[VotoEletronico] Reportagem da Folha.

2004-06-13 Por tôpico Luiz Ezildo

Abaixo, publicado na Folha de S.Paulo (sic) e no endereço-e: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1306200414.htm.
É isso, um abraço.

Luiz Ezildo - Santos/SP



"O pior castigo para quem não gosta de política é ser governado pelos que gostam."
Arnold Toynbee - historiador inglês.





São Paulo, domingo, 13 de junho de 2004 





VENEZUELAUrnas informatizadas para o plebiscito foram compradas pelo presidenteChávez vai tentar fraude eletrônica, diz oposição 
DO "NEW YORK TIMES"A confiabilidade das urnas eletrônicas está causando discussão não somente nos Estados Unidos, mas também na Venezuela. Adversários e diplomatas estrangeiros questionam a decisão de o plebiscito revogatório do mandato do presidente Hugo Chávez, programado para o próximo dia 15 de agosto, ser realizado por meio de voto eletrônico.Para a oposição, o governo venezuelano poderá usar o equipamento para manipular os votos.O novo sistema "touch-screen" -no qual o eleitor simplesmente aperta um quadradinho na tela- foi comprado de empresas na Flórida (EUA) pelo próprio governo de Hugo Chávez, ainda neste ano.Nenhuma das companhias (Smartmatic de Boca Raton, que produz as máquinas, e Bizta, responsável pelo software) tem experiência em eleições. Em maio, o jornal "Miami Herald" declarou que o governo Chávez havia feito investimentos na Bizta.Funcionários chavistas disseram que não houve impropriedade e subestimaram o papel do governo nas operações da companhia. Jorge Rodríguez, membro do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e considerado chavista, acusou os críticos de terem "interesses ocultos".DesconfiançaPara agravar a desconfiança dos opositores, o CNE cogita não permitir a presença de observadores internacionais para fazer uma auditoria durante a consulta. O CNE disse que, como um órgão autônomo, acompanhará a contagem de votos e garantirá que não haverá fraude. Mas líderes da oposição dizem que três dos cinco integrantes do CNE são partidários do presidente, opinião compartilhada por diplomatas em Caracas.Segundo os chavistas, a OEA (Organização dos Estados Americanos) e o Centro Carter, baseado nos EUA, são contra o atual governo da Venezuela. Ambos os órgãos negam as acusações."Qual a razão obscura para não fazer isso [permitir a presença de observadores internacionais]? É estranho e não muito transparente", declarou o governador Enrique Mendoza, um dos principais líderes da oposição.O sistema "touch-screen", que está sendo utilizado em diversos Estados americanos, tem apresentado pequenos defeitos -durante as primárias das eleições americanas, por exemplo, ocorreram vários problemas. Especialistas em segurança que analisaram o sistema encontraram falhas nos mecanismos de proteção contra hackers. Isso levou os críticos a argumentarem que o novo sistema é menos seguro que as urnas mecânicas usadas anteriormente.Especialistas afirmam que, sem vigilância independente, esse tipo de sistema pode ser facilmente fraudado. "Um computador pode ser programado para produzir o resultado que alguém quiser", disse Aviel Rubin, professor de ciência da computação da Universidade Johns Hopkins (EUA)."Qualquer um que estivesse preocupado com um resultado justo iria encorajar uma verificação externa", disse Rubin, que no ano passado liderou uma equipe que realizou uma análise dos softwares produzidos por uma das indústrias líderes nos EUA.A realização de uma auditoria manual dos comprovantes emitidos pelas urnas a cada voto pode ser uma solução para os possíveis problemas, segundo especialistas.A coalizão opositora inicialmente pressionou para haver uma contagem manual, porém agora diz que basta uma auditoria em uma amostra de votos.

[VotoEletronico] Reportagem da Folha

2002-04-30 Por tôpico Cordioli

Transcrevo abaixo texto que enviei ao Ombudsman da Folha, sobre a reportagem
acima.

Ao Sr. Bernardo Ajzenberg, Ombudsman da Folha.

