"Afinal, se for para recontar TODAS as urnas, prá que o voto eletrônico?
Grande abraço,
Roger Chadel"

Chadel, li com surpresa essa sua afirmação !
E a questiono, na mesma linha.
 
Afinal, se não for para contar TODOS os votos, prá que imprimir ?
Imprimir para não contar, melhor nem imprimir...
Já cantava Vinicius de Moraes, "se foi prá desfazer, prá que que fez ?"
 
A possível fraude estrutural nas eleições eletrônicas será na totalização e/ou nos desvios de votos.
Claro que fraudes no cadastramento, ou de outra ordem, não se aplicam aqui.
 
Imaginando-se a impressão total dos votos e dos relatórios de urnas, com todas as cautelas de segurança necessárias, o que V. teria a contrapor no exemplo abaixo ?.
 
1) Terminada a eleição às 17 horas, "fecham-se as urnas e tiram-se todas as totalizações eletrônicas".
Em seguida, em cada seção de cada zona eleitoral, os próprios mesários contariam os votos de papel da urna inteira para confrontá-los com a totalização eletrônica.
 
2) Se batessem os dois relatórios, encerra-se a urna e mandam-se os relatórios para o respectivo destino legal.
Aquela específica urna estaria contada pelo real e conferida ou checada pela eletrônica.
O que lhe daria total validade e inquestionável legalidade.
 
3) Se não batessem os resultados, uma solução seria:
 
3.1) Conferir se todos os votos em papel são autênticos.
3.1.a) Se todos forem autênticos, são os votos de papel que devem valer.
3.1.b) Se não forem todos autênticos, THEN
 
3.1.b.1) Se os dois totais (de papel e eletrônico) batessem em 95% (p.ex.) ou mais das outras urnas daquela zona eleitoral, valeriam os relatórios dos votos de papel. (elimina-se aqui o eventual acidente de percurso ou a fraude em pequena escala)
 
3.1.b.2) Se os dois totais (de papel e eletrônico) batessem em menos de 95% das outras urnas daquela zona eleitoral, anulam-se todas as as urnas que não batem naquela zona eleitoral. (elimina-se aqui a fraude em grande escala)
Daquela zona só se computariam as urnas em que as duas contagens fossem iguais, ante o pressuposto de fraude encontrado..
 
Perguntas per e impertinentes, que coloco a todos.
 
Que maior lisura poderíamos pretender, senão com as duas contagens fechando ?
E que maior dificuldade podemos impor a fraudadores, senão exigir-lhes as 2 totalizações iguais, a dos votos em papel e a eletrônica ?
De que mais precisamos para uma eleição limpa ?
Quantos votos, no máximo, pode ter uma urna ? (Favor alguém responder, para conhecimento e avaliação geral).
Quanto tempo os mesários podem demorar para contar esse número máximo de votos em papel de uma urna ?
Uma hora, duas horas, um período, um dia, uma semana ?
Quem tem tanta pressa ?
O que está em jogo não vale essa demora ?
 
Porque não assim, ou perto disso  se, por serem contados todos os votos, garante-se a lisura da eleição ?
Porque conviver com a realidade de eventual fraude não percebida ?
 
Abraços
Luiz Cordioli

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