On Jan 1, 2010, at 9:53 AM, AKA wrote: > enquete rápida: > > alem do Engenheiro, nosso defensor dos frascos e comprimidos, quando baixa o > santo da Socialite Socialista, aqui na lista quem mais pretende ver esse > portentoso filme??
Rubens ? :-) > > > ---------- Forwarded message ---------- > > CINEMA > > Crítica/"Lula, o Filho do Brasil" > > Como farsa, filme repete saga trágica > Ao contrário de "Vidas Secas" (1964), cinebiografia de Lula tem imagem > acadêmica, linguagem arcaica e conformismo > > Divulgação > > A atriz Glória Pires interpreta dona Lindu, mãe de Luiz Inácio Lula da Silva > e um dos eixos narrativos do longa de Fábio Barreto > > INÁCIO ARAUJO > CRÍTICO DA FOLHA > "Lula, o Filho do Brasil" é um fato político antes de ser cinematográfico. > Seu sucesso, se ocorrer, teria interferência no resultado das eleições? Seria > sinal do início (apogeu, alguns dirão) de um culto à personalidade? Ou > puxa-saquismo? E os investidores do filme visariam lucro com o filme ou com > futuros contratos oficiais? > As sombras que envolvem "Lula" não são poucas, mas a verdade é que não dizem > respeito diretamente ao filme, que sugere uma série de outras indagações. A > primeira questão a ser endereçada ao filme, do ponto de vista puramente do > argumento (isto é, da história que conta), é a seguinte: Lula encarna a ideia > de "filho do Brasil" a que aspira o longa? > A resposta é sim, em mais ou menos todos os sentidos. Ele é filho de uma mãe > que criou sozinha vários filhos (como a maior parte das mães de classe pobre > no Brasil). Ele vem do Nordeste para o Sudeste. Dá duro como trabalhador e > passa por uma série de dramas pessoais (morte da primeira mulher, perda do > dedo etc.). É certo que nem todo nordestino pobre e de poucas letras e com > dramas pessoais na biografia chega à Presidência de um país que, afinal, > também não é essa mixaria toda. > Mas o ponto não é esse: a exceção apenas confirma a regra do nordestino homem > de valor, de luta etc. que o filme vende (Lula é o presidente que qualquer um > poderia ser). E, sobretudo, da nordestina boa mãe que luta, como os filhos, > contra a natureza ingrata, o marido ingrato etc. Trata-se de uma história de > "vencer na vida", mas não como a de "2 Filhos de Francisco". > Aqui o ponto não é vencer. É, apenas, sobreviver às agruras da vida (sim, o > filme é lulista: não ataca oligarquias, não culpa ninguém pelos problemas), > de uma vida de que se omite justamente a vitória (a vida política e a > Presidência estão praticamente ausentes do filme). > Há pontos em comum com "2 Filhos", sem dúvida. O apelo melodramático é comum > aos dois filmes, por exemplo. Mas as diferenças são também claras. O pai de > "2 Filhos" educa os filhos para o sucesso. A mãe de "Lula", para a > sobrevivência. "2 Filhos" é um filme em que se abrem caminhos; "Lula" é o > final de uma trajetória. Não se trata de um juízo de valor. "Lula" começou a > ser feito em 1964 com o nome de "Vidas Secas". Luiz Carlos Barreto, pai do > diretor Fábio Barreto (que sofreu grave acidente de carro no Rio no último > dia 19), fotografou magnificamente o filme de Nelson Pereira dos Santos sobre > a família de retirantes que desce a pé de um Nordeste miserável e atingido > pelas secas. Nelson Pereira dirigiu esse filme-marco do cinema novo, isto é, > algo que via o cinema como maneira de mostrar e pensar o país, de revelá-lo, > mas também de transformá-lo. Um filme de pequeno público (desses que repugnam > a nossa atualidade mercadista) e um clássico. > > Feito para o êxito > Quarenta e cinco anos depois, "Lula" repete a rota Nordeste-Sudeste. Como > farsa, naturalmente. Pois não existe nada a mostrar, exceto uma saga pessoal. > Não existe nada a transformar ou a revolucionar. O filme se dá por feliz de > envolver e comover o espectador. > Para tanto, o diretor Fábio Barreto serve-se do recurso mais habitual do > cinema brasileiro atual: a linguagem arcaica, fundada na representação > clássica, que o cinema mundial utilizava 60 ou 70 anos atrás. Luiz Carlos > Barreto, nordestino e produtor deste filme, parece considerar encerrado o > ciclo nordestino, ao menos o seu. > Da trágica saga da família retirante de "Vidas Secas", passamos ao retirante > vencedor (se, no filme, Lula é sobretudo um sobrevivente, é impossível > ignorar o chamado "extracampo", no caso a parte da biografia ausente do filme > e que, num salto, explode no pós-final), e vencedor graças à bravura indômita > de sua mãe. Mudou o país? Há um caminho aí que não se pode ignorar, em todo > caso. Mudou, é certo, no cinema. Do inquieto "Vidas Secas", passamos ao > conformismo satisfeito, à imagem acadêmica, ao drama "emocionante" (quer > dizer: que chora por nós), a "Lula". Não é um filme de campanha, em > princípio. Mas é um filme feito para o êxito, como as campanhas políticas. > Desculpe, eu sou mais "Vidas Secas". > > LULA, O FILHO DO BRASIL > > Direção: Fábio Barreto. > Produção: Brasil, 2009 > Com: Glória Pires, Rui Ricardo Diaz, Cleo Pires e Juliana Baroni > Onde: Unibanco Arteplex Frei Caneca, Cine Bombril, Cine Tam e circuito > Classificação: 12 anos > Avaliação: ruim > > > ------------------------------------ << Não leve nada pro lado pessoal. Apenas divirta-se. >> Yahoo! Groups Links <*> To visit your group on the web, go to: http://groups.yahoo.com/group/goldenlist-L/ <*> Your email settings: Individual Email | Traditional <*> To change settings online go to: http://groups.yahoo.com/group/goldenlist-L/join (Yahoo! 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