Fidencio,

Na verdade eu não considero o confinamento como uma desvantagem para a
espécie, muito pelo contrário...

Na minha última réplica ao Humberto Sorio acredito que deixo isso bem claro.

Parabéns pelo seu manejo de terminação de machinhos. Achei particularmente
inteligente e perfeito do ponto de vista de marketing. 

Um abraço,

Roberto. 

-----Mensagem original-----
De: bufalos@yahoogrupos.com.br [mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome
de bufalos
Enviada em: segunda-feira, 8 de agosto de 2005 11:11
Para: bufalos@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: ENC: [bufalos] Estabulação de búfalos

Roberto, 
na minha região, os frigoríficos pagam a carne de búfalo a preço de vaca. 
Desta forma, a decisão tomada este ano compreende: 
-não vender os machinhos para recria; instalá-los em um pasto afastado e 
isolado das búfalas; neste pasto, 
clocar cana picada com ureia `a vontade, em cocho apropriado; 
-abater os animais na faixa de 13-14 arrobas, com a idade de 16-20 meses, em

pequenos lotes, com os açougueiros locais, que não fazem a limpeza enorme 
dos frigoríficos; assim, resolvemos 3 problemas: não vendemos lotes grandes,

correndo pouco risco na venda, que é sempre a prazo; evitamos a grande 
limpeza do frigorífico, que tira tudo o que pode; abatemos os animais antes 
da muda, fazendo com que tenham um redimento maior; nesta idade o 
crescimento do búfalo é muito compensador. 
E, de quebra, fornecemos carne de primeira. 
Roberto, o confinamento não é uma desvantagem para a espécie, como você 
concluiu. O búfalo se sai melhor no confinamento do que o nelore! 
Um abraço, 
Fidencio 



Em (15:48:36), bufalos@yahoogrupos.com.br escreveu: 


>Prezados Fidencio, Jonas e Humberto, 
> 
>De cada uma das intervenções abalizadas sobre o tema estabulação de 
búfalos, 
>acho oportuno indagar pela ordem, o seguinte: 
> 
>1. Ao Fidêncio, que com certeza já explora a pecuária bubalina para a 
>produção de leite (com transformação própria de derivados) e de carne, a 
>opinião a respeito do sistema de produção ideal para essas diferentes 
>especializações, ou seja, confinamento, semi-confinamento ou pastoreio 
>rotacionado. 
> 
>2. Ao Jonas, quanto à questão da etologia, se ela não tem que estar 
>totalmente subordinada à exploração econômica, ou seja, o conforto dos 
>animais não passa de uma boa prática de manejo que ajuda o criador a 
agregar 
>renda à atividade. 
> 
>3. Ao Humberto Sorio, se realmente o confinamento é uma desvantagem para a 
>espécie, mesmo para o caso dos criatórios com objetivos da produção 
>desestacionalizada do leite. Pelo que eu entendo a desestacionalização 
exige 
>o confinamento, pelo menos na região sudeste, durante todo o período da 
seca 
>(de abril a outubro). 
> 
>4. Aos três, com relação ao odor da carne, se ela não é conseqüência única 
>de más condições de arraçoamento no período de acabamento de animais muito 
>erados. 
> 
>Particularmente, eu acredito que a pecuária bubalina deve promover, a 
>exemplo da avicultura, uma exploração baseada em projetos de integração 
para 
>a produção de safras de leite e de carne em sistemas de produção voltados 
>para a máxima agregação de renda pelo atendimento às demandas regionais de 
>mercado por produtos com alto valor agregado. 
> 
>Isso redundará em fazendas especializadas na cria e recria em pastejo 
>rotacionado com creep feeding de bezerros e superprecoces, em 
>semi-confinamento de matrizes leiteiras e dos novilhos precoces em 
>terminação e em confinamento para acabamento dos búfalos de corte em 
>engorda. 
> 
>Não tenho dúvida alguma de que a qualidade da carne dos novilhos precoces, 
o 
>produto hoje com maior potencial de agregação de valor, só pode ser 
>controlada e garantida em regimes de confinamento na estação seca e de 
>pastejo rotacionado com creep feeding nas águas. 
> 
>Um abraço, 
> 
>Roberto. 
> 
>-----Mensagem original----- 
>De: bufalos@yahoogrupos.com.br [mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome 
>de bufalos 
>Enviada em: domingo, 7 de agosto de 2005 11:15 
>Para: bufalos@yahoogrupos.com.br 
>Assunto: Re: [bufalos] Estabulação de búfalos 
> 
>Prezados Humberto e Jonas, 
>outro dia estava no supermercado e me deparei com um frango amarelinho, 
>diferente daquela carne branca à qual estamos habituados. Meu amigo, ao 
>lado, explicou: é frango de granja, alimentado com urucum na ração. 
>A verdade é que a alimentação ministrada aos animais pode operar milagres 
de 
> 
>todos os tipos. Pode dar cheiro ruim ou agradável, cor mais forte ou menos 
>forte, pode até colorir as penas das aves, como acontece com a ração que é 
>ministrada ao canário. 
>Eu, pessoalmente, sou adepto de uma vida mais natural: tenho muito cuidado 
>com minha alimentação. Assim, não como margarinas por serem hidrogenadas, 
>não como frango de granja porque são animais criados debaixo de um estresse

