Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Vish, olha o tamanho dessa thread, eu acho que então é importante para a comunidade aqui não? Alguns pontos Querendo ou não os devolopers são homens, que recebem reclamações de homens, que discutem com homens para acharem soluções para os homens que reclamaram. Isso pode ser influenciar no resultado. Se verem aquela proposta aberta (http://www.wikipediaredefined.com/), tem seus erros, mas o povo da Wiki está reclamando de cor alegando rainbow effect, que não é o caso... Mas vejo muito disso, vamos colocar uma cor nisso? ahhh deixa cinza geek, deixa azul windows crash, deixa no default, sabe? E se for ver isso cria um ambiente geek que afasta gurias sim! Não estou falando que gurias não podem ser geek, mas no geral reclamam disso, e podem ver até pelo texto da Sue. Outra coisa, como os artigos são feitos por meninos, os conteúdos, ditos, masculinos, são mais desenvolvidos do que os de cunho feminino... E por ai vai A minha intenção aqui não ficar elencando possíveis problemas, mas sim ouvir, principalmente das mocinhAs como podemos achar soluções, na minha visão de rapazote eu acho que jornadas fotográficas, entrevistas, ilustrações de artigos são mais atrativos que edições massivas com códigos marditos para as gurias, entretanto, isso são elucubrações não comprovadas. Então, quais atividades podemos promover para atrair meninas? E mais, como podemos manter? Eu não acho que uma tag dizendo eu sou menina, não me agrida, seu bobô! vai ajudar, muito menos criar uma frente feminina dentro do Movimento, pois ai sempre serão o grupo de meninas lutando para ser um voluntário, ao invés de serem voluntários. 2012/8/10 Oona Castro ocas...@wikimedia.org Gostaria de compartilhar algumas impressões pessoais sobre as questões de gênero: independentemente da acurácia da pesquisa ou de sua extrapolação, é visível a pouca participação de mulheres no projeto (e bem como o Abdo lembrou, em tantos outros). Eu acho que é muito difícil identificar as causas centrais, mas acho que as causas não estão apenas na Wikipédia. Mas como nos cabe pensar o que podemos fazer para mudar aqui, também não adianta tentarmos atuar sobre razões distantes de nossos alcances. Eu acho que a primeira pergunta a fazer é: por que é importante reduzir a desigualdade de gênero? Primeiro, porque é importante que as mulheres tenham o direito de participar desses processos se quiserem e não se sintam intimidadas (pelo motivo que for). E, segundo, que a participação feminina pode contribuir muito não só pro ambiente, como em situações decisivas (ex. no Conselho de regulamentação de publicidade, composto só por homens, eles concluíram que a propaganda da schincariol não fazia apologia à violência sexual - não sei se viram o caso, mas a propaganda sugeria a dieta do sexo e dizia que se gasta mais caloria quando o sexo não é consentido). Em debates sobre determinados conteúdos controversos, por mais imparciais que tentem ser, um olhar feminino pode contribuir para que ele não reforce uma visão masculina. Poderíamos elencar N outras razões, mas para efeito de argumentação o que quero dizer é que, se os motivos não são claros, reduzir a desigualdade de gênero por reduzir a desigualdade de gênero não é lá muito estimulante. Dito isso, o esforço precisa ser conjunto: de um lado, acho que é importante que as mulheres se organizem e mobilizem para atingir esses objetivos, de maneira sistemática, e criando sua própria forma de lidar com o ambiente - ou seja, evitando reproduzir as supostas práticas masculinas (não me agrada muito esse tipo de caracterização, e acho que há problemas em separar as coisas assim, mas me refiro a fulano foi meio grosseiro, então também vou responder com grosseria ou coisa que o valha) para se imporem. A segunda questão é a persistência. A vida é feita de avanços e recuos, mas as conquistas se dão na perseverança. Não me sinto com elementos pra analisar se há tratamento diferenciado na Wikipédia - pode até ser que haja. Mas talvez a recepção seja mais diferenciada. Talvez os meninos sejam criados ouvindo o amiguinho chamá-lo de idiota desde pequeno e, goste ou não, se acostuma mais com isso. Não conheço uma pessoa que goste de ser aloprada, mas conheço quem não ligue. E aí é que está: tirarmos da nossa cabeça que a grosseria do outro é um problema nosso (ou conosco - e que a culpa é nossa) é importante pra seguir em frente - não ignorando propriamente, mas não deixando que determinadas atitudes nos paralisem. Por fim, na Campus Party, houve um debate sobre mulheres em TI, organizado por um homem, que foi um momento interessante. Participamos - e Béria falou da experiência como colaboradora da Wikipédia e de reflexões dela. Me assustou muito um discurso feito por uma outra moça relativamente famosa no mundo de TI, dizendo que as mulheres deviam aproveitar que eram poucas para se destacarem. O motivo do incômodo é porque, por trás desse discurso, tem a premissa de que,
