Realmente eu acho que uma das maiores falhas da comunidade brasileira é o
fato de não reconhecerem que esses problemas REALMENTE EXISTEM.

Se isso fosse mimimi, não veriamos pessoas experientes e com anos de
trabalho e muita bagagem dizendo na esplanada "Até mais, pra mim já deu".

Tratamos mal atém quem ajuda muito e no geral recebemos muito mal os novos
usuários, falta acompanhamento mais de perto, falta vontade em colaborar
com temas e discussões importantes e projetos que agregam ao movimento
wikimedia dentre outras questões.

Falta um pouco do conceito de grupo e principalmente grandes esforços de
trabalho colaborativo, reflexo disso é o grande nível de insucesso dos
WikiProjetos.

Grande parte do trabalho é feito de forma individual, por iniciativas
próprias, por isso muitos acabam tratando certas áreas e artigos como o
"meu precioso".

Concordo que título e formação não dizem tanto assim, mas um wikipedista
responder uma edição de um especialista da área com um "f.... se vc é
especialista da área, vc fez m.... e não sabe editar, tá revertido e
bloqueado" não ajuda muito.

Boa parte da mídia e da academia brasileira ainda não compreende a dinamica
da Wikipédia e de sua comunidade e com o nível de hostilidade atual,
continuarão não compreendendo pois quem não é experiente, no geral não é
bem-vindo para editar e sem editar não vão pegar experiêcia.

Nem todo mundo nasce com o gene do wikipedista, então, creio que precisamos
fazer um esforço para receber melhor quem está chegando. E olha que aninda
nem chegamos no tema dos estatutos e pessoas que se candidatam a ajudar
mais a fundo e são vetadas por puro capricho de quem tem o poder de colocar
mais gente pra dentro do projeto e não o faz.

Então, basicamente eu vejo 2 tipos de usuários, aquele que compra uma
camera nova e sai usando e aprende com o erro e aquele que compra uma
camera nova, pesquisa na internet, lê o manual, compra um livro e daí
começa a tirar as primeiras fotos. Como podemos notar, grande parte dos
usuários se enquadram no primeiro caso, se a gente chega pra ele, tomamos a
camera e falamos  "seu idiota, vc não sabe tirar fotos" , com certeza
podemos estar perdendo um grande fotógrafo.

Por isso com certeza precisamos melhorar a comunicação e a forma de tratar
os novos usuários. Houve grande investimento de recursos e de tempo da
equipe paga pela WMF na produção de conteúdo de ajuda/capacitação em
português.

Esse material só foi publicado no commons após vários emails e muita
discussão e o material sequer foi divulgado e referenciado por aí.
Colocando um bot para enviar mensagens com os links do material para os
novos usuários ja ajudaria muito, mas.....

Sobre a Wikipédia em Inglês, a questão não é somente pelo idioma ser mais
falado que o PT, contribuições feitas lá são muito mais bem recebidas do
que aqui, esse é o grande diferencial.

Enquanto em alguns projetos normalmente é adotado o principio da boa fé...
aqui adotamos o da má fé, como se as edições feitas são para promover algo
ou para se promover ou então são para gerar números de edições.

Se continuarmos aqui com essa visão de que o mundo está errado, a mídia
está errada e que tudo isso é mimimi, nada vai mudar e grandes
colaboradores como os que anunciaram sua saida/aposentadoria na esplanada
continuarão abandonando o barco...

Atenciosamente

Rodrigo Padula

Em 5 de maio de 2015 21:56, Diego Queiroz <queiroz.di...@gmail.com>
escreveu:

