Série Eliakim Araújo (Comunique-se)

Segunda mensagem: a réplica da Globo

========================================

Resposta a Eliakim
25/06/2004

Ali Kamel
Diretor-executivo de jornalismo da TV Globo

Foi com desalento que li o artigo de Eliakim Araújo, “<http://www.comunique-se.com.br/conteudo/newsshow.asp?op2=&op3=&editoria=237&idnot=16646>A Globo se rende a Brizola”, publicado no Comunique-se. Não esperava isso de um profissional como Eliakim, a quem admiro. Mas cada vez mais estou convencido de que a memória é importante fonte da pesquisa histórica, mas, desacompanhada de uma pesquisa em documentos, fica sujeita a todo tipo de falhas. Vou começar meus comentários pelo fim:

1) Ao que parece, Eliakim achou longa a cobertura que o Jornal Nacional dedicou à morte de Leonel Brizola. Eu discordo. Todos nós recebemos do diretor da Central Globo de Jornalismo, Carlos Henrique Schroder, uma única orientação: dar à cobertura o tempo condizente com um personagem que protagonizou a história do Brasil nos últimos 60 anos. Foi o que fizemos. O Jornal Nacional daquele dia não significou, portanto, rendição alguma a Brizola, porque o noticiário não se confunde com a opinião. O que fizemos ali foi descrever a trajetória de Brizola, divulgar os depoimentos de políticos de todas as tendências e as homenagens que o povo prestou a ele. Não nos furtamos, porém, de registrar os pontos mais polêmicos da carreira dele, como o apoio à prorrogação do mandato de Figueiredo e as críticas que fez à CPI do Collor. Também dissemos que seus críticos o acusavam de ser populista e demagogo, e relatamos a resposta que Brizola costumava dar a eles. Destacamos também suas realizações: escolas no Sul, Cieps, Linha Vermelha e Passarela do Samba no Rio de Janeiro. Fizemos jornalismo, apenas isso. Quanto à presença de um membro da família Marinho no enterro de Brizola, nada há de surpreendente: é assim que os homens de bem agem. Lembro que Brizola também fez questão de prestar sua solidariedade à família Marinho quando da morte de Roberto Marinho, no ano passado. E eu ouso dizer que Roberto Marinho teria feito o mesmo em relação a Brizola, se vivo fosse. No enterro de Roberto Marinho, Brizola disse: “Roberto Marinho foi um adversário cortês. É do confronto de idéias que surge a verdade. Embora existissem grandes diferenças entre nós, ele nunca me negou espaço”.

2) Eliakim diz que a TV Globo deu de presente a Collor um Globo Repórter “inteiramente dedicado a ele e à sua implacável caçada aos marajás”. É mais uma das confusões que a confiança excessiva na memória acarreta. Nunca houve um único Globo Repórter dedicado a Collor, antes de sua eleição. Em abril de 1987, houve um Globo Repórter de uma hora de duração sobre funcionalismo público, registrando os problemas em diversos estados do país (São Paulo, Maranhão, Rio Grande do Sul, Ceará. Minas, Rondônia, Brasília ) e, nele, havia apenas seis minutos e meio retratando a situação de Alagoas (dois minutos e vinte segundos foram tomados por uma entrevista de Collor). Ou seja, num programa de uma hora, apenas dois minutos e vinte segundos foram dedicados ao então governador. Naquele mesmo mês, a revista Veja dedicou suas páginas amarelas inteiramente a Collor. O título das amarelas era: “Vou acabar com os marajás”. O subtítulo: “O governador de Alagoas fala de sua vitória contra os funcionários milionários e promete manter sua cruzada moralizadora”. A Veja agiu bem. Collor era assunto naquele mês. Collor foi assunto de destaque em todos os jornais do país.

