Re: [Wikimedia Brasil] [okfn-br] [REA] Abrindo a história da ditadura no Brasil: 50 anos depois
Fantástico, Tom! Ótima iniciativa! Sei que não sou a melhor conhecedora de quem edita o quê, mas acompanho um pouco esse assunto na Wikipédia e sei que Yone Fernandes e MachoCarioca editam bastante sobre. Vou dar um toque neles. Outro dia mesmo fui editar um em razão da revelação sobre o corpo do Rubens Paiva e o MachoCarioca tinha acabado de editar. Aí criei o do Jornal de Debateshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Jornal_de_Debates, veículo do qual o Rubens Paiva fora editor logo após o fim do Estado Novo. Apesar de não ter verbete, era mencionado de algumas pessoas como o próprio Paiva e Fernando Gasparian. Vou tentar colaborar com os verbetes sobre comunicação, jornais e jornalistas da época e de outras pessoas e fatos importantes da história que tiver como colaborar. Uma das coisas que reparei é a dificuldade relativa a registro. Claro que estão se abrindo muitas coisas. mas mesmo o projeto sobre o qual publiquei no Facebook ano passado (e vi que tem link pra ele no pad) - https://www.facebook.com/groups/241778385855204/permalink/614574631908909/?stream_ref=2, tem problemas ali. Conheço uma pessoa que já morreu, mas morreu negando com convicção informações que ali estão publicadas. Era ligado e foi salvo (de morrer) por D. Paulo Evaristo Arns, criador do projeto. E confio na versão que ouvi a vida toda, porque ela faz muito sentido e é mais coerente do que a contada nos arquivos em que predomina versão de fogo amigo. Então, tenho lá meu pé atrás mesmo com as poucas fontes que temos, fontes criadas com as melhores intenções, mas que contam uma história que não podia ser esclarecida publicamente. As pessoas sabiam de coisas aqui e acolá, mas não se podia verificar, não se podia debater abertamente. Eu nem criei um verbete sobre a pessoa, que não existe mas é mencionado em vários outros verbetes, em função disso. Vamos nessa. Apostando que vai ter material à beça na imprensa em função da efeméride, mas sempre com o cuidado de saber que as histórias de períodos como aquele sofrem ainda mais do desafio provocado pelas versões hegemônicas que sobrevivem ao tempo, porque as pessoas não podiam publicamente falar o que pensavam, o que faziam, como se articulavam. Oona 2014-03-19 19:07 GMT-03:00 Gustavo Paiva gustavobpa...@gmail.com: Muito bacana a iniciativa, Everton! Como professor de Ensino Médio, estou em um projeto interdisciplinar com a professora de História para tratar do tema 50 anos do Golpe: Democracia e Autoritarismo no Brasil. Temos uma série de atividades previstas com os alunos e pensei que talvez fosse uma oportunidade interessante de desenvolver um projeto de aprimoramento de artigos na Wikipedia com eles. Você acha que cabem contribuições de alunos de Ensino Médio? Abraços Em 19 de março de 2014 09:33, Everton Zanella Alvarenga t...@okfn.org.brescreveu: Luiz, acho super válida sua proposta. No lançamento do acervo do Brasil: nunca mais! ano passado, pensei em ir no evento e propor essa ideia de melhorarmos os verbetes da Wikipédia, inclusive liberar esse material em domínio público ou com uma licença livre. Mas estava muito ocupado com questões relacionadas a criação do capítulo, então ficou só na ideia. Claro, super apoio o que está falando. A ideia da Wikipédia é porque os estudantes vão ler aí. Podemos até depois juntar os verbetes e fazer um livro, se conseguirmos melhorar consideravelmente a qualidade dos verbetes. E quanto mais mídias digitais livres, mais ricos poderão ser os recursos educacionais que poderemos criar. Abraços, Tom Em 18 de março de 2014 20:05, Luiz Augusto lugu...@gmail.com escreveu: Idéia e participação a seguir =P Não a nível de Wikipédia, apesar de extremamente apoiar a idéia original. Bom, você me conhece, vou puxar a coisa pro lado do Wikisource. Nesses dias, comecei a rascunhar a https://br.wikimedia.org/wiki/Estão_amarrados Muitas pessoas talvez deem uma boiada ao ler essa página (e é ótimo que dêm E me digam exatamente em quais partes, pra adicionar na parte do que que precisa ser melhor explicado). No ano passado, fiz esta postagem https://groups.google.com/d/msg/thackday/BmK-DMnEKPw/hFmAh9Zm1yUJ exatamente sobre um desses acervos online que estão amarrados, em completa contradição à forma como eles chegaram até os nossos dias. E, no meu entender, todo esse material está em domínio público, por conta de https://commons.wikimedia.org/wiki/Template:PD-BrazilGov que +- re-expliquei para o contexto de textos em si em https://pt.wikisource.org/wiki/Predefinição:DP-5 Pois bem, topam incluir nas atividades conversações para que todo esse arsenal que é nosso (das pessoas em si) sejam espelhados também em espaços que não restrinjam, direta ou indiretamente, acesso em massa a eles? (Um que era dado como perdido até a pouco tempo foi disponibilizado em um Google Drive por um particular, que espelhei [por enquanto apenas] no Internet Archive. Não é exatamente algo que responsabiliza os militares,
