Chadel, parece que
ainda não me fiz entender por inteiro:
Nesse momento, não vejo mais qualquer sentido,
sequer cívico, em simplesmente debatermos, mostrarmos
absurdos, explicitarmos fraudes, evidenciarmos a criminosa
mudança que se opera no País etc.
Estamos apenas reverberando notícias que estão em
qualquer jornaleco de qualquer periferia de qualquer cidade do
Brasil.
Não somos notícia, a despeito
de todos os nossos esforços.
Se nada fizermos de
prático, a bandalheira só vai prosperar e, garantidamente,
consolidar-se.
Precisamos levar nossa
discussão a outro patamar, um patamar legal aonde possamos, mesmo que em pequena
escala, impor algum limite ao
que pretende o governo atual e sua corriola.
Precisamos, pois, entrar na Justiça
Comum pedindo qualquer coisa
sensata, pertinente e adequada ao que pretendemos, uma
verificação completa nas urnas e programas, por exemplo.
Mas na Justiça Comum, não no
Congresso ou no TSE (ou seu outro nome STF)
.
Sugiro Justiça
Comum, porque nela não há tecnicalidades, a ela sempre podemos
recorrer, não importa se vamos ganhar ou não
e nessa fase
inicial, ela não está submissa ao comando do TSE/STF.
A idéia se prende à eficácia
da disputa: se ganharmos ao final, forçosamente
haverá mudanças.
Por isso vejo que temos de
tirar essa luta da arena
viciada do TSE/STF onde "eles fazem e
onde eles mesmos julgam o que fizeram".
Nessa esfera, não é
luta, é suicídio.
Vamos criar, meu amigo,
explorar novas possibilidades, tentar novos rumos, bolar novas idéias,
pisar-lhes nos calos.
Vamos para outros lados, para
outros níveis, por outros caminhos, vamos fazer a nossa História
!!!
Mas nos tribunais,
não em listas internetianas !
A magnífica função conscientizadora e
disparadora dessa lista já se cumpriu.
Palmas para ela, fortes, longas e demoradas...
E Menção Honrosa, Disco de Ouro, comendas, o que
quiserem...
Após as palmas e as festas, todavia, vamos atuar no sentido de corrigir o que se
mostrou que estava errado !
Ficar como estamos, até o fim, do mesmo jeito, sem
nada perseguir para mudar ?
A orquestra do Titanic afundou com
ele, tocando... que imagem !!!!
Um Juiz de primeira instância pode acolher nossa
tese ? Então vamos a ele !!
Já !
Se ganharmos em primeira instância, a Ação vai
subir aos Tribunais ? Vai. Dane-se !
Se houver uma sentença favorável, mesmo
que de primeiro grau, haverá uma grande "presunção de verdade" no que
afirmamos.
Podemos perder lá no final ? Podemos. E daí
?
Daí que, durante esse
período, teremos condição de alardear com absoluta
convicção, de explicitar com provas cabais, para todo o mundo e não somente em
nossas listas e palestras, o que está ocorrendo.
Seremos a notícia que hoje
não somos.
E não seremos apenas simples repetidores
dos mesmos fatos, meros comentaristas dos inconsequentes "achos"
particulares de cada um, escoadouro de energias vitais tão escassas
para áreas tão aterradas...
A nossa
Democracia se limita apenas ao TSE
?
Só há juízes no TSE/STF
?
O TSE é tudo, nesse país de
fancaria ?
Ou, por
outra, o País é só o TSE ?
Acho que não, é evidente
que não !!!
Como evidente, também, é
nossa tibieza na busca desses outros caminhos.
Estamos sendo apenas incompetentes para achar esses
outros caminhos legais.
Porque os há,
sim, têm que existir, basta descobrí-los.
Pelo andar da carruagem, leiam o
artigo do Amilcar sobre a "pesquisa" do Serra, até a
Polícia (força de expressão) seria adequada para o que está
ocorrendo...
É-me impossível imaginar que o TSE tenha mais força
que qualquer outra instituição legal no País.
Ou, dito de outra forma, não creio que o TSE seja
tão independente como pretende.
Alguém, entretanto, tem que sair a campo
adequado para lhe pôr cobro às condutas erradas adotadas.
Alguém tem que tentar
!
Quem melhor do que o timaço
de técnicos, engenheiros e juristas daqui ?
E se assim é, porque então não nos movemos
nesse sentido ?
O que nos segura ? Quem nos impede
?
Como já cantou há tempos, o
Caetano: "Porque não ?? ... Porque não ?? ... Porque não ??
..."
Essa é a proposta, Chadel:
busquemos as opiniões e as sentenças dessas outras autoridades
constituídas.
Porque sentenças têm força de
mudar, nós não temos.
Tentar, meu caro, nada além disso.
Para que não nos acusem de omissão, mesmo se
perdermos, ao final.
Aquele abraço...
Luiz Cordioli