Ricardo, Se a maioria do nosso rebano já é "tatu com cobra", pois não há controle genealógico eficaz, que diferença fará? Na roça havia um ditado antigo: "VACA DE TOSTÃO, BOI DE MILHÃO". Numa clara alusão de que devemos selecionar bem os tourinhos, com as características genéticas que desejamos, valorizamos e queremos destacar. As vacas, são matrizes a serem melhoradas em suas crias. Este é o príncípio. A raça de cavalos Mangalarga Marchador, dizem que teve sua origem assim, cavalos alters vieram de Portugal e cobriram éguas comuns, deu no que deu, a raça hoje é uma sucesso nacional. Afinal, o que queremos? Deixar como está ou direcionar o negócio? Se o F1 é complicado, que façamos o "F qualquer coisa", mas que registremos essas experiências e monotoremos seus resultados. Vamos nos adequar ao SISBOV, nos adequando a nós mesmos primeiros. Abraços, Ronaldo c.Garcia ricardo martim <[EMAIL PROTECTED]> escreveu: Roberto o cruzamento para a produção de F1 é bastante complicado, teremos que ter controle do rebanho progenitor antes do cruzamento, senão estariamos cruzando tatu com cobra.
Ricardo ----- Mensagem original ---- De: ROBERTO <[EMAIL PROTECTED]> Para: bufalos@yahoogrupos.com.br Enviadas: Quarta-feira, 11 de Abril de 2007 18:29:13 Assunto: Res: Res: Res: [bufalos] Re: Na cadeia do boi, e a renda Amigos, Como o Ronaldo, e também apreciando muito o nível extremamente enriquecedor da presente discussão, gostaria de fazer distinção entre algumas abordagens para tentar entender melhor as teses defendidas até aqui e principalmente a questão inicialmente proposta quantos as vantagens ou não do cruzamento racial entre búfalos. Aproveito para reproduzir um trecho do artigo do Prof. Fernando Enrique Madalena, um emérito estudioso e defensor das vantagens econômicas da produção leiteira com vacas F1: "Mas, para a maioria dos produtores, que não controlam a reprodução do rebanho, o esquema de F1 é uma forma simples e prática de se aproveitar a tremenda heterose dos híbridos de Bos taurus x B. indicus, e por esse motivo vem sendo cada vez mais adotado, não apenas no Brasil, mas, na sua esteira, na Colômbia, Venezuela e países da África. Na Nova Zelândia, em 2001, visitei uma fazenda que produzia anualmente 2000 novilhas F1 de Sahiwal para exportar a países tropicais. Enquanto as F1 continuarem a valer duas a três vezes a arroba de boi gordo e enquanto os criadores de Holandês continuarem a inseminar com Gir, seguirei pensando ser esse o caminho certo." Isto posto, gostaria de conhecer a opinião dos membros da lista a respeito de também ser possível aproveitar o esquema do F1 de forma simples e prática potencializando a produção econômica de leite e de carne a partir da heterose dos híbridos bubalinos? Como neste caso seria apenas fruto do cruzamento entre raças essa heterose não será igualmente "tremenda" como no caso do Bos taurus x Bos indicus? Outro ponto que não ficou claro para mim é por que o búfalo brasileiro não é trabalhado como o gado holando brasileiro ou a seleção do jersey brasileiro? Em ambos os casos, várias gerações de cruza entre animais puros de origem conhecida, chega-se no GHB5 e no SJ7, se eu bem me lembro, a um animal de raça pura equiparado ao Holandes ou Jersey PO, respectivamente. Na verdade, acho que uma certa confusão está surgindo tendo em vista que o padrão racial é a base fenotípica para todo o trabalho de melhoramento genético, enquanto que o cruzamento racial deve ser estritamente orientado para a formação de rebanhos comerciais com seleção dos indívíduos meramente avaliados do ponto de vista do resultado econômico. Por último, entendo que não haja qualquer dificuldade para se trabalhar em uma única fazenda com animais puros e registrados com objetivos de melhoramento genético, seleção e venda de reprodutores e matrizes de alta genética, ao mesmo tempo em que se maneja com objetivos comerciais os animais de raça pura descartados na avaliação do mérito genético juntamente com animais puros ou cruzados com méritos meramente produtivos. Claro que neste caso, cada rebanho faz parte de lotes segregados e manejados conforme as suas especializações. Abraços, Roberto --- Em [EMAIL PROTECTED] .com.br, Ronaldo Garcia <rrccgarcia@ ...