Prezados colegas Bubalinocultores....
               Embora o assunto não seja eminentemente técnico, como as 
nossas discussões exigem, penso ser esse um assunto inerente as nossas 
atividades e portanto de interesse de todos os criadores do brasil.

          Prof. Alcides.

:: domingo, 11 de agosto de 2013

Entrevista em Goiânia

Pensamentos de um príncipe

Descendente da família real brasileira visita Diário da Manhã e 
compartilha seu posicionamento sobre futuro da economia e desenvolvimento 
agropecuário no País


Diário da Manhã, 07/08/2013.
Rafaela Toledo

O Diário da Manhã recebe a visita de um dos descendentes da família real 
brasileira, o príncipe Dom Bertrand Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael 
Gonzaga de Orleans e Bragança e Wittelsbach, de 72 anos, que veio a 
Goiânia para lançar seu livro, 'Psicose Ambientalista', em livraria no 
Shopping Flamboyant. 

Entre os temas abordados no livro, que já vendeu 19 mil cópias, o 
príncipe critica a tendência de ecoterrorismo no Brasil, ameaças ao 
direito de propriedade e teorias de conspiração contra o desenvolvimento 
industrial brasileiro, no qual classifica como uma 'absurda paranóia 
ambiental'.

Trineto de Dom Pedro II e bisneto da princesa Isabel, Dom Bertrand nasceu em 
Mandelieu, na Riviera Francesa, durante o período de exílio da família 
real brasileira, no entanto, ele é considerado nato e desfruta de todos os 
direitos concedidos por sua condição. Terceiro de doze filhos, sua 
família mudou-se para o Rio de Janeiro quando tinha quatro anos de idade, e 
logo em seguida seu pai comprou uma fazenda em Jacarezinho, no Paraná, onde 
plantava café e criava gado.

Advogado formado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da 
USP, Dom Bertrand coordena e é porta-voz do movimento Paz no Campo. Por 
essa condição, percorre o Brasil fazendo conferências para produtores 
rurais e empresários, em defesa da propriedade privada e da livre 
iniciativa. 

O príncipe nunca se casou, não teve filhos e atualmente mora em uma 
residência de dois andares, com seu irmão Dom Luiz Gastão Maria José Pio 
Miguel Gabriel Raphael Gonzaga de Orleans e Bragança e Wittelsbach (o 
primeiro na linha de sucessão). Confira a entrevista que Dom Bertrand 
concedeu ao DM.

Diário da Manhã (DM) - Qual o objetivo de criar o blog e o livro?

Dom Bertrand - O Paz do Campo não é apenas um blog, é um movimento que 
visa exatamente, de um lado dar segurança jurídica aos agricultores, e por 
outro lado defendê-los contra uma investida que existe da parte de toda uma 
legislação socialista no Brasil. Uma investida que visa aos poucos corroer 
o direito à propriedade. Então se formos ver a legislação, na 
legislação de reforma agrária, na legislação da questão quilombola, a 
legislação da questão do trabalho escravo, a questão indigenista, a 
questão ambiental são os meios de corroer, o denominador comum de toda 
essa investida é o direito à propriedade. Nós afirmamos que o direito à 
propriedade é fundamental porque é a garantia da liberdade. Se eu não sou 
dono do fruto do meu trabalho, isso é trabalho escravo.

DM - O senhor acha que o direito à propriedade tem sido ameaçado?

Dom Bertrand - Continuamente ameaçado. Por exemplo: reforma agrária. 
Porque segundo a constituição está decretada a reforma agrária e estão 
isentos os que atingirem os índices de produção determinados pelo Estado, 
cumprir a função social e respeitar o meio ambiente. Com a legislação 
atual praticamente todo mundo, de um jeito ou de outro, pode ter suas terras 
desapropriadas. Para distribuir em pequenos lotes, no qual o beneficiário 
da reforma agrária não recebe o direito à propriedade, recebe a posse. 
Com a condição de estar inscrita na cooperativa do Estado e se não 
plantar o que o Estado quer, ele perde o seu lote. Esse sistema em que a 
pessoa tem apenas a posse e está obrigada a plantar o que o Estado 
determina foi exatamente o que fracassou espetacularmente na União 
Soviética, a ponto da própria US derrubou a lei reforma agrária na 
Rússia reconhecendo que foi a causa da morte de fome de milhões de 
pessoas.

