Eleição do PT pode parar na Justiça
Padre Roque Zimmermann, derrotado por André Vargas, denunciou
irregularidades na disputa do último domingo
Lino Ramos - Folha de Londrina
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Curitiba
A eleição para a presidência do PT no Estado pode parar na Justiça. O
deputado federal padre Roque Zimmermann, derrotado pelo atual presidente da
sigla, André Vargas, disse ontem que vai questionar o resultado da eleição,
ocorrida no último domingo. Ele ficou revoltado com a impugnação de 509
votos em 11 municípios onde tinha a maioria dos filiados.



"Me sacanearam com pelo menos 500 votos", denunciou. Ele acusa o grupo de
Vargas de cometer diversas irregularidades e pretende relatá-las nesta
quarta-feira à executiva estadual. O deputado disse que não pretende rachar
o partido, mas não irá ficar calado. "Não vou aceitar essa fraude no
resultado das urnas."



Vargas, vereador em Londrina, foi eleito com 4.009 votos, contra 3.786 dados
a Zimmermann. O segundo turno da eleição contou com a participação de 7.919
filiados e a apuração dos votos foi concluída nesta terça-feira. Vargas foi
eleito para um mandato de três anos. Há seis meses, o vereador exerce um
"mandato tampão" conferido pela executiva estadual do PT após a eleição de
Nedson Micheleti para a prefeitura de Londrina.



O resultado da disputa fortalece a pré-candidatura do deputado estadual
Ângelo Vanhoni ao Palácio Iguaçu e ao mesmo tempo enfraquece as pretensões
do grupo do deputado federal Florisvaldo Fier, o doutor Rosinha, que havia
colocado Padre Roque como pré-candidato. Vanhoni tem o respaldo dos 436.270
votos obtidos no segundo turno das eleições municipais em Curitiba, quando
foi derrotado por Cassio Taniguchi (PFL), que fez 26.541 (2,9%) votos a mais
que o petista.



Com a vitória de Vargas o PT pode costurar uma ampla aliança política para
as eleições de 2002, ao contrário do grupo de Padre Roque que só aceita uma
ligação com o PMDB. "Temos que manter conversações com todos os partidos, ou
no primeiro ou no segundo turno, não podemos tratar o PDT como nosso
adversário, é um aliado que pode estar junto no segundo turno. O PPS também
é um aliado e vamos tratá-lo com relevância, mas não abrimos mão da
candidatura própria", avaliou.



O prefeito Nedson Micheleti acredita que os adversários irão aceitar o nome
de Vanhoni. Agora o partido deverá definir a chapa de deputados e o provável
leque de alianças. "Os partidos favoráveis ao Lula para presidente e que
quiserem se somar com a gente serão bem-vindos", afirmou.

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