empréstimo das urnas eletrônicas para a Embaixada dos Estêites, dia desses aí atrás? Se não foi, então perderam a noção de perigo, definitivamente! E aí a coisa teria descambado para a completa esbórnia, total esculhambação, nenhum respeito (que já não tinham mesmo!...) pelo cidadão, tangenciando, perigosamente, os limites da ilicitude. E essa portariazinha sem vergonha quer ter força de LEI, o que não ocorre, nem pode ocorrer, de forma nenhuma. Ou seja, se tudo isso está acontecendo ao bel prazer do TSE, então as instituições, o sistema jurídico vigente, a cidadania e o próprio Estado de Direito estão mais desmoralizados do que o time do Corinthians. Aí é pedir (demais, concordo com vocês...) que esse povo pacífico, cordato, alegre e feliz, levante-se violentamente e ponha termo nesse desrespeito, nessa verdadeira ditadura, e remova esses títeres dos postos que ocupam. Logicamente vocês poderão dizer que eu sou ingênuo demais para acreditar que pessoas nomeadas (os ministros do STF/TSE) pelo presidente da República (recuso-me a colocar letra maíuscula para esse presidente--- que nada preside e só balança a cabeça para os patrões alienígenas --- que está aí) tomariam qualquer medida que contrariasse os interesses do vassalo dos imperialistas que está de plantão na cadeira do terceiro andar do Palácio do Planalto, certo? Resultado aparente de tudo isso: os patrões (Clinton et alii) mandarem, os vassalos do Planalto/TSE enviaram a máquina de opinar para a embaixada, sem mais delongas, e rapidinho. O parágrafo 1º do Artigo 10 dessa *porCaria* é um primor, uma verdadeira e autêntica jóia da arbitrariedade, pois confronta violentamente com o próprio texto da lei eleitoral que pretendeu, subsidiariamente, regulamentar, que diz serem abertos TODOS os programas e sistemas da urna a quem quiser (leia-se partidos políticos, que representam, ou DEVERIAM representar, a sociedade organizada em geral) verificar e conferir. Proibida AUDITORIA, expressamente! E isso não é DITADURA? Sem embargo, veja-se, pois, que NENHUM dos presidentes-generais que o Brasil teve, cometeu o atrevimento de proibir, ou deixar que proibissem, auditorias dessa espécie. E viram o seu partido (Arena, depois PDS), perder as eleições em todo o Brasil de forma acachapante, em todos os rincões, sem que tivessem movido um dedinho sequer para fraudar eleições, ou impedir auditorias e recontagens de votos. As fraudes d'antanho eram melhores do que as atuais, mesmo com o voto de cabresto, porque todos sabiam como funcionava. Hoje, não! Só uns 2 ou 3 (20, segundo o Camarão, que parece ter mesmo o intestino na cabeça, como o bichinho aquático que conhecemos...) "iluminados" e os seus áulicos e lambe-solas podem fazer o que querem, sem que a imensa maioria dos demais 168 milhões (parece que será esse o número final do Censo que está para ser encerrado) de brasileiros tenham outra coisa para fazer do que resignar-se, abaixarem as suas cabeças, e aceitarem o estupro à democracia e a violência às instituições perpetradas pelos poderosos. Como dizia o poeta: Vida de gado! Em 1917 houve um cidadão que proferiu palavras sapientíssimas, e apesar de nada ter mudado para melhor, proféticas. Dizia aquele senhor: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a rir-se da honra, desanimar-se da virtude, e ter vergonha de ser honesto". (Ruy Barbosa, 1917) Eu ia pedir aos amigos que me desculpassem pela extensão e teor desta mensagem, mas não me desculpem, não! Eu estou FARTO desse "status quo", e não dá prá segurar mais essa situação. O que fazer? Esperar o caldeirão explodir, que parece não estar faltando muito, mesmo! Em todo o caso, fiquem em Paz! Carlos Tebecherani Haddad. - Original Message - From: Paulo Gustavo Sampaio Andrade [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Sent: Friday, November 10, 2000 1:08 PM Subject: [VotoEletronico] emprestimo de urnas eletronicas Leiam em especial os arts. 10 e 13. -- RESOLUÇÃO Nº 19.877 (17.06.97) PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 15.559 - DISTRITO FEDERAL
[VotoEletronico] Re: inducao ao erro
