Terça, 28 de outubro de 2008, 09h08  Atualizada às 09h35  
Ventos supersônicos servem como 'ar condicionado' em planetas 
Anne Minard


Os exoplanetas semelhantes a Júpiter - planetas localizados fora de nossos 
sistema solar- contam com jet streams supersônicas que transportam calor da 
parte ensolarada para a parte escura desses corpos celestes, de acordo com um 
novo estudo. Os planetas em questão são gigantes gasosos que orbitam bem perto 
dos astros de seus sistemas.
National Geographic
  
Os planetas em questão são gigantes gasosos que orbitam bem perto dos astros de 
seus sistemas
 
"Porque esses planetas ficam tão próximos de suas estrelas, acreditamos que 
eles estejam aprisionados posicionalmente, com um dos lados permanente exposto 
à luz solar e o segundo em permanente escuridão", disse o diretor científico do 
projeto de pesquisa, Adam Showman, cientista planetário da Universidade do 
Arizona. 
"Assim, se não houvesse ventos, o lado diurno do planeta (ou seja, aquele que 
fica exposto à luz solar) seria extremamente quente e o lado noturno 
extremamente frio", acrescenta ele. Quando os ventos se aceleram, eles geram 
calor escaldante - ocasionalmente até mesmo em áreas do lado frio do planeta-, 
e em temperatura muito superior a qualquer coisa que possamos experimentar em 
nosso sistema solar.
Os exoplanetas "são lugares bem malucos. Nossa expectativa deve incluir ventos 
supersônicos e temperaturas diurnas quentes o suficiente para derreter chumbo e 
rochas", afirmou Showman em comunicado.
O resultado das pesquisas foi apresentado recentemente na reunião anual da 
divisão de ciências planetárias da Sociedade Astronômica Norte-Americana, e 
será publicado pelo Astrophysical Journal.
Calor extremo
Showman e seus colegas combinaram observações conduzidas pelos telescópios 
espaciais Spitzer e Hubble a modelos de computador, para com eles criar um mapa 
dos padrões climáticos e meteorológicos dos gigantes gasosos.
Cerca de 300 planetas semelhantes a Júpiter foram descobertos em torno de 
estrelas, e na maioria dos casos os astrônomos conseguiram calcular suas massas 
e suas órbitas. Para alguns desses planetas, os de brilho mais intenso, 
telescópios que operam no espaço, como o Spitzer, enviaram imagens que revelam 
também a temperatura de superfície. Trata-se de imagens capazes de revelar 
regimes climáticos "alienígenas", de acordo com os pesquisadores.
"Trata-se de planetas cuja distância para sua estrela é cerca de 20 vezes menor 
do que aquela que separa a Terra do Sol, e por isso eles são realmente 
fulminados pela luz solar", diz Showman. A temperatura nos lados diurnos desses 
planetas pode atingir até 1.648 graus. 
Ventos ferozes
Mas um planeta está oferecendo aos pesquisadores um ponto de vista 
diferenciado. O planeta HD 189733b fica a 63 anos-luz da Terra, na constelação 
de Vulpecula.
A estrela do sistema, conhecida como HD 189733, fica visível da Terra para 
observadores equipados de binóculos, mas apenas os mais poderosos dos 
telescópios podem observar o planeta. Nele, a temperatura do lado noturno 
excede os 704 graus.
Os pesquisadores propuseram a hipótese de que os ventos conduzem o calor do 
lado diurno para o lado noturno e o aquecem - mas não conseguiam explicar que 
mecanismo causava esse aquecimento.
Showman e seus colegas realizaram simulações em computador que pela primeira 
vez acoplaram atividades meteorológicas com uma representação realista da 
maneira pela qual a luz solar é absorvida e o planeta perde calor para o 
espaço. Os modelos sugerem que para mover o calor, o planeta precisa ter 
correntes de vento, ou jet streams, com velocidades de até 11,2 mil quilômetros 
por hora.
"Estamos falando de ventos rápidos a ponto de levar um balão de ar quente de 
San Francisco até Nova York em apenas 25 minutos", disse Showman. Os 
computadores prevêem que os ventos se movimentem predominantemente de oeste 
para leste, empurrando o calor para longe da região que está recebendo mais luz 
solar.
"De acordo com as observações, a região mais quente do planeta não fica no 
centro do hemisfério iluminado, mas a leste disso, por uma diferença de talvez 
30 graus de longitude", disse Showman.
"Nossas simulações foram as primeiras a explicar porque esse fenômeno 
acontece", ele afirma.
Ainda aprendendo
Os estudos meteorológicos sobre os exoplanetas estão evoluindo constantemente, 
disse Alfred Vidal-Madjar, um astrofísico do Instituto de Astrofísica da 
França, em Paris, que não esteve envolvido com o novo estudo.
"Todos sabem que essa dificilmente será a última palavra sobre o assunto", ele 
afirmou. Vidal-Madjar disse que o teste verdadeiro desses modelos surgirá de 
estudos de atmosferas de exoplanetas, especialmente quando eles passarem diante 
dos astros em torno dos quais orbitam, o que os ilumina por trás diante de 
observadores localizados na Terra ou em telescópios posicionados em órbita da 
Terra.
David Charbonneau, astrofísico do Centro Smithsonian-Harvard de Astrofísica, é 
co-autor do novo estudo. Ele afirmou que "é notável que possamos de fato 
estudar os padrões meteorológicos de planetas que orbitam outras estrelas".
"Nesse sentido, eles agora se parecem bem mais com os planetas do nosso sistema 
solar, com personalidades distintas que nós aprendemos a conhecer e amar ao 
longo do tempo", disse Charbonneau.
Tradução: Paulo Migliacci 


National Geographic
 
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3288567-EI302,00.html 




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