Caro companheiro Evandro, Ainda não recebi os adesivos prometidos, mas descobri hoje pela manhã que uma outra correspondêcnia enviada para mim foi "devolvida" pelo Correio. Acontece que o pessoal do Correio conhece bem o nosso enderêço, onde temos um escritório de advocacia que também recebe muitas correspondências há mais de trinta anos, eu mesmo já recebi correspondência em que o endereço estava ilégível só aparecendo o meu nome. Estou falando no assunto direto na Lista que é para ter cereteza de que você receberá esta mensagem. Se você enviou mesmo os adesivos, por favor confirme a data etc, para que possamos monitorar o trâmite e tomarmos as providências se necessárias. Porque na ditadura travestida em que vivemos não duvido de mais nada. Um patriótico abraço, Jefferson Abreu [EMAIL PROTECTED]
----- Original Message ----- From: "Evandro Oliveira" <[EMAIL PROTECTED]> To: <[EMAIL PROTECTED]> Sent: Monday, July 22, 2002 12:46 PM Subject: [VotoEletronico] Essa maravilhosa urna eletronica > Companheiros(as), > > A seguir reproduzo texto publicado na URL meira.com > O articulista (que um dia receberá cópia desta mensagem > pois parece que ele está inteirado das novidades do Forum > do Voto Seguro) parece que quer defender a urna eletrônica > de todas as maneiras, como se a mesma fosse a propria democracia... > > Mas o texto merece ser reproduzido na integra pois deve nos > levar a uma reflexao: > > Por que alguem que pressupostamente sabe usar uma parcela > de neuronios se poe a cometer equivocos tecnicos e politicos > (misturando-os propositalmente e falaciosamente) e assume > algumas coisas como verdades absolutas? > > Este misterio poucos saberao explicar se o proprio articulista > nao se der ao trabalho de responder aos pobres ceticos > mortais questionadores da urna, ou como ele mesmo descreve, > os pobres mortais que vem conspiracao em tudo... > > Ficam varias duvidas que colocarei posteriormente ao proprio > articulista (desde que eu descubra em qual e-mail ele responde > pois a pirotecnica pagina pessoal do autor > http://www.di.ufpe.br/~srlm > nao permite que identifiquemos qual o endereco que ele atende)... > como por exemplo as inumeras possibilidades de fraude durante > TODO o processo eleitoral e nao somente com a maquina de votar > (ja que ele mesmo admite que TODO o processo eh informatizado)... > > Eis o texto... > > ----- > por Silvio Meira > > {O seguro é o voto consciente} > Publicado em 21.Jul.2002. > > Estamos vivendo tempos inesquecíveis. Primeiro porque o Brasil oscila entre ter ganho uma Copa em que não acreditava e uma tensão pré-eleitoral como há muito não víamos, passando por um nervosismo econômico que demanda prozacs e lexotans, às vezes simultaneamente, dependendo de que olho usamos, e para onde o apontamos. Alegre coquetel molotov de tensões quase nunca propriamente resolvidas, a vida brasileira vai ser ainda mais interessante daqui até junho do ano que vem. Isso porque o próximo governo, seja ele qual for, terá que começar a desatar nós que foram atados neste, além daqueles aos quais não se deu a mínima atenção nas últimas décadas. > > Prometer longe do Planalto pra ganhar votos e talvez a eleição é uma coisa; estar lá e conseguir transformar promessas em ações e resultados é outra completamente diferente, dado que a vida nacional está engessada por um conjunto de condições de contorno que todos sabem que é preciso mudar mas pouca gente tem coragem, que seja, de pronunciar-se a favor de uma discussão séria sobre o assunto. Exemplos disso são a CLT, o sistema tributário e a verdadeira reforma fiscal, a eficácia e eficiência do executivo, o judiciário como um todo, e redistribuição de receitas e obrigações entre os níveis federal, estadual e municipal de governo. Independentemente disto, é tempo de promessas, do "iremos fazer". Talvez alguém precise avisar aos candidatos que um país deste tamanho, com o congresso funcionando, muda muito devagar. E só depois de muita conversa. E aí fazer a pergunta básica: "no seu governo, qual será a base parlamentar que lhe dará apoio para fazer a mudança X?" Tô doido pra o! > uvir as respostas... > > Pois bem: antes disso, haverá as urnas e no Brasil elas são todas eletrônicas, como sabemos. Alguns, aliás, têm certeza absoluta de que as urnas são mais uma parte da grande conspiração universal contra a oposição (qualquer que seja ela) mas isso veremos mais abaixo. O processo eleitoral, no entanto, não é feito somente de urnas, mas de todo um sistema de informação que vai desde o registro eleitoral que emite e controla o título que carregamos até a totalização dos resultados. Trata-se, pura e simplesmente, do sistema informatizado de maior impacto social de todas as Américas e certamente um dos mais abrangentes do mundo inteiro. O único número que chega perto do total de eleitores eletrônicos do Brasil (110 milhões), em um só país, em termos de usuários de sistemas de informação, é o número de usuários ativos da internet nos Estados Unidos, 106 milhões, segundo a Nielsen . Pra gente ter uma idéia, o número estimado de usuários ativos da rede, no Brasil, é de cerca de 7 e m! > eio milhões, quase 15 vezes menos que o número de eleitores. > > Apesar do sucesso indiscutível do sistema de votação eletrônica no Brasil, especialmente quando se compara com o imbroglio americano na eleição que deu a Casa Branca a G. W. Bush, há quem acredite ter motivos de sobra para duvidar da lisura do processo. Como em um forum de discussões recente , onde se acusa de políticos a ministros do Supremo de