Ricardo,
  Se a maioria do nosso rebano já é "tatu com cobra", pois não há controle 
genealógico eficaz, que diferença fará?
  Na roça havia um ditado antigo: "VACA DE TOSTÃO, BOI DE MILHÃO". Numa clara 
alusão de que devemos selecionar bem os tourinhos, com as características 
genéticas que desejamos, valorizamos e queremos destacar.
  As vacas, são matrizes a serem melhoradas em suas crias.
  Este é o príncípio.
  A raça de cavalos Mangalarga Marchador, dizem que teve sua origem assim, 
cavalos alters vieram de Portugal e cobriram éguas comuns, deu no que deu, a 
raça hoje é uma sucesso nacional.
  Afinal, o que queremos?
  Deixar como está ou direcionar o negócio?
  Se o F1 é complicado, que façamos o "F qualquer coisa", mas que registremos 
essas experiências e monotoremos seus resultados.
  Vamos nos adequar ao SISBOV, nos adequando a nós mesmos primeiros.
  Abraços,
  Ronaldo c.Garcia
   
  
ricardo martim <[EMAIL PROTECTED]> escreveu:
          Roberto o cruzamento para a produção de F1 é bastante complicado, 
teremos que ter controle do rebanho progenitor antes do cruzamento, senão 
estariamos cruzando tatu com cobra.

Ricardo

----- Mensagem original ----
De: ROBERTO <[EMAIL PROTECTED]>
Para: bufalos@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 11 de Abril de 2007 18:29:13
Assunto: Res: Res: Res: [bufalos] Re: Na cadeia do boi, e a renda

Amigos,

Como o Ronaldo, e também apreciando muito o nível extremamente 
enriquecedor da presente discussão, gostaria de fazer distinção entre 
algumas abordagens para tentar entender melhor as teses defendidas 
até aqui e principalmente a questão inicialmente proposta quantos as 
vantagens ou não do cruzamento racial entre búfalos.

Aproveito para reproduzir um trecho do artigo do Prof. Fernando 
Enrique Madalena, um emérito estudioso e defensor das vantagens 
econômicas da produção leiteira com vacas F1:

"Mas, para a maioria dos produtores, que não controlam a reprodução 
do rebanho, o esquema de F1 é uma forma simples e prática de se 
aproveitar a tremenda heterose dos híbridos de Bos taurus x B. 
indicus, e por esse motivo vem sendo cada vez mais adotado, não 
apenas no Brasil, mas, na sua esteira, na Colômbia, Venezuela e 
países da África. Na Nova Zelândia, em 2001, visitei uma fazenda que 
produzia anualmente 2000 novilhas F1 de Sahiwal para exportar a 
países tropicais. Enquanto as F1 continuarem a valer duas a três 
vezes a arroba de boi gordo e enquanto os criadores de Holandês 
continuarem a inseminar com Gir, seguirei pensando ser esse o caminho 
certo."

Isto posto, gostaria de conhecer a opinião dos membros da lista a 
respeito de também ser possível aproveitar o esquema do F1 de forma 
simples e prática potencializando a produção econômica de leite e de 
carne a partir da heterose dos híbridos bubalinos?

Como neste caso seria apenas fruto do cruzamento entre raças essa 
heterose não será igualmente "tremenda" como no caso do Bos taurus x 
Bos indicus?

Outro ponto que não ficou claro para mim é por que o búfalo 
brasileiro não é trabalhado como o gado holando brasileiro ou a 
seleção do jersey brasileiro? 

Em ambos os casos, várias gerações de cruza entre animais puros de 
origem conhecida, chega-se no GHB5 e no SJ7, se eu bem me lembro, a 
um animal de raça pura equiparado ao Holandes ou Jersey PO, 
respectivamente.

Na verdade, acho que uma certa confusão está surgindo tendo em vista 
que o padrão racial é a base fenotípica para todo o trabalho de 
melhoramento genético, enquanto que o cruzamento racial deve ser 
estritamente orientado para a formação de rebanhos comerciais com 
seleção dos indívíduos meramente avaliados do ponto de vista do 
resultado econômico.

