Fa,
 
Deixando de lado qualquer argumentação a favor do sim ou do não, qualquer interpretação das intenções do governo, qualquer rumo que a coisa esteja tomando, o único fato provável que vai sair disso é que ganhando um lado ou outro, nada vai mudar.
 
Um beijão.
 
Carlos Antônio.
 
 
----- Original Message -----
Sent: Saturday, October 22, 2005 6:34 AM
Subject: [gl-L] Referendo - Alexandre Garcia - A trágica farsa do desarmamento


Oi

Aparentemente muita gente está ligando o “Sim” ao governo federal.

E jogamos fora mais R$ 600 milhões, pode?

(Tenho outros 2 artigos do mesmo autor, se os quiser peça que envio).

--
Beijins
Fa
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"Marido é aquele que dita as leis em casa. Mas aceita uma porção
  de emendas." - Max Nunes
----------------------------------------------------------------


Alexandre Garcia - A trágica farsa do desarmamento
 

Nesse domingo, Luana foi batizada em Taguatinga, DF. Saiu da igreja com
seu pai, Élcio Pimenta de Souza Jr, e sua mãe, Juliana, ambos com 24
anos, de volta para casa, onde aguardavam os amigos para uma grande
festa. O pai dirigia um carro antiquado, mas não velho, com pneus
carecas e a mais de 100 por hora, quando perdeu o controle e bateu num
poste. Morreram os três. Seria o caso de convocar um referendo para
decidir a proibição da venda de carro, uma vez que o veículo pode se
transformar numa arma, que manejada sem cuidado pode matar uma família
inteira?

Em Orindiúva, São Paulo, o irmão atacou o outro, em casa, com uma faca.
A mãe interferiu e foi ferida também. Deve-se fazer referendo para
proibir a venda de facas, já que essas armas estão em todas as casas
brasileiras e são usadas com freqüência em brigas domésticas, causando
muitas mortes? Ou quem sabe se gastam outros R$ 600 milhões para
perguntar ao povo sobre a proibição de cinzeiros de cristal, caso o
marido acerte a socialite infiel com um cinzeiro na cabeça, causando-se
a morte por lesão cerebral. Mais grave que o cinzeiro são os bastões de
basebol, que povoam os assoalhos dos carros brasileiros e podem partir
uma cabeça como se parte uma melancia.

Faço esses raciocínios para entender a razão do referendo, uma vez que
ainda não caiu a minha ficha. Gastar R$ 600 milhões para nada, ganhe o
"sim" ou ganhe o "não"... Vai servir apenas para desviar a nossa atenção
da insegurança pública. Se ganhar o "sim", ficaremos tranqüilos porque
fizemos a nossa parte e lavamos as mãos, como Pilatos. Se ganhar o
"não", conseguiram nosso apoio para revogar o princípio da legítima
defesa e aí "eles" é que lavam as mãos, mandando-nos ao bispo, para as
queixas.

Tem gente tão neurotizada na busca de um motivo para o referendo, que já
concluiu que é pressão dos Estados Unidos contra nossa indústria bélica,
que está exportando muito, embora não tenha, mesmo, mercado interno. A
bandidagem brasileira compra tudo do exterior e quando tem FAL (fuzil
automático leve) fabricado aqui, é roubado de quartel. O brasileiro já
nem compra muito, porque a lei é rígida. Pois há quem ache que o
referendo vai proibir que nossas fábricas de armas vendam para o
exterior, embora a lei não proíba que importemos armas e as registremos
aqui. É que as regras do comércio exterior rezam que um país só pode
exportar aquilo que é permitido vender no seu mercado interno.

Viajo muito, por causa de meus compromissos de jornalista. Às vezes são
três viagens por semana. Graças a isso, vou fazendo minha pesquisa de
opinião em toda a parte e na hora de debates de minhas palestras. E
venho descobrindo que o referendo está tomando outra conotação, que vai
muito além do alcance de um tiro de revólver. Já não é exatamente o
"sim" contra o "não". O referendo está virando um plebiscito. O "não" se
torna um voto de protesto.

As pessoas me dizem que vão votar "não" contra a insegurança pública,
contra as leis que protegem os bandidos, que permitem que um adolescente
mate sem poder ser chamado de criminoso; contra a incompetência dos
governos, contra a polícia que chega tarde, contra os engodos da
propaganda do "sim". O ex-presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro, desfaz a
estatística de que a maior parte das mortes entre 20 e 30 anos tem por
causa o uso de armas. "Queriam o quê? Que fosse por esclerose senil?".
As pessoas reclamam que é fácil o artista ser pelo "sim" e estar
protegido por guarda-costas armados.

Aí, finalmente, descubro uma utilidade para o referendo: dar um rotundo
"não" a tudo isso que está errado, como uma oportunidade de protesto,
mostrando que queremos solução, não enrolação.


Publicado na Gazeta de Cuiabá – MT
(Se alguém tiver o URL pode me mandar, por favor?)


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