Federico e companheiros, 
eu tambem tinha esta idéia errada de que o búfalo come mais, por ser 
grandalhão.  Mas, ao contrario, o búfalo come menos, proporcionalmente. Na 
realidade, quem come mais, um rato ou um elefante? Isto não é importante: 
importante é a taxa de conversão alimentar. Esta taxa é a razão entre o que 
se come e o que se produz. Esta, sim, importa. Para os curiosos: na home 
page da Bubbalife (www.bubbalife.com.br) há um extrato de um artigo do Prof. 
Baruseli sobre este assunto, comparando o búfalo com o nelore. O endereço é 
www.bubbalife.com.br/bufalos, Conheça Melhor o Búfalo. 
Desculpem aqueles que conhecem 
o site. Falar das coisas da gente é, no mínimo, deselegante. Mas, tivemos um 
carinho muito grande ao armazenar informações sobre o búfalo, sabendo que 
estas informações são valiosas a quem quer aprender. E, o melhor luga-las 
para divulgar é a home page. 
Fidencio Maciel 



Em (08:51:34), bufalos@yahoogrupos.com.br escreveu: 


>Como dizem por aí, não sou muito velho, só sou meio antigo... Na época, 
mero 
>coadjuvante, vi os mesmos fatos e enxerguei cenas um pouco diversas. 
> 
>Tendo iniciado nossa criação em 1973 em Sete Barras, uns 3-4 anos depois já 
>sofríamos não com o baixo preço pago pelo leite de búfalas na região, mas 
>sim, com o fato de que não havia um comprador sequer. A experiencia de 
>fornecimento de leite de búfalas ao Sr. Antonio Ruopollo, proprietário da 
>Yema, foi um completo fiasco pois o caminho"pela serra da macaca, com seus 
>milhões de curvas e buracos fazia com que o leite já chegasse manteiga 
>pronta na plataforma. É certo que as búfalas àquela época produziam pouco 
>leite, mas beber aquilo tudo, absolutamente não dava , e a família, já 
>traumatizada com algumas experiencias anteriores do Sr. Wanderley com sua 
>criação de patas que por falta de mercado eram direcionadas à tal "economia 
>de subsistência" (haja gemada, gema crua, omeletes, ovos fritos, cozidos, 
>bolos e mais umas dezenas de criativas formas de tentar dar um destino 
nobre 
>aqueles enormes ovos que brotavam em quantidade do famigerado "pateiro"). 
>Foi a motivação para a construção de nosso primeiro "laticínio", tocado 
pela 
>"mulher do vaqueiro" que fabricava então apenas o queijo tipo frescal 
>"cheio de furinhos", mas muito gostoso, que "seu" Ursulino, com a caminhote 
>lotada saia vendendo em tudo que era porta ou feira no Vale do Ribeira. 
> 
>Mudando para o "planalto paulista" em 1983, o Laticínio local (Colaso), 
>adquiria o leite pagando pequeno adicional pela gordura (a Yema, na época, 
>satisfeita com sua produção de "bolinhas de leite bovino", não se 
interessou 
>em adquirir o leite). Iniciou-se o programa de "fomento", sendo 
distribuidas 
>10 vacas e um touro a cada parceiro que ficava com o leite e metade dos 
>bezerros e, depois de 4-5 anos, devolvia o lote que era repassado a novo 
>parceiro, até que um bom numero de criadores definitivamente aderiu à 
>atividade. (computa-se hoje mais de 200 criadores de búfalas naquela 
>região). 
> 
>Na sua meta de ver florescer a bubalinocultura, entendeu o Sr. Wanderley 
que 
>o caminho seria agregar valor à matéria prima, e em 1992 voltou a operar 
>informalmente o Laticínio até sua legalização. Passou assim em 1994 a 
>adqurir o leite de seus parceiros. Paralelamente, indicado como Coordenador 
>de Leite da ABCB, promovia as tais reuniões citadas, mas diferentemente do 
>que ele entendeu, sua finalidade não era propriamente a de combater a 
>"falsa" mussarela produzida pelo Yema, ou mesmo de criar um Selo de 
>Qualidade, mas sim, a de fomentar a bubalinocultura leiteira no país para o 
>que, entendia, somente um mercado saudável (com concorrência honesta) e com 
>produtos de qualidade, seria capaz de melhor remunerar o derivado de búfala 
>e, por sua vez, o produtor de leite da espécie. Lembro que à época, todo o 
>foco da criação de búfalas era direcionado à produção de carne e a oferta 
de 
>matéria prima aos ainda inciantes Laticínios que então se formavam era 
>bastante restrita, daí uma das primeiras medidas definidas nas tais 
reuniões 
>foi a de que sus participantes se comprometiam a remunerar o leite bubalino 
>em pelo menos duas vezes a cotação paga pelo leite tipo C bovino, decisão 
>que consta inclusive de um do Boletins da ABCB da época, onde aparecem Dna 
>Wilma, Wanderley e Federico. 