Por último, entendo que não haja qualquer dificuldade para se 
trabalhar em uma única fazenda com animais puros e registrados com 
objetivos de melhoramento genético, seleção e venda de reprodutores e 
matrizes de alta genética, ao mesmo tempo em que se maneja com 
objetivos comerciais os animais de raça pura descartados na avaliação 
do mérito genético juntamente com animais puros ou cruzados com 
méritos meramente produtivos.

Claro que neste caso, cada rebanho faz parte de lotes segregados e 
manejados conforme as suas especializações.

Abraços,

Roberto 

--- Em [EMAIL PROTECTED] .com.br, Ronaldo Garcia <rrccgarcia@ ...> 
escreveu
>
> Prezado Sr. Otávio,
> Aprecio as suas colocações e esta discussão tem me "confundido" 
as idéias.
> Buscamos raças "puras" e só registrados aqueles indivíduos com as 
características evidentes. Se houver o cruzamento entre raças, 
jogamos no "brasileiro" ou não registramos.
> Quando o técnico esteve registrando os bezerros do ano passado, 
eu curioso, acompanhei seu trabalho e fiquei questionando suas 
observações para entender o processo.
> Alguns animais filhos ou filhas de matrizes excelentes produtoras 
de leite foram "desclassificados" e, portanto, não puderam ser 
registradas por apresentarem estrela na testa ou a ponta do rabo 
branca, e ainda houve um caso de uma bezerra na qual foi detectado 
hérnia e também desclassificada.
> Eu naturalmente perguntei por que?
> Ele afirmou que é por ter sido definido pela associação e 
repassado aos técnicos que assim o fazem. Que essa é uma 
característica de consangüinidade.
> Se reconhecemos o problema da consanguinidade, por que excluirmos 
animais que, mesmo com essas características "indesejáveis" são bons 
animais e estes fatores em nada diminui o seu potencial produtivo ou 
reprodutivo?
> Para piorar, estes animais desclassificados da raça pura ainda 
ficam impedidos de serem incluídos no "brasileiro" .
> Como o meu negócio é leite, pouco me importa de a vaca que produz 
15 ou 20 litros por dia tenha ou não uma estrela ou o rabo branco.
> Estou com uma vaca sem registro, mocha, que chega a produzir 25 
litros dia, e seu filho está reservado e começando a servir como 
tourinho. 
> Terei que trabalhar a margem da ABCB com estes animais?
> Para evitar complicações, separei em fazendas diferentes as 
vacas "registradas" Murrah das "Mestiças" sem registro.
> Lembro a todos que sou novato na ABCB e coisas práticas dessa 
natureza ainda são novidades para mim.
> As vacas mestiças estão separadas em dois lotes, onde tenho esse 
tourinho "vira-lata" filho daquela vaca excepcional e um Murrah, para 
controle de filiação. Com exceção do boi Murrah, nenhum outro animal 
possui registro (ainda) na ABCB.
> Na verdade, gostaria de ter todo meu rebanho registrado na ABCB, 
pois considero a Associação o órgão competente para manter a 
confiabilidade dos históricos genealógicos. 
> Entendo que BÚFALO é BÚFALO, e as diferentes raças deveriam sair 
do "apartheid" e serem tratadas como búfalos que são.
> Posso estar falando uma grande asneira, me perdoem, mas 
poderíamos pensar melhor no papel dos registros, é melhor ser mais 
flexível que perder o "fio da meada" de bons animais por questões 
tecnocratas. 
> Quero conhecer a sua opinião, caro Otávio, e a do grupo sobre 
esta questão.
> Abraços,
> Ronaldo C.Garcia
> 
> 
> 
> 
> ricardo martim <r1cardo_ca@ ...> escreveu:
> Olá Otavio e amigos,
> 
> Essa homogeneidade dos búfalos italianos é interessante, pelo menos 
para nós, caso seja possível a importação de semêm para cruzamentos 
com fêmeas desses nossos rebanhos mais produtivos. Para quem busca a 
heterose, ai esta uma receita.
> 