3) Em 12 de agosto de 1987, a mesma revista Veja dedicou a capa ao assunto. Ladeando a foto de um ator vestido como um marajá, estava o título: “Funcionalismo Público: a praga dos Marajás”. Sete páginas internas foram dedicadas ao assunto. Logo no primeiro parágrafo, a declaração de Collor: “Esse caso já se transformou numa tragédia nacional”. Um mês depois da edição de Veja, em 10 de setembro de 1987, o Globo Repórter fez uma edição sobre os marajás. Mas o foco era São Paulo: o programa inteiro tinha vinte minutos e vinte e três segundos, praticamente todos voltados para São Paulo; a situação em Alagoas foi retratada em três minutos, sendo um minuto e vinte segundos ocupados com uma entrevista de Collor. Foi o último Globo Repórter dedicado ao tema marajás/funcionalismo público.

4) A revista Veja voltaria ao tema. Em 23 de março de 1988, dedicou a capa a Collor. O título era: “Collor, o caçador de marajás”. Dentro, seis páginas sobre o assunto. O título era: “A guerra ao turbante”. O subtítulo: “No seu papel de caçador de marajás, o alagoano Fernando Collor de Mello torna-se um dos governadores mais populares do país”. Era a pura verdade. Se algum veículo usou o epíteto de “Caçador de marajás” para se referir a Collor, o primeiro foi a revista Veja. A Globo jamais batizou algum Globo Repórter com esse nome. E fez, sobre o assunto marajás, apenas os dois programas descritos acima. Aqui, ressalte-se, não vai nenhuma crítica à revista Veja, cuja reportagem de capa aqui mencionada era de altíssima qualidade jornalística, como de hábito. Não participei dessa reportagem, mas, à época, trabalhava na revista, na sucursal do Rio. Em resumo, foram apenas dois programas do Globo Repórter dedicados ao funcionalismo, nenhum deles dedicado a Collor. Os dois em 1987. Em 1988, nenhum Globo Repórter sobre funcionalismo ou sobre Collor. E, em 89, apenas um, realizado após a eleição, em dezembro, como se faz com todos os presidentes eleitos. Como fica agora provado, Eliakim Araújo equivocou-se, confiando apenas na memória.

5) O mais grave do artigo diz respeito ao caso da Proconsult. Eliakim diz que “pesava sobre a emissora a acusação de, junto com a Proconsult, empresa contratada pelo TRE para apurar os votos da eleição direta para governador do Estado, em 1982, tentar fraudar o resultado para dar a vitória a Moreira Franco, o candidato do regime militar, apoiado pela família Marinho”. Não fica claro se Eliakim registra apenas uma infâmia que volta e meia aparece contra as Organizações Globo ou se concorda com ela. De qualquer maneira, é bom esclarecer o episódio. Abaixo, reproduzo parte do conteúdo de uma carta que mandei hoje a outro website.

6) A TV Globo e O Globo jamais contrataram os serviços da Proconsult. Desde o dia da eleição, até o fim da apuração, O Globo deu manchetes atribuindo a vitória a Leonel Brizola. Jamais disse em manchete ou em título interno que Moreira Franco ganharia a eleição. A TV Globo previu a vitória de Brizola já no dia da eleição, com a divulgação da pesquisa de Boca de Urna do Ibope dando a vitória de Brizola por cinco pontos percentuais. Esta é a única verdade. Nos dias subseqüentes, divulgou os resultados oficiais do TRE e os da apuração paralela do Globo, que apresentava números defasados em relação à apuração paralela da Rádio Jornal do Brasil. Mas, já no dia 18 de novembro, divulgava projeções que davam a vitória a Brizola.

7) Em 1982, a eleição ainda era em cédulas, mas, pela primeira vez, a totalização dos votos seria informatizada. Seis estados, entre os quais São Paulo e Minas, contrataram o Serpro, uma estatal, para fazer o trabalho. O TRE do Rio de Janeiro foi o único a contratar uma empresa privada, a Proconsult. Ela trabalhou exclusivamente para o Tribunal.