Caro Nassif, Sua ironia demonstra a mesma arrogância da justiça eleitoral que não admite ser questionada. Eu queria apenas demonstrar que sua sugestão de que a urna eletrônica seria TECNICAMENTE melhor e mais confiável que os diversos sistemas americanos está equivocada. Para isto eu citei que TECNICAMENTE a falha de TODAS as urnas eletrônicas em Araçoiaba da Serra foi muito mais grave que aquela tão criticada cédula de Palm Beach, com o agravante de que o TRE simplesmente não reconheu o problema mais que evidente e provado (sete candidatos tiveram zero votos por que as TODAS as urnas foram carregadas de forma errada). (para maiores detalhes do absurdo que lá ocorreu, leia a Folha de 15/10) Eu não falei da importância relativa do evento. A cédula de Palm Beach se tornou importante exclusivamente por causa equilíbrio da eleição americana que pode ser decidida por menos de 300 votos. Se o mesmo ocorresse no Brasil (eleição equilibrada com votação distorcida por erro nas urnas de uma cidade) o TRE simplesmente ignoraria o fato e manteria o resultado sem permitir conferência ou recontagem, pois o sistema eletrônico brasileiro NÃO PERMITE RECONTAGEM OU AUDITORIA. Quanto ao furo mundial, eu não preciso lhe repassar nada, voce já o tem em suas mãos. Basta descrever como voce conseguiu concluir que a urna eletrônica é confiável sem que se possa auditar o sistema. Explique isso que o mundo cairá a suas pés. A Microsoft lhe daria um dinheirão para saber como conseguir para fazer chegar no computador de 100% dos clientes um programa 100% seguro contra erros e sabotagens. E volto a lhe perguntar: O que voce acha do Brasil gastar meio bilhão de dolares para comprar 350 mil computadores, para usá-los por 10 horas a cada dois anos, e ainda ter que trocar todas as baterias depois de apenas 20 horas de uso útil. At 10:26 13/11/2000 -0200, Nassif wrote: Prezado Amilcar, realmente nós, jornalistas, estávamos tão desinformados que nem nos demos conta de que os erros da grande Araçoiaba do Sul acabaram influindo nas eleições do maior país do mundo. Solicito remeter mais detalhes, para a gente dar um furo mundial. Um abraço, Nassif At 01:43 11/13/2000 -0200, Amilcar wrote: Tecnicamente, o erro de Araçoiaba da Serra é muito mais grave que o de Palm Beach, mas jornalistas mal infornados continuam afirmando que nosso sistema é melhor! ? [ ]s Amilcar EU QUERO VER MEU VOTO http://www.brunazo.eng.br tag-line: TSE garante: "La garantia soy Yo!" __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] VOTACAO ON-LINE NOS EUA
At 17:00 13/11/2000 -0200, you wrote: VOTACAO ON-LINE NOS EUA Durante cinco dias, a seguranca do sistema foi posta a prova. A empresa Safevote, fornecedora da tecnologia, liberou informacoes tecnicas com o objetivo de desafiar especialistas e hackers a corromper a seguranca da rede. Todas as tentativas de ataque foram frustradas. Este teste demonstra apenas e tão somente que o sistema apresentado resistiu ao ataque externo por um periodo limitado de tempo. Não dá nenhuma informação sobre ataques internos, que estatistica e tradicionalmente são os que causam os maiores dados. Como que este teste poderia garantir que no dia da eleição verdadeira, os autores não incluiriam um vicio de desvio de votos? [ ]s Amilcar EU QUERO VER MEU VOTO http://www.brunazo.eng.br tag-line: TSE garante: "La garantia soy Yo!" __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] Voto eletrônico
Caro Nazareno, Grato por sua disposição em me apresentar esclarecimentos, sobre nosso processo eletrônico de votar. No entanto que gostaria de apresentar alguns contra-argumentos, com o objetivo de esclarecer todo o processo. At 03:57 13/11/2000 -0800, you wrote: 1) A identificação do eleitor TEM que ser feita de forma que garanta que 1 eleitor só possa votar 1 vez. (se a verificação não for atrelada a urna, teria de ser ON LINE.) Nazareno, o fato de urna travar depois que um eleitor vota está correto. E para liberá-la para o proximo eleitor votar deve haver uma liberação da urna através de uma senha especifica digitada pelo mesário. O que está errado é que esta senha de liberação da urna seja o número do eleitor. Poderia ser qualquer outra senha fixa ou mutável (a hora e minuto, por exemplo). Ao fornecer o número do eleitor para o mesmo programa que coleta seu voto, torna-se possível que um programa mal intencionado quebre o sigilo do voto simplesmente gravando a relação eleitorXvoto. No sistema tradicional de voto por cédulas em papel e de identificação pela lista impressa o eleitor podia votar mais de uma vez se o mesário permitisse, lhe entregando mais de uma cédula e assinando a lista no lugar de algum outro eleitor que ainda não tivesse comparecido. Com a identificação plugada na urna, NÃO MUDOU NADA. Se o mesario permitir, o eleitor pode votar várias vezes, bastando o mesário