> Com relação a dupla aptidão, volto a reafirmar minha opinião que um 
animal selecionado para ambas as características (leite e carne) 
jamais será tão bom quanto um animal selecionada para uma única 
característica.
> Com relação às fêmeas grandes e precoces na Italia, será que sua 
conformação beneficia os cortes do trazeiro? e será que esse 
crescimento é rápido ou apenas para animais adultos? Veja bem que 
minhas indagações não são para contradizer ou duvidar, apenas para 
elucidar e talvez eu veja que estou defendendo alguma inverdade.
> Embora eu sempre busquei me especializar no gerenciamento e 
administração, gosto da genética e nutrição...
> 
> Ricardo
> 
> 
> ----- Mensagem original ----
> De: Otavio Bernardes <[EMAIL PROTECTED]>
> Para: [EMAIL PROTECTED] .com.br
> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Abril de 2007 18:45:54
> Assunto: Re: Res: Res: [bufalos] Re: Na cadeia do boi, e a renda
> 
> Na história da introdução dos búfalos no Brasil parece que a 
preocupação inicial com raças era totalmente secundária, sendo os 
animais trazidos em pequenos lotes, muitas vezes mais por curiosidade 
do que por alguma característica zootécnica exceção talvez a algumas 
importaçõs da Itália por criadores interessados na exploração 
leiteira dos rebanhos. Desta forma, os cruzamentos eram feitos muitas 
vezes de forma aleatória o que cabou gerando uma miscigenação racial 
considerável em diversas regiões.
> 
> Com a importação de 1961 (ultima importação da Índia) e criação da 
ABCB e abertura do Serviço de Registro Genealógico em 1970, o 
interesse específico nas raças oficialmente reconhecidas se ampliou e 
passou-se a promover com maior intensidade "cruzamentos absorventes" 
a partir dos importados aplicados sobre a base mestiça que se 
dispunha. Buscando exatamente ampliar a base das raças, foi e até 
hoje está mantido o "Livro Aberto", que permite o ingresso no 
registro das raças de animais com características fenotípicas de cada 
uma delas. Criou-se inclusive o registro de Femeas Mestiças que 
permitiriam que a partir do 31/32 se produzissem animais "puros" o 
que não foi muito utilizado pois com muito menos grau de sangue já se 
observavam animais fenotipicamente bem representativos das raças, 
particularmente em "mediterrâneos" e, portanto, passíveis de 
registro. A se destacar que tais touros Murrah importados foram, 
creio, apenas 5, sendo que um deles morreu em Fernando de Noronha.
> Dos mediterrâneos, apesar de ainda ter havido um importação ao 
final da década de 80, também fforam poucos animais introduzidos.
> 
> Buscar ganhos com a heterose em bubalinos no Brasil, principalmente 
com Murrah e Mediterrâneo é dificultada justamente pelo fato de 
nossos rebanhos "puros" serem relativamente ainda muito reduzidos. Nõ 
é incomum verificarmos o nascimento de animais com características 
raciais de raças que sequer foram oficialmente introduzidas no Brasil 
(como Nili Ravi) em rebanhos com 5 ou 6 gerações de animais 
registrados sob a outra raça.
> 
> Se por um lado isto comprometeu em parte a "pureza racial" do 
rebanho no país, por outro, assegurou certo grau de variabilidade 
genética da a origem por "absorção" de boa parte dos animais 
registrados. Na Itália, por exemplo, onde oficilamente não se 
introduzem novos animais há séculos, Moioli encontrou um índice de 
heterosigosidade (genes heterozigotos) de 0,167 (indice que varia de 
zero a 1, sendo 1 quando totalmente heterozigotos) enquanto que na 
Ásia, verificou-se um índice de 0,558 em búfalos de rio. Rebanhos 
mais homozigotos (mais puros por exemplo) tem resposta mais homogênea 
se suas características em seus descendentes (tanto as úteis quanto 
as deletérias) e também menor variabilidade genética o que torna o 
