BRASILEIROS, DE TODAS AS RAÇAS, CREDOS E SEXOS
!!!!
Peço desde já desculpas a quem receber este correio
em duplicata, pois o tamanho da minha INDIGNAÇÃO fechou o pouco que resta da
minha inteligência.
Leiam com toda a sua atenção a notícia que saiu
hoje, 16/10/2002, no jornal Folha de São Paulo.
Pois é, senhores(as). criticam-nos por nosso
subdesenvolvimento, no entanto, países do primeiro mundo, nos escravizam e nos
mantém em situação sub-humana, não respeitam nem nossas
crianças. Lucram VERGONHOSAMENTE em cima da nossa
miséria.
É UMA INDIGNIDADE.
SOLICITO A TODOS QUE REPASSEM A SUAS LISTAS
PESSOAIS, ÀQUELES QUE POSSUEM O ENDEREÇO ELETRÕNICO DA EMBAIXADA DA BÉLGICA,
REPASSEM PARA QUE POSSAMOS PROTESTAR CONTRA ESTA VERGONHA.
BRASIL PROFUNDO - São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de
2002
Cerca de 30 menores trabalhavam em
fazenda de pimenta no PAMais 180
são encontrados em condições de escravidão
MAURO ALBANO DA AGÊNCIA FOLHA
A
Polícia Federal e o Ministério do Trabalho encontraram cerca de 180 pessoas
trabalhando há quatro meses em regime análogo à escravidão em uma fazenda de Dom
Eliseu, no Pará, na divisa com o Maranhão. As pessoas não recebiam salários,
viviam em condições precárias e, entre elas, havia crianças de 4 a 10 anos que
participavam da colheita de pimenta-do-reino. A fazenda, chamada Senor, tem participação da empresa Sipef, com
sede na Bélgica. Os policiais e fiscais estão no local desde a
semana passada e só ontem foram expedidas carteiras de trabalho para os
trabalhadores adultos. A ONG maranhense Centro de Defesa da Vida e dos
Direitos Humanos de Açailândia, que acionou as autoridades, deve encaminhar
denúncia à Comunidade Econômica Européia acusando a empresa de não respeitar as
leis brasileiras e explorar mão-de-obra infantil. Parte da pimenta é exportada
para a Europa. Os menores de idade -cerca de 30, segundo a ONG- viviam com
suas famílias, que haviam sido recrutadas nas cidades próximas para colher a
safra com a promessa de que receberiam por produção: R$ 0,12 pelo quilo de
pimenta. Segundo os trabalhadores, o valor foi reduzido a R$ 0,10 quando
chegaram à fazenda. Além disso, não podiam acompanhar a pesagem e eram obrigados
a aceitar os valores informados pelos gerentes. O pagamento, que deveria ser
mensal, nunca chegou a ser feito, segundo relataram. "Não sabemos se a
empresa era a responsável direta pela exploração. Podem ter sido gerentes, o que
não exime a empresa de responsabilidade", disse Carmen Bascaran, do Centro de
Defesa, que recebeu, dia 18, trabalhadores que diziam ter fugido da Senor
acusados de roubar pimenta e ameaçados por capatazes.
OUTRO
LADO
Gerente de fazenda diz que acusações são
"distorcidas"
DA AGÊNCIA FOLHA
A gerência da fazenda
Senor, de Dom Eliseu (PA), não quis se pronunciar sobre a acusação de manter
trabalhadores, inclusive crianças, sem pagamento por quatro
meses. Localizado, por telefone, na sede da fazenda, o gerente Valdemir
Gonçalves de Oliveira disse que só daria esclarecimentos sobre o assunto
pessoalmente. Ele chegou a negar a acusação, mas não quis entrar em detalhes.
"São informações totalmente distorcidas. No momento, não tem como eu explicar
por telefone, não." Sobre a suposta falta de pagamento, ele disse: "Não, não,
isso é fora de cogitação". O diretor no Brasil da Sipef, empresa de capital
belga que tem participação na Senor, Joost Smit, chegou anteontem ao local para
atender aos agentes da Polícia Federal e aos fiscais do Ministério do Trabalho
que estão fazendo a vistoria da propriedade. Na sede da fazenda, a reportagem
recebeu a informação de que ele havia saído e não poderia ser localizado, pois
não possui telefone celular. Segundo a ONG Centro de Defesa da Vida e dos
Direitos Humanos de Açailândia, autora da denúncia contra a Senor, a gerência da
fazenda alegou que havia feito um acordo por safra com os peões, o que
dispensaria que um contrato regular de trabalho fosse firmado.
(MA)
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