Análise de custo e rentabilidade da produção de leite de búfala. Trabalho
efetuado na Itália em 2005 (Ismea), disponível em 

 

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Em função da queda da rentabilidade da produção de leite bovino na Europa,
destacam os autores o crescente interesse de produtores de leite bovino em
vender suas quotas de produção e mudar a atividade para a produção de leite
de búfalas, em particular na Provincia de Latina, na Itália, região onde se
efetuou o referido trabalho e que concentra cerca de 11% do rebanho bubalino
italiano.

 

Em média, estas propriedades destinavam 17,5 ha para produção de volumosos a
fim de atender as 114 búfalas, que resultavam numa carga animal elevada, de
6,5 búfalas por hectare, obrigando os criadores a dispenderem mais recursos
na aquisição de alimentos (volumosos e concentrados) necessários para estes
rebanhos. A produção anual de leite atingiu 209.044 kg por ano, o que
representa uma produção média de 1.934 kg de leite por búfala existente,
leite com elevado conteúdo de sólidos (8,4% de gordura e 4,6% de proteínas) 

 

O valor da produção deste leite foi de 1,127 euros por kg produzido (cerca
de R$ 3,94 ao cambio da época de R$ 3,50/euro) , enquanto que o preço pago
pela búfala de descarte era de 0,70 euros/kg (R$ 2,45/kg) e o valor de
arrendamento era de 345 euros/ha (R$ 1.207,50 /ha), resultando numa
produtividade de 17,8 t de leite por hectare (lembrando que parte do
volumoso é comprado). A mão de obra estava cotada a 9,40 euros/hora e a
produtividade da mão de obra foi de 34,6 kg de leite produzido por hora
trabalhada. O consumo de concentrados médio foi de 1.549 por búfala (cerca
de 0,78 kg de concentrado por litro produzido). A idade ao primeiro parto
era em média de 30 meses, intervalo interparto de 410 dias, média de idade
das matrizes de 9 anos e 10% de taxa de reposição.

 

As receitas totais por litro de leite foram de 1,30 euros (1,127 do leite,
0,12 de carne e 0,05 de outras receitas), equivalente ao cambio da época de
R$ 4,55/kg). Já o custo líquido de produção, atingiu 1,0875 euros (R$
3,81/kg), sendo os itens mais significativos de custo a alimentação
adquirida (27,5%) , a mão de obra (22,7%), manutenção e amortizações
(10,1%), energia e combustiveis (7,9%).  Isto representa uma remuneração
familiar superior a 85.000 euros/ano (R$ 297.500), equivalente a 12,65 euros
(R$ 44,28) por hora trabalhada.

 



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