8) Naquele ano, a TV Globo sequer possuía computador, aqueles gigantes que chamávamos de “mainframe”. Como a eleição era nacional, era operacionalmente impossível montar um esquema próprio de apuração em todos os estados. Optou-se então pelo estabelecimento de parcerias com os jornais impressos. No Rio de Janeiro, o parceiro foi O Globo; em São Paulo, o Estado de S. Paulo.

9) O Globo desenvolveu um sistema próprio, sem qualquer vinculação com a Proconsult. Estagiários foram contratados para, durante a apuração, trabalhar nas zonas eleitorais de todo o estado. As mesas apuradoras, depois de contar os votos, registravam tudo em boletins, que eram depois afixados em lugar visível. A tarefa dos estagiários do Globo era copiar todos os dados dos boletins: os votos para todos os candidatos a vereador, deputado estadual, deputado federal, senador e governador. Os dados eram enviados por carro ou moto para a sede do jornal, onde eram digitados para alimentar os computadores. Montou-se uma central com quatro computadores, 64 terminais e 380 digitadores. Era um trabalho hercúleo, já que os votos dos milhares de candidatos tinham de ser digitados um a um. Como era um jornal impresso, O Globo se interessava em publicar a relação dos votos dados a cada candidato. Faz isso até hoje. Isso atrai leitura, pois todos querem saber como anda o candidato em que votaram.

10) O esquema foi montado, no entanto, para ser eficaz para um jornal impresso, cujo fechamento, à época, se dava às onze da noite. Durante a rodada, faziam-se duas ou três atualizações. Para isso, bastava que houvesse uma única totalização por dia. Os computadores eram alimentados e o programa rodava perto do fechamento. Estávamos ainda na pré-história da informática. Esse esquema revelou-se de pouca valia para a TV Globo, pois ela só tinha informação fresca uma vez ao dia, e bem tarde. O esquema poderia funcionar para um jornal impresso, mas estaria fadado a dar errado para uma emissora de televisão.

11) A Rádio Jornal do Brasil, montou esquema mais modesto e, por isso, mais ágil. Reuniu também estagiários (eu era um deles) e os mandou também para as zonas eleitorais. Com um detalhe: em vez de anotar os votos em cada candidato a vereador, em cada candidato a deputado estadual, em cada candidato a deputado federal, em cada candidato a senador e em cada candidato a governador, de cada partido, o estagiário se concentrava apenas nos votos dados aos candidatos a senador e governador. E repassava os dados por telefone público. A cada estagiário foi dado um saco de fichas telefônicas (para os mais novos: eram como moedas, não havia cartões como hoje). Como se tratava de uma rádio “all news”, tinha-se a necessidade de dados o tempo todo. Para isso, foi montado um esquema que permitia totalizações freqüentes.

12) No dia 16 de novembro de 1982, um dia depois da eleição, e já com os votos sendo contados, a manchete de primeira página do Globo era: “Ibope aponta vitória de Brizola”. No texto, está dito: “A última pesquisa do Ibope antes das eleições, divulgada ontem, prevê a vitória do candidato do PDT, Leonel Brizola, com 31,3% dos votos. Moreira Franco, do PDS, obteve o segundo lugar, com 26,8%; Miro Teixeira, do PMDB, 14,1%; Sandra Cavalcanti, do PTB, 8,9% e Lysâneas Maciel, do PT, 3%”. No dia 17 de novembro, a manchete de primeira página do jornal era: “Brizola lidera no Rio e na Baixada”. No dia 19: “Acelera-se a apuração na capital: Brizola mais perto de Moreira”. No dia 20: “Brizola avança no Rio; interior quase no fim”. Está tudo nos arquivos do Globo, mas, para os mais paranóicos, nos da Biblioteca Nacional também.