processo seletivo mais lento. Com relação à produtividade leiteira, 
verifica-se que na Itália a produção média de uma búfala já atinge 
cerca de 2.160 kg fruto de um processo seletivo de muitas gerações 
enquanto que em rebanhos submetidos a um manejo mais
> intensificado no Brasil, a média é em torno de 2.060 kg, porém, com 
uma maior variabilidade mais ampla, o que talvez nos permita alcançar 
ganhos genéticos mais acentuados se implementarmos programas 
similares de melhoramento.
> 
> Quanto ao "búfalo brasileiro" a idéia foi justamente conseguir 
manter o controle genealógio de indivíduos que apresentem 
características produtivas positivas, que muitas vezes eram 
descartados por não serem passíveis de inscrição no Livro de Registro 
Genealógico. A forma proposta de "monitorar" tais animais seria a 
participação do rebanho no Programa de Melhoramento que tem por base 
a escrituração zootécnica (reprodutiva e produtiva dentro da 
finalidade de exploração do criador) para daí se aferir seu potencial 
genético.
> 
> Quanto à chamada dupla aptidão natural da espécie creio seja uma 
referencia ao potencial produtivo relativo onde o exemplo foi dado 
naquele email onde machos oriundos de um rebanho com femeas 
reconhecidamente leiteiras para a espécie em nosso meio alcançam peso 
de abate em idade similar ou mesmo inferior a bovinos de corte 
criados exclusivamente a pasto. 
> 
> Aliás, existe uma correlação positiva entre produção leiteira e 
capacidade de ingestão de alimentos e, havendo evidencias que a 
espécie seja boa conversora de alimentos, é bem possível que a 
correlação entre produção de leite e ganho de peso seja igualmente 
positiva (ao menos quanto a peso adulto, vimos notando empiricamente 
que a seleção para leite tem conduzido à produção de animais maiores 
e mais precoces). Nste sentido, a Dra Rossella di Palo em sua plestra 
e 2005 em São Paulo, mostrou que na Itália a maioria das medidas 
corporais da búfalas aumentou com a intensificação da seleção para 
leite.
> 
> Otavio
> 
> ----- Original Message ----- 
> From: Ronaldo Garcia 
> To: [EMAIL PROTECTED] .com.br 
> Sent: Monday, April 09, 2007 4:55 PM
> Subject: Re: Res: Res: [bufalos] Re: Na cadeia do boi, e a renda
> 
> Amigos,
> Este assunto é muito oportuno e me reporta ao tempo do meu pai 
que "fez um gado leiteiro" (bovino) excelente a partir de vacas gir 
de baixa produção, jogando nelas bois holandeses, fazendo assim o F1 
girolando. continuou colocando o holandês e seu gado evoluiu rápido. 
Quando começaram a apurar muito, ele se viu numa situação complicada: 
> 01- Se continuasse com boi holandês o rebanho ficaria muito bom de 
leite mas exigente quanto ao trato e sensível às agressões do 
ambiente (calor, parasitas, etc.);
> 02- Se voltasse com o gir, teria um gado mestiço fraco no leite, 
porém mais resistente;
> 03- Se colocasse um girolando F1, os produtos sairiam sem um padrão 
definido, hora bons de leite, hora não;
> A solução que encontrou foi recomeçar fazendo o F1, mantendo apenas 
as poucas vacas que apresentavam as características desejadas: boas 
de leite e resistentes.
> Acredito que teremos que passar por esta situação, até termos 
encontrado a mistura certa para o que queremos.
> Tenho alguns animais sem raça definida (algumas mochas) e pretendo 
registrá-las no "búfalo brasileiro", mas fiquei com a impressão de 
que ali vale tudo.
> Penso que deveríamos abrir uma forma de MONITORAR esses 
cruzamentos, aceitando o registro de animais F1, filhos de um boi 
Murrah com uma vaca Jafarabadi (por exemplo), observando o seu 
desempenho e anotando os resultados desses produtos.
> Se dentro das próprias raças já percebemos diferenças de aptidão, 