> 
>O conceito do "selo" então proposto esbarrou realmente no entendimento, a 
>meu ver equivocado, de que sua finalidade seria tentar reproduzir aqui a 
>certificação DOP italiana, que além das fraudes (que até hoje lá são 
>constatadas entre seus participantes, conforme matéria divulgada em nosso 
>último Boletim do Búfalo), busca proteger uma denominação de origem (região 
>de fabricação), um método tradicional de preparo do produto a fim de obter 
>benefícios fiscais e facilidades de mercado na região em que atuam e, 
>divulgando o "produto" e não propriamente uma ou outra marca, obter 
"escala" 
>para uma atuação conjunta de publicidade, pesquisa e controle de seus 
>produtos. Em nosso meio, a idéia do selo é a meu ver puramente promocional 
e 
>didática, visando manter uma concorrencia honesta e "educar" o consumidor 
>para num momento inicial diferenciar o "presunto da presuntada" bem como, 
>com a maior adesão, obter escala para o desenvolvimento de ações conjuntas 
>de interesse do mercado. Abrigado numa Associação de Criadores (e não de 
>fabricantes), espelha não só o âmbito de sua atuação (Ministério da 
>Agricultura e não o de Indústria e Comércio) mas também um conceito que 
>permeou sua idealização, ao menos na cabeça do Sr. Wanderley, desde o 
>início, de que criadores e laticínios são interdependentes e se existir 
>desenvolvimento assimétrico, ambos terão dificuldades em suas operações (o 
>que não é bem aceito por alguns criadores e fabricantes, que apostam no 
>modelo existente na pecuaria leiteira bovina em que o produtor produz uma 
>commoditie e o fabricante compra matéria-prima... bem, quem acompanha a 
>pecuaria leiteira bovina sabe muito bem que esta não tem sido uma boa 
>solução, posto que a parte do leão tem sobrado para outros elos da cadeia) 
> 
>Quanto aos conceitos econômicos, minha concepção e experiencia é diversa da 
>que se descreveu posto que o peso da matéria prima no custo de fabricação 
>dos derivados bubalinos é até mais baixo que no caso dos derivados bovinos, 
>mesmo se os Laticínios continuassem remunerando o leite da espécie ao 
>histórico "dobro do leite tipo C" (o que hoje, mais raramente se encontra), 
>sendo que os custos adicionais, a meu ver, decorrem entre outros fatores 
>muito mais da falta de escala de nossas produções, que oneram demais os 
>custos indiretos das operações e reduzem o poder de negociação junto a 
>grandes redes varejistas, além de, em algumas regiões uma certa 
concorrencia 
>predatória entre produtos legalizados e outros "de safra", como nos relatam 
>alguns fabricantes, sem contar com o custo financeiro e logístico trazido 
>pela estacionalidade produtiva. 
> 
>Otavio 
>PS. Os experimentos mostram que a búfala, diversamente do que muita gente 
>pensa, não "come mais". Sua ingestão é proporcional ao seu peso (mais 
>propriamente ao metabólico), assim como a bovina, e de sua capacidade de 
>produção leiteira (mais particularmente, à produção de sólidos no leite). 
>Assim, no aspecto nutricional, o custo de produção de seu leite, não 
decorre 
>da mesma comer mais, mas sim, do fato de produzir um leite melhor... 
> 
> ---------- 
> 
>No virus found in this outgoing message. 
>Checked by AVG Anti-Virus. 
>Version: 7.0.308 / Virus Database: 266.8.4 - Release Date: 27/03/2005 
> 
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas] 
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>Lista de discussao sobre bubalinocultura: 
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>(sem assunto nem nada no texto) 
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