Oi gente,
saiu a matéria do O Globo.

Como o jornalista ia fechar a matéria na quinta e ainda não havia nada na
página da entrevista (
https://br.wikimedia.org/wiki/Imprensa/Entrevista_-_Sergio_Matsuura_%28O_Globo%29_-_Roger_Bamkin)
- e ainda não há - achei melhor publicar na página de discussão a resposta
do Jay e alguns comentários meus. O jornalista me ligou e expliquei algumas
coisas que ele não entendia (o que significava ter um papel no chapter e a *
não* relação que isso tinha com os papéis na Wikipédia, que não há
privilégio por isso etc).

Jô ou alguém que acompanhe esse tipo de assunto e a página de mudanças
recentes: já se experimentou fazer uma estimativa de quantos casos
evidentes de assessores de imprensa tentando criar vebertes ocorrem em um
determinado espaço de tempo?

Bom, esse é o tipo da matéria difícil de ser positiva (o gancho é ruim),
mas pelo menos eles publicaram várias das respostas dadas. As manchetes são
mais dramáticas do que a matéria em si.

Compartilhei as respostas na quinta para não ficar sem nada e, como o caso
virou um escândalo internacional, tinha achado importante compartilhar com
o Matthew e o Jay  e perguntar se eles queriam se pronunciar sobre o caso
(eles têm dado respostas para outros pedidos de imprensa também). De fato
eles acharam que valia ter uma resposta deles também - embora não
precisassem ser exclusivas (por isso deixei na discussão). Foram produzidas
recentemente também (depois disso) respostas conjuntas da WMF com Wikimedia
UK (acho que já encaminhei para cá, não?).

Abs/Bjs
Oona

http://oglobo.globo.com/tecnologia/muito-cuidado-com-boca-boca-virtual-6242804

http://oglobo.globo.com/tecnologia/escandalo-sobre-artigos-pagos-abalou-wikipedia-6242816


Muito cuidado com o ‘boca a boca’ virtual
 Estudo aponta que em dois anos cerca de 15% de todas as opiniões sobre
produtos na internet serão falsas

Sérgio 
Matsuura<http://oglobo.globo.com/tecnologia/muito-cuidado-com-boca-boca-virtual-6242804#>
 Publicado: 30/09/12 - 23h29
 Atualizado: 30/09/12 - 23h29

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<http://oglobo.globo.com/tecnologia/muito-cuidado-com-boca-boca-virtual-6242804#>

  [image: Incerteza. Em sites e redes sociais, nem sempre as recomendações
são idôneas Foto: Luís Alvarenga/Arquivo]

Incerteza. Em sites e redes sociais, nem sempre as recomendações são
idôneas Luís Alvarenga/Arquivo

RIO - Na internet, cada pessoa se torna um crítico em potencial. Todos os 2
bilhões de usuários no mundo, apenas com um computador e uma conexão, podem
opinar sobre produtos e serviços e, no fim, influenciar a decisão de
consumo de outros. De acordo com estudo da Nielsen realizado em 56 países,
inclusive o Brasil, 70% dos 28 mil entrevistados confiam em
*reviews*disponíveis na rede. Esse tipo de informação fica atrás
apenas da
recomendação de conhecidos e à frente de conteúdos editoriais publicados
pela mídia tradicional. Entretanto, o número de opiniões falsas, ou *fake
reviews*, vem aumentando consideravelmente e, segundo a Gartner, serão
entre 10% e 15% do total em 2014.

— O consumidor confia porque acha que a análise é de uma pessoa como ele,
que realmente comprou e experimentou o produto. Funciona como um “boca a
boca” virtual — explica Karla Ehrenberg, professora do Centro Universitário
Adventista de São Paulo e especialista em mobile marketing. — Não adianta a
empresa montar um anúncio dizendo que o produto dela é o melhor. A
sociedade está cansada desse discurso, não acredita mais nisso.

Recentemente, alguns casos ganharam as manchetes de grandes jornais no
mundo. O americano “New York Times” publicou reportagem sobre Todd
Rutherford, que chegou a ganhar US$ 28 mil por mês escrevendo *fake
reviews*de livros em sites de comércio eletrônico, como a Amazon. No
Reino Unido,
dois escritores reconhecidos, Stephen Leather e RJ Ellory, estamparam
matérias no “Telegraph” por admitirem que usavam pseudônimos para elogiar
suas obras em lojas on-line e fóruns de discussão na internet.

No Brasil, três blogueiras e a marca de cosméticos Sephora foram alvo de
representações no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária
(Conar) por supostamente terem publicado posts pagos. Após ouvir a defesa
das partes, o conselho não encontrou evidências sobre a natureza comercial
dos textos, mas advertiu os envolvidos, recomendando que se deixe claro
quando um artigo for patrocinado para não suscitar dúvidas no consumidor.

— De um tempo para cá, as empresas passaram a buscar formadores de opinião
na rede. São os blogueiros, pessoas com muito seguidores que falam
diretamente para um nicho de mercado. Esse tipo de publicidade é eficaz e
muito mais barato que o modelo tradicional — afirma Karla.

O uso de fóruns on-line para a promoção de marcas chega até à Wikipédia. A
consultora da Wikimedia Foundation no Brasil, Oona Castro, diz que é comum
encontrar verbetes escritos com o intuito de favorecer determinada empresa
ou produto. Dependendo do assunto ou da forma do texto, a própria
comunidade alerta e os artigos podem ser apagados.