> Honestamente, pra mim isso tudo é "mimimi".
>
> Quando eu estava na escola (uns 15 anos atrás), já começavam as discussões
> sobre os alunos heróis e os preguiçosos: aqueles que tinham que ir à
> biblioteca fazer uma pesquisa na Barsa e transcrever o texto à mão em uma
> folha de papel almaço; e aqueles que tinham o Encarta instalada nos seus
> Windows 95/98 e uma impressora jato-de-tinta à disposição. Afinal, como
> seria o futuro da geração "copia-e-cola"?
>
> Supondo toda essa história cuspida no blog como real e não fictícia, não
> consigo imaginar um futuro mais formidável para meus filhos: um futuro em
> que ninguém mais vai poder pegar em uma enciclopédia e achar que aquilo é,
> por qualquer motivo, verdade absoluta. Pelo contrário, nossos filhos serão
> "treinados" desde a escola primária a serem críticos, analisarem a
> informação, checarem as fontes e questionarem tudo o que for apresentado a
> eles, já que a maior parte da informação disponível a eles estará imprecisa.
>
> Eu sou pesquisador há vários anos na USP (acho que ela se enquadra no
> quesito "grande universidade pública") e tenho contato com vários
> pesquisadores com "pós-doutorado a muito anos" (que os pesquisadores/amigos
> me perdoem, mas "grande porcaria", como se só um título concedesse
> autoridade a alguém), e fiquei pasmo ao ver que as eventuais contribuições
> deles à Wikipédia eram de péssima qualidade: com erros, mal formatadas,
> faziam uso da primeira pessoa e, obviamente, estavam sem fontes (a maioria
> dos computadores dos professores na USP possuem IPs fixos, então não é
> difícil caçar eventuais edições de um computador em particular). Alguns até
> falavam mal da Wikipédia e do fato de terem sido revertidos, e sempre
> diziam para os alunos "tomarem cuidado", tudo isso sem sequer tentar
> entender melhor o projeto e como ele funciona. Achavam que a Wikipédia era
> terra de ninguém e o fato de pessoas "não tituladas" desfazerem suas
> edições uma afronta, um rebaixamento à posição deles. Enfim, a livre
> docência não torna ninguém livre de ignorância.
>
> Por outro lado, quem afirma que a Wiki-EN é, de qualquer forma, melhor
> gerenciada que a Wiki-PT, não deve mais duvidar disso. O inglês é a língua
> mais ensinada nas escolas, é a língua dos negócios, etc, etc, etc. Logo,
> nada mais normal que a de lá seja maior e mais desenvolvida que a daqui.
> Mas, de forma alguma, isso justifica dizer que lá funciona e aqui não, pois
> a metodologia é e sempre foi a mesma.
>
> ---
> Diego Queiroz
>
> 2015-05-05 20:41 GMT-03:00 André Z. D. A. <andrezd...@yandex.com>:
>
> Não duvido que seja verdade. E até tentei encontrar artigos potenciais
>> para serem o exemplo claro que a crônica (com sua permissão, para o nome)
>> relata.
>>
>> Tive edições totalmente desfeitas várias vezes (na conta que tenho
>> atualmente, associada a esse endereço, e outras muitas e muitas edições
>> anônimas que fiz até a cerca de 10 anos atrás, quando comecei a contribuir
>> com mais frequência, e que faço até hoje). Ao invés de serem melhoradas,
>> apontadas ou questionadas, as edições simplesmente são apagadas.
>>
>> Recentemente, um amigo me contou que um professor, já com pós doutorado a
>> muitos anos, contou que teve as suas edições apagadas na Wikipédia em
>> português. Edições que ele fez de artigos de um assunto que ensina
>> graduação e pós-graduação, e no qual também fez pesquisas importantes. É um
>> professor de uma grande universidade pública. E no fim, a lição que ele
>> deixou é simples: "consultem sempre a Wikipédia em inglês, pois a daqui
>> comete os erros mais básicos, com as ideias mais fáceis das coisas, e não