DM - O que o senhor acha sobre a concentração fundiária no Brasil?

Dom Bertrand - Não existe concentração fundiária no Brasil. Existem 
pequenas médias e grandes propriedades de acordo com a capacidade dos 
agricultores. Os Estados Unidos, um pouco maior que o Brasil, tem um milhão 
e 200 mil propriedades rurais, no Brasil, cinco milhões e quinhentos mil. 
Existe algum latifúndio aqui na região? Não existe. Antigamente existia, 
mas com o tempo foi se dividindo. Enquanto aqui era fronteira agrícola era 
normal ter propriedades maiores. Ninguém sai do Rio Grande do Sul para o 
Piauí para cultivar 50 hectares. Eles vão para o Piauí porque lá a terra 
é barata. Eles vendem uma propriedade de 100 hectares e compram uma de 
cinco mil hectares no Piauí e abrem uma nova fronteira agrícola. Eu tenho 
visto na internet, na televisão o imenso progresso da gauchada lá. Assim 
se faz o progresso. Assim se faz o desenvolvimento de um País.

DM - O que há por traz disso?

Dom Bertrand - O que há por traz disso é uma questão ideológica. 
Intenção clara de fazer do Brasil um país socialista. No início do 
governo do Lula, os ministérios disseram claramente que o objetivo era 
fazer do Brasil um país socialista. Quer dizer o Estado tende a 
regulamentar tudo. A questão ambiental, hoje em dia ninguém mais tem 
segurança jurídica porque vem um antropólogo, encontra cemitério de 
índios, cancela os títulos de propriedade quando no Brasil todo mundo tem 
um pouco de sangue indígena. Aliás uma das melhores coisas que aconteceram 
na nossa história foi a miscigenação. Agora, os índios já têm 13% do 
território nacional, agora dizem que é 1 milhão e 200 mil índios, 
antigamente eram 200 mil. Não sei como isso é possível do dia para a 
noite. Na realidade são massa de manobra do pessoal da Funai.

DM - De onde o senhor acredita vir esses números?

Dom Bertrand - Eles inventaram. Basta ver as manifestações dos índios. 
Tem índio de cabelo enrolado, de olho de cor. Todo mundo sabe que índio 
tem cabelo liso. Ele pode até ter um pouco de índio mas todo brasileiro 
tem. 

DM - Em sua opinião, o que ocasionou o êxodo rural no Brasil?

Dom Bertrand - A culpa do êxodo rural é da legislação trabalhista, pela 
qual os fazendeiros não podiam mais ter empregados na fazenda. Porque era 
tanto problema nessas questões trabalhistas que era melhor contratar 
serviços dos boias-frias, foi quando eles surgiram. Ao invés de manter a 
estrutura original das fazendas, fundadas na estrutura familiar, em que cada 
um tinha sua terrinha, os colonos, podia ter suas criações, mas tinham 
possibilidade de uma vida muito mais sadia. Do que o boia-fria, que vive ao 
redor da cidade, vai pro campo trabalhar, volta à noite, não tem a 
própria casa. A causa disso foi essa legislação socialista. Quando havia 
a estrutura sadiamente familiar, em que as fazendas eram grandes famílias, 
em que o patrão (vem de pai) protegia seus empregados havia uma harmonia 
muito maior no campo. 

DM - Qual o meio de reverter o êxodo rural? 

Dom Bertrand - Reforma agrária não, porque eles também não ficam na 
terra. O meio seria simplificar ao máximo a legislação brasileira. 
Simplificar a questão trabalhista, ambientalista, a questão dos índios e 
então reverter este processo de socialização que existe no Brasil.

DM - O senhor tem um ponto de vista muito crítico sobre a legislação 
brasileira. Por quê?

Dom Bertrand - Quanto maior o número de leis, pior a coisa pública. É o 
que acontece no Brasil, quanto mais legisla pior fica. Porque a pessoa se 
sente amarrada numa camisa de forças. Psicologicamente, a pessoa está 
amarrada. Tem os pardais, tem o CPF no cheque, tem os controles do cartão 
de crédito. O governo sabe absolutamente tudo o que a gente faz.

DM - O que o senhor acha da nossa legislação?