Para os interessados, a reportagem de 29/04 sobre as urnas eletrônicas é
muito periférica e conveniente. Fica, ao final, a sensação de que elas são
até aceitáveis e apenas uns moleques ou, como escrito, um grupo de
eleitores que trocam mensagens de alerta sobre o tema é que as contestam.
Que vergonha, Folha, essas urnas são mais furadas que queijo suíço! Há
fraudes no cadastramento, vide Camaçari-BA-2002, há fraudes de desvios de
votos via programação, não só de um candidato para outro, como de votos
brancos e nulos para um determinado candidato, vide Senado e Itaberaba-BA.
Houve erros crassos, vide Araçoiaba-SP-98 (eleição anulada!). Pode estar
havendo fraude constitucional, já que o voto pode não estar sendo secreto.
Operacionalmente, pode haver fraude na simples listagem das urnas, cujos
registros são imediata e convenientemente apagados impedindo qualquer
conferência de dados, pode haver fraude na totalização (lembram-se da
Proconsult ?), pode haver fraude com a substituição dos flash-cards, vide
Teresópolis-RJ-98. E como agravante, tudo afirmado acima pode ser
complementado com  um e ainda nada há que impeça ! E isso são só fraudes
das e nas urnas, e é só para começar uma discussão adequada, objetiva e
conclusiva! Outra fraude, e muito maior, pode estar no encadeamento
criminoso de tudo isso por certas e convenientes pessoas, apoiadas por
forças intessadas, cuja manifestação exterior maior e auto-explicativa,
advém de que o TSE, órgão encarregado de todo o processo eleitoral, repito,
o TSE não deixa fiscalizar o cadastramento, não permite a verificação nos
programas, não deixa imprimir todos os votos, não deixa auditar as urnas,
além de permitir que a ABIN, órgão da Presidência, esteja por trás da
programação, sem qualquer controle da sociedade sobre elas, Presidência e
ABIN. Por tudo isso que não foi dito e esmiuçado, como deveria, no interesse
da sociedade brasileira, a reportagem em si, eu a considero pífia, inócua,
ridícula, dispersiva, boiando apenas no lodaçal de sujeiras que podem
(concessão do escriba) estar sendo essas eleições eletrônicas. Como fecho de
ouro para tudo mencionado acima, porque há rastros, verificamos ainda que
tramita um projeto para tornar certos ex-presidentes, inclusive e
especificamente o atual, em senadores vitalícios, à la Pinochet, todos fora
do alcance dos braços da Lei... Como, pois, aceitar ou concordar com tal
reportagem ? Como resultado da política implantada nesses últimos 7 anos,
apoiada nessas urnas eletrônicas, o País está bem ? Porque, então, a Folha
mascara ou omite tais e tantos fatos criminosos ? Sei muito bem que, a
depender da resposta, esta última pergunta pode ter sido muito ingênua...

Luiz Cordioli
Assinante
São Carlos-SP

PS- Leia o que pode ser uma eleição eletrônica no artigo da Infoexame, que
transcrevo abaixo, como colaboração.

plantão info / E-Business

Fraude no sistema de voto da Vivendi?
Segunda-feira, 29 de abril de 2002 - 17h58

e o texto desse artigo, que já está na lista, por isso cortei-o.

__
O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu
autor, conforme identificado no campo remetente, e nao
representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E

O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas
eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas.
__
Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
http://www.votoseguro.org
__



[VotoEletronico] Reportagem da Folha - 25/10/2000

2000-10-29 Por tôpico Paulo Gustavo Sampaio Andrade

FOLHA
São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 2000
http://www.uol.com.br/fsp/informat/fr251025.htm

ELEIÇÕES
Engenheiro critica programas e equipamentos usados pela Justiça Eleitoral; 
argumentos serão apresentados hoje

