Amigos da lista, Fiquei bastante impressionado com a matéria que o Coronel Monteiro nos copiou e resolvi traduzi-la (livremente, como sempre faço). Não acho que o que está nela seja teoria da conspiração, há muita coisa bem sensata.
Common Dreams 6 de novembro de 2004 Thom Hartmann ([EMAIL PROTECTED]) é um autor de sucesso ganhador do Project Censored Award que tem um programa de entrevistas no rádio transmitido diariamente em cadeia nacional, assim como uma página na Internet (www.thomhartmann.com). Seus livros mais recentes são "The Last Hours of Ancient Sunlight" (As Últimas Horas da Antiga Luz do Sol, Editora Sinais de Fogo, Portugal), "Unequal Protection: The Rise of Corporate Dominance and the Theft of Human Rights" (Proteção Desigual: A Ascenção da Domínio Corporativo e o Roubo dos Direitos Humanos), "We The People: A Call To Take Back America" (Nós o Povo: Um Apelo Para Devolver a América) e "What Would Jefferson Do?: A Return To Democracy" (O Que Jefferson Faria: Uma Volta à Democracia). AS EVIDENCIAS MOSTRAM QUE O VOTO FOI FRAUDADO por Thom Hartmann Quando conversei com o candidato a deputado democrata pelo 16º distrito da Flórida Jeff Fisher esta manhã (sábado 6 de novembro de 2004), ele disse que estava esperando o FBI chegar. Fisher tinha as evidências, segundo ele, que não somente a eleição na Flórida havia sido fraudada, mas por quem e como. E não só este ano, mas que estas mesmas pessoas havia fraudado o pleito primário democrata em 2002 para que Jeb Bush não tivesse que concorrer contra Janet Reno, que representava uma ameaça real a Jeb, mas contra Bill McBride, de quem Jeb ganharia. - Foi um exercício para uma conquista a nível nacional - Fisher me disse. E as evidências se acumulam na conquista nacional ocorrida em 2 de novembro de 2004. Kathy Dopp compilou as informações oficiais numa tabela disponível em http://ustogether.org/Florida_Election.htm, e observou coisas surpreendentes. Enquanto as máquinas de votar de toque de tela de grande capacidade pareciam produzir resultados onde a proporção Democrata/Republicano batia com a votação Kerry/Bush, assim como os votos em papel digitalizados nas comarcas maiores, nas localidades menores da Flórida os resultados dos votos em papel digitalizados - alimentados num PC e portanto mais vulnerável à fraude - pareciam se inverter. Na comarca de Baker, por exemplo, com 12.887 eleitores registrados, 69,3% votaram no Partido Democrata e 24,3% no Republicano, mas a votação foi de somente 2.180 votos para Kerry e 7.738 para Bush, o oposto do que se viu no resto do país onde os democratas votaram em massa em Kerry. Na comarca de Dixie, com 4.988 eleitores registrados, 77,5% deles votando no Partido Democrata e apenas 15% no Republicano, só 1.959 pessoas votaram em Kerry, mas 4.433 em Bush. O padrão se repete em todo lugar - mas somente nas comarcas menores onde, possivelmete, o pequeno número de eleitores não chamaria a atenção. Em Franklin, 77,3% votaram nos democratas mas 58,5% em Bush. Em Holmes, 72,7% votaram nos democratas, e 77,25% em Bush. Ainda assim em localidades maiores, onde estas anomalias seriam mais óbvias para a mídia, altos percentuais de votos para os democratas equivaliam a altos percentuais para Kerry. Mais análises visuais dos resultados podem ser vistas em http://ustogether.org/election04/FloridaDataStats.htm, e www.rubberbug.com/temp/Florida2004chart.htm. E, embora as autoridades eleitorais não tivessem notado nenhuma anomalia, em conjunto elas foram suficientes para fazer a Flórida virar de Kerry para Bush. Se você simplesmente pegar os resultados e inverter os números "anômalos" nestas localidades que parecem ter sido fraudadas, o resultado mostra