imagina mesclando suas potencialidades. 
> No entanto, desprezamos estas experiências e perdemos oportunidades 
de desenvolvermos uma raça brasileira realmente interessante.
> Particularmente, busco animais de leite, mas não descarto os machos 
que são a "salvação da lavoura" na fazenda no período da entressafra 
(novembro a fevereiro), quando é a hora do seu abate com cerca de 18 
a 24 meses.
> A sustentação do negócio depende disso e do descarte natural das 
fêmeas.
> Portanto, não vejo incoveniente em desenvolver um animal bom de 
leite e precosse no seu crescimento, até porque uma vaca só dará 
leite se suas necessidades fisiológicas estiverem satisfeitas (gorda) 
e estando gorda, rende na balança também, se necessário.
> Abraços,
> Ronaldo C.Garcia
> 
> ricardo martim <r1cardo_ca@ yahoo. com.br> escreveu:
> Roberto, as raças puras são importantes, principalmente para a 
produção do F1. Elas possuem caracteristicas interessantes e 
dependendo do sistema de produção são as mais indicadas. Mas com os 
cruzamentos é possível ter essas boas produções com a ausência de 
algumas desvantagens.
> Eu ainda não sei exatamente qual as vantagens de cada raça, nos 
trabalhos que são feitos há uma homogeneidade muito grande entre as 
raças, num determinado trabalho uma raça é melhor noutro a outra. E 
para saber algo dos cruzamentos comerciais é imperativo que 
conheçamos melhor as características de cada raça, ou melhor, de cada 
linhagem.
> 
> Veja bem, não sou a favor da dupla aptidão, raças até podem ser de 
dupla aptidão, como o caso do gir, mas um animal nunca! Ou o 
selecionamos para carne ou para leite (ou trabalho), no caso de 
seleção para leite e aproveitamento do bezerro macho, utilizamos 
outras tecnologias como a produção do vitelo, ou ainda o cruzamento 
industrial, engordando machos e fêmeas, mas com as desvantagens dos 
genes "leiteiros".
> 
> É uma discursão longa e não há verdade... apenas opiniões.
> 
> Ricardo 
> 
> ----- Mensagem original ----
> De: rtpmesquita <rmesquita46@ itelefonica. com.br>
> Para: [EMAIL PROTECTED] .com.br
> Enviadas: Sexta-feira, 6 de Abril de 2007 13:35:38
> Assunto: Res: [bufalos] Re: Na cadeia do boi, e a renda
> 
> Ricardo,
> 
> Teoricamente sim, e eu agradeço. Entretanto eu continuo interessado 
> em entender melhor as vantagens comparativas de cada raça e 
> principalmente dos cruzamentos comerciais. Acho que mediante a 
> especialização na criação de bezerros e na exploração leiteira das 
> mães, essa dupla aptidão citada por você pode ser extremamente 
> lucrativa desde que bem manejdas nos dois sistemas de produção. 
> 
> Veja que na bovinocultura de leite existe uma discussão intensa 
sobre 
> a heterose, a tal ponto que esse tema monopolizou as discussões no 
> Milkpoint, com alguns especialistas defendendo ardorosamente a 
> valorização das produções da F1 (GirxHolandes) enquanto outros vão 
> para o lado das matrizes taurinas de raça pura.
> 
> Daí o meu questionamento aos criadores e técnicos da lista. Pena 
que 
> ao que parece a maioria não está interessada no assunto.
> 
> Um abraço,
> 
> Roberto. 
> 
> --- Em [EMAIL PROTECTED] .com.br, ricardo martim 
<r1cardo_ca@ ...> 
> escreveu
> >
> > Roberto,
> > 
> > Hoje as raças de búfalos são de dupla aptidão, mas essa é uma 
> caracteristica não interessante a nenhuma raça de espécie alguma, 
> pois quando "selecionamos" animais para fins distintos, estamos 
> invariavelmente despresando outra característica, por exemplo, a 
vaca 
> que produz mais leite pode ser aquela que tem filhos mais leves, ou 
> de crescimento mais lento. no caso dos ruminantes há algumas 
> características interessante, por exemplo, animais para a produção 