> escreveu > > Prezado Sr. Otávio, > Aprecio as suas colocações e esta discussão tem me "confundido" as idéias. > Buscamos raças "puras" e só registrados aqueles indivíduos com as características evidentes. Se houver o cruzamento entre raças, jogamos no "brasileiro" ou não registramos. > Quando o técnico esteve registrando os bezerros do ano passado, eu curioso, acompanhei seu trabalho e fiquei questionando suas observações para entender o processo. > Alguns animais filhos ou filhas de matrizes excelentes produtoras de leite foram "desclassificados" e, portanto, não puderam ser registradas por apresentarem estrela na testa ou a ponta do rabo branca, e ainda houve um caso de uma bezerra na qual foi detectado hérnia e também desclassificada. > Eu naturalmente perguntei por que? > Ele afirmou que é por ter sido definido pela associação e repassado aos técnicos que assim o fazem. Que essa é uma característica de consangüinidade. > Se reconhecemos o problema da consanguinidade, por que excluirmos animais que, mesmo com essas características "indesejáveis" são bons animais e estes fatores em nada diminui o seu potencial produtivo ou reprodutivo? > Para piorar, estes animais desclassificados da raça pura ainda ficam impedidos de serem incluídos no "brasileiro" . > Como o meu negócio é leite, pouco me importa de a vaca que produz 15 ou 20 litros por dia tenha ou não uma estrela ou o rabo branco. > Estou com uma vaca sem registro, mocha, que chega a produzir 25 litros dia, e seu filho está reservado e começando a servir como tourinho. > Terei que trabalhar a margem da ABCB com estes animais? > Para evitar complicações, separei em fazendas diferentes as vacas "registradas" Murrah das "Mestiças" sem registro. > Lembro a todos que sou novato na ABCB e coisas práticas dessa natureza ainda são novidades para mim. > As vacas mestiças estão separadas em dois lotes, onde tenho esse tourinho "vira-lata" filho daquela vaca excepcional e um Murrah, para controle de filiação. Com exceção do boi Murrah, nenhum outro animal possui registro (ainda) na ABCB. > Na verdade, gostaria de ter todo meu rebanho registrado na ABCB, pois considero a Associação o órgão competente para manter a confiabilidade dos históricos genealógicos. > Entendo que BÚFALO é BÚFALO, e as diferentes raças deveriam sair do "apartheid" e serem tratadas como búfalos que são. > Posso estar falando uma grande asneira, me perdoem, mas poderíamos pensar melhor no papel dos registros, é melhor ser mais flexível que perder o "fio da meada" de bons animais por questões tecnocratas. > Quero conhecer a sua opinião, caro Otávio, e a do grupo sobre esta questão. > Abraços, > Ronaldo C.Garcia > > > > > ricardo martim <r1cardo_ca@ ...> escreveu: > Olá Otavio e amigos, > > Essa homogeneidade dos búfalos italianos é interessante, pelo menos para nós, caso seja possível a importação de semêm para cruzamentos com fêmeas desses nossos rebanhos mais produtivos. Para quem busca a heterose, ai esta uma receita. > > Com relação a dupla aptidão, volto a reafirmar minha opinião que um animal selecionado para ambas as características (leite e carne) jamais será tão bom quanto um animal selecionada para uma única característica. > Com relação às fêmeas grandes e precoces na Italia, será que sua conformação beneficia os cortes do trazeiro? e será que esse crescimento é rápido ou apenas para animais adultos? Veja bem que minhas indagações não são para contradizer ou duvidar, apenas para elucidar e talvez eu veja que estou defendendo alguma inverdade. > Embora eu sempre busquei me especializar no gerenciamento e administração, gosto da genética e nutrição... > > Ricardo > > > ----- Mensagem original ---- > De: Otavio Bernardes <[EMAIL PROTECTED]> > Para: [EMAIL PROTECTED] .com.br > Enviadas: Segunda-feira, 9 de Abril de 2007 18:45:54 > Assunto: Re: Res: Res: [bufalos] Re: Na cadeia do boi, e a renda > > Na história da introdução dos búfalos no Brasil parece que a preocupação inicial com raças era totalmente secundária, sendo os animais trazidos em pequenos lotes, muitas vezes mais por curiosidade do que por alguma característica zootécnica exceção talvez a algumas importaçõs da Itália por criadores interessados na exploração leiteira dos rebanhos. Desta forma, os cruzamentos eram feitos muitas vezes de forma aleatória o