números semelhantes às pesquisas de boca-de-urna: Kerry ganha, e ganha longe. Estas pesquisas de boca-de-urna têm sido um problema para os repórteres desde o dia da eleição. Na noite da eleição, eu fazia uma cobertura ao vivo para a WDEV, uma das rádios que transmitem meu programa, e, logo depois da meia-noite, durante o boletim da Associated Press das 0:20, fiquei surpreso em ouvir que a repórter Karen Hughes havia dito a George W. Bush que ele havia perdido a eleição. As pesquisas eram claras: Kerry estava ganhando por maioria esmagadora. "Bush ouviu o comentário estoicamente" dizia a nota da AP. Mas então os computadores começaram a mostrar algo diferente. Em muitos estados chave. Os conservadores vêem aqui uma conspiração: eles acham que as pesquisas foram manipuladas. Dick Morris, o mal-afamado consultor político da primeira campanha de Clinton que passou para contultor Republicano e comentarista da Fox News, escreveu um artigo para The Hill, a publicação lida por todo político em Washington, em que ele faz duas observações brilhantes. "As pesquisas de boca-de-urna quase nunca estão erradas" escreve Morris. "Elas eliminam as duas maiores falhas em pesquisas ao separar corretamente os eleitores de fato dos que pretendem votar mas não o fazem, e ao substituir observações reais por conjeturas de avaliação do índice de abstenção em diferentes partes do Estado". Ele acrescenta: "Portanto, de acordo com as pesquisas de boca-de-urna da rede ABC, por exemplo, Kerry deveria ganhar nos estados de Flórida, Ohio, Novo México, Colorado, Nevada e Iowa, onde na realidade Bush ganhou em todos. O único estado onde as pesquisas davam vitória para Bush foi West Virginia, onde o presidente ganhou por 10 pontos. E poucas horas depois de as pesquisas mostrarem uma clara vitória de Kerry, quando os números de votos computadorizados começaram a vir de vários estados a eleição estava decidida para Bush. Como isso pode acontecer? No programa de TV da CNBC "Topic A With Tina Brown", alguns meses atrás, Howard Dean entrevistou Bev Harris, a avó de Seattle que criou www.blackboxvoting.org na sua sala de estar. Bev chamou a atenção para, independente de quantos votos forem tabulados (exceto os de pequenas cidades em Vermont onde a contagem é manual), a contagem real é feita por computadores. Sejam máquinas de leitura ótica da Diebold, que lêem cédulas de papel preenchidas a lápis ou caneta pela mão do eleitor, ou os leitores de cartões perfurados, ou as máquinas que simplesmente registram os votos dados em tela de toque, em todos esses casos os totais são enviados para uma máquina "tabuladora central". Esta máquina tabuladora central é um PC com Windows. "Num sistema de votação" explicou Harris a Dean em cadeia nacional, "você tem todas as diferentes máquinas de votar em todos os locais de votação, algumas vezes em localidades como a minha, mil locais de votação numa única comarca. Todas essas máquinas alimentam uma única máquina para somar todos os votos. Portanto, é claro, se você fosse querer fazer alguma coisa que não deve ser feito, seria mais conveniente fazê-lo nas 4000 máquinas ou apenas numa que concentra elas todas?". Dean aquiesceu em concordância retórica, e Harris continuou. "O que causa surpresa é que o tabulador central é um simples PC, como o que eu ou você usamos. É apenas um computador normal". "Portanto," disse Dean "qualquer um que pode fraudar um PC poderá fraudar esse tabulador central?". Harris concordou, e mostrou como a Diebold usa um programa chamado GEMS, que preenche a tela de um PC e efetivamente o transforma no sistema tabulador central. "Este é o programa oficial que o Supervisor da Comarca vê", disse ela, apontando