>> evolui".
>>
>> E, embora muito insatisfeito e triste de dizer isso, eu tenho que
>> concordar com esse professor. A receptividade e construtividade que acho às
>> edições feitas (falo por mim!) na Wikipédia em inglês e em algumas de
>> outras línguas (embora muito poucas) que às vezes edito, é na maioria das
>> vezes muito melhor que as da nossa - muito.
>>
>> André
>>
>>
>>
>> > Tá na seção "literatura" do site, pela escrita é um romance, mas não
>> deixa de ter um viés realístico.
>> >
>> > Em 4 de maio de 2015 14:47, Luiz Augusto <lugu...@gmail.com> escreveu:
>> >
>> >> Na verdade me soa como um texto ficcional
>> >>
>> >> Em 04/05/2015 13:58, "Victor de Andrade Lopes" <
>> victordalo...@gmail.com> escreveu:
>> >>
>> >>> Não consegui entender de qual artigo exatamente a matéria trata...
>> >>>
>> >>> Em 3 de maio de 2015 21:38, Marco Aureliopc <marcoaureli...@gmail.com>
>> escreveu:
>> >>>
>> >>>>
>> http://obviousmag.org/bacalhau_sacopenapa/2015/04/wikipedia-a-enciclopedia-de-luta-livre.html
>> >>>>
>> >>>> Wikipédia, a enciclopédia de luta livre
>> >>>>
>> >>>> publicado em literatura por Luis de Freitas Branco
>> >>>>
>> >>>> A morte do escritor mais conceituado da cidade revela que no ringue
>> digital só contam os golpes baixos
>> >>>>
>> >>>> Guilherme era o escritor mais conceituado da sua cidade. Para
>> muitos, o
>> >>>> principal favorito a renovar um lugar na Academia Brasileira de
>> Letras,
>> >>>> essa organização conceituada, antigo complô de Machado de Assis para
>> >>>> invadir o Brasil. Apesar da corrida pender para seu lado, Guilherme
>> >>>> cometeu um erro básico, morreu, impedindo uma tomada de posse. Foi um
>> >>>> choque na cidade, sobretudo para Fred, o amigo e biógrafo oficial do
>> >>>> escritor, que se estendeu num longo discurso de elogios, capa do
>> >>>> principal diário. A morte de Guilherme coincidiu com o fim das
>> últimas
>> >>>> entrevistas que deu ao Fred, que preparava um novo lançamento
>> >>>> biográfico. Aproveitando a morte do amigo, Fred decide porque não,
>> uma
>> >>>> biografia mais picante. Testando o terreno, começa pela Wikipédia,
>> sendo
>> >>>> que qualquer das formas, o texto da página já era da sua autoria.
>> >>>> Atualiza o falecimento, com detalhes calorosos do funeral que
>> comoveu a
>> >>>> cidade. Passa para a seção de vida privada e acrescenta um segredo
>> que o
>> >>>> escritor confidenciou. Ele tinha uma amante. Manteve essa mulher
>> toda a
>> >>>> vida, com apartamento próprio em Jacarepaguá, enquanto o escritor
>> >>>> estava casado, no centro da cidade.
>> >>>>
>> >>>> Os herdeiros sabiam dessa amante e decidem retaliar, negar o caso,
>> não
>> >>>> fosse essa mulher decidir gozar parte dos espólios. Na Wikipédia
>> apagam
>> >>>> as novidades, mantendo apenas o estado atual do escritor, falecido.
>> Na
>> >>>> seção de vida privada deixam também o seu cunho, escrevendo que ele
>> >>>> amava loucamente a mulher. O biógrafo, atento internauta, não tarda a
>> >>>> assistir em direto à mudança na página, apagando o escárnio, que ele
>> >>>> sabia que era estratégia dos herdeiros. Na sala carregada de livros
>> >>>> autografados por Guilherme, condena os malditos dos herdeiros.
>> >>>> Fascistas. Venezuelanos. Cubanos. Malditos. Fred não ia certamente
>> >>>> deixar o pensamento da imprensa livre ser assim espezinhado, ia
>> >>>> responder na mesma moeda, na provocação. Furioso, escreve que
>> Guilherme
>> >>>> além de ter uma amante durante toda a vida, ainda escondia uma
>> mulata da
>> >>>> favela, que tinha vergonha de admitir como namorada. O escritor tinha
