Este governo é muito mais canalha que parece. Só na bala pra acabar com eles. Carlos Antônio. http://noticias.uol.com.br/ultnot/2007/09/04/ult27u62694.jhtm 04/09/2007 - 17h24 Governo ameaça com cortes sociais para defender CPMF Por Isabel Versiani Reuters Em Brasília Para convencer o Congresso a aprovar com celeridade a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo aposta no discurso de que o fim do tributo acarretaria prejuízos graves à área social. OS MINISTROS E O QUE ELES DISSERAM HOJE NO CONGRESSO Guido Mantega, ministro da Fazenda "Se suspendêssemos parte da CPMF, teríamos de suprimir despesas, o que levaria à redução de programas sociais" José Temporão, ministro da Saúde "A CPMF representa mais ou menos 40% das fontes da saúde. É a principal fonte há 10 anos" Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social "Uma sociedade mais justa custa caro" Luiz Marinho, ministro da Previdência Cenário sem CPMF seria "bastante caótico" MARTA VAI AO TSE "FIM DA CPMF É TEMERÁRIO" LULA UNE PETRÓLEO A UÍSQUE Em audiência na comissão especial da Câmara que analisa o assunto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e três ministros da área social se revezaram nesta terça-feira em destacar a importância da contribuição no financiamento da educação, da saúde e de programas como o Bolsa Família. "Se suspendêssemos parte ou a totalidade da CPMF, teríamos de suprimir despesas, o que levaria inevitavelmente à redução de programas sociais", afirmou Mantega aos parlamentares, acrescentando que o governo também seria obrigado a reduzir seu esforço fiscal. Ele "desafiou" os deputados a sugerirem onde, exatamente, o governo deveria promover os cortes necessários caso a CPMF, que vence no final deste ano, não seja renovada. Em 2006, o governo arrecadou R$ 32 bilhões com a contribuição, informou Mantega. Deste total, 42,1% foram alocados para a saúde, 21,1% para a Previdência e 21,1% para o Fundo de Combate à Pobreza. A arrecadação da contribuição estimada para este ano é de R$ 36 bilhões e, para 2008, de R$ 39 bilhões. "A CPMF representa mais ou menos 40% das fontes do Ministério da Saúde, é a principal fonte há 10 anos, e tudo é repassado para Estados e municípios", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Mantega disse que, com o fim da CPMF, o governo federal poderia ser obrigado a passar a classificar como gastos de saúde despesas como saneamento, para cumprir o investimento mínimo na área determinado pela Constituição. Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, no ano passado, do total de R$ 7,6 bilhões aplicados no Bolsa Família, R$ 6 bilhões tiveram como fonte a CPMF. Além disso, 10 outros programas de seu ministério também dependem da contribuição. "Uma sociedade mais justa custa caro", afirmou Ananias. O ministro da Previdência, Luiz Marinho, também apontou as perdas que o seu setor sofreria sem a CPMF, afirmando que o cenário seria "bastante caótico". Folha de pagamento Segundo Mantega, caso o governo tenha a opção de promover novas desonerações, sua prioridade será reduzir a taxação que incide sobre a folha de pagamento, e não a CPMF. Ele acrescentou que sua equipe continua estudando o assunto, mas o desafio é fechar as contas do governo após a renúncia fiscal que as mudanças provocariam. Segundo o ministro, cada ponto percentual de redução na alíquota da contribuição do INSS corresponde a uma arrecadação de R$ 3,5 bilhões ao ano. "Não é pouca coisa, então temos que acomodar", disse. Após ser votada na comissão especial, a Proposta de Emenda Constitucional que propõe a renovação da CPMF ainda terá de ser votada no plenário da Câmara antes de seguir para o Senado
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