liberar a urna usando o número de um eleitor que ainda não compareceu. Desta forma, a identificação do eleitor pela urna eletrônica não resolveu o caso do mesário desonesto e criou um risco ao bem maior do sistema democrático, que é justamente o voto secreto. Neste caso, não é necessário que o verificador fique "isolado" da urna, mas sim que este e a urna não armazenem os dados de forma LINEAR ou ORDENADA, mas aleatória, pois isto iria impossibilitar a identificação dos votos... Nazareno, em informática não existe nada aleatório. É tudo calculado, com fórmulas exatas e repetíveis. As fórmulas usadas para sorteio por computador são matematicamente chamadas de pseudo-aleatórias. Isto é, parecem sorteio ao acaso mas na realidade são cálculos exatos. Para se reproduzir o "sorteio" basta se guardar a chamada "semente" da sequência pseudo-aleatória e depois reproduzir o mesmo cálculo e "desembaralhar" os votos. 2)Os "Testes" foram elaborados com o intuito de verificar a integridade do "HARDWARE", o "SOFTWARE" deve ser checado por especialistas de cada partido e se possível por alguma O.N.G. (Organização Não Governamental - Sem vínculos políticos) desde a sua ORIGEM (O código fonte) até a sua distribuição. Deveria, não é, Nazareno? Neste ponto concordamos. Eu também acho que deveria. Mas... não é O TSE não mostra todos os código fontes para os fiscais legais, que são os partidos politicos. Contrariando a lei eleitoral o TSE se recusa a mostrar o codigo-fonte do sistema operacional (pois entende que deve usar um SO proprietário e não compra o seu código) e da Biblioteca de criptografia (por ser protegida por um decreto-lei, que por ser hierarquicamente inferior a lei não seria aplicável a este caso). Além disso, existe um outro ponto de vista que entende que o sistema eleitoral tem de ser compreendido por um eleitor comum e não apenas por especialistas. Leia o artigo em: www.votoseguro.org/textos/tres1.htm O diskete deve ter "Formatação" proprietária (Fora de qualquer padrão de mercado) e conteúdo "Criptografado". Nazareno, o disquete contém gravado nele o Boletm de Urna, que é um documento público, que, por lei, deve ser impresso e entrege a todo os fiscais de partidos que solicitarem. Não faz o menor sentido se criptografar (esconder) o que é de conhecimento público. O que o TSE precisa, é garantir que este BU chegue intacto, sem adulteração ao sistema de totalização. Para isto ele precisa de garantir a INTEGRIDADE dos dados. Pode-se usar Criptografia para garantir a integridade dos dados mas técnica melhor e mais indicada para esta função é a da Assinatura Digital. Desta forma, a critografia pura é totalmente dispensável. A vantagem da Assinatura Digital sobre a Critografia é justamente que o código-fonte de sistemas de assinatura digital TEM QUE SER ABERTOS. Não existe "Assinatura Digital Secreta" como quer o TSE. Outras "Sugestões" eu lhe enviarei outra hora! Nazareno de Araújo Rodrigues. Técnico de suporte do Help-Desk da Unisys Brasil. Fico aguardando... Um abraço, [ ]s Eng. Amilcar Brunazo Filho EU QUERO VER MEU VOTO Saiba da fragilidade das urnas eletrônicas http://www.votoseguro.org Conheca o Movimento em Defesa da Lingua Portuguesa http://www.novomilenio.inf.br/idioma __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
[VotoEletronico] Re: West Palm Beach e A Voz das Urnas
JR invalidada. Por quê? Bem, a contagem eletrônica JR invalida a cédula caso um mero resquício de papel JR permaneça no orifício do cartão oficial depois da JR perfuração mecânica na hora do voto. Ah, se o problema daqui fosse tao simples que pudesse ser resolvido com um sopro... Se la' o problema e' a sobra de papel, aqui e' a falta! JR A máquina é insensível, e destituída de discernimento, JR faculdade inteiramente inerente à inteligência humana. Felizes aqueles que possuem o dom do discernimento. Abraco, PAULO GUSTAVO SAMPAIO ANDRADE Teresina - Piaui E-mail-- [EMAIL PROTECTED] Jus Navigandi -- http://www.jus.com.br __ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __
[VotoEletronico] Estado de Sao Paulo]