que cabou gerando uma miscigenação racial considerável em diversas regiões. > > Com a importação de 1961 (ultima importação da Índia) e criação da ABCB e abertura do Serviço de Registro Genealógico em 1970, o interesse específico nas raças oficialmente reconhecidas se ampliou e passou-se a promover com maior intensidade "cruzamentos absorventes" a partir dos importados aplicados sobre a base mestiça que se dispunha. Buscando exatamente ampliar a base das raças, foi e até hoje está mantido o "Livro Aberto", que permite o ingresso no registro das raças de animais com características fenotípicas de cada uma delas. Criou-se inclusive o registro de Femeas Mestiças que permitiriam que a partir do 31/32 se produzissem animais "puros" o que não foi muito utilizado pois com muito menos grau de sangue já se observavam animais fenotipicamente bem representativos das raças, particularmente em "mediterrâneos" e, portanto, passíveis de registro. A se destacar que tais touros Murrah importados foram, creio, apenas 5, sendo que um deles morreu em Fernando de Noronha. > Dos mediterrâneos, apesar de ainda ter havido um importação ao final da década de 80, também fforam poucos animais introduzidos. > > Buscar ganhos com a heterose em bubalinos no Brasil, principalmente com Murrah e Mediterrâneo é dificultada justamente pelo fato de nossos rebanhos "puros" serem relativamente ainda muito reduzidos. Nõ é incomum verificarmos o nascimento de animais com características raciais de raças que sequer foram oficialmente introduzidas no Brasil (como Nili Ravi) em rebanhos com 5 ou 6 gerações de animais registrados sob a outra raça. > > Se por um lado isto comprometeu em parte a "pureza racial" do rebanho no país, por outro, assegurou certo grau de variabilidade genética da a origem por "absorção" de boa parte dos animais registrados. Na Itália, por exemplo, onde oficilamente não se introduzem novos animais há séculos, Moioli encontrou um índice de heterosigosidade (genes heterozigotos) de 0,167 (indice que varia de zero a 1, sendo 1 quando totalmente heterozigotos) enquanto que na Ásia, verificou-se um índice de 0,558 em búfalos de rio. Rebanhos mais homozigotos (mais puros por exemplo) tem resposta mais homogênea se suas características em seus descendentes (tanto as úteis quanto as deletérias) e também menor variabilidade genética o que torna o processo seletivo mais lento. Com relação à produtividade leiteira, verifica-se que na Itália a produção média de uma búfala já atinge cerca de 2.160 kg fruto de um processo seletivo de muitas gerações enquanto que em rebanhos submetidos a um manejo mais > intensificado no Brasil, a média é em torno de 2.060 kg, porém, com uma maior variabilidade mais ampla, o que talvez nos permita alcançar ganhos genéticos mais acentuados se implementarmos programas similares de melhoramento. > > Quanto ao "búfalo brasileiro" a idéia foi justamente conseguir manter o controle genealógio de indivíduos que apresentem características produtivas positivas, que muitas vezes eram descartados por não serem passíveis de inscrição no Livro de Registro Genealógico. A forma proposta de "monitorar" tais animais seria a participação do rebanho no Programa de Melhoramento que tem por base a escrituração zootécnica (reprodutiva e produtiva dentro da finalidade de exploração do criador) para daí se aferir seu potencial genético. > > Quanto à chamada dupla aptidão natural da espécie creio seja uma referencia ao potencial produtivo relativo onde o exemplo foi dado naquele email onde machos oriundos de um rebanho com femeas reconhecidamente leiteiras para a espécie em nosso meio alcançam peso de abate em idade similar ou mesmo inferior a bovinos de corte criados exclusivamente a pasto. > > Aliás, existe uma correlação positiva entre produção leiteira e capacidade de ingestão de alimentos e, havendo evidencias que a espécie seja boa conversora de alimentos, é bem possível que a correlação entre produção de leite e ganho de peso seja igualmente positiva (ao menos quanto a peso adulto, vimos notando empiricamente que a seleção para leite tem conduzido à produção de animais maiores e mais precoces). Nste sentido, a Dra Rossella di Palo em sua plestra e 2005 em São Paulo, mostrou que na Itália a maioria das medidas