Bom dia, Chadel,
 
O seu comentário e o texto do Maierovich destacam que não temos nem gentes, nem ferramentas com as quais possamos nos defender civilizadamente. Nós, os brasileiros.
E não temos, mesmo.
Pois não é isso que vemos atualmente?
Ninguém cometeu nenhum crime nessa cloaca política nacional, apenas "erraram", eufemisticamente, ...
Solução adotada ?
Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima...
 
Crimes que não são tratados como crimes passam batidos, como fatos normais e consolidados.
Foi assim com os citados artigos constitucionais espúrios. Estão valendo como regra, hoje, sem dever nem poder.
Foi assim com a privataria espúria. Estão valendo como atos jurídicos perfeitos, hoje, sem sem dever nem poder.
Foi assim com a compra de votos para a reeleição espúria. Está valendo como regra, hoje, sem dever nem poder.
 
Se não se atacam e se revertem os crimes perpetrados, passam a valer, tacitamente, como "não crimes".
Pior, consolidam comportamentos, coibem reações, impedem luta e determinam rumos errados.
 
Por força de tudo isso, está sacramentado, hoje, entre os errados, que se se fizer "assim", dá certo.
Como estão no Poder, eles podem e dizem: "Faça-se assim".
Só que o "assim" sendo errado, o resultado será também errado.
E as coisas continuarão dando certo para os errados...
 
Historinha de difícil compreensão e digestão...
Mais um dos cachorros brasileiros atrás de seu próprio rabo.
 
Graças aos governos anteriores, cujos crimes ainda não foram punidos nem contestados, também hoje fazem-se leis espúrias que deram "certo", como antes. A eliminação do nosso voto impresso em 2003 é digno exemplo.
Hoje, ainda se entregam, via PPPs, atribuições públicas a amigos e particulares, numa "nova" e disfarçada "privatização" de serviços públicos essenciais, com 70% de dinheiros públicos, do BNDES.
Hoje, ainda se compram votos para qualquer coisa que interesse aos mandantes de plantão.
Tudo como dantes...
O que é certo para eles, é errado para os brasileiros, enquanto Nação, povo e interesses.
 
Valemos nada, como pessoas e como povo ? Errado !
Está na hora de dizer-lhes um retumbante "Não !"
Não me lembro de onde tirei essa palavra, retumbante...
Parece que foi de um hino à reação sempre possível...
 
Sei não, a ruptura de um estado de coisas como esse não me sugere coisa muito tranqüila, pacífica e civilizada.
A barbárie será a tônica, infelizmente.
 
Abraços
Cordioli
 
 
 
-------Mensagem original-------
 
Data: 08/25/05 04:57:25
Assunto: [VotoEletronico] Nelson Jobim
 
Amigos da lista,
 
Se tem algo que me apavora é a possibilidade cada vez maior, agora com
o enfraquecimento do governo Lula, de Nelson Jobim, brilhante orador,
vir a ser a solução que agradaria a gregos e troianos - ou
desagradaria menos - para a sucessão presidencial. Fazendo uma
pesquisa no Google por outros motivos, encontrei este artigo que na
época (março/2005) passou-me desapercebido:
 
 
Wálter Maierovitch: Nelson Jobim é o Severino da justiça brasileira
 
O ministro Nelson Jobim, que preside o Supremo Tribunal Federal,
introduziu mais um registro negativo no já manchado currículo de vida
pública dele. Convém destacar alguns desses pontos negativos. Isso até
a união dele com o folclórico Severino Cavalcanti e o baixo-clero da
Câmara dos deputados. Apesar de passados os festejos de Carnaval,
Jobim e Severino montaram o bloco dos "Unidos pelo Bolso", ficando as
alegorias jurídicas a cargo do presidente do Supremo.
 
Antes de ingressar no STF, --por infeliz escolha do presidente
Fernando Henrique Cardoso--, Jobim fora deputado constituinte. Há
pouco e garantido com a morte do saudoso Ulysses Guimarães, o
ministro Jobim resolveu contar em livro uma falcatrua que realizou.
Ou seja, introduziu na Constituição da República artigos que escreveu
e não submeteu à votação do parlamento. Em outras palavras, maculou a
Constituição. Afirmou que o falecido Ulysses era conivente. Em
síntese, confessou uma fraude, que ainda permanece impune.
 
Na abertura do ano judiciário de 2005 e como presidente do Supremo, o
ministro Jobim "jogou para a platéia" ao dizer que alguns magistrados
pensam que são donos da pátria. Pelo jeito, de donos da pátria, Jobim
entende bem, especialmente quando em condomínio com Severino.
 
Como dono da pátria, Jobim intrometeu-se em assunto da competência
exclusiva do Congresso Nacional. Ou melhor, quis Jobim que deputados
e senadores embolsassem mensalmente R$ 21,5 mil. O despropositado
aumento salarial serviria para encobrir os novos vencimentos dos
ministros do Supremo, previsto em projeto que tramita pela Câmara. Ao
sentir o repúdio da população e o recuo de deputados que não queriam
correr o risco de prejudicar as reeleições deles, Jobim apresentou a
Severino a fórmula sórdida.
 
Sórdida por afastar os parlamentares da decisão sobre aumento dos
próprios vencimentos e o efeito cascata para os três níveis de
governo: federal, estadual e municipal.
 
O ministro Jobim propôs a Severino um aumento administrativo, com
base em decreto que estabelece a igualdade e a simetria entre
poderes. Em suma, um decreto que nivela pelo bolso.
 
E o povo, como fica? Jobim já demonstrou o quanto os considera, basta
recordar a fraude no Congresso Constituinte.
 
De quebra, convém não esquecer que o ministro Jobim quis, em decisão
surpreendente, proibir o Ministério Público de investigar crimes.
Para ele, só a polícia poderia investigar, aliás, como pensam os
"colarinhos brancos" e "narcotraficantes".
 
Jobim foi o grande incentivador da Reforma Judiciária. Aquela que não
tornou um minuto mais rápida a tramitação dos processos. Pior, criou
um Conselho Externo fiscalizador, que não é externo, mas corporativo.
 
Para quem já suportou na presidência do STF ministros do porte de
Marco Aurélio de Mello e de Maurício Correa, fica claro que Jobim não
destoa. Na verdade, Jobim é o Severino Cavalcanti da magistratura
nacional.
 
 
 
--
Grande abraço,
 
Roger Chadel
 
    ////    O TSE deve voltar a ser um tribunal
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Extraido de minha coleção de taglines:
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