-----Mensagem original-----
De: Gil Carlos Vieira de Rezende [mailto:[EMAIL PROTECTED]
Enviada em: sábado, 13 de março de 2004 23:06
Para: '[EMAIL PROTECTED]com.br'
Assunto: O interesse de São Paulo na Reforma Política

 

Espero com ansiedade as próximas eleições. Depois da E-NOR-ME desilusão petista em nível nacional (ainda maior, no âmbito carioca-fluminense), esperamos ver renascer em outros partidos VER-DA-DEI-RA-MEN-TE progressistas alguma nova lideranças política mais benevolente com os anseios do Rio de janeiro. Espero ver novas lideranças cariocas emergirem do novo Partido de Babá, Milton Temer e Heloísa Helena, esperando também que outros jovens políticos cariocas e fluminenses venham a se afirmar nacionalmente, cada vez mais, junto ao PDT de Leonel Brizola, ao PRONA de Enéas e ao PV, partidos estes que ainda não estão sob o controle de nenhuma corporação econômica ou executiva nacional hegemonicamente paulista. Ainda mais depois dos discursos que ouvi na própria Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, em defesa do oleoduto da Petrobrás, nas bocas dos petistas pró-paulistas Gilberto Palmares, Cida Diogo e Inês Pandeló, discursando explicitamente contra os próprios interesses de seus eleitores.

Espero, sinceramente, que apenas os Partidos não controlados nacionalmente desde São Paulo ascendam aos Poderes Municipais Fluminenses e ao Carioca, os quais podem se transformar, em médio prazo, em alternativas de Poder viável para opor-se nacionalmente aos falsos progressismos tucano e petista. Mas também quero “conspirar”, democraticamente, para derrubar todos os atuais políticos e partidos hegemônicos no atual controle da nossa “República Paulista”, sejam eles de que “Clero Paulistafor: alto, baixo, católicos, evangélicos, muçulmanos, judeus, febrabânicos ou quetais corporações paulicêntricas, capazes de “bancarem” seus respectivos lobistas.

A quem interessar possa, não votarei mais em nenhum partido ou político “medalhão” que não seja do Rio de Janeiro, e não votarei, sobretudo, nos paulistas, sejam eles de que categoria for. Já penso até, claramente, em votar nulo, num protesto solitário contra a tentativa de argentinização do voto brasileiro (mais obrigatório ainda) em legendas e listas fixas, a serem fechadas pelos mesmos caciques paulistas de sempre. Pois é este conservadorismo, na política nacional, que nos levou a sermos comandados inexoravelmente por um verdadeiro e eterno cartel partidário de falsos rivais (mormente os petistas e tucanos paulistas) em nome de um verdadeiro imperialismo interno nacional, o qual vem discriminando, sobretudo, os cariocas, os fluminenses, os gaúchos, os mineiros e os paranaenses, nesta exata ordem. Entretanto, gostaria de dar a este meu voto de protesto o verdadeiro significado que ele deveria merecer. Sugiro uma simples mudança para isto, a ser implantada como única reforma política para valer, de um modo amplo, geral e irrestrito: uma cláusula de barreira geral à reeleição, sempre que houver uma votação de mais de trinta por cento de votos nulos. Tal impediria, DE-MO-CRÁ-TI-CA-E AU-TO-MA-TI-CA-MEN-TE, a reeleição de todos os políticos que estivessem disputando um novo mandato, seja no Poder Executivo, seja no Poder Legislativo. Para tanto, sugiro ainda um grande movimento nacional para obrigar a um simples referendo, nesta próxima eleição, para decidir se tal regra deva entrar ou não em vigor na eleição subseqüente, por meio de instrução normativa do TSE ou Lei. Tal norma seria então ratificada ou emendada até um referendo posterior, após a primeira eleição em que a mesma vigorasse. Isto porque não podemos deixar para os próprios políticos a tarefa “árdua” de sempre legislar em causa própria. Já trabalham tanto, os pobres coitados...

 

 

GIL CARLOS VIEIRA DE REZENDE, Rua Haddock Lobo 447, ap. 705, Tijuca, Rio de Janeiro - RJ

 

 

 

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