para um PC que estava entre eles, carregado com o software da Diebold. Bev fez então Dean abrir o programa GEMS para ver os resultados de um teste de uma eleição. Eles foram até a tela intitulada "Relatório de Resumo da Eleição" e esperaram um momento enquanto o PC "somava todos os votos de todas as seções", e então viram que nesta falsa eleição Howard Dean tinha 1000 votos, Lex Luthor tinha 500, e Tiger Woods nenhum. Dean tinha ganho. "Naturalmente, você não pode fraudar este programa" observou Harris. A Diebold desenvolveu um ótimo programa. Mas está rodando num PC com Windows. Então Harris fez Dean fechar o software GEMS, e, voltando ao Windows, clicou no ícone "Meu Computador", escolheu "Disco Local C:", abriu a pasta chamada GEMS, e abriu a sub-pasta "LocalDB" que, observou Harris, "significa banco de dados local, isto é, o local onde estão os votos". Harris fez então Dean dar um duplo clique num arquivo na pasta "Votos do Tabulador Central", o que fez o PC abrir uma planilha de votos num programa de banco de dados semelhante ao Excel. Na linha "Soma dos candidatos", ela descobriu que numa seção Dean tinha recebido 800 votos e Lex Luthor 400. "Vamos invertê-los" disse Harris, e Dean cortou e arrastou os números de uma célula para outra. "E," acrescentou magnanimamente, "vamos dar 100 votos a Tiger". Fecharam o banco de dados, voltaram ao software oficial GEMS "de forma legítima, você é o responsável na comarca e você está conferindo o andamento de sua eleição". Enquanto a tela mostrava a tabulação oficial, Harris disse "você pode ver que agora Howard Dean tem apenas 500 votos, Lex Luthor tem 900, e Tiger Woods 100". Dean, o vencedor, agora era o perdedor. Harris ajeitou-se, sorriu e disse "nós acabamos de editar uma eleição, e só levou 90 segundos". O clipe com a entrevista pode ser visto em www.votergate.tv. O que nos traz de volta a Morris e às incômodas pesquisas de boca-de-urna que levaram Karen Hughes a dizer a George W. Bush que ele tinha perdido a eleição de lavada. A teoria da conspiração de Morris é que as pesquisas de boca-de-urna "foram sabotadas" para fazer os eleitores dos Estados ocidentais não se incomodarem em votar em Bush, já que as redes iriam prever o resultado baseado nas pesquisas para Kerry. Mas as redes não fizeram isso, nem tinham a intenção de faze-lo. Faz muito mais sentido que as pesquisas estavam corretas - não foram feitas em PCs da Diebold - e que os votos é que foram fraudados. E não só para o candidato a presidente - Jeff Fisher pensa que isso o atingiu e qualquer outro candidato democrata para a Câmaraa nos estados mais fraudados. Por enquanto, o único a chegar próximo desta história na mídia nacional foi Keith Olbermann em seu programa de sexta-feira à noite em 5 de novembro, quando observou que era curioso que todas as irregularidades das máquinas de votar encontradas até então eram favoráveis a Bush. Enquanto isso, o Washington Post e outras mídias estão se contorcendo sobre a teoria da bala única para explicar como as pesquisas de boca-de-urna falharam. Mas eu concordo em grande parte com Dick Morris da Fox. Ao fechar esta matéria para The Hill, Morris escreveu no parágrafo final: "Este não foi um simples erro. As pesquisas de boca-de-urna não podem estar tão erradas em todo lugar como no dia da eleição. Eu suspeito de jogo sujo". http://www.commondreams.org/headlines04/1106-30.htm -- Grande abraço, Roger Chadel //// O TSE deve voltar a ser um tribunal |---//---| | / | Se a urna não imprimir, seu voto pode sumir! |--------| www.votoseguro.org -------- Extraido de minha coleção de taglines: O objeto mais leve do mundo é um pênis. 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