Roberto, 
  Entendo a sua frustração, mas um trabalho honesto e dedicado, com parceiros 
comprometidos e focados no mesmo mercado, colaborando com o desenvolvimento de 
um projeto comum, pode funcionar.
  Quando decidi trabalhar com o búfalo, decidi explorar ao máximo o potencial 
desses animais. Até agora não tenho tido decepções, pelo contrário, vislumbro 
oportunidades que com o bovino seriam inimagináveis. O mercado bovino está 
saturado, já está desenhado e estabilizado. O do búfalo ainda não. 
  Logo no começo, fiz minha primeira perceria. Peguei na mão do meu novo amigo 
e companheiro de atividade, o jovem Henrique de Casto Andrade. Decidimos lutar 
juntos. A negociação de leite sempre foi feita somando-se nossas produções; 
trocamos touros evitando assim a consaguinidade; sugerimos melhorias de manejo 
e contratamos o mesmo veterinário para nos dar assistência. Está funcionando e 
nos orgulhamos disso. Seríamos fracos sozinhos, juntos damos suporte um ao 
outro.
  Se olharmos esse negócio com seriedade, veremos que teremos dificuldades 
enormes para superar essa distância existente entre os criadores. Fazemos 
amizades fácil, mas parcerias ainda não. No entando, seremos pioneiros, 
desbavadores de mercado e teremos que pagar por esse custo. Mas na roça fala-se 
no velho ditado: "Quem chega primeiro, bebe água limpa". Quem sabe não haverá 
compensações.
  Leio sempre seus comentário aqui na lista e admiro o seu conhecimento e amor 
pelos búfalos, entretanto, não sei ainda onde fica sua propriedade. Se não for 
muito atrevimento de minha parte, gostaria de conhecê-lo e também este seu 
projeto, para analisarmos a viabilidade e elaborarmos um plano de negócios que 
nos possibilite atrair outros criadores e implementá-lo com segurança.
  Vi o interesse do João Rocha representando os colegas do Pará, certamente 
pegarão carona nesse trem. E todos nós sabemos, colocar um trem em movimento 
dispende-se de muita energia e força, ele primeiro tem que aluir.
  Você já deu o primeiro passo, vamos dar o segundo, o terceiro e seguir em 
frente. Uma caminhada se faz passo a passo.
  Conte comigo, nem que seja para trocar idéias e "sonhar".
  Abraços,
  Ronaldo C.Garcia
  

rtpmesquita <[EMAIL PROTECTED]> escreveu:
          Caro Ronaldo,

Lamentavelmente (para a bubalinocultura nacional) está muito difícil 
implementar o projeto Vitelo de Búfalo, pois há mais de 2 anos o 
máximo que eu consegui foi a simpatia e a amizade de alguns criadores 
que esperam que alguém comece a ganhar dinheiro para então se engajar 
na produção.

Eu respeito essa posição, mas vejo com tristeza a falta de uma certa 
ousadia empresarial que requer apenas uma adequada especialização na 
fase de cria orientada para a produção de bezerros com valor 
agregado, sejam machos e fêmeas destinados à reprodução, sejam 
bezerros comerciais para o abate aos 120 dias (estes são os vitelos) 
ou para terminação aos 18 meses de idade como búfalo precoce, ou até 
mesmo de fêmeas para comercialização como matrizes formadoras de 
rebanhos comerciais de leite ou de corte, está muito difícil 
conseguir implementar esse projeto aqui no Brasil.

Como a carne de vitela é altamente valorizada no mundo da gastronomia 
internacional, inclusive aqui no Brasil, não tem sentido sub-
alimentar (ou descartar) o macho leiteiro, tendo em vista que bem 
criado (igualmente às fêmeas de alta genética), ele pode render perto 
de R$ 1.400,00 aos 4 meses de idade.

Depois de muitas frustrações na direção dessa proposta, movido pela 
certeza de que uma simples safra produzida com a tecnologia adequada 
(eu aprendi a dominá-la ao longo de muitos anos de especialização na 
criação de bezerras e bezerros de raças leiteiras de bovinos), alem 
de ser altamente rentável vai definitivamente colocar o "búfalo 
adiante dos bois", continuo tentando, mas confesso que a partir deste 
ano, muito mais direcionado para uma parceria com criadores de 
bovinos.

O e-mail para o Joel é uma clara demonstração de que eu não desisti 
do vitelo de búfalo, principalmente pelos resultados do controle 
ponderal que eu desenvolvi para avaliar a progênie do Arlequim para o 
Eduardo Daher e pelos resultados divulgados na lista pelo Jonas 
Assumpção, renascidos agora com a notícia de Aveyron, pois afinal foi 
lá onde tudo começou a 7 anos atrás.