estarem armando uma fraude para "eleger o candidato do governo", supostamente já "derrotado". Haja conspiração... Num tom bem menos alarmante, especialistas sugerem que o processo poderia ser melhor fiscalizado , o que seria mais fácil se houvesse mais transparência em todo o processo. Mais aberto, mais visível, mais seguro, parece ser a tese subjacente a tais demandas, bastante razoáveis, por sinal. > > Tão razoáveis que, depois de concluída a análise do sistema eleitoral brasileiro por um time da Unicamp liderado por Clésio Tozzi e Tomasz Kowaltowski, o TSE está convocando experts de todos os partidos para analisar o software que será utilizado na eleição deste ano, inclusive a criptografia, o que deverá acontecer entre 5 e 9 de agosto próximos. > > Às dezoito horas do dia 9, o TSE transformará os programas fonte (aqueles escritos em linguagem de alto nível, que podem ser entendidos por quase qualquer especialista na linguagem) em programas objeto - os que são executados pelas urnas e pelos outros computadores que fazem parte do processo. É o TSE fazendo o que pode para dirimir as dúvidas e rebater os ataques de antes e depois das eleições, mas a luta é inglória. Por mais seguro que se torne o novo, haverá gente defendendo o velho voto em papel, como se ele não fosse, também, uma tecnologia contra a qual se pode alinhar muito mais possibilidades de falha, fraude e corrupção do que no processo eletrônico. > > O relatório da Unicamp concluiu que o processo de votação eletrônica usado no país é seguro, robusto e confiável e atende a todos os requisitos do processo eleitoral brasileiro. E sugere melhorias no sistema operacional e na segurança da urna, por exemplo. O que não é de causar nenhum alarme: à medida que novos métodos se estabelecem, é claro que o Tribunal e seus fornecedores devem passar a considerá-los como alternativas para os que são usados atualmente. Para citar um ponto, um algoritmo chamado MD-5 faz o resumo criptográfico dos programas usados na urna; este "resumo" é a garantia de que o programa não será trocado durante o processo. Gerar um resumo igual, usando outro programa na urna, levaria (sem muuuita sorte) um bilhão de vezes o tempo de vida do universo. Mas alguém poderia dar sorte... e a Unicamp sugere uma troca futura de MD-5 por SHA-1, um algoritmo ainda mais difícil de ser quebrado. Só que os críticos já poderiam começar argüindo que dever-se-ia usar SHA-51! > 2, que é reputadamente mais seguro do que SHA-1... e a discussão seria (e será) eterna. > > O problema é que talvez a discussão nem seja esta. Numa sociedade informatizada de forma pervasiva, onde todos teriam que ter certificados digitais , não seria muito difícil garantir voto único, direto e secreto. Poderíamos votar onde quiséssemos, fosse no caixa eletrônico, do supermercado ou no telefone celular. E sobre tudo o que fosse interessante, e quantas vezes fosse preciso. A discussão sobre segurança certamente seria ainda mais acirrada do que hoje, por muito tempo, mas o problema real que teríamos que discutir lá, e agora, é o do presente e futuro da democracia representativa. Não me consta que os eleitores, mundo afora, estejam cada vez mais motivados a participar de processos eleitorais para definir quem serão seus executivos e representantes. Muito pelo contrário. Em países onde o voto (democraticamente, por sinal) não é obrigatório, a freqüência às seções eleitorais vem deixando claros os sinais da separação entre candidatos e eleitores e o flagrante desinteres! > se pelos debates que realmente interessam à vida nacional. Ao invés, perde-se tempo discutindo assuntos periféricos e a vida dos candidatos. > > As sociedades democráticas estão, também, passando pela crise da globalização e, diminuídas as determinações nacionais com a transferência do poder real para grupos, blocos e redes de corporações, é preciso se discutir a reinvenção da democracia, antes que se entenda o desinteresse do povo como uma carta branca para o exercício do poder. As conseqüências disso são conhecidas e nefastas... e o único seguro existente são votos conscientes. Aqui, eletrônicos. E, pelo menos por enquanto, seguros... > ----- > > Em tempo... eh interessante ressaltar que o articulista defende o voto "ateh nas > lotericas" desde 1998, dentre outras tecnologias modernas... tambem deve > defender a teoria de que colocando computadores nas escolas de todo o pais > faz-se a inclusao social. > > Saudacoes PeTistas, > > Evandro Oliveira > Beaga - MG > > > ______________________________________________________________ > O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu > autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao > representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E > > O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas > eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos > sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. > __________________________________________________ > Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico > http://www.votoseguro.org > __________________________________________________ > --- Outgoing mail is certified Virus Free. Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com). Version: 6.0.368 / Virus Database: 204 - Release Date: 29/5/2002 ______________________________________________________________ O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas. __________________________________________________ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __________________________________________________