> 
>inacreditável, faço uma fervura no feijão e escorro a água, antes de 
>cozinhá-lo, para tirar parte do agrotóxico (a água que é escorrida sai 
>verde!) sou contra o agrotóxico que mata insetos, peixes, contamina as 
aguas 
> 
>subterrâneas e sou contra recriar ou criar animais usando métodos muito 
>artificiais. Prefiro o natural. Acho que a vida é uma coisa só: animais, 
>plantas, insetos...e a natureza é sábia ao usar seus metodos milenares. 
>Assim, 
>nunca vi búfalo a pasto ou engordado em confinamento, com alimentação 
>natural, que tivesse carne fedida. Aliás, o que o búfalo tem de bom á a 
>possibilidade de ser criado de forma natural, com baixo indice de 
>mortalidade, em grandes quantidades, o que não acontece com o frango. 
>Por outro lado, 
>o experimento realizado foi feito com uma quantidade mínima de animais. A 
>amostra é muito pequena. Dá pra concluir alguma coisa que possa ser válida?

>Não sou contra experimentos: pelo contrario! É fundamental realiza-los se é

>que queiramos progredir! 
>Fidencio Maciel 
> 
>Em (13:57:50), bufalos@yahoogrupos.com.br escreveu: 
> 
>>Caro Dr. Humberto, 
>> 
>>Aproveito o "gancho" de sua mensagem para fazer 2 considerações: 
>> 
>>1 - Lendo o trabalho que o Otavio divulgou, o que mais me chamou atenção 
>foi 
>>saber que os animais, durante o experimento de 84 dias, individualmente 
>>foram mantidos "engaiolados" em espaços de 2 metros quadrados ! Mesmo não 
>>sendo um ferrenho adepto ou conhecedor da etologia, achei que essas 
ínfimas 
> 
>>dimensões extrapolaram o simples bom senso de qualquer "leigo mortal"... 
>>Coitados dos bichos ! 
>> 
>>2 - O senhor cita mais uma vez nesta lista, os mesmos problemas que aqui 
ja 
> 
>>foram comentados, de odor desagradável da carne de alguns búfalos 
>>confinados. Ressalvando eventuais falhas minhas no recebimento de 
>mensagens, 
>>reitero que não captei até hoje, em nossa lista, nenhuma explicação 
>técnica, 
>>cabal, conclusiva, a respeito disso. Apenas algumas hipóteses foram 
>>levantadas. Acho que se os técnicos participantes da lista desconhecerem o

>>assunto, ( o que não é desmérito ), pelo menos deveriam "vir a público", 
>>afirmar que desconhecem. Como seria bom se aproveitassem a oportunidade 
>para 
>>esclarecer-nos se é fato ou boato, que a carne de búfalo "aguenta" menor 
>>tempo de prateleira, dizendo-nos o que sabem ou o que não sabem a 
respeito. 
> 
>>Essa questão também faz tempo que foi levantada. 
>> 
>>Abraços de seu admirador, 
>>Jonas. 
>> 
>>PS : Como falamos em etologia, e sei que o senhor se interessa muito sobre

>>essa ciência, gostaria de ser esclarecido se ela permitiria ou aprovaria 
>>alguma atitude de manejo que garantisse maior lucratividade aos criadores,

>>mesmo que acarretando prejuizos ao desenvolvimento, saúde, alimentação e 
>bem 
>>estar dos animais. 
>> 
>>Outro abraço, 
>>Jonas. 
>> 
>>----- Original Message ----- 
>>From: "Sorio" 
>>To: 
>>Sent: Friday, August 05, 2005 12:59 PM 
>>Subject: [bufalos] Estabulação de búfalos 
>> 
>>Prezados Companheiros 
>>Os trabalhos sobre estabulação indicados são interessantes sob o ponto de 
>>vista científico, mas, para aplicá-los, impõe-se que examinemo-los sob 
>>alguns pontos de vista não menos importantes: o econômico; o de bem-estar 
>>animal; o da qualidade da carne produzida. Antes de tudo e de mais nada, 
>>devemos esgotar totalmente o exame das possibilidades de engordarmos 
nossos 
> 
>>novilhos búfalos em pastagens verdes, belas e produtivas. Para continuar 
na 
> 
>>senda da qualidade da carne, devo relatar que assessorei no Rio Grqande do

>>Sul uma empresa que engordava búfalos em confinamento e não foram poucas 
as 
> 
>>partidas rejeitadas pelo odor desagradável da carne produzida nessas 
>>condições. Usava-se massa de soja, resíduo úmido da extração do 
>óleo.Búfalos 
>>engordados a pasto, em que os aspectos etológicos são levados na mais alta

>>conta, sempre tiveram, têm e terão excelente carne. O confinamento será 
uma 
> 
>>desvantagem competitiva da espécie. O mal estar que demonstram quando são 
>>submetidos a esse tipo de manejo é visível. 
>>Um abraço do 
>>Humberto Sorio 
>> 
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