Mas sinceramente, acho que está mais fácil fazer uma parceria com os 
criadores da Coop Buffllonnes da França, até por que o meu projeto é 
totalmente gerenciável via Internet, do que aqui no Brasil.

Claro que eu torço para que você me "desminta"...

Abraços,

Roberto Mesquita

--- Em bufalos@yahoogrupos.com.br, Ronaldo Garcia <[EMAIL PROTECTED]> 
escreveu
>
> Caro Roberto,
> Ao ler sua resposta ao Joel, me deparei com a presente situação: 
> Minha prioridade atual é selecionar meu rebanho basicamente para 
uma melhor produtividade de leite. Esse é o foco.
> Como subproduto, reservo os machos não escolhidos para futuros 
reprodutores e os recrio para o corte. Entretanto, aqui em Minas 
Gerais não há nenhum frigorífico que reconheça as qualidades da carne 
de búfalo, tratam o animal como se fosse um bovino. Já ouvi 
reclamações de que a estrutura óssea é mais pesada (insinuando uma 
redução em tara). Por enquanto pagam o mesmo em arroba que pagam no 
boi. 
> Vejo nesse seu projeto uma oportunidade de agregar valor ao macho 
(além de não ocupar pastos com eles, deixando a recria só para as 
fêmeas e os futuros reprodutores). Caso o seu "teste" seja aprovado e 
desperte a demanda, havendo necessidades de ampliar a oferta, 
poderemos discutir uma "parceria" nesse sentido.
> Abraços,
> Ronaldo C.Garcia
> 
> rtpmesquita <[EMAIL PROTECTED]> escreveu:
> Joel, 
> 
> Diante da sua apresentação, achei oportuno responder tendo em vista 
> acreditar muito na possibilidade de agregar valor à pecuária 
leiteira 
> bubalina a partir da produção do vitelo de búfalo, ou seja, um 
> bezerro criado com dieta exclusivamente láctea, eventualmente até 
em 
> aleitamento natural ao pé da mãe.
> 
> Coincidentemente, o meu interesse pela produção de vitelo começou 
em 
> 2.000 pelo acesso às informações colhidas na Internet que 
divulgaram 
> uma matéria sobre o Vitelo Cor de Rosa de Aveyron, um bezerro 
bovino 
> criado ao pé da vaca até o desmame por volta de 7 a 8 meses de 
idade 
> e destinado ao abate principalmente para atender uma forte demanda 
> dessa carne na Espanha.
> 
> Não sei como as coisas estão por aí hoje, mas tenho certeza de que 
à 
> semelhança dos machos leiteiros da raça holandesa criados no Canadá 
> com ótimo rendimento ao abate em tôrno de 18 semanas de idade 
quando 
> atingem perto de 220 quilos de peso vivo, o vitelo de búfalo de 
> Cantal e Aveyron produzido com tecnologia semelhante e bastante 
> acessível, principalmente considerando a disponibilidade do 
adequado 
> suprimento pela Holanda do sucedâneo de leite que pode compor 100% 
da 
> dieta láctea básica para os mesmos, oferecerá aos criadores uma 
> excepcional relação custo-benefício, mesmo que em pequena escala.
> 
> Se interessar, tenho muita informação adicional a oferecer pois 
estou 
> tentando desenvolver um projeto semelhante aqui no Brasil, que está 
> praticamente pronto para a implementação de uma primeira safra em 
> sistema demonstrativo que atenda experimentalmente uma forte 
demanda 
> potencial mas reprimida pela falta absoluta de oferta para essa 
> valorizada carne da alta gastronomia mundial.
> 
> Abraços,
> 
> Roberto Mesquita 
> 
> --- Em bufalos@yahoogrupos.com.br, Joël G <bufflonne@> escreveu
> >
> > Bom-dia,
> > Para satisfazer o pedido de várias pessoas, encontrará abaixo uma 
> apresentação das actividades do "Coop Bufflonnes" na França ligados 
à 
> produção láctea.
> > 
> > A nossa actividade
> > o Coop Bufflonnes agrupa 9 criadores do Cantal e Aveyron que 
> desejou criado uma actividade de diversificação sobre as suas 
> explorações agrícolas. Constituindo um efectivo em proveniência 
> essencialmente da Itália (compra de 40 búfalos em 1998 de,.40 em 
2002 
> e 20 em 2004), até agora, a cooperativa é proprietário de 300 
búfalos 
> do qual de 150 adultos lácteos. Bufalos produzido cerca de 2000 
> litros de leite por lactação (após uma gestação de 10,5 meses cerca 
> de) à 76 g de matéria gorda e 42 g de taxa proteínica de média por 
> litro de leite. _
> > leite que nós recolher tomar seguidamente vário destino:
> > * cru, é transformado em queijo láctico (piastrella) de 150 g 
> refinado de 8 para 30 dias e massa pressionada não cozida 300 g, 1 
Kg 
> e 6 kgs (tomme) refinada de 60 para 180 dias Fromagerie Lou 
> Mountognol 12.300 Firmi e pela Escola de Indústria Láctea 15000 
> Aurillac,
