Oi Desigualdade social, problemas étnicos, falta de oportunidades...
-- Beijins Fa ------------------------------------------------------------------- "O problema do governo não é a falta de persistência, mas a persistência na falta." - Barão de Itararé ------------------------------------------------------------------- Antonio Tozzi - Tempo de violência global Miami (EUA) - West Palm Beach, EUA, um certo dia de junho. Dez adolescentes entre 14 e 16 anos de idade invadem a casa de uma senhora haitiana de 35 anos e cometem barbaridades durante dez horas. Estupram a mulher, estupram o filho de 12 anos, obrigam o menino a fazer sexo com a própria mãe e se mandam. São Paulo, Brasil, um certo dia de junho. Três adolescentes entre 14 e 16 anos de idade vêem um carro parado no sinal, no bairro do Morumbi, e partem para o assalto. O marido fica assustado e deixa o Honda Civic escapar um pouquinho. Isto é o suficiente para a esposa, sentada ao lado, receber o tiro e falecer. O marido, assustado, foi socorrer a mulher e também tomou um tiro, morrendo no local. O úncio sobrevivente foi o filho de sete anos do casal. Riad, Arábia Saudita, um certo dia de junho. Uma adolescente de 19 anos, natural de Sri Lanka, pode ser condenada à morte, por decapitação, por ter causado a morte por asfixia de um bebê saudita, quando dava mamadeira a uma criança que ela cuidava. Nessas três situações dá para ver como o mundo está violento. Isto não chega a ser novidade. O que vale a pena é analisar a forma como as coisas são administradas em cada país. No caso dos americanos, não tem conversa. Três dos infratores - de 14, 15 e 16 anos respectivamente – já estão detidos e serão julgados como adultos. Alguns defensores dos direitos humanos estão querendo justificar os atos, lembrando serem os meninos frutos de uma sociedade injusta e de lares desajustados, portanto, deveriam ter algum tipo de compreensão. Os juízes, porém, não estão aliviando e já declararam que os meninos terão de se responsabilizar por estes atos bárbaros como se fossem adultos. Já os brasileiros detidos, dois dos três menores envolvidos, jogaram a culpa naquele que está foragido. Entretanto, foram levados para uma Casa de Custódia de Menores e serão julgados de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, ou seja, com mais brandura. A menina do Sri Lanka, por sua vez, corre o sério risco de morrer decapitada – uma pena de morte cruel – simplesmente por ter causado a morte de um bebê por acidente. Lá, os defensores dos direitos humanos afirmaram que a garota merece, sim , a pena de morte, “porque não se pode apenas contemplar os direitos humanos dos criminosos, é preciso também defender os das vítimas”. Cabe a pergunta: qual dos três sistemas é mais justo? Qual a melhor maneira de se punir os criminosos? Difícil dizer. Mas é claro que o sistema saudita é arcaico e totalmente fora da realidade. Sobretudo porque a garota do Sri Lanka foi levada ao tribunal, julgada e condenada sem sequer ter direito a um advogado para defendê-la. O Brasil vive a crônica discussão sobre a redução da idade para que os infratores possam responder criminalmente por seus atos. É um movimento espasmódico, ativado sempre que menores de idade cometem crimes bárbaros. Nos EUA, a lei é mais dura. Se o crime for cruel, não tem perdão. Os menores são julgados como adultos. Realmente, não dá para aceitar crimes bárbaros como conseqüência das desigualdades sociais. É evidente que todos os governos precisam investir em melhores condições de vida para diminuir a diferença entre pobres e ricos, mas nada justifica atos de selvageria como estes protagonizados pelos garotos americanos de uma cidade da Flórida. Uma coisa é certa. Os governos de todo o mundo precisam criar mecanismos para inserir os jovens dentro da sociedade e diminuir as desigualdades sociais, além de punir exemplarmente aqueles que se excederem. O difícil é encontrar uma maneira de fazer esta fórmula funcionar como todos desejam. Publicada em: 15/07/2007 Retirado de http://www.diretodaredacao.com/site/noticias/index.php?not=3411
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