O Apocalipse Inevitável (parte
II)<http://scienceblogs.com.br/100nexos/2010/06/o_apocalipse_inevitvel_parte_i_1.php>

[image: Lockheed L-2077_artist2_opt600x386_up-ship]

Esta é a história pouco conhecida de um homem que salvou o mundo. Físico e
meteorologista na Universidade de Arizona, EUA, *James McDonald* tornou-se
mais conhecido porém por sua apologia aos OVNIs. Acreditava firmemente que
eram um mistério não resolvido e que a academia e órgãos oficiais não lhe
dedicavam a atenção devida. Chegou a testemunhar no Congresso defendendo os
discos voadores.

Foi sobre outra questão que McDonald testemunhou no Congresso pela segunda
vez, em 1970. Já há mais de uma década políticos nos Estados Unidos
discutiam a criação de sua própria frota de aviões supersônicos comerciais –
abordamos a rocambolesca história do *Concorde*
aqui<http://scienceblogs.com.br/100nexos/2010/02/a_humanidade_no_merece_ir_lua_1.php>.
Mais alto, mais rápido, questão de orgulho nacional enquanto os europeus e
os soviéticos investiam em seus aviões supersônicos. Como ser contrário a
tal progresso?

Havia um problema: a poluição lançada por esses aviões diretamente na alta
atmosfera, alterando a composição entre outras da camada de ozônio. Anos
antes cientistas já haviam notado que esta poluição poderia interagir com o
ozônio, diminuindo sua concentração e a proteção que ofereceria ao barrar
radiações solares mais intensas. Diferentes acadêmicos incluindo *Paul
Crutzen* – que ganharia o prêmio Nobel por tais pesquisas – alertariam sobre
as possíveis consequências das emissões de óxido nítrico por aviões
supersônicos.

[image: d6f56e655611]Entra McDonald e seu segundo testemunho no Congresso.
“É minha estimativa presente que a operação de SSTs [aviões supersônicos]
nos níveis de frota estimados atualmente para 1980-1985 poderia aumentar
tanto a transmissão de radiação solar ultravioleta a ponto de causar algo na
ordem de 5~10.000 casos adicionais de câncer de pele ao ano apenas nos EUA”.
Lembra o *Sunblock 5000*, não? Levem o projeto à frente, e verão milhares de
mortes por câncer, advertiu McDonald.

Funcionou. O Congresso cortou o financiamento ao avião supersônico
americano, depois de já ter investido mais de um bilhão de dólares, à época.
Mais do que convencer o Congresso, o risco à camada de ozônio e as milhares
de mortes que poderia causar foram explorados pela imprensa e impressionaram
o público, tornando-se elemento importante no movimento ambientalista. Tão
relevante que tais temores foram finalmente amplificados, tornando-se
conhecimento comum e mesmo alvo de paródias de Hollywood, após a descoberta
de que de fato havia uma diminuição na concentração do ozônio sobre a
Antártida – nunca chegou a formar um buraco de fato, mas constitui uma
rarefação significativa – e o entendimento de que, mesmo sem centenas de
aviões supersônicos na estratosfera, poluentes então largamente usados em
geladeiras ou latas de spray, os CFCs, silenciosa e lentamente rumavam até o
espaço onde destruíam a camada protetora.

[image: ozone_hole_NASA]

Não foi tudo apenas devido a McDonald, é bem verdade – o *Concorde* europeu,
como vimos, foi levado até o fim causando prejuízo a britânicos e franceses,
sem nunca se tornar economicamente viável e com apenas 20 aviões produzidos
em toda a história, por isso mesmo de efeitos negligenciáveis sobre a camada
de ozônio. No início da década de 1970, discutiam-se frotas de centenas de
aviões supersônicos voando diariamente, e isso nunca se concretizou, talvez
nunca se concretizasse. Lembre-se também que McDonald não foi o único a
alertar sobre os perigos ambientais de poluir a alta atmosfera, e outros
cientistas como Crutzen foram mesmo premiados com o Nobel por suas pesquisas
na área. Não falamos aqui de um super-herói que interrompeu sozinho um
asteróide em direção à Terra, estes são infelizmente apenas personagens de
ficção. O que temos é a história real, e nesta história, o ufólogo sim
desempenhou seu papel. E ao invés de levar o Nobel, McDonald suicidou-se
poucos meses depois de seu testemunho no Congresso.

Se lembramos aqui como uma curiosidade o interesse e apologia de McDonald a
OVNIs, isso certamente não foi ignorado à época em que se lutava ferozmente
a respeito. E em se tratando de verbas de bilhões de dólares à indústria
aeronáutica, não faltaram os que ridicularizaram o físico por suas crenças
em discos voadores. Um congressista foi especialmente enfático e buscou
direcionar o questionamento a McDonald à ufologia, que em nada se
relacionava com a questão do ozônio e aviões supersônicos. Mas, argumentou o
congressista, qualquer um que acreditasse em homenzinhos verdes não merecia
ser levado a sério.

Depois de mais de uma década de confrontos e ostracismo por seu envolvimento
com OVNIs, somado a problemas pessoais, James McDonald decidiu tirar a
própria vida em 13 de junho de 1971. Mesmo hoje o envolvimento de McDonald
com OVNIs é usado por aqueles que defendem que a idéia do buraco no ozônio
seria uma farsa, uma conspiração – assim como o aquecimento global. Buscam
ressaltar o envolvimento do ufólogo como se o perigo sobre o qual alertou
fosse algo absurdo, comumente omitindo que McDonald foi apenas um dos
cientistas que advertiram com base em evidência razoável sobre as
consequências de poluir a alta atmosfera. Não foi o primeiro, nem foi o
último. Foi apenas um deles, um que também era um ufólogo.

O ufólogo, e físico, e meteorologista, desempenhou sua parte em um esforço
que ajudou a preservar a camada de ozônio. O desenvolvimento de modelos
atmosféricos confirmaria os fundamentos do alerta, e o cancelamento do
projeto supersônico americano e o posterior banimento internacional de
poluentes como os CFCs, com sinais de que a camada protetora deve se
recuperar, também vindicariam um ponto em que o homem que acreditava em
homenzinhos verdes estava essencialmente correto. A seu modo, e fazendo bem
mais do que a parte que cabe a cada um de nós, James McDonald salvou o
mundo.

A história não pararia aí, e um Apocalipse ainda mais imediato e terrível
seria impedido através de ideias derivadas do mesmo buraco na camada de
ozônio. Era a vez de *Carl Sagan *salvar o mundo do Holocausto Nuclear. No
próximo nexo.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



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