Tem mais uma coisa: a quinta via de BU deve ser afixada no local da seção. Mas para quê, se no dia seguinte da eleição ela é logo depositada no lixo? Por que então não se colocam estes BU's escaneados na internet, com as rubricas dos mesários?
GIL. -----Mensagem original----- De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:voto-eletronico-owner@;pipeline.iron.com.br]Em nome de Amilcar Brunazo Filho Enviada em: quinta-feira, 17 de outubro de 2002 11:49 Para: [EMAIL PROTECTED] Assunto: [VotoEletronico] Doce de criança Olá Lut e Eneida, Permitam-me por a mão nesta discussão sobre os BUs e o comitê interpartidário. Primeiro, que se diga que existem comitês interpartidário em todos os niveis da justiça eleitoral onde há atividade de apuração. Então, tem o comitê em cada junta de apuração em cada cidade (e até vários por cidade) e um comite junto a Junta Estadual. Alguns destes comitês funcionam muito bem, com os representantes dos partidos se entendendo e colaborando entre si, mas a grande maioria prevalece a disputa eleitoral local com o presidente do comitê (que é nomeado pelo juiz local, nem sempre isento de ligações políticas) discriminando descaradamente e até sabotando os demais representantes de partidos concorrentes. Isto é a realidade. É o Brasil. Para ilustrar onde quero chegar lembro um caso que soube outro dia. Um diplomata brasileiro estava passeando a pé em Genebra, num dia de eleições na Suiça, ao lado de um diplomata de lá. Estranhou não haver propaganda política, cartases, panfletos e nem trabalho de boca de urna. Perguntou como se explicava aquela calma e ordem em dia de eleição e lhe foi explicado que era assim mesmo que as coisas aconteciam lá. Haviam urnas para receber os votos em determinadas esquinas e os eleitores do local iam lá e depositavam os seus votos. O diplomata brasileiro perguntou atônito: - E quem impede que algum eleitor vá lá e vote duas vezes?!!! Ouviu como resposta outra pergunta atônita do representante suiço: - E quem iria querer fazer isso?!!! Pois é Lut, supor que a fiscalização do processo eleitoral (especificamente a totalização paralela por meio da coleta e soma das BUs) só possa ser feita depois que todos as rivalidades políticas regionais (muitas vezes com juras de morte) forem atenuadas e resolvidas, na prática, é uma forma de impedir que haja fiscalização do processo eleitoral, pois estamos no Brasil e não na Suiça. Agora, cá entre nós, o TSE decidir que a fiscalização eleitoral externa (no caso, a totalização paralela) deva ser limitada e até tolhida por que, apesar da sua "liderança mundial" em tecnologia eleitoral, apesar do Brasil ser fornecedor de madeira para o mundo, dizer que não há papel para imprimir BU, é dose!!! É muita cara de pau! (e quem repetir este argumento corre o risco de ser visto como mal intensionado.) Para quem não leu o livro Burla eletrônica, eu sugiro ler a fala do procurador Celso Três, quando ele comenta sobre esta arrogância de membros da justiça eleitoral que insistem em estabelecer e dar ordens os fiscais em lugar de cumprir a lei que estabelece a plena transparência do processo eleitoral. Ele considera esta atitude uma verdadeira usurpação de direitos do eleitor e dos candidatos por estes membros da justiça eleitoral (nos quais você, Lut, não se inclui, diga-se para o bem da verdade) [ ]s Amilcar At 18:15 16/10/02 -0300, you wrote: >Agora eu vou ser um pouquinho cáustico, pois infelizmente, aquela coisa do >"Comitê Interpartidário" não funciona em alguns locais por pura falta de >educação, organização, politização e maturidade. Por que a via do Comitê é >de todos os partidos. Imaginem se o nosso sistema fosse como o da Alemanha, >onde os partidos fazem a eleição e a justiça (comum) apenas dirime as >dúvidas!? Nem um BU eles sabem compartilhar. > >Mas o problema não é só esse. A orientação dada aos treinadores de mesários >era a de que fosse esclarecido aos fiscais que a via do Comitê era de todo >mundo. Se o Comitê não se entendesse, que fossem emitidas as demais cinco >vias. Mas aí há aquela velha história do telefone sem fio, a ponto de o >chefe de cartório orientar alguém a não emitir nada além dos cinco BUs. Está >errado, como responsável pelo treinamento de mesários em todo o estado de >São Paulo, não dei essa orientação pra ninguém e também acredito que ninguém >da minha equipe o fez. Além disso, todos hão de concordar que a limitação a >+ cinco privilegia os mais espertos. Quem pedir primeiro (e o mesário >estiver bem treinado e consciente) leva. Não acho justo isso, por isso >considero que o Comitê deveria funcionar melhor, até num esforço >interpartidário de apuração paralela. Infelizmente o que reina por aqui é o >salve-se quem puder e quem puder prejudique o outro... > >Bem, espero que no segundo turno isso seja um pouco melhor. Exijam seus >BUs []s , Amilcar ______________________________________________________________ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __________________________________________________ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __________________________________________________ ______________________________________________________________ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __________________________________________________ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __________________________________________________