13) A TV Globo não agiu diferente. No dia 15 de novembro, no momento em que a legislação eleitoral permitia a divulgação das pesquisas de boca de urna, Carlos Monforte anunciou em rede nacional: “Para o Rio de Janeiro, a pesquisa IBOPE dá exatamente a vitória para o PDT de Leonel Brizola com a margem de 5% de diferença do 2º colocado, o candidato do PDS Wellington Moreira Franco”. Aparecia, então, uma arte, com a foto dos candidatos, com Monforte narrando em off: “No Rio, a pesquisa IBOPE dá a vitória a Leonel Brizola do PDT com 31,3% dos votos; em segundo lugar, Moreira Franco,do PDS, com 26,8%. Indecisos no Rio de Janeiro eram 9,7%”. No Jornal Nacional do dia 16, Sérgio Chapelin deu os primeiros resultados, com Brizola momentaneamente na frente: “A apuração oficial no Rio foi muito lenta hoje. Várias cidades no interior do estado só começaram a contar os votos à tarde. As primeiras urnas demoraram até quatro horas para serem apuradas. Até o momento, está na frente o candidato do PDT, Leonel Brizola. Em segundo, está o candidato do PDS, Moreira Franco. E, em terceiro, o candidato do PMDB, Miro Teixeira. Brizola está vencendo a eleição em Nova Iguaçu e São João de Meriti. Moreira Franco tem ligeira vantagem nas outras cidades do interior, em Niterói e em São Gonçalo”.

14) Com manchetes como aquelas, que contribuição à fraude poderiam ter dado as Organizações Globo?

15) No dia 17 de novembro, já era patente que algo ia errado com a apuração dos votos. O ritmo era lento, os votos contados eram em sua maioria do interior e Moreira Franco aparecia, na contagem oficial, à frente de Brizola. Apesar disso, devido às projeções, as manchetes do Globo, baseadas em projeções, continuavam a apontar a vitória de Brizola. A Globo não tinha outros números a divulgar senão os do TRE e os do Globo, que davam Moreira na frente, porque as urnas do interior, onde Brizola tinha menos votos, eram contadas mais rapidamente. No terceiro dia da apuração, no dia 18 de novembro, Leonel Brizola convocou a imprensa internacional para uma entrevista. Em vez de responder aos repórteres, bem ao seu estilo Brizola começou a entrevista fazendo uma pergunta: “Os senhores não acham estranho que no terceiro dia de apuração só haja 200 urnas apuradas”? Depois, Brizola se disse “apreensivo, preocupado e angustiado em relação à possibilidade de fraude na apuração”. E afirmou: “Só a fraude ameaça a nossa vitória”. E criticou o trabalho das Organizações Globo, dizendo que ao divulgar números diferentes de outros veículos de comunicação, ajudava a criar um ambiente favorável à fraude: “Notamos uma angústia muito grande devido a dados que se contradizem com os resultados oferecidos por outros meios de divulgação. E isso vem gerando um ambiente de muita confusão”. Aqueles, no entanto, eram os únicos números que a TV Globo tinha e, já desde daquele dia, passou a divulgar projeções dando a vitória de Brizola. O Jornal Nacional daquele dia divulgou a entrevista de Brizola aos correspondentes estrangeiros.

