De: Gil Carlos Vieira de Rezende [mailto:[EMAIL PROTECTED]
Enviada em: sexta-feira, 22 de julho de 2005 16:28
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Assunto: A última esperança

 

            A ÚLTIMA ESPERANÇA EM 2006.

 

            Não basta apenas uma operação mãos limpas. O Brasil precisa, acima de tudo, de uma operação mídia limpa, ou seja, isenta de quaisquer ingerências econômicas na sua linha editorial, sempre disposta a, por exemplo, alfinetar os inimigos do livre mercado. Essas mudanças na atual linha editorial no jornalismo global ficaram muito mais evidentes na medida inversamente proporcional ao atual sumiço do volume que era antes propagandeado pelas estatais e pelas campanhas institucionais do governo em “O Globo”. Aqui está, por óbvio e ululante, a real crise moral e ética. É a crise econômica não do país, mas das Organizações Globo e de quem ela realmente representa. É esse o real princípio do caos neste país, o qual todos evitam comentar. É tabu até dentro da própria imprensa que, salvo Mino Carta e sua teoria dos medalhões, evitam qualquer menção a uma semelhança essencial entre a crise do Governo Collor e essa tão propalada crise moral e ética do PT e do Governo Lula: ambas foram forjadas pelos biombos cenográficos que ora simulam essa nossa mera democracia virtual, de fachada. Pela cenografia desses biombos, tal como nos cenários de uma novela, dá-se-nos a sensação de uma falsa representatividade dos setores populares no atual Congresso Nacional. Como? Através do maniqueísmo novelesco da cobertura política da imprensa global, das pesquisas Ibope&afins, dos marquetismos egodólatras e pseudopolíticos de Dudas-Nizans&afins e do jobiniano voto eletrônico não impresso, pelos quais se manipula a esperança de todo um povo brasileiro. Este povo que, diariamente, é bombardeado pela galática escalação de marionetes nomeadas como formadores de opinião popular pelas elites, seja para atuarem em novelas, teatros ou “talks shows”, seja nesse autêntico “reality show” da mídia jornalística, com colunistas e filósofos que arrogantemente se auto-intitulam como entendidos em quaisquer assuntos. Tal como se fossem verdadeiros “Pedros Biais”, tornam-se “experts” em analisar e trombetear suas subjetivas opiniões calcadas sobre o que tal ou qual político daquele partido amigo ou inimigo das elites lhe disse ou talvez fofocou para quem lhe disse. Edita-se, leva-se ao forno do sensacionalismo e, ao final, se tiram frases do contexto ou até deturpar-se, literalmente, tudo aquilo que antes fora realmente dito. E é por isso que a popularidade do Presidente Lula não cai. O Povo brasileiro nele se reconhece, por mais que campanhas difamatórias tentem desesperadamente incriminá-lo com o horizonte curto e mesquinho da contagem regressiva até 2006. Aliás, prepare-se eleitor consciente, pois em 2006, você será certamente iludido. Tal eleição será marcada como um definitivo e polarizado divisor de águas e de ideologias para nós, os brasileiros verdadeiramente nacionalistas. A partir desta polarização que ora está sendo inconscientemente gerada pela visão curta e mesquinha de certos setores internacionalistas, visar-se-á consumar uma nova retomada de mais quinhentos anos de poder no Brasil sob o comando “profissional” das elites alinhadas e empenhadas em nos manter prisioneiros da teoria da dependência da América Latina como latrina cultural e econômica do mundo, o que está mais do que visível. Não há conspiração. Há apenas um prenúncio deste embate ideológico, ora premeditadamente insuflado entre nós pelas chamadas “forças ocultas”, visando nos enfraquecer para desconstruir o atual projeto nacionalista personificado pelas idéias do Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, qual seja, o de tornar o Brasil algo muito mais do que um simples BRICS. É ora de se unir todas as forças iluminadas deste país, contra tudo que vem sendo omitido e oculto pelo falso moralismo embutido nesta sanha tucana e pefelista, que não visa apenas desconstruir a imagem de Lula como símbolo desta nova desesperança, mas sim entregar nosso país para o conservadorismo dos falcões americanos e das  grandes corporações multinacionais.

 

GIL CARLOS VIEIRA DE REZENDE, RUA HADDOCK LOBO 447, AP. 705, TIJUCA, RIO DE JANEIRO-RJ, CEP. 20260-132. TEL. 2254-2960.

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