corporais da búfalas aumentou com a intensificação da seleção para leite. > > Otavio > > ----- Original Message ----- > From: Ronaldo Garcia > To: [EMAIL PROTECTED] .com.br > Sent: Monday, April 09, 2007 4:55 PM > Subject: Re: Res: Res: [bufalos] Re: Na cadeia do boi, e a renda > > Amigos, > Este assunto é muito oportuno e me reporta ao tempo do meu pai que "fez um gado leiteiro" (bovino) excelente a partir de vacas gir de baixa produção, jogando nelas bois holandeses, fazendo assim o F1 girolando. continuou colocando o holandês e seu gado evoluiu rápido. Quando começaram a apurar muito, ele se viu numa situação complicada: > 01- Se continuasse com boi holandês o rebanho ficaria muito bom de leite mas exigente quanto ao trato e sensível às agressões do ambiente (calor, parasitas, etc.); > 02- Se voltasse com o gir, teria um gado mestiço fraco no leite, porém mais resistente; > 03- Se colocasse um girolando F1, os produtos sairiam sem um padrão definido, hora bons de leite, hora não; > A solução que encontrou foi recomeçar fazendo o F1, mantendo apenas as poucas vacas que apresentavam as características desejadas: boas de leite e resistentes. > Acredito que teremos que passar por esta situação, até termos encontrado a mistura certa para o que queremos. > Tenho alguns animais sem raça definida (algumas mochas) e pretendo registrá-las no "búfalo brasileiro", mas fiquei com a impressão de que ali vale tudo. > Penso que deveríamos abrir uma forma de MONITORAR esses cruzamentos, aceitando o registro de animais F1, filhos de um boi Murrah com uma vaca Jafarabadi (por exemplo), observando o seu desempenho e anotando os resultados desses produtos. > Se dentro das próprias raças já percebemos diferenças de aptidão, imagina mesclando suas potencialidades. > No entanto, desprezamos estas experiências e perdemos oportunidades de desenvolvermos uma raça brasileira realmente interessante. > Particularmente, busco animais de leite, mas não descarto os machos que são a "salvação da lavoura" na fazenda no período da entressafra (novembro a fevereiro), quando é a hora do seu abate com cerca de 18 a 24 meses. > A sustentação do negócio depende disso e do descarte natural das fêmeas. > Portanto, não vejo incoveniente em desenvolver um animal bom de leite e precosse no seu crescimento, até porque uma vaca só dará leite se suas necessidades fisiológicas estiverem satisfeitas (gorda) e estando gorda, rende na balança também, se necessário. > Abraços, > Ronaldo C.Garcia > > ricardo martim <r1cardo_ca@ yahoo. com.br> escreveu: > Roberto, as raças puras são importantes, principalmente para a produção do F1. Elas possuem caracteristicas interessantes e dependendo do sistema de produção são as mais indicadas. Mas com os cruzamentos é possível ter essas boas produções com a ausência de algumas desvantagens. > Eu ainda não sei exatamente qual as vantagens de cada raça, nos trabalhos que são feitos há uma homogeneidade muito grande entre as raças, num determinado trabalho uma raça é melhor noutro a outra. E para saber algo dos cruzamentos comerciais é imperativo que conheçamos melhor as características de cada raça, ou melhor, de cada linhagem. > > Veja bem, não sou a favor da dupla aptidão, raças até podem ser de dupla aptidão, como o caso do gir, mas um animal nunca! Ou o selecionamos para carne ou para leite (ou trabalho), no caso de seleção para leite e aproveitamento do bezerro macho, utilizamos outras tecnologias como a produção do vitelo, ou ainda o cruzamento industrial, engordando machos e fêmeas, mas com as desvantagens dos genes "leiteiros". > > É uma discursão longa e não há verdade... apenas opiniões. > > Ricardo > > ----- Mensagem original ---- > De: rtpmesquita <rmesquita46@ itelefonica. com.br> > Para: [EMAIL PROTECTED] .com.br > Enviadas: Sexta-feira, 6 de Abril de 2007 13:35:38 > Assunto: Res: [bufalos] Re: Na cadeia do boi, e a renda > > Ricardo, > > Teoricamente sim, e eu agradeço. Entretanto eu continuo interessado > em entender melhor as vantagens comparativas de cada raça e > principalmente dos cruzamentos comerciais. Acho que mediante a > especialização na criação de bezerros e na exploração leiteira das > mães, essa dupla aptidão citada por você pode ser extremamente > lucrativa desde que bem manejdas nos dois sistemas de produção. > > Veja que na bovinocultura de leite existe uma discussão intensa sobre > a heterose, a tal ponto que esse tema monopolizou as discussões no > Milkpoint, com alguns especialistas defendendo ardorosamente a > valorização das produções da F1 (GirxHolandes) enquanto outros vão > para o lado das matrizes taurinas de raça pura. > > Daí o meu questionamento aos criadores e técnicos da lista. Pena que > ao que parece a maioria não está interessada no assunto. > > Um abraço, > > Roberto. > > --- Em [EMAIL PROTECTED] .com.br, ricardo martim <r1cardo_ca@ ...