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Data: Sat, 3 Sep 2005 23:53:44 -0300
Assunto: > > Informativo Jurídico E AZEREDO? - Folha de São Paulo




A Folha hoje em seu editorial, transcrito abaixo, cobra a cassação do presidente do PSDB e senador Eduardo Azeredo. Não há porque falar em indícios, pois o próprio senador já assumiu o valerioduto 1.0.



Eu não espero sua cassação e muito menos desejo isso. Ocorre que as CPIs estão passando ao largo desse tema e de outros ligados aos tucanos. A Folha, para ser mais coerente, deveria cobrar que a CPI convidasse para oitivas algumas personalidades que poderiam mostrar como funcionavam os esquemas.



Que tal :


- Ricardo Sérgio, tesoureiros de Serra, o ex-Diretor da Área Internacional do Banco do Brasil

- Roberto de Castro Visneviski, sócio de Ricardo na Andover Nacional Corporation, instalada nas Ilhas Virgens

- João Bosco Madeiro, ex-chefe de gabinete de Ricardo no BB, e ex diretor da PREVI
- Lázaro José Piunti, ex-vice-presidente da CDHU na gestão Covas
- Goro Hama, tesoureiro e ex-Secretário-Geral do PSDB paulista
- Cláudio Roberto Mourão, tesoureiro da campanha de Azeredo
- Clésio Andrade, vice-governador mineiro
- Gregório Marin Preciado, representante de uma empresa espanhola que comprou empresas de energia privatizadas, é marido de uma prima de Serra.

- João Heraldo dos Santos Lima, secretário da fazenda e hoje diretor do Banco Rural

- Nilton Antônio Monteiro, lobista que teria apresentado uma lista de saques de 98. A tal lista que ninguém pode conhecer.

Enquanto a Folha não exigir que a CPI convide essas pessoas, fica difícil acreditar que ela realmente deseja cassar Eduardo Azeredo e esclarecer com profundidade os fatos. Para isso ela precisa de provas, que tal consultar os próprios arquivos do Jornal.



Alexandre Porto




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Folha de S.Paulo – 03/09/2005
E AZEREDO?

Causa estranheza que Eduardo Azeredo, senador e presidente do PSDB, não esteja entre os 18 parlamentares cuja cassação foi recomendada em relatório conjunto das CPIs do Mensalão e dos Correios, na última quinta-feira.

Segundo os relatores das duas comissões, um dos parâmetros para as indicações foi a presença de deputados e senadores na lista de beneficiários dos saques em contas do operador do "mensalão" Marcos Valério Fernandes de Souza.

São muitos os indícios de que Azeredo se tenha beneficiado do chamado "valerioduto" durante sua campanha à reeleição para o governo de Minas, em 1998. O próprio Valério declarou sua associação com o senador, em depoimento à CPI dos Correios, e, posteriormente, surgiram diversas evidências nesse sentido.

Poder-se-ia argumentar que os delitos cometidos pelo tucano ocorreram antes de seu mandato parlamentar. Nesse caso, no entanto, valeria para ele o parecer número 89, de 1995, da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, aproveitado pelos relatores das CPIs para legitimar a proposta de cassação do mandato do deputado José Dirceu (PT-SP), acusado de ser um dos chefes do esquema de corrupção à época em que era Chefe da Casa Civil. Segundo o documento, "atos e fatos passados, sobretudo se recentes, a depender de sua natureza e circunstâncias, podem projetar-se no tempo e alcançar e perturbar o procedimento do parlamentar e atingir a instituição [no caso, o Senado]".

Evidentemente não se trata de invocar Azeredo para defender Dirceu sob a alegação de que ele não foi o único a praticar ilícitos -o que não isentaria o ex-ministro de suas culpas. Apenas é de perguntar por que aplicar aqui dois pesos e duas medidas. Diante dos claros e enfáticos indícios, fica a dúvida sobre as razões que levaram a CPI a excluir Azeredo do seleto clube dos 18 "cassáveis" -lista, a propósito, cuja extensão, ao que tudo indica, poderia e deveria ser bem maior.


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