de 
> carne devem ter o trazeiro mais desenvolvido, para a produção de 
> leite um "caixa" para melhor ingerir alimento é interessante, 
> valorizando animais com dianteiro desenvolvido, dentre outras mais, 
> veja um holandês e um nelore.
> > Para todas as espécies o caminho mais eficiente é escolher uma 
> caracteristica e intensificar sua seleção nela, aconteceu com as 
aves 
> e com o bovino.
> > 
> > As raças de bubalinos no Brasil são ainda de dupla aptidão, com 
> exceção da carabao, que me parece não ser tão boa produtora de 
leite. 
> Na medida que os produtores forem se especializando haverá uma 
maior 
> diferença entre as raças e dentro das raças, plantel murrah de 
> fulando produz bem leite, o murrah do beltrano tem uma taxa de 
> crescimento superior, assim surgirão as raças, como a divisão do 
> jafarabadi.
> > 
> > Na minha modesta opinião, o futuro é dos mestiços, veja os 
frangos 
> e os suínos, o cruzamento industrial de bovinos e as girolandas são 
> prova disso. Será necessário um trabalho mais intenso nas raças e 
> linhagens atuais para se determinar quais cruzamentos serão 
melhores 
> e para quais resultados esperado, mas o futuro será isso.
> > 
> > Independente de sua rusticidade, quando dois animais são 
> geneticamente distantes há heterose, e quanto maior essa distancia, 
> maior a heterose, inclusive se calcula a heterose. Animais murrah 
> P.O. selecionados para leite, cruzados com mediterraneos P.O. 
teriam 
> uma heterose muito grande e a produção de leite de duas filhas 
> provavelmente será superior a dos planteis progenitores.
> > 
> > Mas é bom lembrar que não adianta a seleção genetica se não 
houver 
> melhorias nas instalações, manejo e alimentação. 
> > 
> > 
> > Espero ter atendido,
> > 
> > um abraço,
> > 
> > 
> > Ricardo Martim
> > 
> > 
> > 
> > ----- Mensagem original ----
> > De: rtpmesquita <rmesquita46@ ...>
> > Para: [EMAIL PROTECTED] .com.br
> > Enviadas: Quinta-feira, 5 de Abril de 2007 14:33:18
> > Assunto: [bufalos] Re: Na cadeia do boi, e a renda
> > 
> > Quem sabe alguem me ajuda a entender melhor as vantagens 
> comparativas 
> > para leite e carne das raças bubalinas. São todas de dupla 
aptidão, 
> > mas potencializadas para a produção leiteira? Existe viabilidade 
> para 
> > a exploração comercial de animais mestiços? Dada a sua natural 
> > rusticidade as vantagens da heterose nos búfalos é desprezível?
> > 
> > Abraços,
> > 
> > Roberto
> > 
> > --- Em [EMAIL PROTECTED] .com.br, "Otavio Bernardes" <otavio@> 
> > escreveu
> > >
> > > Rolf,
> > > 
> > > Os dados de peso ao abate de mediterrâneos foram extraídos do 
> > trabalho do Luciano S. Barbosa, da Fazenda Panorama no RS com o 
> > título "Sistema de Produção de Búfalos de Corte", no livro: O 
> Búfalo 
> > no Brasil - Simpósio Brasileiro de Bubalinocultura - Cruz das 
Almas-
> > BA-1996 . Os dados de abate de murrah explorados para leite, 
> utilizei 
> > minhas informações pessoais obtidas no Sítio Paineiras da Ingaí 
em 
> > São Paulo.
> > > 
> > > As informações sobre o peso/idade de abate de nelores 
submetidos 
> a 
> > suplementação ou não, foram extraídos de EUCLIDES, V.P.B., 
EUCLIDES 
> > FILHO, K., ARRUDA, Z.J., FIGUEIREDO, G.R. Desempenho de novilhos 
em 
> > pastagens de Brachiaria decumbens submetidos a diferentes regimes 
> > alimentares. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 27, n. 2, p. 246-
> > 254, 1998. 
> > > 
> > > Quanto ao rendimento de carcaça, foram extraídos do trabalho 
> > publicado na R. Bras. Zootec., v.32, n.3, p.663-671, 2003, 
> > Rendimentos do Abate e Carcaça de Bovinos e Bubalinos Castrados e 
> > Inteiros, Victor Cruz Rodrigues, Ivo Francisco de Andrade, Rilke 