Re: [Wikimedia Brasil] [okfn-br] [REA] Abrindo a história da ditadura no Brasil: 50 anos depois
(Esse gosto que vocês tem por pads... ok, salva de forma mais dinâmica, permite que eu coloque uma vírgula na frase que outro ainda está escrevendo, mas não permite um controle de quem disse o que etc...) Junto a alguns outros links que com certeza vão ajudar na confecção dos verbetes da Wikipédia, coloquei por lá algumas opiniões, assinadas e sinalizadas da forma como consegui fazer isso. Copio aqui, para existir um registro delas (vai que alguém altere algo pra um outro sentido do que eu disse mas esqueça de tirar a assinatura rs): - Comissão Nacional da Verdade: vem publicando riquíssimo material online, praticamente tudo o que vem produzindo. Parte dele podemos deduzir estar em Domínio Público por se tratarem ou de documentos legislativos ou de relatórios (no sentido mais estrito do termo) de atos oficiais, parte podemos esticar a interpretação e os considerar em domínio público pelos mesmos motivos, mas parte autoral da própria Comissão sempre será passível de proteção por copyright. Altamente recomendável estabelecer conversação para a própria Comissão lançar todo seu material em um Creative Commons LIVRE DE FATO, explicando a eles que coisas como permitir trabalho derivado não é o mesmo que permitir que alguém deturpe algum material mantendo tal deturpação atribuída à própria Comissão, que explorar o uso comercial da divulgação de algo que deve ser sempre lembrado para jamais ser esquecido não é tão danoso assim quanto possa parecer etc. Mesmo que um licenciamento em CC LIVRE acabe incluindo materiais que está em Domínio Público por algum outro fator, é muito melhor partir de um ambiente livre e encontrar coisas que estão ainda mais livres (PD) do que um ambiente protegido por padrão onde tenhamos que pincelar as coisas que são livres (Comentário originalmente inserido por Luiz Augusto/Lugusto); - Brasil Nunca Mais Digital: inclui literalmente milhares (beirando o milhão) de páginas de documentos originais que podemos deduzir ser de Domínio Público por se tratarem ou de documentos legislativos ou de relatórios (no sentido mais estrito do termo) de atos oficiais. No entanto, através de tecnologia que permite apenas a navegação online (além do fato de ser uma tecnologia proprietária que está listada em uma página de órgão público de forma muito mais abrangente do que mero powered by: seção de acervos relacionados, aliás, faz uma clara distinção de outras tecnologias de busca). Material da população, coletado e preservado pela própria população, agora amarrado em uma tecnologia proprietária de entidade com fins lucrativos que, ainda, possui eventuais traços de publicidade irregular. Um triste destino para algo que deve ser disseminado de todas as formas possíveis, para que nunca mais ocorra (Comentário originalmente inserido por Luiz Augusto/Lugusto). 2014-03-20 3:51 GMT-03:00 Oona Castro oonacas...@gmail.com: Fantástico, Tom! Ótima iniciativa! Sei que não sou a melhor conhecedora de quem edita o quê, mas acompanho um pouco esse assunto na Wikipédia e sei que Yone Fernandes e MachoCarioca editam bastante sobre. Vou dar um toque neles. Outro dia mesmo fui editar um em razão da revelação sobre o corpo do Rubens Paiva e o MachoCarioca tinha acabado de editar. Aí criei o do Jornal de Debateshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Jornal_de_Debates, veículo do qual o Rubens Paiva fora editor logo após o fim do Estado Novo. Apesar de não ter verbete, era mencionado de algumas pessoas como o próprio Paiva e Fernando Gasparian. Vou tentar colaborar com os verbetes sobre comunicação, jornais e jornalistas da época e de outras pessoas e fatos importantes da história que tiver como colaborar. Uma das coisas que reparei é a dificuldade relativa a registro. Claro que estão se abrindo muitas coisas. mas mesmo o projeto sobre o qual publiquei no Facebook ano passado (e vi que tem link pra ele no pad) - https://www.facebook.com/groups/241778385855204/permalink/614574631908909/?stream_ref=2, tem problemas ali. Conheço uma pessoa que já morreu, mas morreu negando com convicção informações que ali estão publicadas. Era ligado e foi salvo (de morrer) por D. Paulo Evaristo Arns, criador do projeto. E confio na versão que ouvi a vida toda, porque ela faz muito sentido e é mais coerente do que a contada nos arquivos em que predomina versão de fogo amigo. Então, tenho lá meu pé atrás mesmo com as poucas fontes que temos, fontes criadas com as melhores intenções, mas que contam uma história que não podia ser esclarecida publicamente. As pessoas sabiam de coisas aqui e acolá, mas não se podia verificar, não se podia debater abertamente. Eu nem criei um verbete sobre a pessoa, que não existe mas é mencionado em vários outros verbetes, em função disso. Vamos nessa. Apostando que vai ter material à beça na imprensa em função da efeméride, mas sempre com o cuidado de saber que as histórias de períodos
