Parabéns para quem conseguiu sensibilizar a linha editorial da Folha neste sentido. Em caso de uma arguição contra nossos pontos de vista, este poderá ser um belo "testemunho" a nosso favor. Se isso não for um apoio moral à nossa causa, não sei o que será! GIL.
-----Mensagem original-----
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]]Em nome de Luiz E. Silva
Enviada em: terça-feira, 30 de outubro de 2001 09:23
Para: [EMAIL PROTECTED]
Assunto: [VotoEletronico] Editorial Folha ter 30/10/01 09:23

Pessoal
Hoje a Folha coloca em editorial sua opinião sobre a "urna" eletrônica. Seria muito interessante que houvesse manifestações sobre o assunto pelo Painel do Leitor ( [EMAIL PROTECTED] ), com mensagens suscintas e oriundas de diversos locais do país, abordando os vários aspectos envolvidos, tanto da fragilidade, quanto das "artimanhas" do TSE.
É isso, um abraço.
 
Luiz Ezildo
 
A instrução é a parte menos importante da educação.
JOHN LOCKE, filósofo inglês
 
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TECNOVOTO

Se alguém considerava a contagem e a totalização de votos questão operacional menor das democracias, encontrou bons motivos para mudar de idéia no último pleito presidencial dos EUA. O Brasil detém tecnologia de ponta para apurar e somar votos. A urna eletrônica, desenvolvida inteiramente no país, é um instrumento que veio para ficar.
Mas, como não existe invenção perfeita, a urna pode e deve ser aprimorada. O engenho humano não deve ser menosprezado, sobretudo quando se trata de desenvolver novos meios de ludibriar e fraudar. Assim, tudo recomenda a adoção de um sistema híbrido, que reúna a rapidez do universo eletrônico à segurança dos métodos tradicionais, por cédula.
O caminho mais lógico parece ser a introdução do voto eletrônico com comprovante impresso. O eleitor escolheria seus candidatos exatamente como hoje, pelo método eletrônico, mas seu sufrágio ganharia também versão impressa, que seria depositada em urna. O voto obteria materialidade. Em caso de discrepâncias, haveria uma urna física à qual recorrer para recontagem manual.
O ministro Nelson Jobim, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se queixa da demora do Congresso em aprovar as mudanças necessárias na legislação eleitoral. Jobim afirma que já não há tempo para introduzir as modificações e que, como a nova legislação não foi aprovada até um ano antes da eleição (6 de outubro), sua aplicação já para o próximo pleito se torna facultativa e não obrigatória para o TSE .
Interpretações jurídicas à parte, seria temerário incorporar uma modificação tão extensa de uma só vez. A prudência recomenda que a inovação seja implantada paulatinamente e com toda a segurança, a exemplo do que se deu com a própria urna eletrônica. A impressão do voto é necessária e bem-vinda, mas não há indícios de que o atual sistema, puramente eletrônico, esteja sendo fraudado. Com a democracia, não vale a pena correr riscos.


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