> > Tadeu de Freitas, Maria Cristina Bressan, Júlio César Teixeira
> > > 
> > > Os preços praticados foram coletados no Suplemento Agrícola do 
> > Jornal O Estado de São Paulo e quanto aso bubalinos, em cotações 
> > junto a frigoríficos em Cajati-SP, Tatuí-SP e Piracicaba.
> > > 
> > > No primeiro email, que tenta traçar um paralelo de valores 
> > recebidos pelos Frigoríficos a partir de bovinos e bubalinos, 
> > utilizou-se dados do IEA-SP sobre as cotações de 
> > dianteiro/traseiro/ ponta de agulha e de diversas fontes sobre o 
> valor 
> > relativo na venda dos componentes da carcaça: "boi casado" + 
couro 
> + 
> > outros (aí incluídas visceras, sebo, ossos, etc.).
> > > 
> > > Apresentamos tais informações no Simpósio havido em Registro-SP 
> em 
> > 2006, na Expovale-2006 e Expomilk-2006, os quais não foram 
> publicados.
> > > 
> > > Otavio 
> > > 
> > > 
> > > ----- Original Message ----- 
> > > From: Rolf Erichsen 
> > > To: [EMAIL PROTECTED] .com.br 
> > > Sent: Wednesday, April 04, 2007 9:45 AM
> > > Subject: RE: [bufalos] Na cadeia do boi, e a renda
> > > 
> > > 
> > > Caro Otavio,
> > > 
> > > Gostaria de parabeniza-lo pela excelente analise do aspecto 
carne 
> > de bufalo.
> > > 
> > > Estes dados de rendimento de carcaça, poderias citar as fontes ?
> > > 
> > > Att.
> > > Rolf Erichsen
> > > 91 8869-0340 91 3249-5527
> > > 
> > > >From: "Otavio Bernardes" <otavio@>
> > > >Reply-To: [EMAIL PROTECTED] .com.br
> > > >To: <[EMAIL PROTECTED] s .com.br>
> > > >Subject: [bufalos] Na cadeia do boi, e a renda
> > > >Date: Tue, 27 Mar 2007 18:42:20 -0300
> > > >
> > > >Esta é para o Sergio Fernandes, complementando as contas 
antigas 
> > com aquele 
> > > >monte de numeros do email passado:
> > > >
> > > >Comparando o peso ao abate de 430 kg aos 21 meses obtio pelo 
> > Delfino (em 
> > > >trabalho apresentado pelo Luciano em Cruz das Almas), e 
> > considerando o 
> > > >preço praticado de R$ 40,00/@ do mercado paulista, verifica-se 
> > que o animal 
> > > >seria vendido por R$ 620, gerando uma receita mensal de R$ 
29,52
> > > >Já o Nelore, com peso de 440 kg obtido aos 32 meses em 
pastagens 
> > com 
> > > >suplementação proteico-energé tica conforme trabalho de 
> > Euclides,VPB e col. 
> > > >em 1998, publicado na Rev. Bras. de Zootecnia, o mesmo, na 
> > cotação de R$ 
> > > >51,79/@, gerou uma receita bruta de R$ 920,01 por animal, ou 
> > seja, geraram 
> > > >uma receita mensal e R$ 28,75.
> > > >
> > > >Já um Nelore sem suplementação, no trabalho de Euclides, 
atingiu 
> > 440 kg 
> > > >apenas aos 42 meses, gerando um receita bruta de R$ 920,01 por 
> > animal e 
> > > >´mensal de R$ 22,44, um pouco supeiror aos ratinhos criados lá 
> > no sítio que 
> > > >pelo assalto ao leite de suas mães e recriados exclusivamente 
a 
> > pasto 
> > > >(adubado), só atingiram 440 kg aos 29 meses, rendendo R$ 
> > 634,42/animal (ao 
> > > >preço de R$ 40/@), o que representa R$ 21,88/mês.
> > > >
> > > >Imagine com um preço equalizado.. .
> > > >
> > > >Otavio
> > > >
> > > >
> > > >[As partes desta mensagem que não continham texto foram 
> > removidas]
> > > >
> > > 
> > > ____________ _________ _________ _________ _________ _________ _
> > > MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. 
> > http://search. msn.com.br
> > > 
> > > 
> > > 
> > > 
> > > 
> > > 
> > > ------------ --------- --------- --------- --------- --------- -
> > ----------
> > > 
> > > 
> > > No virus found in this incoming message.
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> Version: 7.5.446 / Virus Database: 268.18.26/752 - Release Date: 
8/4/2007 20:34
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