County é distrito (eleitoral). Mas comarca serve. GIL.

-----Mensagem original-----
De: [EMAIL PROTECTED]
[mailto:[EMAIL PROTECTED]]Em nome de Roger D.
Chadel
Enviada em: quarta-feira, 6 de novembro de 2002 11:13
Para: João Paulo Braga e Souza
Assunto: [VotoEletronico] Re: CNN: Eleições eletrônicas nos EUA alertam
especialistas


A respeito de [VotoEletronico] CNN: Eleições eletrônicas nos EUA alertam
especialistas,
em 6/11/2002, 02:25, João Paulo Braga e Souza escreveu:

JPBeS> CNN: Eleições eletrônicas nos EUA alertam especialistas

JPBeS> http://www.cnn.com/2002/TECH/ptech/11/05/touch.screen/index.html

Achei esta reportagem interessantíssima, e por isso tomei a liberdade
de traduzir - livremente - o artigo citado. Note-se que o tão
decantado sistema brasileiro não é nenhuma vez mencionado. Obs: O
termo "touch screen" é usado no texto como sinônimo de urna eletrônica
ou máquina de votar. Optei por estas traduções. Também preferi
traduzir "county" por comarca e não por condado, como vejo por aí.

Eleitores testam urnas eletrônicas
Por Jeordan Legon
CNN
Terça-feira 5 de Novembro de 2002 às 10:02 AM EST (1502 GMT)

(CNN) -- Quando os americanos forem votar hoje, uma quantidade recorde
de comarcas -- quase um quinto segundo estimativas -- estará
totalizando os votos em urnas eletrônicas. Mas alguns especialistas
estão preocupados porque, a despeito dos testes rigorosos, as máquinas
podem não ser tão seguras quanto seus fabricantes prometem.

"As pessoas se precipitaram sobre as urnas eletrônicas, pensando que
elas resolvem os problemas" disse Avi Rubin, um especialista em
segurança de tecnologia e pesquisador nos laboratórios da AT&T em Nova
Jersey. "Mas estes sistemas foram muito pouco testados".

O problema, dizem os críticos, é que o software que roda nas máquinas
é proprietário, e portanto não aberto à análise pública. Sem que os
cientistas possam livremente analisar os programas, os responsáveis
pelas eleições podem estar abrindo espaço para hackers, fraude ou
erros de cálculo.

As empresas que fazem as máquinas dizem que construiram mecanismos
para proteção contra estes problemas. Engenheiros dizem que
encriptaram e protegeram os ddos com assinaturas digitais, as
informações são no mínimo duplicadas e falhas mecânicas e qualquer
modificação nos votos são registradas e acompanhadas.

Além do mais, o software e o hardware de votação passaram por padrões
de segurança estritos impostos pela Comissão Federal de Eleições e
pela Associação Nacional de Dirigentes Eleitorais Estaduais. Os
eleitores tocam uma tela para registrar seu voto em muitos sistemas;
outros requerem apertar botões, como a maioria dos caixs eletrônicos.

"Mostre-me alguém que tenha entrado no nosso software" disse Mark
Beckstrand, vice-presidente da Sequoia Voting Systems, produtor de
urnas eletrônicas usadas na Flórida, em Ohio, Nova Jersey e outros
estados. "Nós não perdemos ou desviamos nem mesmo fomos acusados de
não termos 100% de precisão".

'Passando pelas curvas de aprendizado'

Mas as urnas são de tecnologia relativamente nova. As urnas
eletrônicas começaram a ficar mais populares em 1996, quando
tecnologia de ponta as tornaram menores e mais confiáveis, disse Doug
Lewis, Diretor Executivo do Centro Eleitoral de Houston, Texas.

O centro, que representa os dirigentes eleitorais do país,
supervisiona os testes nas urnas eletrônicas. Nas eleições de 2000,
cerca de 10% dos eleitores no país as usaram, de acordo com o centro.
Este anos, cerca de 18% as usarão, disse Lewis.

Uma estimativa diferente feita pela Election Data Services diz que 510
das comarcas da nação (16%) usarão sistemas eleitorais eletrônicos.

Lewis disse que confia que a nova tecnologia é mais segura que a
cédula de papel, mas isto não significa que que não haverá mais
problemas.

"As novas máquinas são tão novas para nós que nós temos que passar
pela curva de aprendizado para conhecer quais as suas virtudes e
fraquezas" disse ele.

"Não existe essa coisa de sistema perfeito. Se um ser humano pode
criá-lo, então um ser humano pode marcá-lo ou modificá-lo".

Evitando os problemas na Flórida

Os dirigentes eleitorais esperam evitar uma repetição dos defeitos das
máquinas touch-screen e falta de funcionários treinados que forçaram
eleitores de algumas seções eleitorais na Flórida a desistir nas
primárias de setembro.

Na comarca de Santa Clara, no coração do Vale do Silício na
Califórnia, a experiência da Flórida com as máquinas provocou o
adiamento de um programa piloto que iria implantar oas urnas
eletrônicas para 15% dos eleitores.

Mas muitas outras comarcas estão se adiantando com as urnas
eletrônicas. Muitas dos gastos com as máquinas estão cobertos por uma
verba de 3,9 bilhões de dólares que o Congresso liberou aos estados
para melhorar seus sistemas eleitorais nos próximos três anos. Mas a
necessidade de máquinas é também coberta por uma lei federal que manda
que até 2006 no mínimo uma máquina atenda eleitores deficientes em
cada zona eleitoral. As máquinas com touch-sreens são mais fáceis de
adaptar para eleitores cegos porque podem ser equipadas com unidades
audíveis.

Rubin acredita que uma parte deste dinheiro seria mais bem gasta com
sistemas mais robustos que poderiam ser desenvolvidos se os cerca de
20 produtores de urnas eletrônicas fossem obrigados a compartilhar
seus dados. Ao adotar padrões abertos o software poderia ser
fortalecido contra hackers e defeitos, disse Rubin.

"A filosofia do software aberto é que é melhor expor, quaisquer que
sejam os problemas" diz ele. "Se você o mantém fechado, um atacante
pode achar uma vulnerabilidade e você não terá a oportunidade de
detectá-lo".

Mas os fabricantes não concordam, dizendo que tornar seu código
público tornará seus sistemas mais vulneráveis a hackers. E o
desenvolvimento de sistemas de votação e o cumprimento dos testes
rigorosos exigidos pelo governo é muito caro. Eles argumentam que
patentes ajudariam a reduzir seus custos.

O futuro das eleições parece ser eletrônico
As apostas são elevadas: bilhões de dólares em vendas de máquinas e
restaurar a confiança do eleitor no processo eleitoral. Lewis estima
que cerca de 75% dos eleitores irão votar eletronicamente atpe 2010.

Embora Grã-Bretanha e Suiça estejam testando sistemas de votação, as
questões de segurança envolvendo eleições pela Internet tornam as
máquinas eletrônicas de votação a alternativa mais viável ao manuseio
de votos em papel difíceis de tabular.

"We're having to go through a tough transition," Lewis said. "For
whole lot of people, there is a comfort level in having paper to go
back to. It's difficult for someone to track this electronically,
rather than on paper."

"Nós temos que passar por uma transição flexível" diz Lewis. "Para
muita gente há um nível de conforto ao voltar ao papel. É difícil para
alguém rastrear seu voto eletronicamente, ao contrário do papel".



--
Grande abraço,

Roger Chadel

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O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas
eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
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