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Oona et al, Parece-me que há um ponto aí: homens estão mais dispostos a aceitar entrar em um ambiente conflituoso como a Wikipédia do que mulheres. Este ponto já havia sido levantado pela Sue. (não sei se isso é verdade, mas aceitemos pelo valor do argumento) Neste ponto específico, creio que temos feito avanços. A wiki.pt de 2007-2009, retratada no artigo da Piauí pelo Bernardo tinha um ambiente muito mais agressivo do que hoje. Havia, pasme, páginas no estilo blog dedicadas a fazer piada com outros editores. Alguns editores defendiam a máxima não gostou de ser debochado, deboche dos outros. Minha sugestão é que a políticas como Não faça ataques pessoais, abuso do espaço público sejam atualizadas com esses achados de pesquisa para que os editores estejam conscientes das consequências negativas do não cumprimento dessas regras e da importância de manter um ambiente agradável. Ou ponto levantado pela Sue é que mulheres têm menos autoconfiança que homens. Tampouco sei se isso é verdade. De fato, é necessário ter uma boa dose de coragem para editar na Wikipédia. Minha sugestão aqui é que tornemos nossa relação entre editores mais cordial e motivadora. Evitar avisos do tipo você não colocou categorias no artigo x ou evite salvamentos sucessivos e mandarmos mais mensagens de agradecimento e felicitação. Fabio Em 10 de agosto de 2012 01:05, Oona Castro ocas...@wikimedia.org escreveu: Gostaria de compartilhar algumas impressões pessoais sobre as questões de gênero: independentemente da acurácia da pesquisa ou de sua extrapolação, é visível a pouca participação de mulheres no projeto (e bem como o Abdo lembrou, em tantos outros). Eu acho que é muito difícil identificar as causas centrais, mas acho que as causas não estão apenas na Wikipédia. Mas como nos cabe pensar o que podemos fazer para mudar aqui, também não adianta tentarmos atuar sobre razões distantes de nossos alcances. Eu acho que a primeira pergunta a fazer é: por que é importante reduzir a desigualdade de gênero? Primeiro, porque é importante que as mulheres tenham o direito de participar desses processos se quiserem e não se sintam intimidadas (pelo motivo que for). E, segundo, que a participação feminina pode contribuir muito não só pro ambiente, como em situações decisivas (ex. no Conselho de regulamentação de publicidade, composto só por homens, eles concluíram que a propaganda da schincariol não fazia apologia à violência sexual - não sei se viram o caso, mas a propaganda sugeria a dieta do sexo e dizia que se gasta mais caloria quando o sexo não é consentido). Em debates sobre determinados conteúdos controversos, por mais imparciais que tentem ser, um olhar feminino pode contribuir para que ele não reforce uma visão masculina. Poderíamos elencar N outras razões, mas para efeito de argumentação o que quero dizer é que, se os motivos não são claros, reduzir a desigualdade de gênero por reduzir a desigualdade de gênero não é lá muito estimulante. Dito isso, o esforço precisa ser conjunto: de um lado, acho que é importante que as mulheres se organizem e mobilizem para atingir esses objetivos, de maneira sistemática, e criando sua própria forma de lidar com o ambiente - ou seja, evitando reproduzir as supostas práticas masculinas (não me agrada muito esse tipo de caracterização, e acho que há problemas em separar as coisas assim, mas me refiro a fulano foi meio grosseiro, então também vou responder com grosseria ou coisa que o valha) para se imporem. A segunda questão é a persistência. A vida é feita de avanços e recuos, mas as conquistas se dão na perseverança. Não me sinto com elementos pra analisar se há tratamento diferenciado na Wikipédia - pode até ser que haja. Mas talvez a recepção seja mais diferenciada. Talvez os meninos sejam criados ouvindo o amiguinho chamá-lo de idiota desde pequeno e, goste ou não, se acostuma mais com isso. Não conheço uma pessoa que goste de ser aloprada, mas conheço quem não ligue. E aí é que está: tirarmos da nossa cabeça que a grosseria do outro é um problema nosso (ou conosco - e que a culpa é nossa) é importante pra seguir em frente - não ignorando propriamente, mas não deixando que determinadas atitudes nos paralisem. Por fim, na Campus Party, houve um debate sobre mulheres em TI, organizado por um homem, que foi um momento interessante. Participamos - e Béria falou da experiência como colaboradora da Wikipédia e de reflexões dela. Me assustou muito um discurso feito por uma outra moça relativamente famosa no mundo de TI, dizendo que as mulheres deviam aproveitar que eram poucas para se destacarem. O motivo do incômodo é porque, por trás desse discurso, tem a premissa de que, se não formos minorias, não nos destacaremos - então corremos o risco de incorporarmos a dinâmica e pensarmos que quanto menos mulheres, melhor? Não acho que ela teve a intenção de dizer isso, mas acho que falta amadurecimento da questão no âmbito coletivo ainda.