16) No mesmo dia, ao tomar conhecimento das críticas de Brizola, Armando Nogueira, então diretor da Central Globo de Jornalismo, convidou-o para uma entrevista no programa diário “Show das eleições”, que ia ao ar às dez e meia da noite. Brizola exigiu que a entrevista fosse ao vivo e que tivesse no mínimo vinte minutos, o que foi aceito prontamente, porque era, desde o início, a idéia de Armando. A entrevista acabou tendo meia hora e, com ela, Brizola amplificou para todo o Brasil, em horário nobre, suas suspeitas de fraude. Foi na Globo, por iniciativa dela e graças à sua enorme audiência, que o país tomou conhecimento das suspeitas do candidato. Na entrevista, Brizola voltou a se queixar do fato de que a TV Globo divulgava resultados defasados, mas, em momento algum, acusou a Globo de estar por trás de uma trama para fraudar as eleições. Em dado momento, Armando Nogueira perguntou: “Estamos acompanhando aqui a sua entrevista, com natural interesse, e a certa altura pareceu que o senhor ficou preocupado, em dado momento da apuração, com a correção do trabalho dos profissionais da Rede Globo, entre os quais eu figuro, humildemente, mas com muito orgulho. E eu perguntaria ao senhor, governador, se é justo que profissionais com um passado, alguns com um futuro, quase todos com um futuro, devam merecer, numa hora de paixão, um tratamento tão rigoroso da parte de um homem público, por parte de quem a gente tem um apreço. Eu gostaria de fazer esta pergunta, que ela é quase pessoal. O senhor me desculpe introduzir uma pergunta pessoal, mas em nome de cerca de dois mil jornalistas... E eu me sinto no dever de fazer essa pergunta ao senhor”. Brizola respondeu: “Perfeito. Com muito carinho, com muito prazer, Armando. Sabe que eu dou essa resposta com aquela franqueza que me caracteriza não é verdade? E nós devemos sempre usar esse método da franqueza, da lealdade. Eu registrei o que era real. Eu não cheguei a entrar no mérito. Eu não cheguei, de forma nenhuma, a considerar que tivesse havido má fé. Não cheguei, absolutamente. Eu registrei uma situação real existente aqui no Rio de Janeiro e também os meus próprios sentimentos. Porque eu senti o nosso Rio, no conjunto, desmerecido. Chegava a ser anunciado: "Olha, logo em seguida, vem o Rio de Janeiro!" E depois vinha o Acre, vinha Rondônia, e nada. Então, eu registrei isto: é que faltava essa informação.[Brizola referia-se à escassez de dados sobre o Rio, já que as apurações do T.R.E eram lentas e a totalização do Globo acontecia apenas uma vez por dia.] Agora, pode ser que tenha entupido... os canais tenham se entupido aí. Havia dificuldades... Porque numa organização grande é assim, às vezes o gigantismo‚ uma doença das organizações. Isto pode acontecer, isto pode ocorrer. Isto sem desmerecer os profissionais, não é verdade”?

17) Brizola estava sendo irônico, mas o diagnóstico dele era preciso: os canais se entupiram. A TV Globo divulgava os números do jornal O Globo, que, como já disse, fazia uma coleta completa, registrando o voto dado a cada candidato, de vereador a governador. Cada mapa preenchido pelos estagiários tinha cerca de mil números (é preciso ter me conta que se registrava o voto em cada candidato a todos os cargos eletivos de todos os partidos). O processo era longo, demorado. O estagiário da Rádio Jornal do Brasil coletava uma quantidade muito menor de números: os votos para os cinco candidatos ao governo do estado e ao senado. Era muito mais ágil e eficiente. No interior, o enorme trabalho das equipes do Globo foi facilitado pelos juízes eleitorais, que permitiam que se fizessem cópias xerox dos mapas para que os números pudessem ser mais facilmente copiados nas planilhas. Na capital, dado o clima de paixão, os juízes só autorizavam que os mapas fossem copiados onde estavam, pendurados nas paredes, sem a possibilidade de se obter uma cópia. Para o estagiário do Globo, o trabalho era insano. O resultado foi ineficiência e atraso. Daí porque os votos do interior saíam com mais rapidez.

18) No dia 24 de novembro, o Senador Saturnino Braga, da tribuna do Senado, fez um discurso acusando a Proconsult de tentar fraudar as eleições, com o apoio das Organizações Globo. Foi a primeira e única vez que um ataque infamante como aquele fora feito de maneira direta, sem a apresentação de provas e quando a vitória de Brizola já era dada como certa.

19) No dia seguinte, Iran Frejat, que era o responsável pelos trabalhos de apuração do Globo, tendo sido o responsável pelo modelo de cobertura e pela central de computadores do jornal, escreveu uma carta aberta a Saturnino, rebatendo as acusações. O jornalista, que era irmão de José Frejat, candidato a deputado pelo partido de Brizola, apresentou-se como eleitor de Saturnino e Brizola e rechaçou, de modo apaixonado, todas as acusações

Responder a