Assistindo à televisão nesta manhã, surgiram-me duas metáforas interessantes para explicar didaticamente as atitudes do TSE.
Claro que estas comparações são sempre imperfeitas (como, por exemplo, aquela do caixa eletrônico de banco), mas podem ser úteis para esclarecer, com um toque de bom humor, as situações absurdas que o TSE nos impões, principalmente para o público leigo.

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1) Imagine que o Saddam Hussein diga para os EUA e a ONU:
"Eu 'agarântio' que não possuo instalações nucleares no Iraque!".
Mas não permite, de forma alguma, que ninguém possa entrar no País para se certificar, por seus próprios meios, se não estaria desenvolvendo bombas atômicas, ou se haveria algum cientista o fazendo ocultamente.

Depois de meses de muita pressão, Saddam resolve aceitar a visita de inspetores internacionais. Mas só aceita se eles tiverem que percorrer toda a extensão do país em 5 dias, no horário de expediente.

Mais ainda: para ter acesso ao País, os fiscais teriam que assinar um termo de sigilo, segundo o qual nada podem informar sobre o que viram nem à imprensa, nem ao presidente George W. Bush, nem ao secretário-geral da ONU, sob pena de serem julgados pelas leis do Iraque.

Na hora em que os técnicos pedem pra entrar num prédio muito suspeito, Saddam sai-se com esta: "Este prédio é repleto de alta tecnologia de informática, é a base de todos os sistemas operacionais do Iraque, mas foi desenvolvido por uma empresa particular iraquiana. Por isso, se vocês quiserem entrar neste prédio, terão que pagar a esta empresa 250 bilhões de dólares..."

Parece brincadeira? Pois é a realidade de nosso ministro Saddam Jobim, ou seria Nelson Hussein...?? hehehe!

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2) Imagine que um cliente chega para abastecer seu carro num posto de gasolina. Vê o frentista pegar a mangueira da bomba, colocar gasolina no seu tanque e o aparelho informa o total de litros de combustível, o valor por litro e o total a pagar, em reais.

Contudo, mesmo não havendo qualquer prova de fraude, o cliente imagina que seja possível que a bomba deposite uma quantidade X de gasolina em seu tanque, mas informe um valor diferente de X em seu visor eletrônico.
Para se certificar de que não há fraude, você solicita ao frentista que seja realizado um teste técnico para verificar a segurança dos dados exibidos pela bomba de gasolina.

O frentista diz que não é necessário, porque o dono do posto disse que a bomba é muito segura, e atende a todos os padrões internacionais de segurança; por isso, não havia nenhum risco de incêndio.
Além disso, alega que o posto é 100% seguro, pois é vigiado por câmeras, o que elimina totalmente os riscos de assalto ou de vandalismo.

Quando você explica que não está se referindo a este tipo de segurança, mas à sua confiabilidade, o frentista retruca que é impossível a bomba de gasolina possa marcar mais litros de gasolina do que realmente foram colocados no tanque, porque a bomba é zerada toda vez que se inicia o procedimento de abastecimento do tanque de algum veículo.

Como o cliente era muito persistente, e estava discutindo muito na frente da freguesia, o dono do posto aparece e diz que aceita abrir o vidro do painel da bomba de combustível, para que o cliente examine durante 5 minutos, sem usar as suas próprias mãos. Mas não permite que seja levantada a tampa do motor da bomba, porque, segundo ele, com isto "vazaria" todo o combustível. Para tanto, o cliente teria que pagar um valor equivalente a toda a gasolina que existia dentro dos reservatórios do posto naquele momento, estipulado em R$ 250.000,00.

O cliente, contudo, não fica satisfeito.
Depois de muitas horas de insistência, aparece um outro cliente que sugere que seja feito um teste, depositando gasolina num recipiente com as medidas de litros, para verificar se não há algum desvio.
O frentista diz que vai, sim, permitir que isto seja feito, quando o cliente voltar na próxima vez. O cliente fica na expectativa de voltar logo, mas, antes disso, fica sabendo que o dono do posto disse que não vai precisar deste teste, porque a bomba é 100% segura.

Muitas tentativas depois, o dono do posto acaba aceitando que seja feito o tal teste, mas com um detalhe: ele próprio faria a programação da bomba, faria seu acionamento, empunharia a mangueira, colocaria o combustível no recipiente -- que, aliás, tem que ser fornecido por ele.
O cliente não poderia, de forma alguma, levar seu próprio recipiente, ainda que para comparar visualmente com o do dono do posto.
O teste é realizado com a presença da mídia e de observadores internacionais convidados pelo dono do posto.
Tudo corre perfeitamente, a não ser pelo fato de terem sido encontradas várias peças da bomba num terreno baldio atrás do posto, mas o dono do posto diz que é tudo perfeitamente normal.

Parece brincadeira? Pois é a Jobimbrás!!

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