Parabéns para quem conseguiu sensibilizar a linha
editorial da Folha neste sentido. Em caso de uma arguição contra nossos pontos
de vista, este poderá ser um belo "testemunho" a nosso favor. Se isso não
for um apoio moral à nossa causa, não sei o que será! GIL.
Pessoal
Hoje a Folha coloca em editorial sua opinião
sobre a "urna" eletrônica. Seria muito interessante que houvesse manifestações
sobre o assunto pelo Painel do Leitor ( [EMAIL PROTECTED] ), com
mensagens suscintas e oriundas de diversos locais do país, abordando os vários
aspectos envolvidos, tanto da fragilidade, quanto das "artimanhas" do
TSE.
É isso, um abraço.
Luiz Ezildo
A instrução é a parte menos importante da
educação. JOHN LOCKE, filósofo inglês
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TECNOVOTO
Se alguém considerava a contagem e a totalização de votos questão
operacional menor das democracias, encontrou bons motivos para mudar de idéia
no último pleito presidencial dos EUA. O Brasil detém tecnologia de ponta para
apurar e somar votos. A urna eletrônica, desenvolvida inteiramente no país, é
um instrumento que veio para ficar. Mas, como não existe invenção perfeita,
a urna pode e deve ser aprimorada. O engenho humano não deve ser menosprezado,
sobretudo quando se trata de desenvolver novos meios de ludibriar e fraudar.
Assim, tudo recomenda a adoção de um sistema híbrido, que reúna a rapidez do
universo eletrônico à segurança dos métodos tradicionais, por cédula. O
caminho mais lógico parece ser a introdução do voto eletrônico com comprovante
impresso. O eleitor escolheria seus candidatos exatamente como hoje, pelo
método eletrônico, mas seu sufrágio ganharia também versão impressa, que seria
depositada em urna. O voto obteria materialidade. Em caso de discrepâncias,
haveria uma urna física à qual recorrer para recontagem manual. O ministro
Nelson Jobim, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se queixa da
demora do Congresso em aprovar as mudanças necessárias na legislação
eleitoral. Jobim afirma que já não há tempo para introduzir as modificações e
que, como a nova legislação não foi aprovada até um ano antes da eleição (6 de
outubro), sua aplicação já para o próximo pleito se torna facultativa e não
obrigatória para o TSE . Interpretações jurídicas à parte, seria temerário
incorporar uma modificação tão extensa de uma só vez. A prudência recomenda
que a inovação seja implantada paulatinamente e com toda a segurança, a
exemplo do que se deu com a própria urna eletrônica. A impressão do voto é
necessária e bem-vinda, mas não há indícios de que o atual sistema, puramente
eletrônico, esteja sendo fraudado. Com a democracia, não vale a pena correr
riscos.
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