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Minha sugestão aqui é que tornemos nossa relação entre editores mais cordial e motivadora. Evitar avisos do tipo você não colocou categorias no artigo x ou evite salvamentos sucessivos e mandarmos mais mensagens de agradecimento e felicitação. Isso é fundamental e talvez possa ser mais efetivo que uma campanha para atrair novos editores. Alguém viu a *excelente* apresentação do Steven e da Maryana na Wikimania onde eles apontaram como o tom em que as mensagens de aviso são enviadas modifica, e muito, a receptividade pelos usuários? Espero que a apresentação deles esteja online. Parece que a comunidade da Wikipédia francesa ia tentar começar a fazer algo na linha do que a Steven e a Maryana fizeram. Vale a pena estudar e tentar adaptar. -- Everton Zanella Alvarenga (also Tom) Wikimedia Brasil Wikimedia Foundation ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Boa pergunta. Meninas? Em 10/08/2012 10:49, Fabio Azevedo faz...@gmail.com escreveu: Já que você falou em campanha, surgiu uma dúvida: Será que o aumento da consciente entre as mulheres de que elas são minoria entre os editores da Wikipédia vai ajudar a atrair mulheres ou, pelo contrário, pode criar a ideia de que o ambiente é masculino e afastá-las? Fabio Em 10 de agosto de 2012 10:43, Everton Zanella Alvarenga ezalvare...@wikimedia.org escreveu: Minha sugestão aqui é que tornemos nossa relação entre editores mais cordial e motivadora. Evitar avisos do tipo você não colocou categorias no artigo x ou evite salvamentos sucessivos e mandarmos mais mensagens de agradecimento e felicitação. Isso é fundamental e talvez possa ser mais efetivo que uma campanha para atrair novos editores. Alguém viu a *excelente* apresentação do Steven e da Maryana na Wikimania onde eles apontaram como o tom em que as mensagens de aviso são enviadas modifica, e muito, a receptividade pelos usuários? Espero que a apresentação deles esteja online. Parece que a comunidade da Wikipédia francesa ia tentar começar a fazer algo na linha do que a Steven e a Maryana fizeram. Vale a pena estudar e tentar adaptar. -- Everton Zanella Alvarenga (also Tom) Wikimedia Brasil Wikimedia Foundation ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Nós fizemos um teste com os avisos do Huggle. Tá lá em Wikipédia:Projetos/Avisos aos usuários/Testeshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Projetos/Avisos_aos_usu%C3%A1rios/Testes[1] . Tem tb o teste da mensagem de boas vindas (mesmo link). Como já fizemos um teste uma vez, e já tem alguns resultados na wiki.en / meta, dá para expandir o teste para outras predefs ou mesmo já ir mudando os avisos. Não deve ser difícil, é só levantar a questão na esplanada e achar interessados em reescrever. [1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Projetos/Avisos_aos_usu%C3%A1rios/Testes Claudio Barbosa Em 10 de agosto de 2012 10:43, Everton Zanella Alvarenga ezalvare...@wikimedia.org escreveu: Minha sugestão aqui é que tornemos nossa relação entre editores mais cordial e motivadora. Evitar avisos do tipo você não colocou categorias no artigo x ou evite salvamentos sucessivos e mandarmos mais mensagens de agradecimento e felicitação. Isso é fundamental e talvez possa ser mais efetivo que uma campanha para atrair novos editores. Alguém viu a *excelente* apresentação do Steven e da Maryana na Wikimania onde eles apontaram como o tom em que as mensagens de aviso são enviadas modifica, e muito, a receptividade pelos usuários? Espero que a apresentação deles esteja online. Parece que a comunidade da Wikipédia francesa ia tentar começar a fazer algo na linha do que a Steven e a Maryana fizeram. Vale a pena estudar e tentar adaptar. -- Everton Zanella Alvarenga (also Tom) Wikimedia Brasil Wikimedia Foundation ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade. Ewout (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem wheels within wheels e tal...? ) 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argen...@gmail.com Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão errados e seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se igualarmos o número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente dobraria o número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais blablabla... :P (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!) Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! Mas sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos atrair mais e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham? Bora igualar esse número? [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ -- Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argen...@gmail.com +55 11 7971-8884 ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l -- http://stoa.usp.br/ewout F. 916696 ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui) A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto. Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas. Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ew...@usp.br escreveu: hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade. Ewout (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem wheels within wheels e tal...? ) 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argen...@gmail.com Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão errados e seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se igualarmos o número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente dobraria o número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais blablabla... :P (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!) Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! Mas sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos atrair mais e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham? Bora igualar esse número? [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ -- Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argen...@gmail.com +55 11 7971-8884 ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l -- http://stoa.usp.br/ewout F. 916696 ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Sim, isso acontece mesmo. Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí. Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos. Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho* tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero. Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.r...@gmail.com escreveu: Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia - Achei isso bem preocupante e sexista. Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos. Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui) A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto. Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas. Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ew...@usp.br escreveu: hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade. Ewout (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem wheels within wheels e tal...? ) 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argen...@gmail.com Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão errados e seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se igualarmos o número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente dobraria o número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais blablabla... :P (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!) Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! Mas sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos atrair mais e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham? Bora igualar esse número? [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ -- Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argen...@gmail.com +55 11 7971-8884 ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l -- http://stoa.usp.br/ewout F. 916696 ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Não sei que embasamento e nível de pesquisa o pessoal do Mashable teve para realizar este infográfico. Mas achei bastante preocupante a relação entre bloqueio de usuários e gênero. Apesar de todos os percalços e problemas que os wikipedistas enfrentam com a gestão da wikipedia, é bastante grave o que esse gráfico aponta. Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Sim, isso acontece mesmo. Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí. Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos. Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho tempo de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero. Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.r...@gmail.com escreveu: Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia - Achei isso bem preocupante e sexista. Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos. Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui) A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto. Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas. Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ew...@usp.br escreveu: hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade. Ewout (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem wheels within wheels e tal...? ) 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argen...@gmail.com Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão errados e seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se igualarmos o número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente dobraria o número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais blablabla... :P (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!) Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! Mas sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos atrair mais e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham? Bora igualar esse número? [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ -- Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argen...@gmail.com +55 11 7971-8884 ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l -- http://stoa.usp.br/ewout F. 916696 ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l ___ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de *males* e 1,5 milhão de *females*, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada. Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim. Jo Lorib Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.comescreveu: Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência. Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias? Acho de um elitismo intelectual sem tamanho. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.comescreveu: Sim, isso acontece mesmo. Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí. Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos. Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho*tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero. Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.r...@gmail.comescreveu: Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia - Achei isso bem preocupante e sexista. Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos. Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui) A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto. Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas. Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ew...@usp.br escreveu: hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade. Ewout (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem wheels within wheels e tal...? ) 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argen...@gmail.com Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão errados e seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se igualarmos o número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente dobraria o número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais blablabla... :P (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!) Acho que
