Repassando sem comentários.

Carlos Antônio.


segue o trecho de um artigo assinado por ninguém mais ninguém menos que Luiz 
Inácio Lula da Silva e publicado na Gazeta Mercantil em 07 de janeiro de 2002, 
sob o título de "Morte anunciada do transporte aéreo".


"A crise da aviação brasileira, que vem se arrastando há muitos anos, atinge um 
estágio terminal, sem que se vislumbre uma solução no horizonte. A recente 
paralisação dos vôos da Transbrasil é mais um presságio. Antes de chegarmos a 
uma solução irreversível para o setor como um todo, convém refletir se vale a 
pena deixar as empresas brasileiras de aviação entregues a sua própria sorte ou 
se é interessante para o País ter uma aviação nacional competitiva. 



O transporte aéreo é reconhecidamente um setor estratégico, principalmente para 
um país como o Brasil. Trata-se de um importante elo de integração nacional. É 
um vetor de desenvolvimento de certas regiões através do turismo e do 
transporte de cargas. (...)



Portanto, para o setor sair da crise, seriam necessárias medidas governamentais 
voltadas para assegurar a isonomia tributária e de financiamento às empresas 
brasileiras, compatíveis com a realidade internacional. Ou seja, as condições 
de concorrência teriam de ser equalizadas. Seria urgente a revisão dos acordos 
bilaterais vigentes. Não parece ser essa a diretriz governamental. No início de 
2001, o Executivo encaminhou ao Congresso um projeto de lei instituindo a 
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que somente piorava as condições do 
setor. 



A comissão responsável pela análise do projeto, após mais de seis meses de 
trabalho contínuo envolvendo o depoimento de autoridades governamentais, 
empresários, trabalhadores e especialistas nacionais e estrangeiros, resolveu 
modificar profundamente o projeto, adequando-os aos padrões internacionais 
vigentes. E o que fez o governo FHC? No dia da votação, de forma autoritária, 
simplesmente retirou o projeto, encerrando a discussão. 



Enquanto isso, empresas aéreas nacionais estão falindo, milhares de 
trabalhadores continuam perdendo seus empregos, dívidas estrangeiras deixam de 
entrar no Brasil e o nosso país perde cada vez mais capacidade competitiva. Até 
quando, senhor presidente?(FHC)" 

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