>> >>>> muitas qualidades, mas defeitos também, sendo o mais célebre um
>> racismo
>> >>>> fervoroso, impedindo que esta invenção do biógrafo fosse verdade.
>> >>>>
>> >>>> “Mulata!”, desesperam todos os herdeiros em uníssono, acompanhando a
>> retaliação do inimigo. “Mentir não.”
>> >>>>
>> >>>> Apagam logo as calúnias, sublinhando o amor que ele tinha pela
>> mulher,
>> >>>> guardando mesmo a virgindade para o casamento, como manda a fé
>> cristã,
>> >>>> doutrina que era devoto.
>> >>>>
>> >>>> “Fé cristã!”, ri irônico Fred. “É o desespero”, condena, conhecendo
>> >>>> pessoalmente o ódio do escritor a todas as religiões do planeta.
>> >>>>
>> >>>> Com os dedos aos saltos não perde tempo, teclando ao lado do nome
>> >>>> Guilherme um epíteto, “O Ateu”. Segundo o novo texto ganhou a alcunha
>> >>>> quando deu um tapa no bispo da cidade. Volta a copiar o texto da
>> amante e
>> >>>> da mulata da favela, acrescentando em grande destaque, uma relação
>> >>>> meramente sexual com um padre da Candelária. Tudo acontecia nas
>> cabinas
>> >>>> de confissão, explica. Os herdeiros não estremecem, suam de
>> excitação e
>> >>>> voltam ao ataque, dando realce ao amor pela mulher, admitindo mesmo
>> que
>> >>>> ele na verdade era castrado desde criança. Ao lado do nome fazem o
>> seu
>> >>>> epíteto, “O Eunuco”. Antes mesmo de ler as novidades, Fred estava
>> pronto
>> >>>> para o contra-ataque, escrevendo como Guilherme era um conhecido
>> >>>> pedófilo e a grande influência na escrita dele era Lewis Carrol.
>> >>>> Especialmente as fotografias do inglês. Os herdeiros não entenderam a
>> >>>> referência, mas apagam mesmo assim, acrescentando a sua versão,
>> >>>> sucedendo uma imediata resposta do biógrafo e outra correção dos
>> >>>> herdeiros. A brincadeira atingiu os seus limites e a Wikipédia
>> decidiu
>> >>>> na gerência interromper qualquer futura mudança na página,
>> congelando as
>> >>>> ações dos dois lados, estacionando no meio da retaliação mútua.
>> >>>>
>> >>>> “Além de ser um dos nossos representantes mais famosos na
>> >>>> literatura”, continua Gisele, terminando a sua apresentação na sala
>> de
>> >>>> aula. “Era também uma figura muito controversa”, acrescenta, se
>> >>>> preparando para ler de seguida a parte gramaticalmente mais
>> complicada
>> >>>> da apresentação. “Era um pedófilo famoso, apesar de castrado desde
>> >>>> criança. Quando ficou cego e amputado das mãos, também em criança,
>> >>>> deixou de ter qualquer pensamento ou observação sexual. No entanto, é
>> >>>> sabido que ele usava os cotos para violar as domésticas do prédio
>> onde
>> >>>> morava”. Gisele não falou das várias amantes e do amor condicional
>> com a
>> >>>> mulher, mas achou essa informação menos relevante, tendo em conta que
>> >>>> era apenas uma apresentação de dez minutos.
>> >>>>
>> >>>> “Menina Gisele! Saia já da sala! Ordinária!”, reage a professora de
>> português, surpreendida com a provocação.
>> >>>>
>> >>>> “Professora fiz toda a consulta na Wikipédia, não estou mentindo”,
>> >>>> explica sem sair da sala, prendendo calmamente o cabelo no lenço da
>> >>>> cabeça.
>> >>>>
>> >>>> “Vamos ver”, sorri a professora, determinada a humilhar a aluna.
>> >>>>
>> >>>> Liga o projetor, que faz de espelho para o visor do computador na
>> sala
>> >>>> de aula. Vai à página de Guilherme, na Wikipédia. Bem, acho que é
>> >>>> escusado contar que a Gilete teve a melhor nota da turma. Afinal foi
>> uma
>> >>>> excelente apresentação, sem pontapés na gramática. O caixão de
>> >>>> Guilherme, esse estava tudo chutado, de cima abaixo.
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