Dom Bertrand - Absolutamente absurda. Tem um fundo ideológico em que 
acredita-se que o homem é o grande predador da natureza. Uma falsa 
solução para um problema inexistente. Quem lê os jornais acha que estamos 
cortando a última árvore da Amazônia. Segundo o estudo da Embrapa, o 
Brasil tem 86% da floresta Amazônica com sua vegetação original. O 
Brasil, no todo, tem 69% da vegetação natural intacta. O mais bem 
preservado do planeta. Mídia dá uma visão completamente falsa sem nenhum 
fundamento científico. Aquecimento global, polos derretendo. Uma loucura, 
uma paranóia. 

DM - Pra onde essa paranóia levaria a sociedade?

Dom Bertrand - Para uma vida tribal. O que eles querem é voltar para tribo. 
Modelo deles é a tribo indígena num momento que os próprios índios 
dizem: nós não queremos viver num jardim zoológico humano, nós queremos 
progresso, nós queremos civilização. Na realidade são os vermelhos que 
ficaram verdes. É uma questão ideológica. Eles fracassaram na União 
Soviética, no leste europeu, mas eles tem uma ideologia igualitária. Onde 
todos sejam iguais. O igualitarismo não corresponde a natureza humana. Nós 
não somos a favor da igualdade. Isso é uma estupidez. Somos iguais na 
nossa essência. Somos todos filhos de Deus, animais racionais. A beleza da 
sociedade está nessas diferenças. Devem ser proporcionais, harmônicas, 
hierarquizadas e complementares. São as 4 características complementares. 
Exatamente como numa sinfonia. Se a igualdade fosse um padrão de 
perfeição, qual seria a música mais bonita? A sirene da ambulância. Uma 
nota só. A beleza da sociedade está exatamente nessa magnífica 
complementaridade das vocações de diversas pessoas. 

DM - O senhor não concorda que a evolução do homem influenciou os rumos 
do planeta em sua preservação ambiental?

Dom Bertrand - No livro tem dados dos maiores cientistas da atualidade que 
desmentem a questão do aquecimento global, que mostra a questão dos 
pólos. Agora dizem que o pólo norte está derretendo. De fato, nestes 
últimos tempos derreteu um pouco, mas nas décadas entre 1810 e 1835, 
quando quase não havia poluição, o pólo norte praticamente derreteu. O 
pólo norte é uma casquinha de ovo que tem no topo do planeta onde os 
submarinos estão perfurando para colocar a bandeirinha exatamente no pólo. 
O Polo Norte tem no máximo 2% do gelo mundial. O Polo Sul tem 95%. E este 
último aumentou nos últimos anos 600 mil Km.

DM - Então a ação humana não está influenciando a natureza?

Dom Bertrand - O homem é muito pequeno para achar que vai intervir na 
natureza. Um exemplo é a Groenlândia. Na idade média, era toda verde. 
Observe o nome: Greenland, terra verde. Havia agricultura, pecuária, hoje 
é uma ilha gelada. Duas erupções vulcânicas lançam mais dióxido de 
enxofre na atmosfera do que toda a revolução industrial desde o século 19 
até hoje, contando inclusive com os carros. É uma paranóia. Uma psicose. 
A água do mundo não vai acabar. É um ciclo.

DM - O senhor acha que o processo de transformação natural é o que está 
acontecendo? 

Dom Bertrand - Sim. É da natureza. Processo natural, independente do homem. 
E é cíclico. Agora estamos num período de resfriamento. Não é o homem 
que faz isso. É a natureza.

DM - O senhor é conhecido no Brasil por defender o retorno do sistema 
monárquico no Brasil. Como o senhor fundamenta seu discurso?

Dom Bertrand - Eu sustento que a monarquia é o regime que mais se aproxima 
da natureza humana. Mesma estrutura da família: o pai é rei, a mãe é 
rainha, os filhos são herdeiros. Numa empresa, o diretor é um pequeno rei. 
Imagine que houvesse sempre eleições gerais a cada quatro anos, um caos. A 
empresa funciona porque tem um dono que é um ponto coordenativo do 
conjunto. Tem uma visão a longo prazo, intuição pra isso, vocação. Numa 
fazenda, o fazendeiro também é um pequeno monarca. Os resultados: Pega o 
ranking do IDH do mundo. Entre as dez primeiras nações, de cinco a sete 
são monarquias. Das 25 nações mais ricas do mundo, 18 são monarquias. 
Porque na monarquia, os chefes de estado, tem em vista não as próximas 
eleições, mas as próximas gerações. Na república, só importam as 
próximas eleições.