> > * pasteurisé, é transformado em mozzarella Fromagerie Castellano 
> 13090 Aix em Provença. 
> > Os queijos (bem como a carne e dos outros produtos derivados) são 
> comercializados junto de clientes para 80% na França e para 20% em 
> outros países europeus (a Alemanha e a Dinamarca), que são de 40% 
dos 
> grossistas, 40% das lojas especializadas (crèmerie, fromagerie) e à 
> 20% das insígnias da grande distribuição Auvergne. As nossas 
> vantagens estamos sobre um mercado de nicho, não concorrencial de 
> produtos lácteos que têm carácter ligado à composição do leite 
> bufflonnes. O preço médio de venda dos queijos aos nossos clientes 
é 
> de 10,00 Euros GH do Kg, o que permite uma valorização para o 
criador 
> do leite à 0,74 Euros GH do litro. A quantidade de leite a produzir 
> não é limitada. A espécie é rústica, fácil de criar, com despesas 
> ligadas à produção láctea menos elevadas que para um atelier de 
> criação de vacas leiteiras. A criação é extensiva, numa zona que 
tem 
> antes uma boa imagem no que diz respeito aos consumidores: Cantal, 
> montanha, Maciço Central. 
> > 
> > Os nossos constrangimentos
> > * ligados à imagem do animal: o búfalo não é conhecido, a sua 
> imagem é algumas vezes associada à produção do mozzarella na 
Itália, 
> tem uma imagem de animal forte, potente.
> > * ligados à composição do leite bufalos: Ignorância da composição 
> bioquímica e microbiológica do leite por falta de dados, o que gera 
> dificuldades de adaptação do tecnológicos utilizadas em fabrico 
> queijeiro (diferença na velocidade de acidificação em relação ao 
> leite de vacas, teor elevado em matéria gorda que geram problemas 
de 
> gosto rance sobre os ensaios em produtos frescos, risco de 
> contaminação em flora indesejável acentuado devido à riqueza do 
leite 
> e as dificuldades para dominar a higiene de tráfico, lista de 
> argumentos de venda de venda ligada ao teor de ácidos gordos e de 
> outros constituintes interessantes do leite bufalos).
> > * ligados à dimensão e o funcionamento da nossa estrutura: os 
> frescos de recolha, pasteurização e entrega de leite sobre os 
> diferentes sítios de fabrico são elevados tendo em conta as 
> quantidades produzidas, os frescos de transporte e comercialização 
> dos queijos são igualmente muito importantes tendo em conta as 
> quantidades produzidas, da situação geográfica dos clientes e más 
as 
> infra-estruturas rodoviárias na nossa região.
> > 
> > Os nossos projectos
> > * adaptar as tecnologias consequentemente
> > * tentar desenvolver novos queijos
> > * fazer evoluir a imagem dos produtos lácteos que comercializamos 
> através de inquéritos de consumidores, mudança de estratégia 
> comercial (rótulos, embalagens, preços, publicidade. 
> > Iros, ao ia prima do a prima a e os emos colaborar borar, a 
> cooperativa de produção que representamos deve procurar de novos 
> mercados e outros parceiros, compradores de matéria prima com que 
> poderemos colaborar para a criação dos outros produtos lácteos à 
base 
> de leite bufalos. sobre este aspecto 2 processo estar em curso com 
> transformador: desenvolvimento de um protótipo de nata congelada e 
um 
> protótipo de iogurte.
> > Conclusão: A criação dos búfalos é uma actividade interessante 
> porque o animal permite trazer rendimentos complementares sobre as 
> nossas explorações agrícolas do Cantal e Aveyron sob reserva de 
> perpetuar os mercados para volumes crescentes de leite produzido. 
> Este animal, fora das vantagens ligadas seu rusticité, tem um 
> comportamento social interessante a estudar e relações 
privilegiadas 
> com os criadores, por outro lado, através de este animal nós entra 
em 
> contacto todos os dias com pessoas igualmente passionnés no mundo 
> inteiro, a montante ou a jusante da produção láctea bufalos. São 
> conscientes que cabe-nos ser produtores de uma matéria prima de 
> qualidade, que continuará a ser produzida em volumes restringidos à 
> escala do nosso país mas que deve encontrar uma valorização 
> interessante graças colaboração à instaurada com organismos e 
> parceiros interessados por esta diligência e por pela qualidade dos 
> produtos elaborados.
> > 
> > Agradecemo-los dos vossos comentários e a vossa ajuda a fim de 
> promover a fileira bufalos leiteira na França cordialmente, Joël
> > 
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