On Wed, 14 Aug 2002 14:00:10 -0300, "Alejandro Carriles" <[EMAIL PROTECTED]> escreveu :
> Em caráter terminativo, será também examinado pela CCJ projeto do senador José >Eduardo Dutra (PT-SE) que prevê o enquadramento legal de diretores de institutos de pesquisa de opinião que fraudarem resultados ou repassarem informações falsas à Justiça Eleitoral. O relator, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), é pela aprovação da matéria, que estabelece como punições pena de detenção, pagamento de multa e até cassação do registro da empresa. Muitas vezes li nesta lista e em outras informações nada abonadoras sobre a confiabilidade das pesquisas eleitorais. Muitas vezes perguntei-me até que ponto as empresas de opinião pública podem modificar os resultados. Minha cunhada (Iara Matheus) foi, até pouco tempo, dona do Instituto Gallup, como franqueada da sua congênere americana. Perguntei-lhe qual é a verdade sobre essas denúncias. Ela foi categórica: uma empresa de pesquisa de opinião cresce em função de sua reputação: os acertos contam pontos positivos, na mesma medida em que os erros contam pontos negativos. Todas, portanto, procuram o máximo de acerto. Para se ter uma idéia, o Carrefour, que é cliente do Gallup, toda vez que quer abrir uma loja, manda fazer uma pesquisa para saber quantos clientes ele pode esperar. O resultado foi sempre muito preciso. E isso funciona com todos os clientes, em todas as empresas concorrentes. É por causa disso que os partidos e muitos candidatos encomendam pesquisas, para ter uma boa medida de como estão indo, e o que precisam fazer para eventualmente reverter as tendências. Por isso ela não acredita que algum desses institutos se sujeite a modificar os números para favorecer um ou outro candidato: seria sua morte. Entretanto, o que acontece muito, é que os números, sozinhos, não mostram muita coisa, e precisam ser acompanhados da metodologia e da publicação do universo pesquisado. E muitos candidatos divulgam apenas parte das pesquisas, o que pode distorcer a análise final. Foi por causa disso que o Gallup americano, que comprou da minha cunhada o Gallup brasileiro, decidiu não entrar no mercado de pesquisas eleitorais no Brasil. -- Roger Chadel ______________________________________________________________ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __________________________________________________ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __________________________________________________