— Muitas vezes o conteúdo não tem o menor interesse enciclopédico — afirma.
— Uma coisa é escrever um verbete sobre a Nike, a Petrobras. Outra é falar
sobre a padaria da esquina — pondera.

Para Daniel Galindo, professor da Universidade Metodista de São Paulo e da
Escola Superior de Propaganda e Marketing, os *reviews* falsos apenas
encontraram um novo meio de atuação. Ele lembra que já existiram casos de
matérias pagas em veículos de comunicação tradicionais e que o tema é alvo
de intenso debate até hoje.

— É como o “jabá” no ciberespaço — diz, lembrando que não existe legislação
ou punição para desestimular essa prática. — As empresas e pessoas são
punidas pela perda de reputação.

Para minimizar as ocorrências de *fake reviews*, o portal colaborativo de
opiniões Kekanto possui um algoritmo que atribui diferentes notas de acordo
com o nível de participação de cada usuário. Assim, um post escrito por um
perfil que acabou de ingressar na comunidade ganha pouco destaque. Além
disso, os próprios internautas podem denunciar resenhas que não pareçam
reais para que elas sejam analisadas.

— Para fazer uma resenha com destaque, a pessoa que quer publicar um post
falso terá que criar um usuário, montar um perfil, adicionar colegas.
Acredito que elas sejam desencorajadas pelos filtros e pelo trabalho
necessário — afirma Fernando Okumura, presidente-executivo do Kekanto.

Para evitar ser influenciado pelo *review* falso de um produto ou serviço,
o diretor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara e-Net),
Gerson Rolim, dá a dica.

— A melhor forma de conseguir opinião isenta é ler mais de um blog,
procurar várias fontes. O “boca a boca” virtual é bom para o consumidor e
para as empresas, mas é difícil separar o joio do trigo — diz.

Leia mais sobre esse assunto em
http://oglobo.globo.com/tecnologia/muito-cuidado-com-boca-boca-virtual-6242804#ixzz283Bi6GXl
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Escândalo sobre artigos pagos abalou Wikipédia
 Ex-diretor de Conselho Curador é acusado de promover verbetes

Sérgio 
Matsuura<http://oglobo.globo.com/tecnologia/escandalo-sobre-artigos-pagos-abalou-wikipedia-6242816#>
 Publicado: 30/09/12 - 23h30
 Atualizado: 30/09/12 - 23h30

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  RIO - A atuação de um proeminente colaborador da Wikipédia em um projeto
particular levantou suspeitas sobre o uso da enciclopédia virtual para fins
comerciais. Roger Bamkin, que já ocupou o cargo de diretor do Conselho
Curador da representação da Wikimedia no Reino Unido, foi acusado por
outros colaboradores de receber pagamento para promover artigos sobre o
território britânico de Gibraltar no site.

Bamkin coordena o projeto Gibraltarpedia, bancado pelo governo de
Gibraltar, que pretende inserir aspectos interessantes na enciclopédia.
Entretanto, no mês de agosto o território apareceu 17 vezes na seção “Did
You Know” da Wikipédia, ficando atrás apenas das Olimpíadas. O número
incomum de citações ao território na página chamou atenção da comunidade.
Após o escândalo ganhar publicidade, Bamkin foi afastado do cargo que
ocupava.

— Isso pode ser prejudicial para a imagem e reputação da Wikipédia — avalia
Jay Walsh, diretor de Comunicação da Wikimedia Foundation. — Os milhões de
leitores da Wikipédia esperam verbetes neutros, com excelentes fontes, de
alta qualidade. A suspeição de que alguém está lucrando pelo trabalho na
enciclopédia pode prejudicar a percepção de qualidade e neutralidade — diz.

Walsh explica que todos os participantes da Wikipédia devem ser
transparentes e deixar claro qualquer possível conflito de interesses. De
acordo com o Conselho Curador, Bamkin sempre informou sua atuação como
consultor e nunca participou de votações ou decisões sobre o projeto
Gibraltarpedia. Porém, é recomendável que nenhum colaborador edite ou crie
artigos com os quais talvez tenha conflito de interesses.

— As melhores práticas sugerem que eles evitem completamente — afirma Walsh.

Na página de discussão sobre o caso, Bamkin nega qualquer conflito de
interesses e afirma que Gibraltarpedia é apenas um projeto negociado por
ele. Após o início da discussão, Bamkin abriu mão de ter qualquer
envolvimento com a citação de artigos sobre Gibraltar para a página “Did
You Know”.

A consultora da Wikimedia Foundation no Brasil, Oona Castro, explica que,
pelo cargo que ocupou, Bamkin não possuía qualquer privilégio frente aos
outros colaboradores da enciclopédia.

— Mas sua experiência como editor voluntário contribui para saber que tipo
de verbete é aceito, como fazê-lo, como criá-lo — afirma.

O cofundador da Wikipédia Jimmy Wales se manifestou sobre o caso em sua
página pessoal na enciclopédia. Apesar de não opinar diretamente sobre a
culpa ou não de Bamkin, disse que receber dinheiro em nome do site é um
“flagelo” e que a comunidade deve “examinar com cuidado por que a página
teve um número tão absurdo de artigos ligados a Gibraltar”.

Leia mais sobre esse assunto em
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