Não cantar a vitória antes do tempo. É evidente que
conseguimos o retrocesso em vários pontos do Estatuto do Desarmamento, mas
não podemos esquecer que vencer uma batalha não é vencer a guerra.
V.,
eu, todos aqueles que lutaram e apoiaram os deputados que abraçaram nossa
causa obtivemos, sem dúvida, vantagens em diversos pontos na Comissão de
Segurança. Todavia, o que pode acontecer de ora em diante?
1. Comissão de Constituição e Justiça. O
presidente é o deputado Greenhalgh e ele “democraticamente” auto-nomeou-se
relator da Comissão. Como sabemos, o papel de relator é, depois da
presidência, ou até mais do que esta, o mais decisivo numa comissão.
Greenhalgh é quem redigirá o relatório que deverá ser apresentado à
comissão. Evidentemente ele irá mudar tudo ou quase tudo, e fará o
possível para que volte o péssimo texto que foi aprovado no Senado. O
relatório deverá ser apresentado na terça-feira, juntamente com os
destaques, e o deputado Greenhalgh pretende depois levar tudo à votação,
no plenário da comissão, ainda na próxima quarta-feira.
2.
Plenário da Câmara. Passando pela CCJ, o projeto deverá ir para o
plenário da Câmara. Emendas,... votação .... e depois de aprovado o texto
do projeto volta para o Senado.
3. Senado Federal. Os
senadores deverão votar as alterações feitas na Câmara, as quais poderão
ser aprovadas ou rejeitadas, no todo ou em parte. Isto é, tudo pode voltar
“como dantes no quartel de Abrantes”.
Diante desse quadro, alguém, um tanto pessimista, poderia
perguntar: Se é assim, para que lutar e perder nosso tempo? Não é melhor
deixar como está para ver como é que fica?
É claro que não! Primeiro, porque não é inteiramente certo
que voltará a ser exatamente como foi “aprovado” no Senado. Lá houve, no
mês de julho, um acordo de lideranças absurdo, pois matéria tão grave e
que altera tão profundamente a vida dos cidadãos, não pode ser decidida
por um pequeno grupo composto por meia dúzia de líderes partidários!
“Democracia,... democracia,... quantos crimes se cometem
em teu nome!”
Em segundo lugar, precisamos obrigá-los a dizer o que
pretendem para nossa Pátria. Quanto mais ficar claro que o resultado do
desarmamento é dar cidadania aos bandidos e criminosos e perseguir e
prender os homens de bem; quanto mais eles forçarem os fatos para aprovar
o que pretende uma minoria de políticos; ficará claro também, ao Brasil e
os brasileiros, que estamos caminhando para uma ditadura parlamentar.
Ditadura essa em que, uma minoria não só comanda mas impõe sua vontade,
contra o desejo da grande maioria dos políticos e dos
brasileiros.
O povo não quer o desarmamento dos homens
honestos, quer o desarmamento dos bandidos e
criminosos.
Vamos pois escrever agora para os deputados da CCJ e
fazer-lhes as mesmas perguntas que levantamos para os deputados da
Comissão de Segurança. Se para os deputados desta comissão enviamos 25.000
mensagens, vamos duplicá-las para os da CCJ. Vamos convidar parentes,
amigos e conhecidos para que enviem apelos, protestos, para que os
deputados saibam que estão remando contra a maré. Eles precisam sentir
que, se aprovarem o desarmamento dos homens honestos, nas próximas
eleições estarão colhendo o fruto amargo que hoje estarão semeando,
comprometendo assim sua re-eleição.
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