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Oi João Na verdade eu não sentia nada, só um pouquinho de frustração por ficar escrevendo, escrevendo, revisando, e nada ir para o ar. Ficava pensando que, poxa, estou bem abaixo da média aí, que pena. Insisti bastante até que um dia decidi parar de perder tempo com a Wikipédia. Só fiquei chateada agora, com essa informação do infográfico. E Béria, agora que eu entendi o esquema de barrar artigos. Infeliz isso, né? --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolo...@gmail.com escreveu: Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de *males* e 1,5 milhão de *females*, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada. Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim. Jo Lorib Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.comescreveu: Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência. Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias? Acho de um elitismo intelectual sem tamanho. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.comescreveu: Sim, isso acontece mesmo. Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí. Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos. Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho*tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero. Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.r...@gmail.comescreveu: Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia - Achei isso bem preocupante e sexista. Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos. Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui) A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto. Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas. Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ew...@usp.br escreveu: hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade. Ewout (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Eu e papai (aka João Lorib) podemos ajudar com o teu artigo perdido, só precisa dizer qual o teu nome de usuário. Pai, depois que ela dizer o user dele, podes ver as contribuições eliminadas e saber qual o problema com o artigo dela? _ *Béria Lima* *Imagine um mundo onde é dada a qualquer pessoa a possibilidade de ter livre acesso ao somatório de todo o conhecimento humano. Ajude-nos a construir esse sonho. http://wikimedia.pt/Donativos* 2012/8/9 Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com Oi João Na verdade eu não sentia nada, só um pouquinho de frustração por ficar escrevendo, escrevendo, revisando, e nada ir para o ar. Ficava pensando que, poxa, estou bem abaixo da média aí, que pena. Insisti bastante até que um dia decidi parar de perder tempo com a Wikipédia. Só fiquei chateada agora, com essa informação do infográfico. E Béria, agora que eu entendi o esquema de barrar artigos. Infeliz isso, né? --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolo...@gmail.com escreveu: Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de *males* e 1,5 milhão de *females*, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada. Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim. Jo Lorib Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.comescreveu: Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência. Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias? Acho de um elitismo intelectual sem tamanho. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.comescreveu: Sim, isso acontece mesmo. Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí. Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos. Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho*tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero. Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.r...@gmail.comescreveu: Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia - Achei isso bem preocupante e sexista. Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos. Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui) A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto. Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas. Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Não que eu entre nessa briga de egos, mas fazendo o papel de advogado: Vai estar no topo da 'lista dos adms com mais ações administrativas' quem fizer mais bloqueios, proteções e eliminações. Considerando que todos os bloq / prot / elim foram corretas e seguindo as políticas (se tem mts q não foram já teria sido desnomeado) então estar no topo é ter um modo de mostrar trabalho zelando pelo comprimento das políticas. Está mostrando que é um dos que mais zelam pelas políticas da wiki. Isso por acaso não devia ser motivo de orgulho? Adicionar ou modificar mais categorias não é motivo de orgulho, ao zelar pelas regras (boa categorização)? Quem adiciona mais fontes tb não está zelando pelas regras (verificabilidade)? Não é orgulho? Pq ações administrativas não podem gerar orgulho tb? Eliminar artigo é eliminar conteúdo que vai contra as regras, seja eliminando rapidamente pros q não dá para salvar (ER), seja dando um prazo para quem quiser tentar salvar (ESR), seja levando pra votação em caso de dúvida (PE). Mas é tudo feito para manter as regras do projeto, e devia ser motivo de orgulho sim. Bloqueio tb. Está impedindo q vândalos (intencionais ou não) continuem no projeto, então fazer mais bloqueios é orgulho. E proteção ... bem, entenderam. Claudio Barbosa Em 9 de agosto de 2012 12:08, Béria Lima berial...