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Pentágono abandona sistema de votação via Internet
É isso, um abraço.
 
Luiz Ezildo - Santos/SP
 
 
 
"O pior castigo para quem não gosta de política é ser governado pelos que gostam."
Arnold Toynbee - historiador inglês.
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Informática
Sexta, 6 de fevereiro de 2004, 15h48 
Pentágono abandona sistema de votação via Internet
 
O Pentágono anunciou ontem ter abandonado o seu programa para permitir que soldados e outros cidadãos norte-americanos no exterior votem via Internet, porque o sistema era tão vulnerável a hackers que poderia gerar dúvidas sobre a integridade dos resultados eleitorais norte-americanos.

O Pentágono acatou o conselho dos especialistas em segurança da computação que pediram, em um relatório de 21 de janeiro, que o programa fosse abandonado já que era impossível criar um sistema de votação, com a atual geração de computadores pessoais e via Internet, capaz de impedir hackers ou terroristas de interferirem no resultado da votação.

O Secure Electronic Registration and Voting Experiment, ou SERVE, um programa de US$ 22 milhões, deveria permitir que 100 mil soldados e civis norte-americanos localizados no exterior votassem via Internet na eleição presidencial deste ano.

Paul Wolfowitz, secretário assistente da Defesa, escreveu um memorando em 30 de janeiro dizendo que o Pentágono "não vai usar o projeto SERVE de votação via Internet tendo em vista a incapacidade de garantir legitimidade dos votos depositados usando o sistema, o que acarretaria dúvidas sobre a integridade dos resultados eleitorais", disse um funcionário do Departamento da Defesa, que pediu que seu nome não fosse revelado.

Funcionários do Pentágono haviam anteriormente defendido o sistema e afirmado que procedimentos de segurança aperfeiçoados seriam implementados. A primeira experiência com o SERVE tinha sido marcada para a primária presidencial da Carolina do Sul, na terça-feira passada, mas o Pentágono suspendeu o uso do sistema.

"Eu percebo a necessidade de oferecer um melhor sistema para votação a distância aos militares e civis no exterior. Mas não acredito que a Internet seja a maneira de fazê-lo. Aplaudo a decisão", disse Avi Rubin, diretor técnico do Information Security Institute, na Johns Hopkins University, e um dos autores do relatório.

Os norte-americanos no exterior atualmente podem votar pelo correio, em papel. Mas obter e remeter as cédulas para votação à distância pode ser frustrante, e depende de serviços postais estrangeiros, nem sempre confiáveis.
 

Reuters

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