Ótima carta, Osvaldo. Parabéns. Aristóteles On 14 Nov 2000, at 2:25, Osvaldo Maneschy wrote: This is a multi-part message in MIME format. --47FF145FD2A2CBF6AE6DC638 Content-Type: text/plain; charset=iso-8859-1 Content-Transfer-Encoding: 8bit Prezado Luis Nassif, a Dra. Maria Augusta Tibiriça, em junho ultimo, promoveu palestra na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, puxada pelo Movimento em Defesa da Economia Nacional (Modecon), exatamente com Amilcar Brunazo Filho - engenheiro especializado em segurança de informática e brasileiro exemplar pela luta que desenvolve há anos como mediador do Forum do Voto Eletronico (ww.votoseguro.org). O Forum é uma lista que todos os jornalistas sérios deste país - como você - precisam conhecer, com certeza. Henrique Miranda, que voce tanto admira, como Maria Augusta, pelas lutas pelas causas mais nobres deste país nos últimos 50 anos - desde a campanha do Petróleo é Nosso, passando pela Anistia e pelas Diretas, entre outras - ficaram impressionadíssimos com Brunazo, conversa com eles. O que me deixou muito feliz porque fui eu que sugeri para Dra. Maria Augusta o tema e o nome de Brunazo, que conhecia apenas de mensagens pela Internet. Nassif, eu que tanto te incomodei com os meus emails em nome e autorizado pelo nosso Dr. Barbosa Lima Sobrinho, sou um dos brasileiros que acompanho o dia-a-dia do Forum do Voto Eletronico (www.votoseguro.org) porque tenho absoluta convicção que a verdade está do lado dos especialistas em informática que participam dela e, honesta e desinteressadamente, há anos alertam que esta urna criada pelo TSE - e que custou ao Brasil cerca de meio bilhão de dólares - é inconfiável e vulnerável a fraudes, apesar do TSE afirmar que ela é 100% segura. Já ouvi Brunazo em Belo Horizonte, tete-a-tete com o secretário de informática do TSE, Paulo César Camarão, afirmar com toda razão que a urna, ao contrário da propaganda da Justiça Eleitoral, é 100% insegura. Ele tem toda razão. O TSE - embora afirme o contrário o tempo todo - se nega a abrir o software da urna e na medida em que essas máquinas não emitem qualquer tipo de documento que permita auditoria ou recontagem dos votos, elas são absolutamente inconfiáveis. Com o agravante de que, caso os que a controlam queiram, elas acabam com o princípio universal do voto secreto já que a única garantia de que o voto do eleitor não é identificado no momento de votação é a do TSE. Garantia de boca. A ABIN, através do CEPESC, por sua vez, elabora parte do programa que a urna usa - que o TSE não abre alegando questões de "segurança". Segurança de quê? Pergunto. Acredito que as urnas eletronicas, infelizmente, não foram feitas para aperfeiçoar a nossa democracia, pelo contrário. Foram planejadas e construídas para que minorias exerçam o poder em nome da maioria em nosso país - seja no ambito municipal, estadual ou federal. Tenho a absoluta certeza, Nassif, que a verdade eleitoral um dia voltará a prevalecer no Brasil. No dia em que essas máquinas imprimirem o voto permitindo, novamente, que nossas eleições sejam fiscalizadas pelos partidos e haja recontagem de votos, um princípio básico da democracia. Porque a verdade está do lado desses profissionais de informática que questionam a lisura do processo eleitoral brasileiro. Do jeito que a urna está ela é inauditável, infiscalizável e desonesta na medida em que não permite nenhuma transparência do processo eleitoral. Ela pode eleger políticos sem votos e derrotar políticos com votos - é só uma questão de querer e programar. Amigo Nassif, sem imprimir o voto e sem abrir o software - a urna eletronica é uma máquina de fabricar resultados eleitorais e totalmente inconfiável. E só. Nassif, é fundamental para o Brasil que a vontade eleitoral dos brasileiros volte a ser respeitada. Amigo, já se questionou porque tantas medidas impopulares são tomadas neste país e nada acontece na hora da eleição? Será que os brasileiros são tão alienados assim? Será que nosso povo é masoquista? Nassif, dezenas de profissionais independentes da área de informática - liderados pelo Brunazo - questionam a seriedade técnica da urna eletronica com toda razão. Nunca vi um único argumento convincente, firme, bem estruturado do TSE para explicar porque a eleição brasileira se tornou inauditável a partir de 1996 - quando foram introduzidas as máquinas eletrônicas de votar. Da parte do TSE só vi marketing e propaganda tipo "a urna é 100% segura". É por isso, Nassif, que cabe a nós - brasileiros conscientes - prestarmos atenção no que os técnicos de informática que frequentam o Forum do Voto Eletronico estão dizendo. Um abraço e, se quiser, repasso a você outras informações sobre o assunto além deste excelente artigo de um professor titular de informática da Universidade Federal Fluminense, Michael Stanton, que Amilcar disponibilizou há pouco na lista.