Pena que essas sabatinas só são feitas por veículos restritos a uma pequena parcela da população. Defendo que jornais como Meia-Hora, Extra, Diário de SP, também façam sabatinas, mas obviamente afeitas a seus modelos editoriais... deviam entrevistar tambem cada candidato, 5 a 10 perguntas no máximo.. o poder de penetração que esses jornais - lidos em trens, metrô, ônibus, a caminho do trabalho - pelo povão - é muito maior...).
FG Em 7 de setembro de 2010 14:30, Carlos Antônio <ccarl...@uol.com.br>escreveu: > > > Elle faz deboche (até por não ter outra arma) de tudo. Da democracia, do > eleitor, da cidadania, do bom senso, da educação, da cultura, da > honestidade, da ética... > > Daniel Bramatti e Flávia Tavares, estadao.com.br, Atualizado: 7/9/2010 > 1:34 > ''Lula fez deboche da quebra de sigilo'' > > Em sabatina promovida pelo Estado, o candidato do PSDB à Presidência, José > Serra, disse ontem que o PT convive mal com a democracia, ao avaliar o > episódio da quebra do sigilo fiscal de sua filha, Verônica Serra. > > Para o tucano, a Receita Federal tem participado de uma 'operação-abafa' > para atrapalhar a elucidação do caso. Serra afirmou ainda que o presidente > Luiz Inácio Lula da Silva fez 'deboche' sobre a questão. > > Participaram da sabatina João Bosco Rabello, diretor da sucursal do Estado > em Brasília, as repórteres Julia Duailibi e Patrícia Campos Mello e o > mediador Roberto Godoy. A seguir, os principais trechos: > > Violação de sigilo > > Não acho que o principal aspecto dessa questão seja eleitoral, ao contrário > do que muitos setores da imprensa têm considerado. É de outra natureza, tem > a ver com a democracia, com os direitos individuais. Tem a ver com o estilo > e as características de atuação do PT, que é um partido que convive com a > democracia, mas não convive bem, convive com desconforto. Porque, no fundo > da alma e às vezes até na superfície, os petistas não são democratas. > > Ação do governo > > A Receita tem feito uma operação-abafa. Eles sabiam que a procuração que > havia servido para retirar os dados sigilosos da minha filha era falsa. > Ganharam um tempo antes de admitir isso. Na verdade, eles têm procurado > desde o começo atrapalhar a elucidação do que estava acontecendo. A Receita, > de certa maneira, termina sendo cúmplice disso que o Everardo Maciel chama > de sindicalização de um órgão de Estado que, na sua essência, deve estar > acima de governos e de partidos. > > Conversa com Lula > > Estive com o presidente Lula em janeiro. Eu disse a ele que estava > preocupado com ataques sistemáticos a minha filha, inclusive no blog Amigos > do Lula e no blog da Dilma, que eram semioficiais. Tinha carta do Lula > parabenizando o blog pelo aniversário. É um blog sujo, como outros que são > pagos diretamente pelo governo federal. Eu disse que havia dados que > pareciam até sigilosos. Eu não tinha certeza. Ele disse: 'Eu vou ver'. Eu > nem reclamei nem pedi nada. Foi uma conversa bastante amistosa. > > Lula e Dilma > > O presidente Lula fez deboche de uma questão (violação de sigilo) bastante > séria. De fato, a Dilma vive à sombra do Lula. Já vi candidatos criados por > detentores do poder. O caso mais famoso é o do Maluf e do Pitta. Este caso > da Dilma é até original, porque ela nem sequer debate os temas da campanha. > Quem debate por ela parece ser o Lula e o presidente do partido. Não conheço > episódio de ocultamento do candidato como esse. Até junto ao Superior > Tribunal Militar houve gestões para não divulgar trechos do processo que ela > sofreu. Aspectos da biografia estão trancados em um cofre. Essa, aliás, é > uma especialidade do PT, que quer abrir o cofre constitucional dos outros e > não quer abrir o cofre biográfico de seus integrantes. > > Ação contra Dilma no TSE > > Os petistas foram eficientes em criar uma pauta com a imprensa que os > ajuda. Os jornalistas vivem falando da pauta deles. Você pega jornal e lê a > pauta petista consagrada lá. Pouca gente se deu ao trabalho de analisar o > que foi colocado no TSE. O PSDB pediu para que o assunto fosse investigado. > Não pediu cassação de ninguém. > > Diferenças entre Serra e Dilma > > Eu represento a certeza, no sentido de que sou conhecido, todos sabem o que > eu penso, minha vida pública é pública de verdade. A Dilma é a dúvida em > tudo. A escolha vai se dar entre algo conhecido, testado, e um envelope > fechado. > > Boatos > > Com qualquer coisa que eu diga eles fazem campanha por e-mail para apavorar > todo mundo. O boato mais sofisticado que espalharam é o de que eu vou acabar > com os concursos. É organizado, tem uma central para isso. Eu tenho uma > central anti-boatos. Imagine se eu espalhasse que ela disse na revista > Exame, e ela disse mesmo, que iria alongar a idade dos aposentados. O PSDB, > os tucanos são ineptos para espalhar fofocas, para fazer guerra subterrânea. > E o petista nasce com isso no DNA. Não sei se ele aprende porque entra no PT > ou se ele entra no PT porque é assim. > > Propaganda eleitoral > > As críticas à campanha eleitoral são a coisa mais normal, ainda mais quando > se está atrás nas pesquisas. Todo mundo tem uma opinião, depende também do > programa que você viu. Dentro daquilo que você conhece num determinado > momento, o programa é bom. Se você soubesse que ia ter essas coisas de > sigilo, a gravidade que isso teria, já começaria a preparar uma semana > antes. Além disso, são as minhas possibilidades, porque, afinal, é a minha > cara que está lá, é a minha fala. Não faço falas forçadas, parte das vezes > eu mesmo escrevo. Sobre a favela cenográfica, isso é truque de petista, > porque fantasia maior do que o programa do PT eu não conheço. Tem uma > proibição de ter externas nos comerciais, foi só por causa disso que fizemos > a favela cenográfica. > > Aliados nos Estados > > Há uma escassez de material de campanha, realmente. Foi feita uma > programação aquém da expectativa das pessoas, não sabíamos o tamanho dessa > expectativa. No Brasil, é difícil fazer o material chegar a cidades como > Manaus, Belém. Do lado adversário, calculo que na história do Brasil nunca > se gastou um quarto do que eles estão gastando no plano nacional. É a > campanha mais rica e abundante da história do Brasil. Nossa campanha é > normal. Não é indigente, mas é normal. Agora, nos Estados, a questão é a > seguinte: todo mundo que se candidata quer ganhar e cada um tem sua > estratégia. > > Continuidade > > A partir do dia 1º de janeiro, o Lula não estará lá. Essa história de o > Lula continuar governando de fora não existe. Os exemplos são mais pelo > contrário: Quércia e Fleury, Maluf e Pitta, João Paulo e o que o sucedeu no > Recife. A Ana Julia Carepa, que o Lula ofereceu o pescoço para eleger, é uma > pré-Dilma. Veja que o Lula tem um faro especial para a escolha de mulheres > para a eleição. As questões econômicas do Brasil para o futuro são > essenciais. Quem saberá resolvê-las? A saúde, a segurança e a educação > ficaram para trás. O Brasil tem que pensar nisso. > > Em: > http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=25483963&vv=800 > > Carlos Antônio. > > -- ---- FG