Novo estudo contesta votação eletrônica

BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de apresentar problemas técnicos em Horizontina (RS) e em duas 
cidades do Maranhão, em que votos foram perdidos ou contados de forma 
errada, o sistema de urnas eletrônicas deverá sofrer novas críticas hoje.
Durante o Simpósio de Segurança em Informática, que está sendo realizado no 
Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos 
(interior do Estado de São Paulo), o engenheiro Amilcar Brunazo apresentará 
um estudo em que analisa os equipamentos usados nas eleições deste ano.
"A urna eletrônica é uma caixa preta: ela não permite conferir a apuração, 
e o número do eleitor é digitado quando ele vai votar", afirma Brunazo. 
Segundo ele, como o microterminal (aparelho em que os mesários digitam o 
número do título) é conectado à urna, seria possível descobrir em quais 
candidatos cada eleitor votou: "As duas informações estão na memória da 
mesma máquina", diz. De acordo com Brunazo, a solução seria desconectar os 
dois aparelhos.
A impossibilidade de recontar os votos poderia ser contornada com a 
impressão de cada voto eletrônico em uma cédula de papel: "O eleitor veria 
um papel com seu voto por uma janelinha de plástico na urna e, assim que 
confirmasse o voto, a cédula seria automaticamente jogada em uma urna 
tradicional acoplada à urna eletrônica", sugere.
No relatório, que está disponível para download no endereço 
www.brunazo.eng.br/voto-e/arquivos/SSI2000.zip, Brunazo ataca outros 
elementos do processo, como o programa de criptografia (codificação) 
utilizado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para proteger as 
informações e o sistema operacional empregado nas urnas eletrônicas.
Segundo ele, o maior problema é que o TSE não divulgou o código fonte 
desses programas.
O código fonte de um software é um arquivo que traz todas as instruções e 
operações que ele pode realizar. Para que um programa possa ser usado, esse 
código deve passar por um processo conhecido como "compilação". Depois de 
compilado, um programa se torna ilegível, ou seja, o seu conteúdo não pode 
ser analisado.
"O TSE apresentou uma parte dos programas, mas eles não são compilados na 
nossa frente. Esses programas podem conter vícios ocultos", afirma Brunazo.
Na opinião dele, o TSE não correria riscos se divulgasse o algoritmo 
(método) de criptografia usado para proteger os resultados eleitorais 
contra adulterações: "Bastaria escolher um algoritmo que resistisse a 
tentativas de fraude matemática durante o período da apuração", acredita.

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OUTRO LADO

TSE afirma que processo da urna é "transparente"
DA REPORTAGEM LOCAL

Segundo o TSE, a urna eletrônica não consegue associar cada voto ao nome de 
um eleitor: "Se houvesse algum programa que fizesse o cruzamento dessas 
informações, aí sim haveria risco", afirma Osvaldo Catsumi, consultor do órgão.
Na opinião do consultor, a impressão dos votos não traria mais segurança 
contra fraudes: "É possível gravar um resultado na memória e imprimir outro 
no papel".
Outra dificuldade seria o investimento necessário: "O microterminal 
precisaria fazer processamento e armazenamento dos números, com custo 
elevadíssimo", afirma Paulo Nakaya, consultor do TSE.
Ele também critica a impressão dos votos: "Isso causaria muita confusão", 
acredita.
Os mecanismos de proteção da urna impedem que os programas de votação sejam 
adulterados, diz Nakaya: "Se alguém, algum dia, conseguir alterar o código 
dos programas usados, a urna não irá funcionar", afirma.
De acordo com Catsumi, o boletim de urna (papel impresso ao final da 
votação com os resultados de cada aparelho) é assinado com um código 
secreto gerado pelos circuitos da urna, o que impediria fraudes: "Se o 
programa usado não for idêntico ao oficial, isso pode ser detectado no 
boletim", diz.
(BG)

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Site propõe comércio de votos na rede
DA REPORTAGEM LOCAL
Se você acha que os políticos são todos iguais, por que não vender seu voto 
a algum deles? Foi essa a idéia do estudante universitário James 
Baumgartner, que criou um site para intermediar o comércio de votos entre 
eleitores, candidatos e empresas.
Até a semana passada, os americanos que visitassem o endereço 
www.voteauction.com poderiam leiloar seus votos para a eleição 
presidencial. Isso só seria possível graças à legislação eleitoral vigente 
em muitas cidades dos EUA, que permitem a votação pelo correio.
Segundo o criador do site, o preço médio de cada voto era de US$ 15.
O que começou como uma brincadeira passou a atrair a atenção de promotores 
e associações dos EUA, que consideraram o site ilegal. Depois de ser 
fechado por ordem judicial em