DM - E o que temos hoje? 

Dom Bertrand - Hoje, o que nós temos é exatamente o contrário. Temos um 
governo da união hipertrofiado, que sangra os Estados, que sacrifica os 
municípios, escorcha as famílias. Ou se reverte este quadro ou a crise só 
tende a crescer. Qual o problema do Brasil? Um dos Países mais ricos do 
mundo? Com uma das maiores capacidades agrícolas, futuro promissor? Um 
Estado hipertrofiado, com uma das cargas tributárias mais altas do mundo, 
com benefícios que não são dos melhores, bem abaixo da média, 
benefícios sociais. Se você ficar doente não pode contar com SUS.

DM - Como o senhor imagina que seria o Brasil se houvesse continuado o 
sistema monárquico?

Dom Bertrand - O Brasil seria certamente um dos Países mais ricos do mundo. 
Durante a monarquia o Brasil estava no topo do progresso. Fomos o 2º país 
do mundo a ter rede telefônica. Fomos o 2º a ter selo postal. Primeiro 
cabo submarino que ligava o nosso continente à Europa era nosso. Tínhamos 
uma das maiores redes ferroviárias do mundo. Nossa moeda era estável. 
Nossa moeda valia 27 pens, que é uma unidade da libra esterlina. No fim da 
monarquia, em 40 anos a nossa moeda estava valendo 27 pens e três quartos. 
Nossa moeda nunca variou. Dizem que a moeda é o espelho de um regime. Nós 
tínhamos um regime muito mais democrático que hoje em dia. Um sistema de 
votos distritais, com eleições muito mais baratas, e as eleições se 
davam religiosamente de acordo com os calendários eleitorais. Todo o 
segundo reinado não houve uma alteração nos calendários eleitorais, não 
houve uma vez declaração de estado de sítio, qualquer tipo de censura, 
qualquer tipo de limitação dos direitos. E não há ninguém que faça 
acusação de qualquer tipo de falcatrua do imperador.

 


publicado por D. Bertrand | 10:08 | Comentar  | Ver Comentários  | 0  |

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:: sábado, 10 de agosto de 2013

Custo dos assentados

Fórum dos leitores

Parabéns a Xico Graziano por mais um lúcido artigo (O País sem o MST, 
6/8, A2). Permito-me corrigir-lhe um dado: uma família de assentados custa 
muito mais que R$ 100 mil. 

Em Araçatuba, onde há vários assentamentos instalados no governo Lula, um 
alqueire de terra custa cerca de R$ 50 mil. Cada lote tem, em média, seis 
alqueires, mais a reserva legal, área de preservação permanente e largos 
corredores (estradas que dividem os lotes). 

Tranquilamente, uma média de dez alqueires por família, ou R$ 500 mil. Mas 
não é só. Como a agricultura dos assentados não é sustentável, há 
várias subvenções: para construção da moradia (R$ 30 mil), Luz para 
Todos (R$30 mil), plantio (R$ 40 mil). 

Além desses R$ 600 mil que recebem em transferência direta de renda do 
contribuinte, há a cara, pesada e ineficiente estrutura do Incra para apoio 
aos assentados e assessorar novas invasões. Assim, uma família assentada 
custa mais que uma família sustentada pelo Estado não com um salário 
mínimo, mas com dez. 

O suficiente até para comprar a saúde,a educação e a segurança que o 
Estado deixa de fornecer por falta de prioridade no gasto público. 

Bendito seja o Bolsa Família, que represou a pressão social sobre o campo. 
Mesmo que os produtores rurais não estejam em paz (ainda tem os índios, os 
quilombolas, títulos não reconhecidos, etc.), o contribuinte ganhou um 
alento com o menor desperdício de seu suado dinheiro.

— Francisco de Godoy Bueno, diretor jurídico da Sociedade Rural 
Brasileira, São Paulo - 
O Estado de S. Paulo,7 de agosto de 2013

publicado por D. Bertrand | 17:24 | Comentar  | Ver Comentários  | 0  |

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