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Sent: Friday, October 25, 2002 2:22 PM
Subject: ENC: Sinal de Alerta no Correio Braziliense



Sinal de Alerta no Correio Braziliense

Acabo de receber uma notícia que deixará todos nós, brasilienses, em estado
de alerta. O Diretor-Presidente dos Diários Associados, Paulo Cabral de
Araújo, acaba de renunciar a seu mandato. Com ele, pede demissão o Diretor
de Redação do jornal Correio Braziliense, Ricardo Noblat.
Tudo não poderia passar de uma simples troca de mandatários do poder dentro
do maior jornal da capital do país, não fosse pela causa da renúncia e da
demissão dos dois profissionais. O novo Diretor-Presidente chama-se Ari
Cunha, amigo pessoal de Joaquim Roriz e defensor fervoroso do Governador do
Distrito Federal em sua antiga Coluna Visto, Lido e Ouvido.
Ari Cunha tinha se afastado do Correio Braziliense nos últimos meses, em
apoio a seu também colega e colunista Gilberto Amaral, demitido do Correio
Braziliense por envolvimento ilícito da sua coluna com transações excusas e
até hoje não bem esclarecidas para o público de Brasília.
Ari Cunha era contrário à divulgação de notícias no jornal que fizessem
qualquer tipo de acusação a Joaquim Roriz. Não era raro encontrar um
escândalo na primeira página do jornal envolvendo o Governador e seu
Governo
e logo depois constatar que o colunista defendia Roriz claramente,
constrastando com a notícia divulgada.
Ari Cunha era um dos últimos resquícios de um Correio Braziliense antigo,
ultrapassado, conivente com os escândalos dos Governos do Distrito Federal
desde a época da ditadura, onde era proibida a divulgação de matérias que
pudessem comprometer a imagem do GDF.
Sua volta ao poder nos preocupa.
O Correio Braziliense tinha conseguido mudar essa postura a partir de 1994,
quando Ricardo Noblat foi contratado para modificar a imagem do veículo e
aumentar sua credibilidade junto ao leitor de Brasília. Quem morou em
Brasília lembra-se que o jornal tomou uma atitude de neutralidade e
isenção,
a ponto de ser acusado por muitos militantes do PT de perseguir o Governo
Cristovam Buarque no período de 1994-1998 e depois, pelos rorizistas, de
perseguir o atual Governo, no período de 1999/2002. O próprio Governador
Roriz hoje chama o Correio Braziliense como "aquele jornal do PT"...
O Correio pode ter cometido alguns deslizes nesse período todo - o
editorial
do dia de hoje claramente toma partido de uma candidatura ao Governo do DF
-, mas foi marcado nos últimos anos por uma luta incansável pela verdade. E
os inúmeros prêmios nacionais e internacionais recebidos só comprovam essa
minha afirmação.
Tudo isso agora corre o risco de desaparecer. Os fatos só nos levam a
preocupar: a amizade pessoal entre Roriz e Ari Cunha, a crise financeira do
jornal (que sofre boicotes até hoje do GDF para publicação de publicidade
legal e governamental), a pressão que o próprio Ari Cunha fez no último ano
junto aos condôminos dos Diários Associados (pedindo a cabeça de Paulo
Cabral) etc. Neste último ponto, vale ressaltar que Ari Cunha conseguiu a
adesão de 13 dos 19 condôminos e esses 13 enviaram uma carta para Paulo
Cabral nesta semana, sugerindo, numa clara pressão, que ele renunciasse ao
cargo...
Diante dessa pressão, Paulo Cabral, no alto dos seus 80 anos, não tinha
outra escolha senão a renúncia. Em solidariedade a ele e já antevendo a sua
demissão, Ricardo Noblat demitiu-se e comunicou o fato à Redação do jornal
hoje, quarta-feira, dia 23 de outubro, às 14h30. O clima na Redação não
poderia ter sido pior e até às 16h30 nenhum repórter tinha noção de como
seria elaborada a edição do dia seguinte, que linha editorial o jornal
agora
iria seguir, se alguma pauta ou matéria já elaborada cairia ou não...
Isso, nós leitores do Correio Braziliense, só vamos poder conhecer amanhã.
Pessoalmente, não acredito que Ari Cunha e sua nova equipe que está sendo
montada cairão no erro de estampar logo de primeira (e alguns dias antes
das
eleições) a nova postura do jornal. Isso poderia provocar uma reação
imediata, com suspensão de assinaturas, reclamações etc - o que só
prejudicaria a reeleição de Joaquim Roriz. Mas que novas denúncias
cabeludas
contra Roriz e sua equipe eleitoral vão sumir das páginas do Correio, ah,
isso com certeza vai acontecer...
É uma pena e uma tragédia para a Capital Federal. O Correio era o único
jornal do DF que não baixava a cabeça para os mandos e desmandos de Joaquim
Roriz - que o digam Jornal de Brasília, Jornal da Comunidade, DF Notícias
etc. Corremos o risco de voltar uma década na história da evolução da mídia
impressa no Distrito Federal. Pode ser que isso nem aconteça realmente, mas
ninguém pode negar que esse risco existe.
O sinal é de alerta e temos que ficar atentos.

Como faço algumas acusações sérias à pessoa do Sr. Ari Cunha e do Sr.
Joaquim Roriz, achei melhor não assinar essa mensagem. Não confio nesses
caras e todos sabemos dos absurdos que estão acontecendo nesta eleição, com
a conivência de grande parte dos Poderes Executivo, Judiciário e
Legislativo
do Distrito Federal. Se acharem por bem, multipliquem essa mensagem pela
Internet. Todos os brasilienses merecem ser alertados um pouco sobre os
acontecimentos de hoje.




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