@gmail.com escreveu: *Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?* Na verdade não é bem apagar o objectivo. O objectivo é estar no topo da lista dos admins com mais acções administrativashttps://toolserver.org/%7Evvv/adminstats.php?wiki=ptwiki_ptlimit=15768000 e a foma mais facil é deletando artigos. Na verdade é mais uma briga de egos do que uma tendência delecionista, se achassem uma forma mais facil de estar no topo fariam (como fizeram quando era cool ter milhares de edições e choveram gente a fazer trabalho de bot para aumentar o número de edições) _ *Béria Lima* *Imagine um mundo onde é dada a qualquer pessoa a possibilidade de ter livre acesso ao somatório de todo o conhecimento humano. Ajude-nos a construir esse sonho. http://wikimedia.pt/Donativos* 2012/8/9 Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência. Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias? Acho de um elitismo intelectual sem tamanho. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.comescreveu: Sim, isso acontece mesmo. Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí. Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos. Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho*tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero. Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.r...@gmail.comescreveu: Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia - Achei isso bem preocupante e sexista. Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos. Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui) A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto. Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Claudio, o problema é que o teu discusso é lindo, mas estas a pregar pro papa aqui meu bem. Eu sou adm desde 2008 (em varias wikis diferentes, com diferente tempos de adm) e seu que o que move 99% dos moleques (aqui usado como sinomino de gente imatura) da pt.wiki é a estrelinha de xerife mais ocupado. Ou vai me dizer que eles verificam os artigos que deletam para ver se estão dentro das regras ( não faziam em 2008, ou 2009, ou 2010 muito menos em 2011, so se for um milagre deste ano. E categorização bem feita so vi fazer a Nice poa. O resto passa todos os artigo de uma cat para outra (que pode muito bem ser feito por bot). E quando a wikificação desnecessaria, fale com o Alchimista, ele sabe todo mundo que abusa do AWB para isso (tb sei, mas nao citarei nomes pq alguns estao nesta lista). _ *Béria Lima* *Imagine um mundo onde é dada a qualquer pessoa a possibilidade de ter livre acesso ao somatório de todo o conhecimento humano. Ajude-nos a construir esse sonho. http://wikimedia.pt/Donativos* 2012/8/9 Claudio Barbosa rjclau...@gmail.com Não que eu entre nessa briga de egos, mas fazendo o papel de advogado: Vai estar no topo da 'lista dos adms com mais ações administrativas' quem fizer mais bloqueios, proteções e eliminações. Considerando que todos os bloq / prot / elim foram corretas e seguindo as políticas (se tem mts q não foram já teria sido desnomeado) então estar no topo é ter um modo de mostrar trabalho zelando pelo comprimento das políticas. Está mostrando que é um dos que mais zelam pelas políticas da wiki. Isso por acaso não devia ser motivo de orgulho? Adicionar ou modificar mais categorias não é motivo de orgulho, ao zelar pelas regras (boa categorização)? Quem adiciona mais fontes tb não está zelando pelas regras (verificabilidade)? Não é orgulho? Pq ações administrativas não podem gerar orgulho tb? Eliminar artigo é eliminar conteúdo que vai contra as regras, seja eliminando rapidamente pros q não dá para salvar (ER), seja dando um prazo para quem quiser tentar salvar (ESR), seja levando pra votação em caso de dúvida (PE). Mas é tudo feito para manter as regras do projeto, e devia ser motivo de orgulho sim. Bloqueio tb. Está impedindo q vândalos (intencionais ou não) continuem no projeto, então fazer mais bloqueios é orgulho. E proteção ... bem, entenderam. Claudio Barbosa Em 9 de agosto de 2012 12:08, Béria Lima berial...@gmail.com escreveu: *Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?* Na verdade não é bem apagar o objectivo. O objectivo é estar no topo da lista dos admins com mais acções administrativashttps://toolserver.org/%7Evvv/adminstats.php?wiki=ptwiki_ptlimit=15768000 e a foma mais facil é deletando artigos. Na verdade é mais uma briga de egos do que uma tendência delecionista, se achassem uma forma mais facil de estar no topo fariam (como fizeram quando era cool ter milhares de edições e choveram gente a fazer trabalho de bot para aumentar o número de edições) _ *Béria Lima* *Imagine um mundo onde é dada a qualquer pessoa a possibilidade de ter livre acesso ao somatório de todo o conhecimento humano. Ajude-nos a construir esse sonho. http://wikimedia.pt/Donativos* 2012/8/9 Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência. Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias? Acho de um elitismo intelectual sem tamanho. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/ ** Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.comescreveu: Sim, isso acontece mesmo. Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí. Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos. Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Jo, Eu também fiquei chocado com esse número. A única explicação que encontrei foi: fizeram um estudo e concluíram que 9% da wikipédia é mulher e 91%, homem. Depois pegaram o número total de contas criadas na Wiki.en, que é 17 milhões (na wiki.pt é um milhão) e consideram que cada conta criada, mesmo que nunca tenha editado, é um editor diferente e consideraram que a relação homem/mulher obtido na pesquisa deles é exatamente a mesma relação que aparece entre as contas criadas. Se for isso, toda a confiabilidade que se poderia depositar nesse estudo fica comprometida. Fabio Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolo...@gmail.com escreveu: Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de males e 1,5 milhão de females, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada. Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim. Jo Lorib Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência. Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias? Acho de um elitismo intelectual sem tamanho. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Sim, isso acontece mesmo. Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí. Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos. Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho tempo de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero. Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.r...@gmail.com escreveu: Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia - Achei isso bem preocupante e sexista. Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos. Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui) A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto. Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas. Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ew...@usp.br escreveu: hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade. Ewout (ou será que não peguei o caráter
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Essa discrepância homem/mulher é mais ou menos uniforme nos projetos wikimedia, tem-se falado muito sobre isso, inclusive no Wikimania, como citou o Abdo. Infelizmente não sabemos o que fazer para atrair as mulheres, pois está pouco claro o que as afasta. Veja, por exemplo, esse texto da Sue: http://suegardner.org/2011/02/19/nine-reasons-why-women-dont-edit-wikipedia-in-their-own-words/ O que me chama a atenção é que muitas das razões que afastam as mulheres também são razões para afastar os homens. Fabio Em 9 de agosto de 2012 17:21, João jolo...@gmail.com escreveu: Esse número é furado, um milhão e duzentos mil são só os socks do Quintinense. E acho que não é tão fácil para o sistema identificar o gênero do usuário ,mas os 9% são da pesquisa citada e provavelmente é próximo da realidade. Interessante a menção de que outros projetos tem o mesmo perfil, pensava que era uma característica só da W. Jo Em 9 de agosto de 2012 16:55, Alexandre Hannud Abdo a...@member.fsf.org escreveu: Ni! Os 9% se não me engano vem da pesquisa com usuários encomendada pela wmf, que esteve no sitenotice durante um tempo. A pesquisa não é estatisticamente representativa, apesar de dar uma noção das coisas, portanto a extrapolação do infográfico é bobagem. Essa taxa de mulheres é comum em outros projetos colaborativos online, como comunidades de software livre. Esse fato foi citado várias vezes durante a wikimania, junto aos resultados da pesquisa. []s 2012/8/9 Fabio Azevedo faz...@gmail.com: Jo, Eu também fiquei chocado com esse número. A única explicação que encontrei foi: fizeram um estudo e concluíram que 9% da wikipédia é mulher e 91%, homem. Depois pegaram o número total de contas criadas na Wiki.en, que é 17 milhões (na wiki.pt é um milhão) e consideram que cada conta criada, mesmo que nunca tenha editado, é um editor diferente e consideraram que a relação homem/mulher obtido na pesquisa deles é exatamente a mesma relação que aparece entre as contas criadas. Se for isso, toda a confiabilidade que se poderia depositar nesse estudo fica comprometida. Fabio Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolo...@gmail.com escreveu: Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de males e 1,5 milhão de females, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada. Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim. Jo Lorib Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência. Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias? Acho de um elitismo intelectual sem tamanho. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Sim, isso acontece mesmo. Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí. Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos. Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho tempo de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero. Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.r...@gmail.com escreveu: Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia - Achei isso bem preocupante e sexista. Precisamos pensar em ações e
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Enquanto discutem isso, as mulheres americanas mostram aos homens americanos como jogar futebol: tetra campeã olímpica... =) Em 9 de agosto de 2012 16:48, Fabio Azevedo faz...@gmail.com escreveu: Jo, Eu também fiquei chocado com esse número. A única explicação que encontrei foi: fizeram um estudo e concluíram que 9% da wikipédia é mulher e 91%, homem. Depois pegaram o número total de contas criadas na Wiki.en, que é 17 milhões (na wiki.pt é um milhão) e consideram que cada conta criada, mesmo que nunca tenha editado, é um editor diferente e consideraram que a relação homem/mulher obtido na pesquisa deles é exatamente a mesma relação que aparece entre as contas criadas. Se for isso, toda a confiabilidade que se poderia depositar nesse estudo fica comprometida. Fabio Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolo...@gmail.com escreveu: Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de males e 1,5 milhão de females, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada. Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim. Jo Lorib Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência. Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias? Acho de um elitismo intelectual sem tamanho. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Sim, isso acontece mesmo. Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí. Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos. Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho tempo de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero. Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade. --- Nessa Guedes - @nessoila Enviado do meu Tamagoshi. Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.r...@gmail.com escreveu: Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia - Achei isso bem preocupante e sexista. Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos. Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguede...@gmail.com escreveu: Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui) A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto. Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas. Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e
Re: [Wikimedia Brasil] GapGender
Gostaria de compartilhar algumas impressões pessoais sobre as questões de gênero: independentemente da acurácia da pesquisa ou de sua extrapolação, é visível a pouca participação de mulheres no projeto (e bem como o Abdo lembrou, em tantos outros). Eu acho que é muito difícil identificar as causas centrais, mas acho que as causas não estão apenas na Wikipédia. Mas como nos cabe pensar o que podemos fazer para mudar aqui, também não adianta tentarmos atuar sobre razões distantes de nossos alcances. Eu acho que a primeira pergunta a fazer é: por que é importante reduzir a desigualdade de gênero? Primeiro, porque é importante que as mulheres tenham o direito de participar desses processos se quiserem e não se sintam intimidadas (pelo motivo que for). E, segundo, que a participação feminina pode contribuir muito não só pro ambiente, como em situações decisivas (ex. no Conselho de regulamentação de publicidade, composto só por homens, eles concluíram que a propaganda da schincariol não fazia apologia à violência sexual - não sei se viram o caso, mas a propaganda sugeria a dieta do sexo e dizia que se gasta mais caloria quando o sexo não é consentido). Em debates sobre determinados conteúdos controversos, por mais imparciais que tentem ser, um olhar feminino pode contribuir para que ele não reforce uma visão masculina. Poderíamos elencar N outras razões, mas para efeito de argumentação o que quero dizer é que, se os motivos não são claros, reduzir a desigualdade de gênero por reduzir a desigualdade de gênero não é lá muito estimulante. Dito isso, o esforço precisa ser conjunto: de um lado, acho que é importante que as mulheres se organizem e mobilizem para atingir esses objetivos, de maneira sistemática, e criando sua própria forma de lidar com o ambiente - ou seja, evitando reproduzir as supostas práticas masculinas (não me agrada muito esse tipo de caracterização, e acho que há problemas em separar as coisas assim, mas me refiro a fulano foi meio grosseiro, então também vou responder com grosseria ou coisa que o valha) para se imporem. A segunda questão é a persistência. A vida é feita de avanços e recuos, mas as conquistas se dão na perseverança. Não me sinto com elementos pra analisar se há tratamento diferenciado na Wikipédia - pode até ser que haja. Mas talvez a recepção seja mais diferenciada. Talvez os meninos sejam criados ouvindo o amiguinho chamá-lo de idiota desde pequeno e, goste ou não, se acostuma mais com isso. Não conheço uma pessoa que goste de ser aloprada, mas conheço quem não ligue. E aí é que está: tirarmos da nossa cabeça que a grosseria do outro é um problema nosso (ou conosco - e que a culpa é nossa) é importante pra seguir em frente - não ignorando propriamente, mas não deixando que determinadas atitudes nos paralisem. Por fim, na Campus Party, houve um debate sobre mulheres em TI, organizado por um homem, que foi um momento interessante. Participamos - e Béria falou da experiência como colaboradora da Wikipédia e de reflexões dela. Me assustou muito um discurso feito por uma outra moça relativamente famosa no mundo de TI, dizendo que as mulheres deviam aproveitar que eram poucas para se destacarem. O motivo do incômodo é porque, por trás desse discurso, tem a premissa de que, se não formos minorias, não nos destacaremos - então corremos o risco de incorporarmos a dinâmica e pensarmos que quanto menos mulheres, melhor? Não acho que ela teve a intenção de dizer isso, mas acho que falta amadurecimento da questão no âmbito coletivo ainda. Beijos e abraços Oona 2012/8/9 nevio Carlos de alarcão nevinhoalar...@gmail.com: Enquanto discutem isso, as mulheres americanas mostram aos homens americanos como jogar futebol: tetra campeã olímpica... =) Em 9 de agosto de 2012 16:48, Fabio Azevedo faz...@gmail.com escreveu: Jo, Eu também fiquei chocado com esse número. A única explicação que encontrei foi: fizeram um estudo e concluíram que 9% da wikipédia é mulher e 91%, homem. Depois pegaram o número total de contas criadas na Wiki.en, que é 17 milhões (na wiki.pt é um milhão) e consideram que cada conta criada, mesmo que nunca tenha editado, é um editor diferente e consideraram que a relação homem/mulher obtido na pesquisa deles é exatamente a mesma relação que aparece entre as contas criadas. Se for isso, toda a confiabilidade que se poderia depositar nesse estudo fica comprometida. Fabio Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolo...@gmail.com escreveu: Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de males e 1,5 milhão de females, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada. Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da