> > escreveu > > > > Roberto, > > > > Hoje as raças de búfalos são de dupla aptidão, mas essa é uma > caracteristica não interessante a nenhuma raça de espécie alguma, > pois quando "selecionamos" animais para fins distintos, estamos > invariavelmente despresando outra característica, por exemplo, a vaca > que produz mais leite pode ser aquela que tem filhos mais leves, ou > de crescimento mais lento. no caso dos ruminantes há algumas > características interessante, por exemplo, animais para a produção de > carne devem ter o trazeiro mais desenvolvido, para a produção de > leite um "caixa" para melhor ingerir alimento é interessante, > valorizando animais com dianteiro desenvolvido, dentre outras mais, > veja um holandês e um nelore. > > Para todas as espécies o caminho mais eficiente é escolher uma > caracteristica e intensificar sua seleção nela, aconteceu com as aves > e com o bovino. > > > > As raças de bubalinos no Brasil são ainda de dupla aptidão, com > exceção da carabao, que me parece não ser tão boa produtora de leite. > Na medida que os produtores forem se especializando haverá uma maior > diferença entre as raças e dentro das raças, plantel murrah de > fulando produz bem leite, o murrah do beltrano tem uma taxa de > crescimento superior, assim surgirão as raças, como a divisão do > jafarabadi. > > > > Na minha modesta opinião, o futuro é dos mestiços, veja os frangos > e os suínos, o cruzamento industrial de bovinos e as girolandas são > prova disso. Será necessário um trabalho mais intenso nas raças e > linhagens atuais para se determinar quais cruzamentos serão melhores > e para quais resultados esperado, mas o futuro será isso. > > > > Independente de sua rusticidade, quando dois animais são > geneticamente distantes há heterose, e quanto maior essa distancia, > maior a heterose, inclusive se calcula a heterose. Animais murrah > P.O. selecionados para leite, cruzados com mediterraneos P.O. teriam > uma heterose muito grande e a produção de leite de duas filhas > provavelmente será superior a dos planteis progenitores. > > > > Mas é bom lembrar que não adianta a seleção genetica se não houver > melhorias nas instalações, manejo e alimentação. > > > > > > Espero ter atendido, > > > > um abraço, > > > > > > Ricardo Martim > > > > > > > > ----- Mensagem original ---- > > De: rtpmesquita <rmesquita46@ ...> > > Para: [EMAIL PROTECTED] .com.br > > Enviadas: Quinta-feira, 5 de Abril de 2007 14:33:18 > > Assunto: [bufalos] Re: Na cadeia do boi, e a renda > > > > Quem sabe alguem me ajuda a entender melhor as vantagens > comparativas > > para leite e carne das raças bubalinas. São todas de dupla aptidão, > > mas potencializadas para a produção leiteira? Existe viabilidade > para > > a exploração comercial de animais mestiços? Dada a sua natural > > rusticidade as vantagens da heterose nos búfalos é desprezível? > > > > Abraços, > > > > Roberto > > > > --- Em [EMAIL PROTECTED] .com.br, "Otavio Bernardes" <otavio@> > > escreveu > > > > > > Rolf, > > > > > > Os dados de peso ao abate de mediterrâneos foram extraídos do > > trabalho do Luciano S. Barbosa, da Fazenda Panorama no RS com o > > título "Sistema de Produção de Búfalos de Corte", no livro: O > Búfalo > > no Brasil - Simpósio Brasileiro de Bubalinocultura - Cruz das Almas- > > BA-1996 . Os dados de abate de murrah explorados para leite, > utilizei > > minhas informações pessoais obtidas no Sítio Paineiras da Ingaí em > > São Paulo. > > > > > > As informações sobre o peso/idade de abate de nelores submetidos > a > > suplementação ou não, foram extraídos de EUCLIDES, V.P.B., EUCLIDES > > FILHO, K., ARRUDA, Z.J., FIGUEIREDO, G.R. Desempenho de novilhos em > > pastagens de Brachiaria decumbens submetidos a diferentes regimes > > alimentares. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 27, n. 2, p. 246- > > 254, 1998. > > > > > > Quanto ao rendimento de carcaça, foram extraídos do trabalho > > publicado na R. Bras. Zootec., v.32, n.3, p.663-671, 2003, > > Rendimentos do Abate e Carcaça de Bovinos e Bubalinos Castrados e > > Inteiros, Victor Cruz Rodrigues, Ivo Francisco de Andrade, Rilke > > Tadeu de Freitas, Maria Cristina Bressan, Júlio César Teixeira > > > > > > Os preços praticados foram coletados no Suplemento Agrícola do > > Jornal O Estado de São Paulo e quanto aso bubalinos, em cotações > > junto a frigoríficos em Cajati-SP, Tatuí-SP e Piracicaba. > > > > > > No primeiro email, que tenta traçar um paralelo de valores > > recebidos pelos Frigoríficos a partir de bovinos e bubalinos, > > utilizou-se dados do IEA-SP sobre as cotações de > > dianteiro/traseiro/ ponta de agulha e de diversas fontes sobre o > valor > > relativo na venda dos componentes da carcaça: "boi casado" + couro > + > > outros (aí incluídas visceras, sebo, ossos, etc.). > > > > > > Apresentamos tais informações no Simpósio havido em Registro-SP > em > > 2006, na Expovale-2006 e Expomilk-2006, os quais não foram > publicados. > > > > > > Otavio > > > > > > > > > ----- Original Message ----- > > > From: Rolf Erichsen > > > To: [EMAIL PROTECTED] .com.br > > > Sent: Wednesday, April 04, 2007 9:45 AM > > > Subject: RE: [bufalos] Na cadeia do boi, e a renda > > > > > > > > > Caro Otavio, > > > > > > Gostaria de parabeniza-lo pela excelente analise do aspecto carne > > de bufalo. > > > > > > Estes dados de rendimento de carcaça, poderias citar as fontes ? > > > > > > Att. > > > Rolf Erichsen > > > 91 8869-0340 91 3249-5527 > > > > > > >From: "Otavio Bernardes" <otavio@> > > > >Reply-To: [EMAIL PROTECTED] .com.br > > > >To: <[EMAIL PROTECTED] s .com.br> > > > >Subject: [bufalos] Na cadeia do boi, e a renda > > > >Date: Tue, 27 Mar 2007 18:42:20 -0300 > > > > > > > >Esta é para o Sergio Fernandes, complementando as contas antigas > > com aquele > > > >monte de numeros do email passado: > > > > > > > >Comparando o peso ao abate de 430 kg aos 21 meses obtio pelo > > Delfino (em > > > >trabalho apresentado pelo Luciano em Cruz das Almas), e > > considerando o > > > >preço praticado de R$ 40,00/@ do mercado paulista, verifica-se > > que o animal > > > >seria vendido por R$ 620, gerando uma receita mensal de R$ 29,52 > > > >Já o Nelore, com peso de 440 kg obtido aos 32 meses em pastagens > > com > > > >suplementação proteico-energé tica conforme trabalho de > > Euclides,VPB e col. > > > >em 1998, publicado na Rev. Bras. de Zootecnia, o mesmo, na > > cotação de R$ > > > >51,79/@, gerou uma receita bruta de R$ 920,01 por animal, ou > > seja, geraram > > > >uma receita mensal e R$ 28,75. > > > > > > > >Já um Nelore sem suplementação, no trabalho de Euclides, atingiu > > 440 kg > > > >apenas aos 42 meses, gerando um receita bruta de R$ 920,01 por > > animal e > > > >´mensal de R$ 22,44, um pouco supeiror aos ratinhos criados lá > > no sítio que > > > >pelo assalto ao leite de suas mães e recriados exclusivamente a > > pasto > > > >(adubado), só atingiram 440 kg aos 29 meses, rendendo R$ > > 634,42/animal (ao > > > >preço de R$ 40/@), o que representa R$ 21,88/mês. > > > > > > > >Imagine com um preço equalizado.. . > > > > > > > >Otavio > > > > > > > > > > > >[As partes desta mensagem que não continham texto foram > > removidas] > > > > > > > > > > ____________ _________ _________ _________ _________ _________ _ > > > MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. > > http://search. msn.com.br > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > ------------ --------- --------- --------- --------- --------- - > > ---------- > > > > > > > > > No virus found in this incoming message. > > > Checked by AVG Free Edition. > > > Version: 7.5.446 / Virus Database: 268.18.25/744 - Release Date: > > 3/4/2007 05:32 > > > > > > > > > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas] > > > > > > > > > > > > > ____________ _________ _________ _________ _________ __ > > Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! 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